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2011-04-29

 

Aproveitar a crise para diminuir os abismos sociais

Dizem que inteligente é transformar um momento de crise numa janela de oportunidades. Estou a ver uma. E, pois claro, vou aconselhar a troica, o Sócrates e o Passos.
Exmºs Senhores como sabeis tivemos o triste recorde de sermos o país da UE com o maior fosso entre os 20% de população mais rica e os 20% mais pobre. Agora estamos no 2º pior lugar quanto a desigualdade social, a seguir à Letónia e a par da Bulgária e da Roménia.  O rendimento daquele grupo é mais de 6 vezes maior que o deste. Na UE a média é um pouco superior a 4 (ver gráficos dois posts abaixo).
Aproveitem o momento para levar Portugal a atingir uma boa (e moderada) meta europeia. Tornar Portugal mais igualitário. Limitar os rendimentos dos 20% de portugueses mais ricos de modo que não ultrapassem em conjunto 4 vezes o rendimento do conjunto dos 20% mais pobres. Baixaríamos assim, sem custos sociais, o fosso da escandalosa desigualdade da sociedade portuguesa e arranjaríamos dinheiro para pagar as dívidas.
Já estou a ouvir as objeções. É que os muito ricos são poucos e o que se recolhia não chegava para tapar o buraco.
Há um equívoco. É que nesta sábia e honesta proposta não se está a imaginar impostos que tirem 10 ou 15% aos grandes rendimentos.  Não. Seriam impostos bem cristãos que reduzissem rendimentos mensais de 100 ou 200 mil euros para 15 ou 30,  reduzissem os de 20 ou 50 mil para 10 ou 12. Temporariamente. Até vencermos a crise.
Como? Com impostos adequados nos patrimónios das grandes fortunas, nos rendimentos "pornográficos. Taxas de IRS como Roosevelt, nos anos 30 e 40,  aplicou nos  EUA com escalões até 70 e 80% ou Eisenhower que chegou aos 90% , como revelou Paul Krugman no seu livro a Consciência de um liberal.
Seria um roubo? Seria apenas um pouco mais de justiça social, poupávamos à fome e ao desespero os mais carenciados e os sacrifícios das classes médias. Nada de extraordinário, apenas medidas moderadas, padrões europeus. Passar do fosso 6 para o desnível 4.

2011-04-28

 

Vivemos acima das nossas possibilidades

Dizem aqui que o Presidente da Galp ganhou quase 1,34 milhões em 2010.
O valor é o segundo mais elevado entre as remunerações das maiores cotadas portuguesas (ultrapassado apenas pelos 1,41 milhões de euros de Zeinal Bava, da PT).
Se considerarmos 14 remunerações por ano isto quer dizer 100 mil euros por mês.
________
Um senhor, meu conhecido, amigo desse grupo Mais Sociedade, e que ganha uns parcos 45 mil €/mês explicava a grande crise a um dos seus empregados, pai de dois filhos, que ganha 580 euros por mês.
- Mas como se explica que a crise seja assim grande como nunca se viu?
O nosso gestor, que dia sim dia não anda aí pelas TVs, a explicar o país e o mundo aos portugas, foi mais persuasivo:
- Então não se vê que andamos a viver muito acima das nossas possibilidades!
- Mas quem, eu? - Interrogava-se o "precário" que não percebe nada de Economia.
 

Portugal na UE ganha na desigualde

Portugal em segundo lugar no top das desigualdades na União Europeia
indica o livro "Desigualdades Sociais 2010 - Estudos e Indicadores" do Observatório das Desigualdades baseado em dados de 2007..
O rendimento dos 20 por cento da população mais ricos é 6,1 vezes superior ao dos 20 por cento mais pobres, concluiu a equipa coordenada pelo investigador Renato Miguel do Carmo.
Na média dos países da UE aquela relação anda pelos 4,5.
Segundo dados do INE aqui reproduzidos os 20% dos portugueses mais pobres possuem apenas 7% dos rendimentos e os 20% mais ricos possuíam 45% do rendimento total.
Já o Eurostat, em 2006, apresentava Portugal em último lugar quanto à desiguladade entre os mais ricos e os mais pobres.

