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2013-10-29

 

A Arábia Saudita recusa o Conselho de Segurança da ONU por os EUA não terem derrubado o regime Sírio

Surgiram recentemente novos dados sobre a Síria que ajudam a perceber melhor as motivações das ameaças primeiro, de invasão e depois de ataque sem tropas no terreno, por parte dos EUA, acolitados pelo sempre diligente e subordinado Reino Unido e ainda pela “aguerrida” França saudosa das perdidas grandezas coloniais e outras respeitáveis democracias da desunida UE .
Trata-se do caso, jamais visto, da recusa da Arábia Saudita em ocupar o lugar não permanente, no Conselho de Segurança para que fora eleita depois um ano de empenhadas diligências diplomáticas suas para conseguir o lugar e o favor dos EUA.
Saud al-Faisal e de forma mais expressiva o seu chefe dos serviços secretos sauditas, o príncipe Bandar bin Sultan, (há por ali dezenas ou centenas de príncipes) estão muito zangados com o grande aliado americano e ameaçam, como Angola com Portugal, mas numa relação de poder inversa, limitar a parceria com o Tio SAM e em particular com a CIA, tudo isto porque Washington não atacou a Síria e não derrubou o regime de Assad e apresenta-se mais dialogante relativamente ao regime do Irão.
A família Saud é a única família real que possui um reino com tudo o que tem dentro, como se de uma propriedade pessoal se tratasse  a que deu o seu nome de família “Arábia Saudita”. Este reino medieval pretende ser o líder incontestado do Islão ortodoxo sunita e trava uma luta mais aberta ou mais surda, mortífera, de terrorismo contra terrorismo, com os seus irmãos inimigos, os islamitas xiitas cuja fortaleza está no Irão. Ora o regime alauita de Assad é parente ideológico dos xiitas e apoiado por Teerão. Acontece que a Arábia Saudita apoia com dinheiro homens e armas os grupos terroristas salafistas integristas e grupos ligados à Al Qaeda  que lutam na Síria. E lutam tanto contra o regime de Assad como contra os já inexistentes no terreno, combatentes da “primavera árabe”.  O recuo de Obama tem a ver com o receio de derrubar um governo laico e ocidentalizado mas que não aceita a tutela norte-americana  e colocar em Damasco um governo sunita terrorista próximo da Al Qaeda e dos talibãs.
Tudo gira em torno dos grandes interesses ligados ao petróleo, ao gás e à necessidade dos países do Golfo e da Arábia Saudita fazerem passar pela Síria os gasodutos que leve o gás do Golfo Pérsico para a Turquia e a Europa do Sul. Ora o regime de Assad que garante a sociedade mais próxima do Ocidente nos hábitos, na modernidade e também vá lá nas liberdades quer manter-se dono das suas riquezas e do seu destino e tem para isso garantido o apoio do Irão, da Rússia e da China.
Conclusão, a incontível vontade do “Ocidente” em derrubar o regime de Assad não tem nem a mais longínqua motivação de defesa de direitos humanos, democracia ou liberdade dos sírios. Fundamenta-se estritamente na “liberdade” que julgam pertencer-lhes de controlarem as riquezas locais e a geografia que tal permita.

2013-10-26

 

A grande cimeira da União Europeia

Crónica de fim de semana. Quase fiel. Quase humorística.
 
As gazetas ofereceram-nos hoje uma espreitadela à cimeira que durante dois dias ocupou os governantes da nossa cada vez menos interessante desunião europeia. Plagiei-as, mas só um pouco. Tenho cá as minhas escutas.

A agenda e o precioso tempo destes preciosos líderes foram ocupados principalmente com o negócio das escutas feitas pelo amigo americano aos seus amigos e aliados da Europa. Já sabíamos que os rapazes do Tio Sam tinham andado a espionar o governo do Brasil incluindo os telefones da presidenta Dilma Roussef que, indignada, exigiu explicações e cancelou uma reunião, nos EUA, com Obama. Os nossos "queridos líderes" europeus incluindo a D. Merkel, cujas conversas telefónicas foram um alvo especial da espionagem, revelaram-se cordatamente mansos face aos abusos do "grande irmão".  

