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2007-06-06

 

Estalou a polémica. Ou talvez não.

O meu amigo João Tunes não tem razão nas considerações que faz aqui sobre a controversa instalação de um sistema “defensivo” anti-míssil pelos EUA em dois países da União Europeia, a República Checa e a Polónia. Esta é uma questão de grande relevância para a UE, mas ao contrário do que ele diz, nada tem a ver com a defesa daqueles países.
É uma provocação dos EUA à Rússia com dois objectivos: diminuir a importância estratégica da panóplia nuclear russa ( o que está no direito dos EUA ou de qualquer potência. Aliás o direito é nestes casos uma estrita emanação do poder de cada um!) e o objectivo de dificultar a harmonização dos interesses da UE com os da Rússia em prejuízo de ambas.
Porque aceita a Europa tal situação? Por duas razões também. Por um lado os países membros têm como se sabe grande autonomia em termos de relações internacionais em especial se forem com os EUA. Por outro lado porque a Europa não tem defesa própria. Nem face à Rússia e menos ainda face aos EUA. Porque apesar de os tempos serem outros as armas nucleares russas e os respectivos vectores têm sobre os congéneres europeus grande superioridade. Por isso como na economia e em tudo o resto quando a Europa quer bater o pé a Washington na defesa dos seus interesses se a intransigência americana for total a Europa não pode fazer mais do que comer e calar.
Mas sigamos a argumentação do meu amigo João Tunes quando enfaticamente chama a atenção para o carácter meramente defensivo do escudo anti-míssil e mais, supostamente colocado ali naqueles países para a defesa deles.

1) O sistema de “defesa” anti-míssil não é um sistema meramente defensivo. Todo o sistema de desarmamento negociado anteriormente pelas então duas super-potências assentava no equilíbrio do terror. Nenhuma das super potências conseguia destruir a outra sem o risco de também ser destruída. (Continua aqui)


Comments:
Só agora me apercebi que tinha inspirado, acerca dos anti-mísseis, um grande poste do João Tunes no seu Água Lisa.
Neste caso, as nossas diferenças de opinião e, nenhum mal há nisso, são mesmo profundas.

Os argumentos sólidos do Raimundo vieram dar mais sustentação na medida em que eu me movimentei nesta abordagem mais pelas águas da estratégia do desenvolvimento econónmico social.
 
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