2017-04-20
Vou tentar falar sem dizer nada
Vou tentar falar sem dizer nada - canção do Grupo Outubro de crítica ao nacional-cançonetismo festivaleiro para adormecer os ouvintes ( Um clique nesta ligação leva à canção no Youtube)
VOU TENTAR FALAR SEM DIZER NADA – canção do Grupo Outubro ( do Carlos Alberto Moniz e da Maria do Amparo) que constitui uma crítica irónica às canções típicas dos Festivais, e que passam diariamente nas rádios e Tvs e se destinam a «adormecer» e embrutecer os ouvintes.
VOU TENTAR FALAR SEM DIZER NADA
VOU TENTAR FALAR SEM DIZER NADA
Eu vou tentar, prometo, que destes versos
Não saia uma canção mal comportada
Eu vou tentar não falar do que acontece
Eu vou tentar falar sem dizer nada.
Não vou, por isso,
falar da exploração
Nem sequer do amor
à Liberdade;
Da luta pela terra e pelo pão
E do apego à Paz da humanidade.
Vou tentar não
falar do que acontece
Vou tentar falar
sem dizer nada
Vocês preferem que
eu vos fale
De grilos a cantar e gambuzinos?
A vossa vontade será feita
Eu calarei a fome dos meninos.
Vocês preferem que
eu vos cante
Sem vos lembrar os tiros e as facas?
A vossa vontade será feita
Eu calarei o frio das barracas.
Vou tentar não
falar do que acontece
Vou tentar falar sem dizer nada
Vocês preferem que
eu vos fale
Com um sorriso a iluminar-me as trombas?
A vossa vontade será feita
Eu calarei o estilhaçar das bombas.
Vocês vão gostar
que eu não cante
A luta de nós todos todo o ano
A vossa vontade será feita
Não falarei do povo alentejano
Vou tentar não
falar do que acontece
Vou tentar falar sem dizer nada
Não falarei do luxo
e da miséria
Não falarei do vício e da canseira
Não falarei das damas, das mulheres
De tudo o que se passa à nossa beira
Não falarei do
Amor, nem da Verdade
Nem do suor deixado no trigal;
Eu não ofenderei vossas excelências
Nem a civilização ocidental!
2017-04-12
Vamos atacar 7 países em 5 anos
VAMOS ATACAR 7 PAÍSES EM 5 ANOS !
Iraque, Líbano, Somália, Sudão, Síria, e por fim o Irão.
Corria o ano de 2002 e a decisão do Pentágono e da Casa Branca era Top Secret.:
A revelação é de Wesley Clark, general norte-americano na reserva, comandante supremo da NATO de 1997 a 2000,
A revelação é feita num discurso em 3 de Outubro de 2007 no Commonwealth Club of California, em S. Francisco e em entrevista de que o Youtube oferece vídeos com extractos maiores ou menores legendados em espanhol, francês, alemão, ou em Português como este aqui de apenas de 3 minutos.
Iraque, Líbano, Somália, Sudão, Síria, e por fim o Irão.
Corria o ano de 2002 e a decisão do Pentágono e da Casa Branca era Top Secret.:
A revelação é de Wesley Clark, general norte-americano na reserva, comandante supremo da NATO de 1997 a 2000,
A revelação é feita num discurso em 3 de Outubro de 2007 no Commonwealth Club of California, em S. Francisco e em entrevista de que o Youtube oferece vídeos com extractos maiores ou menores legendados em espanhol, francês, alemão, ou em Português como este aqui de apenas de 3 minutos.
Surpreendente e premonitório.
Diz o general Wesley Clark: pouco depois do 11 de Setembro fui ao Pentágono para falar com o Secretário de Estado da Defesa, Rumsfeld e quando descia do gabinete um general com quem trabalhei chamou-me: está com certeza a par dos planos para o Iraque – não estava - puxou de um relatório secreto e disse-me vamos atacar o Iraque. E sabe as razões? Perguntei-lhe. Não. Aqui em baixo não sabemos nada. Mas têm informações que liguem Sadam ao 11 de Setembro? Interroguei. Não. Nenhumas.
Seis semanas depois, noutra ida ao Pentágono, Clark interrogou o colega: - Então mantêm-se o plano de ataque ao Iraque?
- Sabe!?, É muito pior - e mostra-lhe um documento "Top Secret", do Secretário de Estado da Defesa - vamos no Médio Oriente atacar e derrubar os governos de 7 países em 5 anos. E enumerou-os. (Os acima referidos)
- Andei umas semanas sem conseguir encaixar isto - afirma W.Clark. E lembrei-me então de uma reunião nos anos 90 em que Paul Wolfowitz [ o ideólogo ultra-conservador autor da política externa de W. Bush, e da invasão do Iraque] me afirmara: temos 5 ou 10 anos para tratar de todos estes regimes “devotados” à ex-União Soviética, Síria, Iraque, Irão...
- Sabe!?, É muito pior - e mostra-lhe um documento "Top Secret", do Secretário de Estado da Defesa - vamos no Médio Oriente atacar e derrubar os governos de 7 países em 5 anos. E enumerou-os. (Os acima referidos)
- Andei umas semanas sem conseguir encaixar isto - afirma W.Clark. E lembrei-me então de uma reunião nos anos 90 em que Paul Wolfowitz [ o ideólogo ultra-conservador autor da política externa de W. Bush, e da invasão do Iraque] me afirmara: temos 5 ou 10 anos para tratar de todos estes regimes “devotados” à ex-União Soviética, Síria, Iraque, Irão...