Um  tal Passos Coelho que frequenta em nosso nome (que vergonha!) tais cimeiras  e que – segundo se diz - entra mudo e sai calado e talvez seja melhor assim… digo eu, interrogado a este propósito declarou que não tem “qualquer indicação de que Portugal pudesse ter sido objeto de ações desta natureza”.  
Ferreira Fernandes na sua habitual, acutilante e bem humorada crónica no DN informa-nos, cito de memória, que não admira pois que do telemóvel do nosso 1º M o que se escutava não passavam de interjeições e desabafos vazios do tipo “Eh pá, sei lá!” ou “Oh pá, talvez sim, talvez não, eu cá não sei ao certo” de modo que os "américas" desligaram as escutas. Sei, de fontes minhas, que uma razão que levou a National Security Agency,  que o grande Snowden tornou famosa, a desinteressar-se de S. Bento foi que estando  interessada em espionar a Reforma do Estado que Paulo Portas foi incumbido de dirigir e tendo perdido meses e meses de olho de ouvido alerta, as conversas eram sistematicamente de que a coisa tinha sido adiada, “Oh pá! foi adiada para junho”. “Oi! A coisa foi adiada lá para Dezembro”,” Oh pá, chiça, sei lá como é que se faz esta coisa, fica tudo adiado para 2013 ou 2014”. Fartos de perder tempo e fita magnética, porque aquilo é sofisticado mas ainda é gravado em cassetes, decidiram voltar-se para a Srª Mekel.
Na cimeira os líderes da União Europeia revelaram-se desunidos como de costume. O panhonhas do Sr. Hollande falava baixinho com a Srª. Merkel a fingir que o eixo Paris-Berlin ainda existe. David Cameron que não achava necessário nem relevante tratar este assunto das escutas do Obama ficou numa fúria quando  o italiano Enrico Letta o acusou de ele estar para ali a torcer o nariz porque também tinha culpas no cartório e acusou os serviços secretos britânicos de terem espionado a Itália através  de uma parceria destes serviços  com a tal NSA, parceria que inclui, ao que se sabe, o Canadá, a Austrália e a Nova Zelândia, supõe-se que só para partilhar segredos como aqueles do tal Passos Coelho. Corria nos corredores que Obama para ter Cameron como seu agente especial na UE deixou-o pôr os auscultadores nos ouvidos mas só um bocadinho.
Por fim com o sono já a apertar a cimeira decidiu entregar o assunto à D. Merkel para ela reagir à “ grande bronca” da forma que ela considerasse melhor para todos.  Merkel aceitou mas  com a condição - e disse isto com ar maternal – de ser em parceria com François Holland.
À saída o presidente do Conselho Europeu Herman Van Rompuy, dito à boca pequena, um agente da D. Merkel, vendo PPCoelho a sair como entrara, sem dizer pio, com ar meio perdido, deu-lhe uma palmadinha nas costas e confortou-o: você pode dizer lá no seu país que Portugal será associado à iniciativa franco alemã e, já a andar, a ir-se embora ,“aliás a iniciativa está aberta a quem quiser participar”.
É suposto tratar-se de uma “negociação” (negociação para inglês ver!) com os EUA conduzida pela Alemanha e a França em nome da UE para definir, até ao fim do ano, um “código de conduta” para regular o funcionamento dos serviços secretos, e tal. É, digo eu, para se definir se as escutas incluem as casas de banho e mesmo quando se está com o cu na sanita ou não.
E foi assim. É assim. A Europa connosco. A Europa dos Mercados. A Europa da Alemanha e a Europa dos PIGS.
Bom fim de semana

2013-10-20

 

As sucessivas chantagens sobre o Tribunal Constitucional

NESTA ENTREVISTA, publicada hoje no DN,  o Professor do Instituto de Ciências Jurídico-Políticas da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, realça que há coincidências suspeitas no relatório enviado para a Comissão Europeia, elaborado por uma técnica estrangeira ao serviço da Representação de Lisboa, designadamente com algumas afirmações de Marco António Costa, porta voz do PSD, por exemplo a referência a um acordo de 1983.
 
Estas coincidências suspeitas poderão indiciar que a técnica "se inspirou" em alguns apontamentos do PSD.

