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2012-01-31

 

Os cidadãos são hoje como os servos da gleba de outrora

Quem fala assim é PAULO MORAIS (Prof universitário) no CM. Quem fala assim não é gago! Pensa bem e diz o que pensa, o que não deixa, nos tempos que correm, de exigir coragem. Parabéns.
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Os cidadãos são hoje como os servos da gleba de
outrora, mas agora sob a forma de contribuintes usurpados.
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"Há grupos económicos portugueses que mantêm intactos os seus privilégios desde os tempos da monarquia. Ao longo de séculos, conseguiram domesticar todos os regimes. Até hoje, cativam uma parte significativa do orçamento de estado, à custa do qual se habituaram a enriquecer. Beneficiam de rendas das parcerias público-privadas da saúde, como acontece com o grupo Mello ou Espírito Santo. Recebem milhões pelo pagamento de juros da divida pública. Obtêm concessões em monopólio, como acontece com a Brisa, detentora, por autorização governamental, das autoestradas de Porto a Lisboa.
"Os favores que recebem do estado têm revestido as mais diversas formas. No tempo do fascismo, obtinham licenças num regime de condicionamento industrial, em que só os amigos do regime podiam criar empresas. O seu domínio sobre a economia e a política vem dos tempos da monarquia, onde pontificava o conde do Cartaxo antepassado da familia Mello. Já os Espírito Santo descendem do poderoso conde de Rendufe.
"Assim, estes grupos conseguiram trazer até ao século XXI, incólume, a lógica feudal, a tradição de atribuição de prebendas aos poderosos. Com uma diferença. Enquanto no tempo do feudaljsmo o rei atribuía privilégios que consistiam na doação de benefícios económicos (terras) a par de poder político (títulos). Hoje apenas se concedem favores económicos. Assim, estes grupos mantêm o poder sem os incómodos do estado democrático. Sabem que mais importante do que ter o poder na mão é ter a mão no poder. Até porque sempre influenciaram a política. Conseguiram-no no tempo de Salazar, através do fascinio que Ricardo Espírito Santo exercia sobre o d.itador. Em democracia, contratam políticos de todas as tendências. Eanistas como Henrique Granadeiro, socialistas como Manuel Pinho ou social-democratas como Catroga. Neste jogo democrático viciado os cidadãos são hoje como os servos da gleba de outrora, mas agora sob a forma de contribuintes usurpados. E reféns do sistema vigente, que muitos chamam de neoliberalismo, mas que não é novo nem é liberal. É apenas a manutenção do velho feudalismo."

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Isto da tropa tem muito que se lhe diga!

Tenho muitos amigos que me dizem, quase aconselham: deve-se ter cuidado a falar da tropa.

São muito sensíveis e tal e tal....

É evidente que lhe devemos o 25 de Abril e mesmo assim não é a todos. Por um lado, não se trata de um dívida perpétua e, por outro, a tropa que o fez, hesitou em muitas fases e perdeu o comboio do tempo. Foram ou deixaram-se ir quase todos para a prateleira e temos o país que se vê a empobrecer.

Mas esta dos chefes militares exigirem promoções em todas as patentes, como leio hoje, não me encaixa.

E os argumentos são patéticos. O Governo decretou que, em certos caos, os generais podem ser promovidos segundo apreendi para exercer um posto de comando. Vi isso nos tempos do 25 de Abril só com uma diferença quando deixavam o posto regressavam ao seu posto. Agora não. É para a vida.

Então os generais que querem ficar bem com a arraia mais miúda e não querem ser contestados vêm propor promoções também para baixo, certamente para os sargentos que se mexem um pouco aí pelas ruas.

E sabem porque as promoções?

Para minorar os problemas de funcionamento e motivação nas fileiras.

Só há fileiras na tropa?Parece que o resto do país anda bem motivado e não precisa de funcionamento!

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O que é a EMEL?

Teoricamente é uma empresa do Município de Lisboa para fiscalizar, multar e rebocar carros que não cumpram as regras de estacionamento, designadamente quem estaciona e não paga segundo os parquímetros.

A EMEL não é nada disso, porque se fosse até estaria quase 100% de acordo, se houvesse uma conduta equilibrada na sua actuação.

Que penso então da EMEL pela minha prática de cidadão, um grande consumidor de carro próprio em Lisboa e um grande cliente quer por multas quer pelo pagamento de parquímetros (3€/dia em média)?

Interrogo-me, se esta empresa dá prejuízo e os passeios continuam todos ocupados para que serve?

Se, em certas ruas, quem tem cunhas não paga e quem não tem paga multa quando ultrapassa uns segundos, para que serve?

Se, no mesmo local, Jardim Constantino, já fui multado por ultrapassar sensivelmente 20m uma vez pela quantia de 30€ outra vez por 2€45, onde está a justiça desta actuação? Resposta da EMEL "o fiscal chefe pode aplicar a lei que entender o simples fiscal não".(a terminologia fiscal chefe e fiscal simples é minha).

Agora inventaram outra forma de extorquir mais uns trocos. Os parquímetros, certamente não todos, só recebem moedas de 1€. Hoje na 5 de Outubro cruzamento da Miguel Bombarda era o que estava a acontecer comigo e mais pessoas. Só precisa de entregar um envelope num escritório de advogados um quarto de hora dava, tive de meter 1€ porque senão ou poderia pagar 30€ ou então cerca de 3€ se fosse "um mais baixinho" da EMEL.

Depois disto sei dizer o que é a EMEL. Uma empresa que só dá prejuízo, rouba e discrimina os cidadãos e acaba por não organizar os estacionamentos em Lisboa.

Muito bem, tragam mais empresas públicas como esta. O País fica extraordinariamente bem servido com serviços públicos maravilhosos e os cidadãos radiantes com os bons serviços que lhes prestam.