2011-04-27

 

Taxa de pobreza infantil em Portugal

A Unicef num estudo de 2005 refere que uma definição de pobreza está sempre ligada a um contexto, Assim, uma criança pobre é aquela que não pode adquirir bens que, no país onde vive, são considerados “normais e necessários”. Neste estudo, Portugal era referenciado como aquele país que tinha a sexta taxa maior de pobreza infantil da OCDE.

No estudo "Doing better for families" que se baseia em dados da última década, Portugal regista agora a oitava taxa maior (16,6%), um valor superior à média da (12,7%) da OCDE, embora signifique uma ligeira melhoria relativa.

Choca, no entanto, ficarmos atrás de países como o México, Turquia, Polónia, Chile, etc.

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2011-04-26

 

Video 25 ABRIL + 1º MAIO 1974 - FULL HD Compilation Fotos


2011-04-25

 

Os partidos e o FMI (2)

Temos observado que algumas regras da determinação do défice têm vindo a alterar-se nesta fase de negociação com a Troika. Entra SCUT's não entra SCUT's, entram empresas dos transportes, não entram empresas dos transportes, etc. Já não falo do BPN que esse teria de entrar e até duvido que 2 mil milhões corresponda ao necessário.

Acho bem que se definam normas para que se apure o défice, não o verdadeiro, porque isso não existe, mas o de partida para a determinação do empréstimo a Portugal, ou seja, aquele défice que respeite as regras agora estabelecidas.

Tudo indica que as metas anteriormente negociadas, agora com as novas regras, tornam-se mais difíceis para Portugal cumprir.

Assim, não entendo, porque não constitue uma área de negociação o alargar do prazo pelo menos de mais um ano para atingir a meta de 3% de défice.

Não vejo nenhum partido a defender esta posição, o que me parece francamente uma falta de vissão que pelo menos contribuiria para aliviar um pouco as costas ou melhor os bolsos dos portugueses que vão pagar a crise. Digo mesmo dos portugueses que vão pagar a crise, pois dizer o que disse Cavaco Silva no seu discurso de hoje que os custos da crise deveriam ser melhor distribuidos, sem dizer como, não passa de choro de carpideira profissional.

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os discursos de hoje em Belém

Discursaram hoje em Belém em comemoração do 25 de Abril e por esta ordem: Jorge Sampaio, Mário Soares, Ramalho Eanes e Cavaco Silva.

Entendo e já aqui o disse que esta não foi a melhor comemoração oficial deste dia tão importante na vida do povo português. Melhor teria sido a Assembleia da República, mesmo na situação presente de dissolvida.

Muito telegraficamente, os discursos podem ser arrumados em dois níveis: Mário Soares e Jorge Sampaio de um lado e Ramalho Eanes e Cavaco Silva do outro. Não por razões ideológicas, mas pela análise da situação da realidade actual.

Para mim, a grande fragilidade de todos os discursos consistiu numa falta de visão do futuro (prospectiva). De comum, tiveram uma mensagem para um cerrar fileiras para enfrentar a crise.

O discurso que, no entanto, achei mais político e mais próximo de algumas explicações para a crise foi o de Soares que, apesar de mais curto, foi o que colocou o dedo em algumas das feridas entre elas a do suicídio da UE a continuar pelo caminho seguido no ataque aos problemas de natureza financeira que afectam Grécia, Irlanda e Portugal, tendo vaticinado que a continuar esta política outros países entrarão para o grupo.

Sampaio teve um discurso também crítico mas mais virado para o País colocando questões muito actuais sobre o papel dos sindicatos e patrões, sobre os partidos e a sociedade civil e até sobre a comunicação social. Um discurso bem elaborado em termos de análise crítica, mas pouco sobre o ataque à crise.

Quanto aos discursos de Eanes e Cavaco Silva pouco há a dizer. Nada de análise, nada sobre formas de atacar a crise, coisas banais como o apelo de Cavaco para uma coisa impossível, a de que durante o período de campanha, os partidos só digam a verdade. Mas já alguma vez isso aconteceu?!