Mas que há uma pressão e uma tentativa de fazer passar, NACIONAL E INTERNACIONAL que as decisões do TC são politizadas é um facto. E há uma coordenação perfeita entre diversas entidades neste sentido, de todas aquelas que defendem os cortes de qualquer forma. Como diz Marques Mendes, "um perigoso esquerdista", em tudo o que mexe o governo corta e revela segundo as suas fontes que este governo pensou até em instituir uma taxa sobre as dormidas. Depois deve ter acordado, desistiu. ERA SEM DÚVIDA  UMA GRANDE "INSPIRAÇÃO" DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO DO TURISMO NACIONAL.!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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2013-10-19

 

Um país temporariamente muito infelizcom o PR e o PM que tem

Ao ler hoje a entrevista de José Sócrates, conduzida por Clara Ferreira Alves, fiquei ainda mais ciente de um Portugal temporariamente infeliz e mal conduzido políticamente por que tem Cavaco Silva como PR e Passos Coelho como PM. São muito pequeninos, intelectualmente e humanamente é o que se deduz de algumas passagens da entrevista. Só olham para eles e para quem são os seus serventuários. Ser bom aluno nas Instâncias europeias é um grande elo de ligação Cavaco/Passos

Na realidade, Sócrates confirma que  Passos Coelho é um sem carácter. Acordou com ele  - aprovar o PEC4- já negociado com a UE, que não estava interessada num novo país resgatado e trai, segundo Sócrates, porque é apertado no PSD por Marco António representando uma linha política da seguinte forma: ou eleições no país ou no partido e então Passos Coelho mete o rabinho entre as pernas para não perder o "comando" e tenta manobrar para fazer cair o PEC4. Esta malandrice no dizer de José Sócrates foi pensada a partir de Belém.

É uma enterevista interessante porque foram abordados vários dos problemas, desde o caso freeport ao homosexualismo, às amizades, aos namoros, etc, etc.

O pretexto da entrevista foi o livro tese escrito nos seus estudos de França que vai em breve ser publicado e lançado em Lisboa..

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2013-10-15

 

Sobre a Caixa Geral de Aposentações


 Este artigo do Professor Freitas do Amaral sobre o (mau) financiamento da Caixa Geral de Aposentações por parte do Estado vale a pena ler, porque nos ajuda a perceber a engrenagem das mentiras que este governo anda a espalhar sobre os funcionários públicos e os aposentados.

Mas o artigo vai mais longe e também aponta alguns acólitos do governo que andam a espalhar veneno sobre esta matéria apontando meias "verdades".

É evidente que todo o aparelho de Estado precisa de ser racionalisado, que há organismos e muitos que não têm qualquer justificação, nem nunca tiveram. Nasceram teoricamente para dar dinâmica à Administração, quando vendo bem bem apareceram para dar tachos aos amigos.

Mas a estes organismos que são de vária ordem e existem em todos os ministérios não se lhes toca, porque
ficavam sem poder colocar os amigos e há muitos que ficam de facto muito caros ao Estado. Um exemplo, este governo há uns tempos largos falou da extinção de fundações. Falou, falou, falou e depois nada fez. Incompetência? Muita. Mas compadrios, muito mais.

2013-10-10

 

Não é grave, não é grave, não é grave" ! Perceberam? E não o demito, não demito, não demito!

No talk show - quase tão bom como o do Goucha - que a RTP ontem ofereceu, ao Sr. Passos Coelho e ao país, na vã tentativa de tornar a pessoa e a sua política mais tragáveis pelos eleitores, o 1º M, ao responder a pergunta sobre o caso Machette/Angola - a auto-humilhação de Machette perante os oligarcas locais em Luanda - o Sr 1º M de Portugal esclareceu que “Não há nada de grave".

