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2009-12-10

 

A ingovernabilidade nacional


A agressividade e a crispação nas relações interpartidárias atingiram agora, com o Governo minoritário do PS, o seu máximo esplendor. Mas da observação quotidiana, razoavelmente falível, concluo que ela tem vindo a agravar-se paulatinamente na última década deixando entender que sem governo maioritário, uni ou pluripartidário, ou gozando de acordo parlamentar maioritário, a governação fica em perigo ou impossibilitada de afrontar os desafios Grande Crise a que acresce a nossa economia debilitada pore atrasos ancestrais.
Estou mesmo tentado a concluir que a crispação e agressividade embalou a partir da oposição ao primeiro Governo de Sócrates. Nem me refiro ao PCP porque, se conta alguma coisa, não conta tanto que dê para tingir com o seu radicalismo insensato o panorama político. Nem especialmente ao BE que agravou muito, parece-me, desde a campanha eleitoral, a sua radical postura contestatária, alienando a vertente de aproximação a diálogo com o PS que potenciaria a sua capacidade de influir na governação. Refiro-me à viragem que vinha de trás mas se acentuou com a liderança ideológica de Pacheco Pereira e a prática verdadeiramente decepcionante de Manuela Ferreira Leite (porque no terreno fez o contrário, por vezes de forma chocante, da imagem que o PSD dela dava, seriedade, valores, etc,)
O PSD durante muitos anos convenceu-se que era o partido da Governação, porque trazia no bojo a tradição (a base social da ditadura), e os preconceitos e atavismos rurais intimamente ligados à Igreja e principalmente o apoio do dinheiro do meio empresarial e financeiro. O PSD encara o seu afastamento das alavancas do poder como uma aberração da natureza e está a cair, com cada vez maior frequência, em radicalismos do tipo maoista. O que nos leva também a cair na tentação de atribuir responsabilidades por tal deriva, talvez sem total razão, às raízes políticas de Pacheco Pereira.

Comments:
O problema é que o Sócrates faz perder a cabeça até ao mais paciente dos santos. Nos debates parlamentares apresenta-se sempre de forma arrogante e provocadora, distribuindo insultos e acusações sempre de dedo em riste e aos gritos. Não há quem aguente. Eu felizmente não sou deputado e por isso quando esta personagem aparece na televisão limito-me a desligar ou a mudar de canal. É que não ha mesmo pachorra para aturar a gritaria que ele faz...
 
Oh José Manuel,olhe que não, olhe que não. O seu problema é que desliga o televisor. Experimente ouvir e verá que está enganado.Nunca vi o PM interromper ninguém durante os debates; o que mais se vê é ele ser frequentemente interrompido, muitas vezes aos gritos, pelos que não gostam de ouvir o que ele diz.
E também nunca o ouvi a fazer insultos, mas se quiser dar, ainda que seja um só exemplo, ajudava a esclarecer o seu comentário.
 
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