Têm de ser os eleitores a discernir sobre o que acham da campanha e a votar segundo essa sua percepção.

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Viva o 25 de Abril


 Com um boa rega isto ainda vai ao sítio.

 

Os cornos da crise

Para saber o que é isto vá aqui

2011-04-24

 

O resgate português e o resgate alemão

O JN publicou um artigo de um prof.do ISEG, Um resgate alemão, de que reproduzo algumas partes, para chamar a atenção para a importância do modo como Portugal conduzir as negociações com a UE e o FMI. O Autor refere-o como um case study importante e actual - e sabe do que fala - as remotas lições de 1953 não deixam de estar presentes nos negociadores da Irlanda.
Trata-se da República Federal Alemã, a seguir à guerra. As situações são muito distintas mas as lições da História são sempre para aplicar a situações distintas. Há que ver o que Portugal pode aproveitar como lição e uma delas é não renunciar às obrigações que tem para com o seu povo, defender os seus interesses com mais determinação do que a dos agentes do FMI e da UE em desagregação a defenderem os seus.
Uma diferença radical é que então o capital financeiro especulador não era dono e senhor do mundo. Era só de metade dele. E naquele em que dominava tinha que estar sempre atento a não criar nos países objectoda sua "ajuda" situações que levassem os respectivos povos a voltarem-se para a outra metade do mundo e a perderem a presa.
_________

"O Acordo de Londres de 1953 sobre a dívida alemã [32 biliões de marcos] foi assinado ... depois de duras negociações.
...
A ideia de condicionalidade do pagamento (pagamento apenas do que se pode - e quando se pode) esteve sempre presente desde o início das negociações. O acordo visou, não o curto prazo, mas antes procurou assegurar o crescimento económico do devedor e a sua capacidade efectiva de pagamento.
O acordo adoptou três princípios fundamentais:
1 - Perdão / redução substancial da dívida;
2 - Reescalonamento do prazo da dívida para um prazo longo;
3 - Condicionamento das prestações à capacidade de pagamento do devedor.
O pagamento devido em cada ano não pode exceder a capacidade da economia. Em caso de dificuldades, foi prevista a possibilidade de suspensão e de renegociação dos pagamentos. O valor dos montantes afectos ao serviço da dívida não poderia ser superior a 5% do valor das exportações. As taxas de juro foram moderadas, variando entre 0 e 5%.
...
O pagamento foi escalonado entre 1953 e 1983. Entre 1953 e 1958 foi concedida a situação de carência durante a qual só se pagaram juros.
...
O Acordo de Londres de 1953 sobre a dívida alemã é um case study... que tem interessado os estudiosos das situações de insolvência soberana para nas quais o tema do pagamento condicionado é incontornável.
Ainda muito recentemente, o governador do Banco Central da Irlanda elaborou, publicamente, uma interessante reflexão sobre o pagamento condicionado do serviço da dívida soberana irlandesa .
...
No início deste mês, o Governador do Banco Central da Irlanda, Patrick Honohan, propôs o seguinte: "Uma versão simples ... seria a Irlanda pagar mais quando o crescimento do seu produto nacional bruto for forte e menos quando o crescimento for mais fraco. O objectivo destas obrigações ligadas ao PNB, ou de inovações de partilha de risco similares, deve ser restaurar, pela via do crescimento, uma dinâmica favorável do rácio da dívida soberana." (Financial Times de 7 de Abril de 2011)

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CFA: "Fascismo e Kitsch"

A Única, revista do Expresso, aproveita a Pluma Caprichosa da Clara Ferreira Alves e dessa única pouco mais se aproveita. Um extrato, em que a pluma capricha:

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2011-04-23

 

Os partidos e o FMI

Já nem pronuncio a UE, porque apesar de se falar nas negociações com a Troika, na prática quem comanda e manda sabe-se.

A UE faz de corpo presente para alertar para que alguns compromissos de países com eleições não sejam totalmente descurados. O que apenas vem empatar e arrastar o processo.