Não há nada de grave? Deixai-me relembrar: o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Rui Machette, em Luanda em nome de Portugal disse: “Tanto quanto sei, não há nada substancialmente digno de relevo, [Não há nada digno de relevo? De que fala Machette? Fala do inquérito-crime instaurado em Portugal pela PGR, ao Vice-Presidente e ao PGR de Angola. São pessoas do círculo governante mais próximo do PR, José Eduardo dos Santos, detentoras de fortunas fabulosas ganhas, seguramente, à custa de muito trabalho]. E continua Machette: "... e que permita entender que alguma coisa estaria mal..." [suspeita de fuga ao fisco e lavagem de dinheiro] "para além do preenchimento dos formulários e de coisas burocráticas... " [preenchimento dos formulários e de coisas burocráticas...??!! Haja Deus...] "... e, naturalmente, informar as autoridades de Angola pedindo, diplomaticamente, desculpa, por uma coisa que, realmente, não está na nossa mão evitar [O ministro de Estado e dos NE pede oficialmente desculpa, em nome de Portugal por, no seu país, a PGR estar a averiguar aqueles eventuais crimes graves? E pede desculpa oficialmente em nome do nosso país por, dada esta gaita da Constituição Portuguesa e dos regimes democráticos se darem ao luxo da separação de poderes entre o executivo e o poder judicial, não estar na nossa mão - dele e do governo português - evitar. Informa assim, "diplomaticamente", que se estivesses na sua mão evitar a averiguação de crimes como esses de lavagem de dinheiro e fuga ao fisco, vindos de quem vêm, não seriam averiguados.

O Ministro de Estado e dos Negócios dos Estrangeiros de Portugal, em Luanda, pôs-se de joelhos - pôs "diplomaticamente" Portugal de joelhos - por uma má causa, por não poder evitar que se averiguam crimes graves se vierem de multimilionários do círculo governante de Angola.

Que me lembre Portugal não pede desculpa diplomaticamente a nenhum país desde D. Sancho, à Santa Sé, há perto 900 anos.

E devia ter pedido, nomeadamente há uns meses atrás, à Bolívia, quando impediu, sem razão e contra as regras internacionais, uma escala técnica em Portugal ao avião do presidente daquele país colocando em risco Evo Morales.

 Ontem, o 1º M Passos Coelho, explicou ao país que:

 “Não há nada de grave que, no comportamento de Rui Machete, ponha em causa nem a credibilidade do Governo nem do Estado português”. A intenção do ministro dos Negócios Estrangeiros foi “procurar apaziguar a relação com um país muito importante”.
 
 
Fiquem portanto a saber seus palermas que se um país estrangeiro tem muito dinheiro investido em Portugal, se os seus oligarcas são riquíssimos, o governo acha que não deve estar agarrado a princípios, a éticas, a honras ou prestígios nacionais e outras tretas quejandas.
Passos Coelho acha que Machette não fez nada de grave ao pôr-se de joelhos em Luanda. E para enfatizar o seu apoio pôs-se de joelhos também, aqui, no talk show da RTP. E confirmou, com convicção, que não é grave, não é grave, não é grave" ! Irra!! Não é grave.

2013-10-08

 

Machette compromete Portugal ao "acamaradar" com o regime de Luanda

Justino Pinto de Andrade, professor de Economia da Universidade Católica de Luanda e líder do Bloco Democrático, diz, (hoje no Público) sobre as despropositadas declarações, em Luanda, de Rui Machette, na qualidade de MNE de Portugal que:

"esta posição é muito má para a imagem de Portugal". "As pessoas pensam que ficando de joelhos fomentam as relações entre os dois países. É o contrário".
 
"Se os atos ilícitos que envolvem as entidades angolanas em território português fossem investigados, nós em Angola teríamos melhor forma de pressionar os políticos corruptos."

Vieram a público notícias de que o vice-presidente angolano, Manuel Vicente, e o procurador-geral da República de Angola, João Maria de Sousa, estavam sob investigação no âmbito de um inquérito-crime aberto em Portugal pela Procuradoria-Geral da República por fraude fiscal e branqueamento de capitais.
Rui Machette assumiu-se, assim, paradoxalmente tendo em conta a sua qualidade de jurista, como representante de um país que denegaria os princípios democráticos da separação de poderes entre o executivo e o poder judicial para acamaradar com o regime onde isso é escarnecido. Este comportamento do ministro de Estado e ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal é absolutamente inaceitável e lança oficialmente, a suspeita de desculpabilizador de quem está sob investigação de crimes graves .