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2012-01-29

 

«Mania» de Merkel vai levar Europa à insolvência

O dócil  Passos português versus o combativo espanhol Filipe Gonzalez

O Conselho Europeu de segunda-feira é novamente apresentado como histórico, tratando-se da 14.ª vez que anunciam o mesmo em 14 meses.
Era preferível que a reunião de segunda-feira fosse «normalzinha» e que resolvesse dois ou três assuntos, o primeiro dos quais deve ser acabar com essa mania em que entrou a Merkel de que o problema da dívida da UE é um problema de solvência. Vai tornar-nos a todos insolventes.
Vivemos há algumas décadas, nos EUA e na Europa, sob o domínio ideológico dos neo-conservadores, lá com a ajuda do fanatismo religioso, que tem tido a habilidade de fazer esquecer as causas da crise para se centrarem no ataque aos seus efeitos.
Não se trata de uma tara é que a sua ideologia está ao serviço dos seus interesses (dos que conduzem essa política, não das massas que os seguem julgando apanhar umas migalhas ou doentes do fanatismo). Não querem que se toque nas causas da crise para que continuem hegemónicos no panorama da governação mundial. E quem é esta gente? Os muito, muitíssimo super-ricos, ainda que não todos como se sabe.
Merkel acha que a Europa não pode demorar 10 anos a absorver a dívida, mas as famílias podem levar 30 anos a pagar a hipoteca da casa. E por que motivo o défice tem de chegar a 3% em 2013 e não em 2016?
Está a esquecer-se que existe um problema de falta de liquidez, que as pequenas e médias empresas estão a morrer e está-se a destruir o emprego com uma cura que leva à morte da economia.
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Nota 1: E se não fosse eu a dizer isto mas sim um peso pesado da política Europeia? Por exemplo um Filipe Gonzalez. Estaria mais certo? Pois bem, é precisamente o que ele disse, fora uns pozinhos com que melhorei o que ele disse (ver aqui: http://98czz.cjb.net)

Nota 2: E que tal este endereço 98czz.cjb.net ? É mais jeitozinho do que este:
http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/merkel-crise-recessao-insolvencia-bancarrota-felipe-gonzalez/1321011-1730.html
Se tem um endereço demasiado comprido pode convertê-lo num maneirinho, indo aqui, a este cirurgião plástico: http://www.cjb.net/cgi-bin/shorten.cgi?shorturl=98czz.
Se já conhecia, peço-lhe que faça de conta que não leu.

2012-01-27

 

Um "holocausto" para a população madeirense

Como cidadão português de origem madeirense lamento o plano de resgate muito dramático para a população da Madeira que Alberto João Jardim acaba de anunciar que acordou e assinou na quarta feira em Lisboa com o governo de Passos Coelho/Paulo Portas..

O termo holocausto que uso no título aplica-se de forma simbólica a esta situação como é evidente, mas a população madeirense vai ser mesmo muito sacrificada. Velhos tempos de fome no então arquipélago da Madeira aparecem no horizonte próximo.

Para quem andou a dizer que não assinaria planos não exequíveis, acaba por ceder a tudo. Apenas não "cedeu" no prazo que a carta de intenções continha (redução da dívida a 4 anos para 40% do PIBR) porque o Ministro das Finanças deve ter corrigido erro tão crasso

Tenho dificuldades em perceber vários aspectos agora já como economista. Como pode uma região estruturalmente deficitária cumprir este plano acabado de anunciar pelo Dr. Alberto João Jardim, sem profundas mudanças de estratégia que nem tocadas foram?

Como é possível cortar na despesa pública mais de 500 milhões de euros, num orçamento anual da ordem dos 1200 milhões? Onde serão os cortes: saúde, educação, assistência social, Onde?

Como está a ser equacionada receita de privatizações se quase tudo o que foi anunciado para privatizar está em insolvência?

Estou com José Gomes Ferreira. Como pode ser o mesmo homem que geriu a região sem limitações financeiras durante 30 anos fazer agora uma inversão de 360 graus? Vai levar a cabo com sucesso este plano? Estou incrédulo.

Mais um passo errado para a Madeira.

A dignidade de Jardim era admitir a sua incapacidade e deixar a gestão da região.

Não deixava nenhum bife do lombo a quem o sucedesse. Até admito que muito poucos o quisessem provar.

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2012-01-26

 

Por onde anda a Tróika?

Ficamos com a ideia que andam por aí. ... Mas desta vez ouve-se falar pouco.

Não gosto. Será que descobriram mais algum buraco.? O que andarão a tramar?

Ou estiveram a dar assistência a Alberto e Passos sobre como tapar "o buraco" da Madeira?

Parece que a solução do buraco a que chegaram vai conduzir a pouco.

Daqui a uns quatro anos estará pior de certeza, mas aguarde-se a tarde de amanhã para nos inteirarmos do assunto.

Mas quanto à Tróika, não tenho dúvidas que já andarão a conjecturar um novo pedido. Então se ainda estamos a começar o ano de 2012 e Portugal já recebeu mais de 50% como vai ser possível o resto? Segundo aspecto a esperteza do Governo Passos/Portas apenas se materializa no corte de salários e no aumento de impostos como é que as contas vão ser endireitadas se a crise continua e se aprofunda?

Não vamos por aqui. Não chegamos lá.

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2012-01-25

 

Pedro Rosa Mendes saneado pelo Governo de Passos /Portas

Pedro Rosa Mendes com António Lobo Antunes, na apresentação do romance "Peregrinação de Emmanuel Jhesus". Foto António Cotrim/Lusa
Pedro Rosas Mendes é um grande jornalista e escritor. Mérito reconhecido e premiado. Uma voz incómoda que denuncia a corrupção, o nepotismo. Com coragem (um bem tão escaço...) suficiente para afrontar os poderosos em vez de lhes cacarejar loas: “uma sociedade asfixiada por valores do silêncio, da cobardia, do bajulamento”.
Verticalidade envolve riscos e Passos, Portas, Relvas, prostrados interesseiramente perante "os mercados" não podem aceitar. Fazem o contrário do prometido.
Acabaram com o programa  "Este Tempo", na Antena 1 e calaram todos de uma vez: Rosa Mendes, Raquel Freire e mais três colegas.
Raquel Freire despediu-se ontem. Hoje de manhã foi a vez de Pedro Rosa Mendes fazer a sua última crónica! Começa longe, na evocação do seu recente livro sobre o Cambodja dos Khmers Vermelhos, para chegar aqui bem perto, ao estado a que isto chegou: "... Por junto, uma cultura mesquinha em que não há ninguém que diga aquilo que todos sabem, mas que todos devem calar.. Uma terra onde finalmente se instalou o medo e uma noção puramente alimentar da dignidade individual, traduza-se: está caladinho para guardares o trabalhinho."

2012-01-24

 

Raquel Freire uma voz indomável


Este Tempo a última crónica de Raquel Freire, na Antena 1, em que anunciou ter sido demitida pelo Governo.

Porquê? Ora porquê! Porque recusou ser a voz do dono, a voz do Relvas, do Passos Coelho, do governo da Troica, do governo dos banqueiros. Porque as suas crónicas são uma fonte de inspiração a todos os que amam a liberdade e acreditam num mundo diferente. Porque ademais luta contra a resignação, apela à esperança e à combatividade de cada cidadão, apela à revolta. E isso, é claro, o capital financeiro não ama e os seus empregados, por vezes, como parece ser o caso, com gosto, demitem, despedem. Até um dia...

Ver no JN, a entrevista a Helena Teixeira da Silva. Ou aqui o post de Ricardo Santos Pinto, no 5 Dias.