Estou a caricaturar mas é um pouco isto que digo, o que não deixa de entristecer quem defende um espaço europeu com personalidade própria e não uma UE ,pequenina, sem voz e sem rumo que serve apenas de trampolim aos mercados financeiros no ataque aos países mais frágeis economicamente, ou seja, um instrumento do negócio da dívida, dita soberana.

Do lado português, embora defenda que nem tudo deva ser negociado na praça pública, entendo, contudo, que grandes linhas, prazos de reembolso e taxas de juro deviam fazer parte do pacote a publicitar, pelo menos em termos de intervalos.

Os partidos ao expressarem os princípios que defendem para as negociações já estariam de certo modo a apresentar o seu programa eleitoral.

Um princípio base fundamental é defender e negociar juros baixos e prazos alargados de pagamento. Só se pode amortizar uma dívida calmamente, num prazo razoável e a uma taxa de juro no mínimo equivalente à taxa de crescimento da economia e respectiva taxa de inflacção. Isto é o "bê-à-bá". Caso contrário, a situação é complicada.

Outro princípio importante, evitar medidas que gerem um ambiente depressivo da economia, dificultando ainda mais o crescimento - o problema central da economia portuguesa - pelo que há que distinguir bem as medidas entre sectores transaccionáveis e sectores não transaccionáveis.

Neste contexto, a promoção das exportações nacionais deve ser um eixo também determinante pelo que urge negociar junto da Troika condições especiais de acesso privilegiado ao crédito e incentivos no domínio fiscal.


São apenas algumas ideias importantes.

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Os "Valores" dominantes

Atenção estúdio! Tenho aqui comigo o Sr. XPTO
- Diga-me - e a jornalista esticava o braço e metia-lhe o microfone à cara - o Senhor que é um quadro importante, dê-me lá a sua opinião sobre o seu partido neste momento conturbado do país e em véspera de eleições.
- Você sabe, estou muito desiludido com o meu partido. Uma crise como esta que o país atravessa, não há uma ideia, um programa, um desígnio. Não se fala verdade ao país. Só mentiras, teatro para a comunicação social. A direcção não houve os militantes.
- Mas... desculpe lá, o Sr ainda a semana passada declarou para o jornal K que o seu partido era o máximo e agora...
- Bom, off record, aqui para nós, é que a semana passada tinham prometido que me metiam nas listas [de deputados] e depois não cumpriram. São uma cambada de oportunistas. Sabe o que lhe digo é só jobs for the boys.
__________

 É necessário ter em conta que nem todos nem em todo o lado é assim. Mas é a "ética" predominante. E uma "ética" mortífera para a democracia. Como mudar este estado de coisas? Aperfeiçoando nos partidos os mecanismos de democracia interna. Permanente vigilância. Mais transparência.
Mas o mal não está, em especial, nos políticos nem nos partidos. Eles são um retrato do país. E frequentemente melhores que o comum dos cidadãos e outras organizações. Não parece porque estão muito mais expostos à controvérsia e ao escrutínio público.

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2011-04-22

 

Sondagens


Data
Empresa PSD
.
PS.CDS .CDU.BE.
24/26Março
Intercampos42,2
.
32,8.8,7.7,1.7,9.
8/10AbrilIntercampos38,7-3,533,10,39,40,78,117,6-0,3
11/13Abril
Marktest35,3
-11,4
36,111,67,51,38,11,46-2,9
14/19AbrilEurosondagem36,3-132.72,311,30,67,8-0,66,9-0,8

Variações relativas à anterior sondagem da mesma empresa. Dados obtidos aqui
 

Os políticos enganam-nos?

"Sim. - diz hoje, no Expresso, Miguel Sousa Tavares - Sim desgraçadamente, é verdade que sim e esse é um problema grave. Mais grave do que isso só o reverso da medalha: se algum nos disser a verdade toda não votamos nele." 