Já vi, aí pela net, uma outra interpretação que me recuso, no entanto, sequer admitir. Dado que um dos 33 empregos de Machette era, até assumir funções ministeriais, o de consultor na PLMJ, uma das maiores sociedades de advogados nacionais que defende em Portugal aquelas altas individualidades do Estado de Angola, ao comportar-se como se comportou, em Luanda, o ministro.Machette, desonrou o seu país mas pode ter ganho novos clientes para o escritório de advogados onde tinha emprego.
__________

As declarações "camaradas" de Rui Machette em Luanda. "Apaziguadoras" segundo as suas explicações depois do clamor de protestos em Portugal:
 
Questionado sobre as investigações na PGR portuguesa, Rui Machete sugeriu que podia tratar-se de “um mal entendido”. “Tanto quanto sei, não há nada substancialmente digno de relevo, e que permita entender que alguma coisa estaria mal, para além do preenchimento dos formulários e de coisas burocráticas e, naturalmente, informar as autoridades de Angola pedindo, diplomaticamente,
desculpa, por uma coisa que, realmente, não está na nossa mão evitar”, disse o chefe da diplomacia
portuguesa." [Link]

2013-10-05

 

Este nosso Portugal, terra de Santa Maria, de Machettes, Catrogas, Coelhos, Portas e Cavacos

Haja Deus.
 
Uma muito restrita minoria usurpa a riqueza que devia caber a milhões de portugueses condenados ao empobrecimento, quando não à miséria, pelo governo de Passos Coelho-Paulo Portas-Cavaco Silva.
 
Estes são apenas alguns dados que dêem ímpeto e sustentabilidade à revolta que por  aí lavra e urge. 
 
Pressionado pela Troica que é menos "troiquista" que os vassalos  Passos Coelho / Paulo Portas, o governo ensaia fazer uma diminuiçãozinha de 100 milhões de euros na renda escandalosamente injusta de milhares de milhões à EDP.
 
EDUARDO CATROGA: mas... como assim? Então o Estado vendeu aos chineses os seus 21,35% da EDP tal como ela se encontrava, a mamar à farta no dinheiro dos contribuintes portugueses e agora quer diminuir a mama? Contratos são para respeitar avisa, contundente, Eduardo Catroga, o negociador por parte deste governo, da venda da EDP aos chineses. E ameaça com os mercados.

Que se não respeitem os contratos com os funcionários públicos ou com os reformados e pensionistas, com os trabalhadores, tudo bem, é gentinha habituada a levar porrada mas com os sagrados mercados? Catroga indigna-se. Até os chineses e os mercados poderão argumentar: então demos-lhe aqui na EDP a prenda de presidente do Conselho Geral e de Supervisão, de 45 mil euros/mês, ainda por cima uma função honorífica, não executiva, e o Sr. não tem mão no seu governo?  
 
Fui ver se no site da EDP informavam dos 45 mil euros que pagam ao Sr. Eduardo Catroga, um pobre reformado com uma pensãozeca de apenas 9.600 euros por mês. No site da EDP não é fácil dar com  a composição do CGS da EDP e das remunerações não fala de todo. Pois... Após porfiados esforços dei com a composição do CGS aqui.
 
Este CGS da EDP é uma dourada manjedoura privada mas que o governo guarnece com uns dinheiros públicos - as escandalosas rendas! - que vai buscar aos salários e às pensões do povo solidário e compreensivo (até quando?) que nós somos.
 
À mesa posta está o Sr. Eduardo Catroga e mais 20 bonzos do arco da governação. Estão, com aquele ar compenetrado da sua própria importância e se dispõem patrioticamente a ruminar os despojos do saque à ralé, trabalhadores, intelectuais, professores, médicos, enfermeiros, engenheiros, militares, pensionistas, velhos e crianças, "pés descalços e barrigas ao sol". Mas o Sr Eduardo Catroga afadiga-se por muitas mais remunerações. Olhem só o coitado: "Atualmente - diz-se no currículo que apresenta do site da EDP - é Presidente do Grupo SAPEC, Administrador da Nutrinveste, Administrador do Banco Finantia e Membro do Comité de Investimentos da Portugal Venture Capital Initiative, um fundo de capital de risco promovido pelo Banco Europeu de Investimento". Isto sim, é homem de muito alimento trabalho.
 