 

Um golpe nas acessibilidades à Madeira

Li agora mesmo, última hora no DNoticias do Funchal que o navio Armas deixa de operar a linha Portimão Funchal por motivos operacionais.

Que fez o governo regional de Alberto João para impedir esta situação que é muito prejudicial para a Madeira (habitantes e economia)?

Que motivos operacionais são esses? Do Porto do Funchal explorando por um concorrente?

É de perguntar até porque o Armas nunca foi bem visto a operar no Funchal pois ponha em causa interesses de empresários madeirenses. Afinal, a concorrência tão apregoada (desejada?!) onde pára?

O Governo Regional tem de se explicar. Já não basta ter um porto tão caro?

Custa-me a crer que a linha possa ser abandonada por motivos económicos. Ainda no último natal fui e vim de Armas.

Só os carros com matricula inglesa Jersey eram mais de 100, ou seja, de madeirenses que trabalham naquela ilha e o barco não indo cheio, ia bem composto.

Não fiz nenhum estudo, mas não me parece que seja a rentabilidade da linha que esteja em causa.

Era bom que o Governo comece a mexer nestes interesses (acessibilidades é fundamental numa economia de Ilha) se quer levar o plano de resgate, que vai ter que assinar, a sério.

A Madeira precisa de um plano de resgate sério e para ser levado a sério. Aquela primeira carta de intenções de AJJ é um grande osso na garganta dos madeirenses.

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2012-01-23

 

Já percebi ... Cavaco anda desfalecido

Cavaco começou a olhar à sua roda, percebeu que tinha o ordenado mais baixo dos cavaquistas.

Olhou para a EDP, leu os jornais e desanima. ... Deve lá no fundo ter pensado porque me veio esta à cabeça de querer ser presidente. Sobretudo este segundo mandato. Bem podia ter ficado em casa e agora estava eu com os olhos em bico para contar tanta nota ao fim do mês.

Pensou no seu amigo Dias Loureiro e reflectiu podia estar a subir uma palmeira. Investia em São Tomé e zás. Repartíamos as zonas de influência. Amigo não empata amigo..

Não vou adiantar mais. Cavaco é de facto o que menos recebe. Anda cabisbaixo.

Desanimou quase desmaiou e então face a esse estado debilitado fazem-lhe uma pergunta e ele desbobina o que vai na alma. Melhor, como tentava ontem o Professor Marcelo desculpar, proferiu uma resposta mal amanhada.

E o povo percebeu afinal. Ele tanto prega a competitividade, mas as suas receitas não produzem efeito. Se até deixou de ser competitivo no próprio ambiente!!.

2012-01-22

 

Cavaco Silva: Não sou parvo nem romancista russo

Revi a  opinião que dei, dois posts abaixo, sobre o PR.
Cavaco Silva ao dizer o que disse, lá em cima no Porto, que tinha uma reforma de 1.300 euros, sem falar da outra que é maior, não foi patetice nenhuma, ele quis foi mostrar, numa de cultura, perto de Guimarães, que é tu cá tu lá com os nossos clássicos da poesia. E lembrou-se do Álvaro… não, não foi desse, foi do Álvaro de Campos, naquele poema

Cruzou por mim, veio ter comigo, numa rua da Baixa


“ …
Aquele homem mal vestido, pedinte por profissão que se lhe vê na cara,
Que simpatiza comigo e eu simpatizo com ele;
E reciprocamente, num gesto largo, transbordante, dei-lhe tudo quanto tinha
(Exceto, naturalmente, o que estava na algibeira onde trago mais dinheiro:
Não sou parvo nem romancista russo, aplicado,
E romantismo, sim, mas devagar...).

Coitado do Álvaro de Campos

Deu hoje, num gesto largo, liberal e moscovita,
Tudo quanto tinha, na algibeira em que tinha pouco àquele
Pobre que não era pobre, que tinha olhos tristes por profissão
… “

Cavaco Silva qual Álvaro de Campos falou da reforma que tinha numa das algibeiras excepto, naturalmente, da que estava na algibeira onde traz mais dinheiro.

Que não é parvo nem romancista russo…

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A desconcertação social. João Proença herói do patronato!

Já tudo foi dito sobre o acordo da concertação social e não vale a pena chover no molhado. Apenas uma breves observações.
O governo propôs ao patronato e aos sindicatos um acordo pelo qual os trabalhadores passam a trabalhar mais e a ganhar menos, a poderem ser despedidos, na prática, de forma arbitrária pelos patrões, a receberem uma indemnização menor em caso de despedimento, ter menos dias de férias, ter de trabalhar nos dias de descanso ou de folgar, sem receber, nas “pontes” se o patrão assim o determinar.
Em contrapartida os patrões cedem aos trabalhadores… nada. Nada, pois claro, então como havia de ser? Estamos na pouca-vergonha do socialismo ou quê?
O Governo propôs isto às partes. O patronato coitado aceitou. Os sindicatos obviamente recusaram. Não, não foi bem assim, a UGT com o apoio do PS de Tó Zé Seguro, supõe-se, juntou-se aos patrões e ofereceu a Passos Coelho, ofereceu ao Governo de Portugal da Tróica e dos “mercados” a glória de um “pacto social muito alargado”.

Vamos ver a paz social que tal concerto, acolitado pela UGT, trará.

João Proença não pode estar triste por agora os trabalhadores o apodarem de traidor. Que queria ele que os trabalhadores lhe chamassem? Herói do patronato?
 

Um homem do povo a sofrer como o povo

Num momento dramático da vida dos portugueses acossados por Passos Coelho às ordens dos “mercados”, acossados com o desemprego, com os baixos salários, com as reformas de miséria, numa declaração que ninguém lhe exigiu , o Presidente da República, veio revelar que está entre os pobres, que é um deles. Veio dizer que é um seu irmão na desgraça. Veio revelar as suas aflições e que, de uma vida de trabalho tem uma reforma de 1.300 euros e mais alguma coisa de outra que ainda não sabe bem quanto é.

Não sei o que mais surpreende se a mentira escusada, pois a outra reforma anda perto dos 9.000€ mensais, se a parvoíce ao não perceber que, neste momento de austeridade mal distribuída, tal dislate ganha o caráter de afronta ou de escárnio.

O PR que declarou como rendimentos, em 2009, 140.602 € das pensões e 142,376 da remuneração como PR, revelou no Porto, há dois dias, uma reforma como professor universitário, de 1.300 € mas não revelou a outra do Banco de Portugal, porque não sabia bem a quanto monta!