 

Passos Coelho anda desesperado

Quase nada lhe sai bem. Já não bastava a péssima escolha de Fernando Nobre para cabeça de lista de Lisboa e à Presidência da AR, decisão mal aceite dentro do seu partido, vem agora António Capucho dizer Jamais, Jamais vice de Nobre na AR, por não lhe reconhecer competência para tal desempenho.

Faltava um tiro maior ainda no pé. E eis que chega mesmo. Desastre, protestar contra a tolerância de ponto na quinta- feira santa. Passos Coelho é de memória curta, esqueceu-se de que é uma tradição esta tolerância e esqueceu-se também que o Prof. Cavaco Silva nos seus tempos de primeiro Ministro não deu tolerância no dia de Carnaval. Para além do Carnaval que foi ver muitas senhoras, suas votantes até aquele dia, no terreno do Paço a protestar simbolicamente, no gozo, a decisão de Cavaco Silva, muitos analistas associam esta "douta" decisão à sua queda do pedestal de PM.

Passos Coelho esquece-se de que nem tudo serve para atacar o Primeiro Ministro. Há tanta matéria, mas de facto tem azar, na escolha.

O gota a gota, como já lhe chama um seu camarada madeirense, deveria apresentar uma visão mais de Estado para a eventualidade de ser PM. Mas esta visão e postura não têm sido o seu forte. Deve andar mal aconselhado.

Não restam dúvidas, o caminho fácil não é atacar por atacar.

A pouco mais de um mês do acto eleitoral , para quem não tem nenhum passado de governante, deveria ser preocupação anunciar de forma séria como vai gerir um país cuja política económica e social não é definida por si, mas pelo FMI de que tanto gosta. Ao fim e ao cabo que programa credível vai apresentar nesta situação aos portugueses que os levem a votar.

Ou será que a política de atrair o FMI deve ser entendida como falta de competência do PSD para fazer um programa eleitoral?

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2011-04-20

 

Jesus em baixa forma..

Algum convencimento à partida... leva ao desastre benfiquista.

E mais uma festa do Porto no estádio da Luz, com mais cenas pelo meio como esta dos stuart's

Para quando uma disciplina desportiva a sério?

Nunca!!!!

Benfica bem eliminado. Manda quem sabe.

Bye, Bye Jorge de Jesus.
 

Porque não plafonar os salários máximos?

Há dias coloquei aqui um post com o título: porque não limitar o salário dos patrões?

Esta ideia entronca na do PS francês que no seu projecto para 2012 vem defender o plafonamento dos salários dos dirigentes de empresas ligadas ou apoiadas pelo Estado.

O salario mínimo que funciona em muitos estados tão diferentes como a China e os Estados Unidos nasceu na base de que era preciso intervir nos mercados porque eles a agirem livremente levariam a condições de vida muito negativas para muitos trabalhadores.

Ora esta fundamentação é válida também para os altos salários, como bem demonstra a experiência. Os mercados a agir sozinhos levam a que quem pode fixar os salários não tenha nenhuma baia e assim acontece em muitos, muitos casos.

Se os salários deveriam ter uma correlação com a riqueza criada por quem recebe o salário serão admissísseis salários 300/400 vezes etc mais elevados que o salário mínimo, traduzindo isto: será que uma pessoa sozinha cria tanta riqueza como 400 ou mais pessoas juntas?

Por outro lado se o salário mínimo é geral para todas as empresas, porque razão o plafonamento máximo deverá ser apenas para as empresas do Estado?

É um tema interessantísimo, politicamente quente, tanto mais em tempo de intervenção do FMI

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2011-04-19

 

E se o próximo for um Juiz?

Leio que em Braga "um estudante de 20 anos foi detido por ter agredido a pontapé na rua um homem de 60 anos que nem conhecia e sem haver motivo. O idoso veio a falecer no hospital". O Juiz que tratou deste caso decidiu manter o jovem em liberdade até julgamento "por não constituir perigo para a sociedade".


Que estranhas razões. O jovem não é um perigo?! Penso que uma decisão destas não é de uma pessoa em perfeito equilíbrio mental.


