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2009-03-06

 

A avaliação do desempenho

Mais uma classe profissional que pretende "não ser avaliada". A dos funcionários judiciais.

Cada vez que o governo pretende iniciar um processo de avaliação de alguma profissão que trabalhe para o Estado, os obstáculos são mais que muitos. Normalmente, o governo "compra uma guerra" só com a simples intenção de iniciar um processo destes.

A classe alvo nunca diz que "não quer ser avaliada". O que diz é que vai haver injustiças com os critérios propostos.

Vamos admitir uma série de pressupostos: que o governo inicia mal o processo; que alguns dos critérios a serem aplicados provocam de facto injustiças, etc, etc.

Então só há um caminho admitindo que a avaliação é um bom princípio para distinguir e compensar o desempenho. Esse caminho consiste na apresentação de propostas por parte dos representantes da classe alvo de avaliação para comparar e confrontar com as do governo.

Caso contrário, o que se transmite à sociedade é que os representantes, sem o dizerem, estão numa ímplicita defesa da não avaliação.

Toda a gente tem de ser avaliada para que se caminhe numa sociedade mais justa e na realidade os critérios terão de ser ajustados às circunstâncias.

Agora vir dizer-se que pode haver injustiças no caso dos funcionários judiciais porque há juizes que podem não despachar adequadamente é desculpa de mau pagador.


Comments:
A avaliação, em toda a administração pública, é uma enormíssima mentira que apenas serve para travar as progressões automáticas. Ou melhor continuam automáticas só que demoram um bocadinho mais tempo...Excepto para a boazona que o chefe anda a comer porque essa ainda sobe mais rapidamente que antes.
 
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