Vêem-se lá, no CGS da EDP, entre outros, Luís Filipe Pereira, ex-Secretário de Estado de Cavaco Silva e ex-ministro da Saúde de Durão Barroso, Jorge Braga de Macedo, ex-ministro das Finanças de Cavaco Silva, Maria Celeste Cardona, ex-ministra da Justiça de Cavaco Silva, Rui Pena ex-ministro da Reforma Administrativa do Governo PS/CDS, em 1978, Rocha Vieira, ex-ministro da República para a Região Autónoma dos Açores e ex-governador de Macau,  Paulo Teixeira Pinto ex-presidente do BCP que recebeu 10 milhões de euros para largar o cargo e uma pensão de 40 mil euros por mês e se sente, "legitimamente", muito injustiçado porque o seu rival Jorge Jardim Gonçalves levou com uma pensão de 175 mil euros por mês. Também se sustenta àquele balcão da EDP o Sr. José Espírito Santo Ricciardi mas este Sr. já não pertence aquele grupo de vassalos bem nutridos, este Sr. pertence ao grupo dos donos de Portugal e o que ganha ali não passa de uns desprezíveis trocos, ainda que façam jeito, é claro.  
 
RUI  MACHETE
 
Agora viremo-nos para aquele Sr. que é MNE, que mente descuidadamente (estará no devido uso da razão?) e cometeu a ignominiosa parvoíce de pedir desculpa ao governo angolano por estar a Justiça Portuguesa a averiguar alguns Srs. da camarilha corrupta local.
 
Quadro obtido no Facebook através de Carlos Esperança.
 Afinal não eram só 30 mas 33 os empregos do Sr. Rui Machette, um pilar da SLN-BPN antes de aceitar o patriótico "sacrifício" de ministro dos Negócios Estrangeiros, em Setembro de 2013.  

 Haja Deus.

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2013-10-01

 

Tsunami's fortes e agradáveis

A minha terra de origem foi acometida no Domingo por um ´forte Tsunami, um Tsunami muito simpático. A Madeira mexeu mesmo. Alberto João Jardim já deu as suas "Explicações" para a grande derrocada que teve. Um Imprevisto que excedeu tudo- Perder 7 Câmaras em 11, quando todas eram jardinistas, é obra.

A culpa nunca é de Jardim. São os outros. Há uma fase na vida das pessoas, aí pelos 3/4 Anos de idade em que as crianças têm tendência para culpar os outros de tudo em que se metem e lhes sai mal. Jardim aos 70 ainda anda nessa.

E então veio o rosário de culpas e desculpas, o PSD nacional,  a Tróika e os traidores dentro do PSD/regional. Não disse mas Miguel Albuquerque é de certeza o maior. Como pode ter tido o atrevimento de me afrontar?!!!.Deve ser a grande angústia de Jardim. Um pecado sem perdão.  Desta vez apenas se esqueceu da Maçonaria. A memória vai falhando, enfim....

Mas sem me armar em analista político, o que vejo nisto é que poderão começar a estar reunidas condições para fazer saltar o homem do baralho da vida política madeirense, Mas vai ser duro.

Não há dúvidas que há trabalho a fazer em diferentes frentes a começar no PSD, em meu entender o domínio mais importante. Como reunir as fileiras dentro do PSD contra Jardim? 

A Madeira merece outro PSD, um PSD que respeite e dialogue com as outras formações políticas e que pense na Madeira, num projecto sério de desenvolvimento. Jardim só "brincou" com a Madeira. Nunca teve um projecto.

Sem dúvida que todos os antijardinistas estejam onde estiverem (políticamente é claro) têm um papel a desempenhar: Mas deve dominar o bom senso, a estratégia e uma dinâmica de agregação de vontades.

Acredito que Jardim vai estrebuchar muito. Não quer deixar o poder tanto mais que sairia muito diminuido.. 

Mesmo os seus acólitos e já não terá muitos começam a deixá-lo. Jardim é cada vez mais um homem embora com uns quantos a fazer ainda de "falsos cónegos".

Pensar numa grande frente e prepará-la para tirar a cadeira a Jardim é o caminho. A Madeira e o País ganhariam muito com o desabamento do jardinismo, um estado novo madeirense encapotado ou para utilizar a frase de que Jardim gosta muito a Madeira Nova, uma edição de estado novo mas de 2ª ou 3ª classe.

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