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2007-01-05

 

O Império e seus ditadores (1)




The Empire... State Building



Rui Ramos, há dias, no jornal PÚBLICO, chamava a atenção para a facilidade pós-factum com que hoje condenamos a invasão do Iraque. Para ele, a situação a que se chegou, não era previsível no início da campanha, nem o caos actual é suficiente para conferirmos credibilidade às posições e teses que alertaram, desde o princípio, para o previsível desastre.

José Pacheco Pereira, ontem, no nas páginas do mesmo jornal, protestava contra as correntes de opinião que, a pretexto dos maus resultados da campanha iraquiana, em que se veio inscrever a execução de Saddam Hussein, põem em causa a necessidade de limitar a acumulação de meios estratégicos na região.

Um e outro, ressalvadas as diferenças de estilo e de militâncias doméstica e global, ao colocar a questão dos equilíbrios geoestratégicos e do papel dos EUA na intensificação da desordem mundial que se acentuou a seguir à implosão da União Soviética, colocam questões pertinentes, evitando incompreensivelmente a questão dos “meios”.

Ora, tal como Slavoj Zizek escreve no New York Times de hoje, no artigo intitulado Denying the Facts, Finding the Truth, os Estados Unidos continuam a perpetrar, por outros meios, os crimes cometidos por Saddam Hussein.

A doutrina de Kirkpatrick, que tentou tecnicizar as mais egoístas razões de conveniência da política externa dos EUA, dividindo as alianças espúrias em “autoritárias” e “totalitárias”, não colhe.

Tal como Zizek enfatiza

Desconte-se-lhes, apenas, -- a Slavoj Zizek e ao New York Times -- o desconchavado “anti-americanismo”…

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