Com os cortes de 5%, em 2010 e em 10%, em 2011 o ordenado passou de 7.630 para 6.523€ e , Cavaco preferiu ficar com a parte maior, as suas reformas.
Um desabafo destes fazia sentido junto do seu amigo Eduardo Catroga que vai ganhar, além dos seus 9.000 euros da reforma, 45.000 euros por mês, num lugar de fachada da EDP, em resultado do seu inigualável curriculum de boy do PSD. Ou junto dos seus amigos do BPN, de onde ele e a filha apenas lucraram umas míseras centenas de milhar de euros num negócio de favor, de compra e venda de acções, proporcionado pelo seu amigo Oliveira e Costa que burlou o estado, ou seja os contribuintes, juntamente com o resto do bando, em 5.000 milhões de euros que andamos a pagar.

Mas o o nosso concidadão de Boliqueime quer o impossível: os afectos do povo comum ao mesmo tempo que os privilégios dos que o escravizam.

Somos um povo capaz de vencer as novas tiranias ou, como dizia  Pinheiro de Azevedo, em momento de aflição "o povo é sereno " ?

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2012-01-21

 

"Maria uma portuguesa tipo"...

... "Maria é próxima a qualquer família da classe média"... escreve Octávio Ribeiro no Correio da Manhã de hoje.

Como Maria's há muitas, quem é esta que Octávio Ribeiro diz ser uma portuguesa tipo e ainda da classe média?. Haveria aqui alguma incorrecção de linguagem ...portuguesa tipo e da classe média, enfim o País não é bem só isso, mas deixemos essas nuances.

Esta Maria é nem mais nem menos a esposa do Sr. Presidente da República, mais conhecida por Maria Cavaco Silva, aquela que depende dele (não tem rendimento próprio) como apareceu aí numa telenovela na última campanha eleitoral.

Mas cito estas frases pois a seguir diz Octávio Ribeiro: quando o Professor ensaia o discurso de cidadão médio - terreno que a esposa domina - dá-se o desastre. Assim foi ontem a propósito das suas pensões.

Uma análise do jornalista. Respeito. Não percebo onde quer chegar. Explicar que Cavaco não sabe falar destes assuntos?. Reverência? Branquear o que disse Cavaco?...

Ouvimos todos ou quase o que disse Cavaco e cada um tira as ilações.

2012-01-20

 

Falta de senso. Há o recurso à sopinha

É evidente que o Sr. Professor Cavaco Silva, um Presidente da República, que prescindiu do ordenado de Presidente para receber as reformas legítimas, porque somam mais, é algo que me incomoda como cidadão português.

Já alguma vez um Presidente de outro país, se mostrou assim tão miserável?

Confesso não desejo comentar este facto com um cidadão estrangeiro.

E depois não atinjo. Se o Presidente não se sente confortado no cargo com o seu ordenado porque se candidata a exercer o cargo? Não foi ao engano.

Já conheço a resposta: a Pátria. Certamente, aceito que alguma pátria o chamou. Resta-nos tentar adivinhar e nos interroguemos todos: que Pátria?

2012-01-19

 

Perdi toda a paciência com este Sporting

Basta e tomem Juízo.

E a mim não me apanham mais a ver um jogo do Sporting sem que isto mude.

O Sporting desaprendeu e isto é grave. De quem é a culpa?

Entendam-se. Se é do Domingos Paciência, não sei. Se é dos Bogino's comprados (a saldo? É preciso perguntar a quem os comprou como se fazem compras assim?) é de certeza. Mas Domingos Paciência não tem culpas na compra? Se não tem porque põe a jogar um tipo tão inapto como Boginov?

Não sei. Mas como sportinguista só tenho pena e digo isto muito a sério. Agradar-me-ia que o Sporting tivesse levado um banho, perdido hoje aí por 3 a 0. Não era escandaloso mas dava escândalo e talvez algo mexesse.

Assim, continua tudo em banho-maria a alimentar entramos mal na primeira parte, a equipa não reagiu e tudo o mais. Estamos a constituir equipa e no próximo ano tudo estará na maior. É falso tudo isto É empurrar para a frente o problema com a barriga.

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A foto da traição da UGT

Se se diz que foi assinado um acordo tripartido (penso que isso quereria dizer um acordo entre três entidades), onde estão as outras duas?

Não vejo Estado nem Patrões a ceder seja no que for.

Dir-me-ão o Estado deixou cair a meia hora. Sobre isso a melhor resposta deu-a Torres Couto, o líder fundador da UGT: " Governo lançou o isco da meia hora adicional e a UGT mordeu". Tudo esclarecido. E depois na rádio ainda acrescentou que o Eng. Proença na prática traiu os trabalhadores com a assinatura deste acordo.

E os Patrões?

Esses nem em isco investiram, como é costume, pois o Estado nem lhes deu fundos comunitários para tal.

Mas indo mais a fundo, será que a baixa competitividade da economia portuguesa é só da culpa dos trabalhadores?

Factos são factos e esses provam exactamente o contrário quer em Portugal quer no estrangeiro.

Temos uma Autoeuropa com trabalhadores portugueses altamente competitiva no seio do grupo Vokswagen; temos trabalhadores dos melhores no estrangeiro no confronto com os nacionais e com os outros emigrantes. E se factos são factos esta situação comprova que o buraco da competitividade não está nos trabalhadores.

E porque factos são factos, Portugal tem uma classe empresarial altamente incompetente) isto sem ofensa para os bons e muito bons empresários e gestores que os há) onde reina a desorganização, a falta de capacidade na comercialização e de redes comerciais, a tecnologia desadequada e um Estado cujos estudos demonstram que são um empecilho ao desenvolvimento.

E se factos são factos então porque só se atingem os direitos de quem trabalha, baixando-lhes os vencimentos e obrigando-os a trabalhar mais, reduzindo-lhes alguns dos poucos incentivos.

Porque não se exige ao patronato mais qualidade e um Estado mais operativo, como uma justiça mais veloz.

E mais o Estado "equilibrador" de interesses ficou na gaveta?

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2012-01-18

 

Madeira/Lisboa assinam programa de resgate na próxima quinta-feira

Só me pergunto: que programa vai ser assinado?

Segundo se diz pouco diferente será do que consta da carta de intenções.

A ser assim, como se pode ler esta "Fita" de Alberto João Jardim, em fazer atrasar a assinatura do acordo?

Independentemente de uma ou outra alteração que, segundo consta, já no fim de semana passado estaria acordada, leio esta jogada como mais um malabarismo barato do presidente do GR para enganar a população, fazendo crer que negociaram e arrancaram algo de melhor.

Agora, se a cláusula sobre o prazo de tempo de pagamento da dívida não for alterada e a percentagem de 40% também não, é um grande buraco em que a Madeira se mete, sem quaisquer hipóteses de alguma vez poder cumprir.

Quinta feira cá estaremos para ver e comentar.