Wesley Clark afirma, no discurso, que um grupo, tomou conta do país [dos EUA] e fez um “golpe de estado político”. Referia-se ao pessoal de W.Bush, ao seu “vice-presidente, Dick Cheney, ao Secretário de Estado da Defesa, Donald Rumsfelf, ao vice- Secretário de Estado da Defesa Wolfowitz e mais meia dúzia” . Concluía "é o petróleo e o gás. Os interesses do império. E indignava-se com W.Bush: “Fez tudo o contrário do que prometera na campanha eleitoral. O país foi informado deste plano? Houve debate público?”
Notas: Ataque ao Iraque 2004, ao Líbano, 2006 (Israel), à Líbia 2011 (EUA, FRança e RU) quanto à Síria os planos estavam para 2013..
Vídeo de 3minutos, legendado em Português: http://youtu.be/sCDRWEpz5d8
O discurso do general Wesley Clark dura cerca de uma hora.
http://library.fora.tv/2007/…/03/Wesley_Clark_A_Time_to_Lead
Vídeo de 3minutos, legendado em Português: http://youtu.be/sCDRWEpz5d8
O discurso do general Wesley Clark dura cerca de uma hora.
http://library.fora.tv/2007/…/03/Wesley_Clark_A_Time_to_Lead
O ataque norte-americano à Síria em 2017-04-04
Artigo de FRANCK MARGAIN In “TRIBUNE”
Conselheiro Regional d’Ile-de-France e vice presidente do Partido cristão-democrata, FRANCK MARGAIN trata os últimos acontecimentos que se desenrolaram na Síria. Ele foca a desinformação operada e a imprudência dos países ocidentais.
Conselheiro Regional d’Ile-de-France e vice presidente do Partido cristão-democrata, FRANCK MARGAIN trata os últimos acontecimentos que se desenrolaram na Síria. Ele foca a desinformação operada e a imprudência dos países ocidentais.
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Esta semana após um
ataque do exército sírio contra uma base islamita, imagens de civis mortos
foram difundidas. Disseram-nos que tinham sido vítimas de um bombardeamento de
gás de combate sarin. Disseram-nos mesmo que não havia nenhuma dúvida acerca do
tipo de gás, e sobre o facto de que ele foi usado pelo exército. Na sequência
disto os Estados Unidos desencadearam um bombardeamento sobre uma instalação
militar síria com o apoio do governo francês
Tratava-se do cheiro característico do
gás sarin. Mas o gás sarin é inodoro.
Hoje em
França, somos uma população mais instruída, caracterizada por um espírito cartesiano.
Quando nos dão uma informação não a tomamos pelo preço facial sem reflectir
sobretudo quando ela pode pela sua natureza afectar o nosso destino nacional. …
Em primeiro
lugar as imagens que são difundidas provêm de uma zona controlada pelos
Jihadistas. Quem lhas deu e difundiu? Nos diversos testemunhos de socorristas
repetiram-nos que se tratava do cheiro característico do gás sarin. Mas o gás
sarin é inodoro! Então de que gás se tratava ? O Exército sírio está
presentemente numa situação vitoriosa. E no combate em questão não há manifestamente
nenhum interesse táctico na utilização de gás de combate. Porque terá ele decidido
correr o risco de utilizar uma arma inútil, proibida, que ele mesmo
oficialmente abandonou sob controlo internacional?
Actualmente em posição de força, qual
seria o interesse do regime?
O governo
sírio está em posição política de força. Reganhou o controlo dos principais
pontos do seu território. É apoiado pela Rússia e a China. E esta semana as
declarações americanas indicavam justamente que o seu derrubamento não era mais
uma prioridade. Então porque iria ele fazer precisamente o que poderia enfraquecer
na cena internacional? Não nos retruquem que é por estupidez. Quem poderia
acreditar nem que por um instante que um sistema político que resistiu a uma
guerra tão longa, tão poderosa, internacional, desencadeada contra si, seja
estúpido?
Os mesmos
que nos falam hoje de ataque químico, falaram-nos também em 2013. Na altura o
presidente François Hollande queria também desencadear a sua guerrazinha. Mas
os Estados Unidos tinham posto fim às suas veleidades de ir para a guerra revelando
ao mundo a sua impotência. Depois, após investigação, revelou-se que eram os
mercenários islamitas que tinham utilizado o gás. Então como acreditar neles
hoje?
Ataques americanos desencadeados
contra o direito internacional
Os ataques americanos tiveram lugar antes
que uma investigação determinasse os factos. E foram desencadeados contra o direito
internacional. Contudo François Hollande apoia-os e apela mesmo a prolongar
esta acção
…
Na Síria não
há senão dois campos os jihdistas e o regime Assad. Todos sabem que os “rebeldes
moderados” são uma expressão da propaganda. Então derrubar o regime é colocar
no poder o DAESH e similares. Por que apoia o governo socialista colocar os
islamitas no poder?
A Síria tem
um interesse geoestratégico vital para a Rússia ( base militar virada ao mar Mediterrâneo)
É uma linha vermelha cuja ultrapassagem
poderá desencadear um incêndio generalizado. Qual é o interesse da França em atingir
os interesses vitais da Rússia? A França e os Estados Unidos tem morto centenas
de civis em Mossul. Em quê estas perdas civis são mais aceitáveis quando o alvo
é o mesmo e o sofrimento é o mesmo?
Enfim não é
estranho de constactar que os mesmo que nos apresentaram Trump como um odioso
personagem durante meses, o louvem com uma satisfação mal disfarçada. Para passar
do campo do mal para o campo do bem é suficiente lançar alguns mísseis, e matar
de caminho alguns civis.
Reflitamos
bem a tudo isto. E evitemos que nos façam embarcar nima guerra que nos possa
precipitar e o mundo connosco num caos generalizado. Nós que temos a experiência
de duas guerras mundiais não deixemos que se repita uma engrenagem do tipo
arquiduque Franz Ferdinand. [Incidente que desencadeou a 1ª guerra mundial]