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2009-04-16

 

Aqui está um bom artigo do "Zé"

...Sá Fernandes, no Público de hoje.
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"Nas próximas eleições autárquicas, se fossem reproduzidos - sem transferência de votos
- os resultados da eleição intercalar de Lis boa de há dois anos, na hipótese, hoje muito provável, de a direita concorrer com uma única candidatura e no pressuposto, infelizmente em cima da mesa, de a esquerda se apresentar dividida em candidaturas do PS, da CDU, do BE e de “Cidadãos por Lisboa”, a consequência seria inevitável: Santana Lopes voltaria a ser o presidente da CML.
E evidente que o eleitorado não é estático, mas o risco político de Santana Lopes voltar à presidência de Lis boa é real. Só por irresponsabilidade política isso pode ser ignorado. Até por respeito pelo adversário que é Santana Lopes.
A questão não é pessoal. É política. É que a gestão Santana Lopes/Carmona Rodrigues deixou Lisboa sem rumo, à beira do caos. A perversão urbanística reinou, com interesses imobiliários a tomarem conta da cidade, como a sindicância ao sector revelou. A falência do município esteve à vista, com os fornecedores por pagar e a paralisar a actividade económica. A negligência funcional imperou, como atesta a circunstância de parte da vereação deposta estar a responder por crimes alegadamente cometidos no exercício das suas funções. Idem para parte dos gestores públicos, da EPUL à Gebalis.
Foi por isso que, com a queda da pretérita vereação, logo propus - embora sem sucesso uma coligação das forças políticas que haviam lutado para esse fim. E logo anunciei quais os pontos concretos que permitiriam uma coligação pós-eleitoral. E, quando conhecidos os resultados eleitorais, participei na negociação de um acordo político com a força maioritária, o PS, que tenho procurado honrar. É por isso que hoje saúdo como indispensável o apelo que acaba de ser lançado por lisboetas dos mais diversos quadrantes - socialistas, renovadores comunistas, independentes, etc. – no sentido de assegurar que Lisboa não volte atrás na rota de recuperação e relançamento que começou a trilhar. Aprendi à minha custa que, por vezes, os interesses partidários se sobrepõem ao valor político de servir as populações cujo voto se reclama. Mas devo dizer que não me submeto a essa lição. Continuo a acreditar que o interesse do povo é que deve comandar a política. Não vislumbro nenhuma razão substancial que impeça um compromisso político entre as diferentes forças e sensibilidades que, derrotando a candidatura de Santana Lopes, assegure a Lisboa por que a maioria anseia. Ninguém tem de passar cheques em branco. Esse objectivo implica debate e compromisso em torno de questões-chave: o desenvolvimento da estrutura ecológica de Lisboa no quadro do novo PDM; a revitalização do centro da cidade; o combate aos guetos sociais; a promoção da habitação social e da reabilitação urbana; a defesa da frente ribeirinha; a transparência da gestão urbanística; a supremacia do transporte público; o combate a corrupção, ao nepotismo e à ineficiência; uma politica cultural cosmopolita; um espaço público atraente; a racionalidade nas acessibilidades a Lisboa; a criação de uma verdadeira área metropolitana.
Deve ser esse o combate de todos os que querem servir Lisboa."
Vereador da Câmara Municipal de Lisboa

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