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2012-01-17

 

A tomada do Quartel de Beja em 1962

O Movimento Cívico Não Apaguem a Memória-NAM comemorou o 50º aniversário da revolta de Beja (mais conhecida por assalto ao quartel de Beja) com uma sessão pública realizada na BMRR, em Lisboa, no dia 14 de Janeiro. O público encheu o anfiteatro, corredores e espaços anexos. Estiveram muitos dos participantes na acção revolucionária de então. O essencial está aqui no Memórias que tem o link para a reportagem feita pelo jornal A Bola online




2012-01-16

 

A arma de comunicação de Cavaco Silva

A pagina pessoal de Cavaco Silva no facebook é uma arma que Cavaco Silva usa e, em minha opinião, por vezes, abusa para se expressar junto da população.

Ainda neste fim de semana a usou para vir dizer que os trabalhadores da função pública devem ser "dignificados e prestigiados".

Atenção: devem ser não quer dizer que o sejam, nem que o Sr. Presidente se empenhe nisso.

Cavaco Silva mais uma vez perdeu a oportunidade de ficar mudo, o que francamente era o mais adequado.

Então, quem acaba de promulgar todos aqueles cortes nos vencimentos dos trabalhadores do Estado para o ano de 2012 tem moral para vir defender a dignificação dos trabalhadores?

Certamente concorda com este governo que mandar os trabalhadores e os reformados em muitos casos para níveis aquém do limiar da pobreza é prestigiar e dignificar. Assim percebe-se a ideia.

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2012-01-13

 

A situação económica da Madeira é muito grave

Tudo se prepara para que na próxima 2ª feira, dia 16, seja assinado o programa de resgate do afundamento das finanças e economia da Região Autónoma da Madeira, levado a cabo pelo desgoverno de 30 anos do Dr. Alberto João Jardim.

Os resultados desse desgoverno, que são factos indesmentíveis, são a prova da inconsciência e incapacidade de quem não reunia o mínimo de condições, mas teve o poder e exerceu-o com a total impunidade, nunca pensando que esta situação pudesse alguma vez acontecer-lhe.

Faz pensar porque razão os políticos nunca são responsabilizados pelos actos de má gestão e governação. Não há lei para eles. Não conheço caso algum. Apenas em situações e poucas de corrupção chegam à barra dos tribunais.

Ontem à noite assisti a um debate na TVI24 entre Guilherme Silva (PSD/M) e Jacinto Serrão (PS/M) deputados na AR pela Madeira.

Um mau debate, nada esclarecedor sobretudo por parte de Guilherme Silva que andou aos papéis, mostrando que pouco sabia do teor das negociações e uma péssima moderação do jornalista que bem a dizer "desmoderou".

O deputado Guilherme Silva queria era falar, falar,... fazer passar o tempo evitando defrontar-se com questões que pouco dominava, percebia-se a técnica. Passou o tempo a atropelar claramente Jacinto Serrão, que também não se salientou pelo brilhantismo mas pelos atropelamentos de Guilherme Silva.

Resumindo, nada se avançou sobre o plano de resgate, mas não posso deixar de registar uma frase de Guilherme Silva sobre Jardim: "a posição do Dr. Alberto João Jardim é de absoluta honestidade".

Posição sobre quê?

Sobre o Plano de Resgate. Quem conhece a carta de intenções, segundo a versão institucional, "elaborada" na Madeira pelo Governo Regional compreende que esta frase é destituída de sentido. É mera propaganda, mas da pior. Jardim assinou tudo, o possível e o impossível e, agora, no Plano de resgate fará o mesmo. Como se diz "ele não tem dinheiro nem para mandar cantar um cego". Assina tudo


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2012-01-12

 

"Gosto desta": Portugal o País das natas

O Primeiro Ministro, Passos Coelho, deve ter tido hoje um momento de felicidade.

Pois, o seu ministro, o Álvaro, teve uma ideia brilhante juntar numa de promoção internacional do País, dito Portugal, o frango assado e as natas, com o pastel como estandarte à mocidade de outros tempos.

Excelente. Mas assumindo eu um ar mais regionalista, mas atlântico permutava. Em vez de natas e frango assado proponho milho frito e carne de vinha d'alhos. Cheira melhor e com maior intensidade. E provo esta minha dica. Regressei da Madeira via Portimão (para quem não saiba de barco. De Lisboa não há barco, segundo as más línguas porque há interesses na Madeira junto do GR que se opõem) com muitos madeirenses que trabalham em Jersey. Carros top de gama. Quando abriam o carro, o cheiro da vinha d'alhos até nos transportava para as redondezas do mercado do Funchal. Melhor propaganda? O Álvaro desconhece. Meta uma cunha ao AJJ que o informa.

Se tivesse feito esta minha viagem, o Álvaro não teria precisado de queimar as meninges para tanta inspiração, hoje no DN a falar da internacionalização portuguesa.

 

Os Conselhos de Administração já nomeados pelo Governo Passos Coelho/Paulo Portas

Estejamos atentos porque vêm mais nomeações por aí e muitas. Mais Celestes Cardonas. Mais Catrogas. Mais Frexes.

Tudo gente do melhor e apartidária. Nada têm a ver com os partidos do poder.

Tudo sabedoria e grande experiência: curriculas do melhor.

Então o Frexes já vem com curso: como descapitalizar as Águas de Portugal. Foram muitos anos meus caros e um curso destes tem uma mais valia de mercado que não tem preço.

E a Celeste Cardona que anda a vender ideias éticas nos seus artigos semanais? Outra que depois de ter deixado a Lisnave tem vindo a preparar-se com afinco para os sucessivos cargos: primeiro de Ministra e a partir daí é sempre a andar. Já pensaram no Álvaro da meia hora? Daqui a uns tempos, que nem uma cantina tinha gerido antes da célebre ideia da meia hora em troca da TSU e que agora vai ter de ver se encontra parceiro para trocá-la. Um dia destes também aparece aí num cargo destes com um curricula das ideias abandonadas.

Catroga coitado. Está como o habitante de Belém, muito pobrezinho a aguardar se lhe pagam ou não os 13º e 14º meses do BP. Surgiu a EDP e os chineses não se "esquecem" de quem negociou a Troíka.

Não sou ingénuo. E para que fique claro, os partidos actuam de facto um pouco por estas águas. Fazendo um sobrevoo nestas águas e tirando a raiz quadrada, defronta-se a realidade.

Mas este governo é por demais. Um mínimo de qualidade e integridade deveria existir. Assim é demasiado grosseiro e escandaloso. Caiu-lhe a máscara à primeira.

Publicado também no Face.

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2012-01-11

 

Sem Sombra de pecado Vergonha


É simpático e muito correto. Está em campanha eleitoral. Ele está indignado com as pouca-vergonhas que se vêem na política, na governação, com a partidarização dos empregos, revoltado com os boys for the jobs, exige ética, isenção e com a sinceridade e indignação a banhar-lhe o rosto, já rouco, admoesta e grita: 
Precisamos de despartidarizar a nossa administração!
Eu não quero ser primeiro-ministro para dar empregos ao PSD !!
Eu não quero ser primeiro-ministro para tomar conta do estado!!!

Mal chegado ao poder e lá vão descaradas, sem rebuço nem pudor, as nomeações partidárias, os tachos e os boys do PSD, a revelar que os indignados protestos da campanha eleitoral não passavam de estudadas e cínicas mentiras:
Maio/2011- Administração da CGD: Nogueira Leite, Nuno Thomaz.
Nov 2011: Centros hospitalares do Porto, Cova da Beira Viseu, Coimbra, Médio Tejo,
Dez 2011 Centro Regional da Segurança Social de Aveiro.
Jan 2012 EDP: Eduardo Catroga, Celete Cardona, Teixeira Pinto, Braga de Macedo.
Jan 2012 Águas de Portugal: Manuel Frexes deixa a presidência (PSD) da CM do Fundão e é nomeado presidente da empresa a que o seu município deve 7,5 milhões  de euros, a AdeP, o outro nomeado é Álvaro Castello-Branco, vice-presidente (CDS) da câmara do Porto.
E ainda a procissão vai no adro.
 [Link para o video da TVI]

Mas anteriormente o PS, e antes dele o PSD/CDS, e antes destes o PSD, não fizeram o mesmo ou parecido? Sim, fizeram. Mas o que choca é o ênfase colocado na campanha eleitoral, os protestos indignados do candidato, o Jota simpático, que garantia que ir pôr cobro a tais desmandos. Uma total falta de vergonha.
Não havia necessidade...  

Eduardo Catroga que já tem uma reformazita de 9.600 euros por mês, foi contemplado com um lugar não executivo, presidente do Conselho Geral e de Supervisão da EDP, um job para reformados, com uma remuneraçãozeca um pouco acima dos 45.000 euros/mês. Não surpreende. E não são "pentelhos".

 

Que faz o Representante da República na Madeira?

Ouviu-se dizer que Alberto João Jardim tem um plano "B". Não se vê como se em mais de trinta anos nem um plano "A" teve, a não ser a aposta no betão,com as pessoas em plano secundário.

Que plano "B" será esse?

Mais uma de Alberto João em que felizmente as pessoas já acreditam menos.

Passei nesta quadra de festas um largo período na Madeira e in loco vi que a insatisfação é grande, que as pessoas começaram a aperceber-se de que a governação da Madeira ruiu por falta de estratégia e que muita gente próxima do "imperador" abertamente diz que ele é o problema e não a solução.

É uma frase feita que se ouve em alturas críticas e quando o visado está na mó de baixo. Também é verdade que desde há bastante tempo deu-se uma certa "libertação" da crítica e hoje já se criticam abertamente as políticas do PSD em público, vulgo cafés e nas famílias, mesmo quando sempre votaram PSD.

Também deduzi que infelizmente tinha razão sobre as eleições porque defendi o conhecimento prévio das medidas e que não devia haver eleições sem plano.

Muita gente votou Alberto João Jardim, por ainda desconhecerem as medidas de austeridade agora já anunciadas e que Jardim durante a campanha negou que houvesse ou assinasse.

A oposição foi frouxa, embarcou em eleições, sem ter exigido previamente o plano de resgate. Uma oposição de um modo geral muito pouco lutadora e cheia de tibieza.

Não tenho dúvidas de que se o plano fosse previamente conhecido, Jardim tinha sido derrotado nas urnas.

Mas havia muita oposição que temia a eventualidade de governar a Madeira em condições tão difíceis como as que aí se descortinam.

Não sei mesmo, se não foi este raciocínio de medo, de incapacidade que fez que as eleições se debruçassem sobre uma realidade virtual.

E afinal que papel tem o representante da República neste contexto? Extinga-se menos uns trocos do erário público.

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2012-01-10

 

Quem detém as dívidas públicas?

A detenção das dívidas públicas está muito internacionalizada, embora varie segundo os países.

A globalização financeira deu origem a cruzamentos diversificados da aplicação das poupanças entre estados/países.

Assim, muita da poupança americana foi aplicada sobre a dívida pública francesa através dos fundos de pensões. A francesa está indirectamente aplicada em títulos da dívida pública italiana através dos seguros de vida, etc, etc..

A liberalização dos fluxos de capitais permitiu aos investidores e, através destes, essa aplicação diversificada das poupanças e aos Estados um financiamento fácil. A situação presente com a crise da dívida soberana está bem mais difícil em termos de refinanciamento dos Estados sobretudo a nível europeu.

Há a registar uma mudança pós Euro, materializada num maior endividamento dos Estados junto de credores não residentes e, desta forma, os Estados aumentaram a sua dependência externa e, consequentemente, a sua vulnerabilidade.

Segundo informação da revista Alternatives Economiques deste mês de Janeiro, tendo por referência o ano de 2009, 53% da dívida pública da Zona Euro era comprada, na sua emissão, por não residentes.

A distribuição como se referiu varia segundo os países e o panorama é o seguinte:

França 57%, Alemanha 50%, entre 40 e 45% para Espanha e Itália e 75%para Portugal. Portugal dispõe de uma grande exposição na colocação da sua dívida pública.

Comparando com países fora da Zona Euro temos: EUA 30%, Reino Unido 29% e Japão 8%.

No artigo da revista, admite-se que as percentagens da Zona Euro possam estar empoladas porque muitos nacionais, os compradores residentes, adquirem títulos da dívida pública, via off-shores

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Mais medidas de austeridade estão na calha

2012 já prometia ser muito duro para o comum dos portugueses.

Mas o governo de Passos Coelho, que não se sente bem sem continuamente mimar os portugueses com medidas frequentes de bem estar como cortes de salários e aumentos de preços, está já na calha para nos vir mimosear com novas medidas.

O governo ou mais concretamente Vítor Gaspar ter-se-á equivocado na elaboração do orçamento para 2012 e, assim, não conseguirá cumprir o acordo com a Troika no tocante ao défice orçamental.

Como negociar com a Troika não faz parte da filosofia deste governo, o comum dos portugueses vai mais uma vez ver o seu parco orçamento mais reduzido

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Estou chocado

Acabo de ler que o "imperador" da Madeira, agora com letra minúscula, porque depois da assinatura da carta de intenções para o resgate da dívida com o governo da República ficou sem poderes, trocou, nos seus últimos dias de Dezembro (final de mandato) em que conseguiu reunir uns patacos para governar, os pagamentos que devia fazer às farmácias pelo pagamento ao betão. E assim os utentes passaram desde ontem a ter que desembolsar o preço total da compra do medicamento.

Desta forma, levou a uma corrida sobretudo dos reformados com muito baixas pensões a comprar medicamentos ou a uma desistência de quem não conseguiu dinheiro para isso. Esta é a situação grave criada à saúde na Madeira.

Reconheceu o Secretário Regional do Plano e Finanças, em conferência de imprensa face a uma pergunta de como se tinha atingido este caos na saúde, que as obras públicas foram a prioridade do GR e, por isso, acumulou-se a dívida às farmácias.

Mas, o descaramento de Alberto João tem sido tanto e aqui interrogo-me se descaramento se ignorância que tem vindo a afirmar que, no fim deste seu mandato, vai reduzir a dívida da Madeira a 40%.

Imagine-se a sustentabilidade desta afirmação: Uma dívida neste momento de no mínimo 6,5 mil milhões de euros estar reduzida a 40% daqui a pouco mais de três anos e meio? Note-se que orçamento regional é de 1,2 mil milhões, sendo as receitas da Região a nível de 2009, de 600 milhões que nem dão para cobrir as despesas correntes?

Qualquer termo serve para qualificar esta aberrante e irresponsável afirmação.


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Mas do que é que eles se estão a rir ?

- Oh Luís Montenegro! conta aqui ao pessoal do que é que vocês falavam lá na Loja Mozart?
- Ora... que não estivessem preocupados com a aposta do teu governo em "empobrecer o país" porque isso não nos tocava a nós.

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2012-01-07

 

Portugal no TOP

No 14º Campeonato da Europa de Futebol que vai ser realizado na Polónia e na Ucrânia entre os dias 8 de Junho e 1 de Julho de 2012 a selecção de Portugal já está no TOP.
Fomos para os melhores hóteis. Eis os custos de alojamento, por noite, de cada delegação, por país:

Custo    da    diária   em    euros
Portugal .........................33.174
Rússia............................ 30.400
Polónia ..........................24.000
Irlanda ...........................23.000
Alemanha .......................22.500
República Checa ..............22.200
Inglaterra .......................19.000
Holanda .........................16.200
Itália ............................10.500
Croácia ...........................8.300
Dinamarca .......................7.700
Espanha ............ ..............4.700

O Governo mete o país de tanga mas o nosso futebol não nos deixa ficar mal: gastamos 7 vezes mais que a Espanha:

2012-01-05

 

As propostas do CDS/Madeira para a economia produtiva

É interessante que os partidos políticos se debrucem sobre as saídas para a grave crise da economia da Madeira que, por erros acumulados e falta de visão estratégica, se encontra numa situação muito crítica e os madeirenses cada vez mais numa rampa de empobrecimento, aliás como todo o País.

Agora,o que se espera são propostas novas e inovadoras quer do ponto de vista económico quer social.
Porque escrevo este texto?

Porque ontem li no Diario de Noticias da Madeira um artigo de José Manuel Rodrigues, a quem cumprimento com todo o respeito, que de ideias novas tem pouco e algumas já provadas que não resultam e a concretizarem-se seriam um desperdício de investimento. Vou referir-me apenas a duas porque as restantes propostas são tão genéricas, preenchem espaço jornalístico mas a nada conduzem. Exemplo destas últimas. O que é um Plano Estratégico para o Turismo e maior aposta na promoção? Por favor, acrescente alguma coisa..Que parâmetros o vão diferenciar do que existe. Mete mar, mete ambiente? E como?.Que empresários? Como os vai atrair?

Mas voltando atrás às duas ideias que pretendo referir. A primeira tem a ver com a criação de uma Agência para captar Investimento Externo. Sabe que esta ideia faliu a nível nacional e que se tornou um monstro em termos de gastos, acabando por ser integrada no Aicep? Sabia que para montar uma agência destas são precisos quadros que percebam muito do mundo dos negócios internacionais? Sabe quantos anos leva um jovem a adquirir esse traquejo? Se for para ter um escritório e distribuir empregos para boys dá. Mas a vida agora está cara. E oxala´que esse luxo o povo português o pague cada vez menos. Além disso esta ideia para a Madeira, apesar de errada, não é nova.Já existia no baú de ideias erradas do Vice Presidente. Ele aqui há uns anos defendia isso. Tive oportunidade de a referir em artigo sobre a ZFM publicado no DN nos inícios de 2011 e que se pode ver aqui no facebook pois o inseri hoje com este objectivo.

Mas não pense que não concordo consigo com a necessidade de atrair capitais estrangeiros para a Madeira. 100% de acordo, mas não através dos instrumentos que propõe criar e também não através do Aicep, embora possa pensar numa parceria interessante. A Madeira tem um excelente instrumento em termos de gente qualificada exactamente na ZFM ou ligados. E a segunda ideia é que a ZFM necessita de ser posta ao serviço da RAM, não como defende orientada apenas para permitir o planeamento fiscal, mas exactamente para captar investimento externo que se entrose com o tecido empresarial e económico da Madeira e Porto Santo. Compete aos partidos políticos forçarem esta linha de objectivos para a ZFM, o que requer renegociar a composição do capital societário e as funções.

Mas, para um bom trabalho neste domínio é necessário ter um suporte, ou seja, uma estratégia de desnvolvimento que leve á criação de riqueza na Região. Espero que os partidos políticos se debrucem sobre isto e que seja feita uma discussão global sobre tudo isto.

A sociedade madeirense ficaria muito rica com um aprofundado e largo debate tanto mais que a situação actual e dos próximos anos é muito crítica e urgentemente há que encontrar saídas.

copiado do FaceBook

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2012-01-04

 

Fado Transmontano cantado por Carlos do Carmo


 

Capa Negra Rosa Negra de Adriano


 

 

O governo regional da Madeira está mesmo de tanga

Nunca as palavras de Durão Barroso se aplicaram de forma tão apropriada.

O Governo de Alberto João Jardim ainda não pagou salários aos trabalhadores do seu órgão oficioso-o Jornal da Madeira porque não tem cheta. A Igreja como co - proprietária também está muda e que se saiba não está falida. Será que a caridade cristã é mesmo apenas sermão?

Mas a tanga não se fica por aqui. Também ainda não pagou os salários aos trabalhadores da ILMA e falha mais uma vez os prazos de pagamento de 4 milhões de euros às farmácias. E estas ameaçam não fiar mais ao GR e quem se trama é o doente que vai ter de pagar por inteiro.

Isto não é invenção, nem propaganda contra o governo de AJJ. São factos até constam alguns em comunicado oficial na base de que as negociações com o Governo Central ainda não estão fechadas.

Pelo que se sabe sobre estas negociações, Jardim tem se limitado a aceitar tudo.

A Madeira esteve em tempos idos para ser doada em dote a uma princesa que ia casar em Inglaterra.

Jardim está disposto em dar a Madeira em dote a Vitor Gaspar, desde que caiam alguns tostões o mais depressa possível, pois a sua figura está a ficar muito desmaiada face à população madeirense.

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2012-01-03

 

Assim, com a rosa murcha, o PS não vai lá.

Telejornal das 20h de 2012-01 03:
Vários deputados do PS recolhem assinaturas para que o Orçamento de Estado para 2012 seja submetido a fiscalização sucessiva pelo Tribunal Constitucional. Como se sabe, Cavaco Silva manifestara dúvidas sobre a sua constitucionalidade mas depois deu o dito pelo não dito e promolgou a lei do OE sem a submeter à fiscalização do TC.

O SG do PS, António José Seguro, está contra a iniciativa daqueles deputados da sua bancada e o líder parlamentar dos socialistas, Carlos Zorrinho deu esta explicação anedótica:
 "Nós confiamos totalmente na apreciação do Senhor Presidente da República. Seja num sentido ou noutro nós estamos completamente de acordo."
 
Ouve-se e não se acredita. Sobre assunto eminentemente político o PS não tem opinião política. E está completamente de acordo quer com o sim quer com o não. Assim, com a rosa murcha, o PS não vai lá.

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Lista de torturadores durante a ditadura militar está disponível no Arquivo Nacional | Jornal Correio do Brasil

Lista de torturadores durante a ditadura militar está disponível no Arquivo Nacional Jornal Correio do Brasil

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Vinte e um dos 38 ministros de Dilma estão de férias | Jornal Correio do Brasil

Vinte e um dos 38 ministros de Dilma estão de férias Jornal Correio do Brasil

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ideias controversas

Crise, croissance et finances publiques é de ler

Chegamos sempre ao mesmo. A Europa que temos não serve. As decisões que a Europa toma ou agravam a situação ou não são postas em prática, ou demoram uma eternidades e já são
implementadas fora de contexto.

A Conclusão parece ser uma: implodir esta Europa e construir uma outra.

Até agora esta Europa apenas serviu a Alemanha.

Tornou-a maior com a integração do leste alemão que toda a Europa pagou. Criou um mercado alargado para onde a Alemanha agora com nova dimensão exporta os seus produtos quase sem concorrência, Deu-lhe projecção internacional.

Agora há que mudar de registo. Há que avançar para outra Europa que sirva a globalidade dos países da UE e da zona Euro.

Os países devem interrogar a Alemanha se quer participar nesta nova Europa

 

Os remédios europeus para a crise

Há uma falta de visão nos remédios que a UE tem vindo a adoptar no combata da crise. Falta de visão para não dizer erros crassos e alguma ignorância de impactos.

As últimas decisões, entre elas "a regra de ouro" do défice orçamental não poder exceder no futuro 0,5% e desta regra ter de ser uma norma constitucional ou equivalente é um erro maior no actual contexto da formatação europeia.

Os estados americanos estão interditados de apresentar orçamentos deficitários; em França, as colectividades regionais também não podem apresentar orçamentos desequilibrados.

Esta é uma norma para muitos Estados federais.

Mas na Europa as condições são outras. A Europa tem um orçamento mínimo 1% do PIB europeu. O Banco central não emite moeda, ou seja, o Euro é uma moeda amputada nas suas funções.

Logo a aprovação de uma regra destas, dita de ouro, é um descalabro, contribuiria para agravar ainda mais a situação em tempos de crise quando os Estados precisam de ter um papel mais importante no financiamento da economia.

2012-01-01

 

Salvem os cidadãos antes dos bancos

James K. Galbraith e Aurore Lacq em Le Monde 2011-12-13

[La crise de la zone euro est une crise bancaire qui a pris la forme d'une série de crises des dettes souveraines. Une crise aggravée par des idées économiques réactionnaires, une architecture défectueuse et un climat politique toxique. Comme la crise américaine, elle est le fruit de ...]

(tradução)

A crise da zona euro é uma crise bancária que assumiu a forma de uma série de crises de dívida soberana. Uma crise agravada pelas ideias reaccionárias em economia, por uma arquitectura com falhas e um clima político tóxico. Como a crise americana, é o resultado de empréstimos laxistas destinados a mutuários de fracos rendimentos: a habitação em Espanha, o imobiliário comercial na Irlanda, o sector público na Grécia. Os bancos europeus beneficiaram com os efeitos de alavancagem oferecidos pelos activos tóxicos americanos.
Quando os países entraram em colapso, os bancos decidiram livrar-se das obrigações dos Estados mais frágeis em benefício dos países mais fortes para preservarem a sua rentabilidade, o que mergulhou a União Europeia na crise.
Neste tipo de crise, o primeiro reflexo dos bancos é o de fingir surpresa antes de culparem os seus clientes pela sua imprudência ou até mesmo pelo seu engano. Isto esconde o fato de que durante muito tempo os banqueiros concederam empréstimos com demasiada facilidade, com a intenção de embolsarem óptimas comissões. Esta estratégia dos bancos funciona muito melhor na Europa que os Estados Unidos, devido às fronteiras nacionais que separam devedores dos credores e às ligações entre os dirigentes políticos e os grandes bancos nacionais que de repente nem sequer hesitem em difundir estereótipos racistas.
(Continua aqui.)




 

Orquestra de Copenhague>/P>

Vale a pena ver e ouvir:

http://www.flixxy.com/symphony-flash-mob-copenhagen-central-station.htm

 

Ainda não percebi certas chinesices portuguesas

É evidente que os chineses têm a suas chinesices. Mas isso é lá com eles.

Quando aqui falamos de chinesices, queremos dizer coisas inúteis, redundantes, burocráticas que nada adiantam. Sempre assim entendi esta expressão.

Então digam-me se a nossa legislação não está cheia delas?

Um exemplo concreto. Acabo de ler que "a proposta do governo para aumentar o horário de trabalho de meia hora diária no sector privado já está em discussão pública". Mais, é obrigatória esta consulta pública.

Que utilidade tem este procedimento obrigatório, se o governo diz que não recua, se os sindicatos recusaram a proposta, se as entidades patronais na sua maioria também, então vai ser o Zé da esquina por muita consideração que mereça que vai fazer recuar o grande Álvaro?

Não percebo para que serve...esta chinesice bem portuguesa.

Mas imaginemos o contrário. Que era matéria de unanimidade. O procedimento da discussão pública era obrigatório. Pergunto na mesma para quê?

Ou será que o legislador pretendeu dizer informação pública?! Seria bem mais sensato, mais pedagógico e bem útil. Talvez, em certas leis, gaguejassem e voltassem atrás.

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