Apetece dizer. Foi pena que o ponteado sem haver motivos, sem ser conhecido, não tenha sido o juiz que decidiu pôr "este menino tão bem comportado" em liberdade.

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A grande crise

Com eleições à porta... sem música não vai lá.

2011-04-18

 

A falta de razoabilidade de um processo | DNOTICIAS.PT

A falta de razoabilidade de um processo | DNOTICIAS.PT
 

O BCE ao serviço dos países banqueiros da UE

- o BCE é o banco central da União Europeia
- E donde veio o dinheiro do BCE?
- O capital social, o dinheiro do BCE, é dinheiro de nós todos, cidadãos da UE, na proporção da riqueza de cada país. Assim à Alemanha correspondeu 20% do total. Os 17 países da UE que aderiram ao euro entraram no conjunto com 70% do capital social e os restantes 10 dos 27 Estados da UE contribuiram com 30%.
- E é muito, esse dinheiro?
- O capital social era 5,8 mil milhões de euros mas no fim do ano passado foi decidido fazer o 1º aumento de capital desde que há cerca de 12 anos o BCE foi criado, em três fases. No fim de 2010, no fim de 2011 e no fim de 2012 até elevar a 10,6 mil milhões o capital do banco.
- Então se o BCE é o banco destes Estados pode emprestar dinheiro a Portugal, não?
- Não, não pode.
- ??
___________
Como funciona o BCE?  É ir aqui.

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2011-04-17

 

O peso "do mundo financeiro" no PIB

Le poids de la finance Alternatives Economiques Hors-série n° 087 - décembre 2010 Total de la capitalisation boursière, du stock d'obligations et de l'actif des banques en 2009, en% du PIB La finance, prise au sens strict de l'activité des Bourses, des marchés obligataires et des banques, représente quatre fois le produit intérieur brut (PIB) mondial. Elle pèse beaucoup plus dans un centre financier mondial comme le Royaume-Uni.


La France fait partie des pays les plus financiarisés, mais elle reste bien en dessous de ceux qui ont choisi de s'insérer dans la mondialisation comme paradis fiscal et réglementaire, permettant des prises de risque importantes, tels les Pays-Bas, l'Irlande et le Luxembourg. www.alternatives-economiques.fr.


 

Limitar o salário dos Patrões?

O PS francês avançou com uma proposta sobre a limitação dos salários dos dirigentes ligados a empresas apoiadas pelo Estado. Sobre este assunto Guillaume Duval, editor da revista Alternatives Economiques, considera que se trata de uma proposta muito tímida. ... Talvez. Mas é um começo e era bom que a discussão não se circunscrevesse a França. Será que algum partido a vai lançar em Portugal (mesmo tímida) na campanha eleitoral que vem aí? http://www.alternatives-economiques.fr/faut-il-limiter-le-salaire-des-patrons--_fr_art_633_53859.html

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2011-04-16

 

Pior negócio não conheço. Ambas as partes perdem

Se as regras ainda não mudaram, desde os tempos remotos em que por lá passei, o presidente da Assembleia da República é eleito pelos deputados.

Suponho até que em votação secreta e não de braço no ar como em certas votações.

Ora sendo assim como é que se compreende que Passos Coelho, se pode comprometer com o tal Senhor que vendeu a sua honorabilidade por um "prato de lentilhas", (estão aqui ao lado a dizerem-me que não é bem um "prato de lentilhas", que é mais um bife do lombo) oferecendo-lhe o lugar de 2ª figura do Estado que depende da votação dos representantes eleitos pelo povo? Ou Pedro Passos Coelho, além de acreditar que o PSD terá a maioria absoluta de deputados na AR crê também que os deputados do PSD farão o que ele lhes mandar?

Ora eu estou certo que, mesmo que escolhidos criteriosamente por PPC ou por Miguel Relvas, muitos dos deputados do PSD não alienarão assim, sem mais, o que a sua consciência do dever perante a República lhes ditar.

Este negócio - não posso deixar de concluir - é devastador para as legítimas ambições políticas de PPC e para a honra de FN. 

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A União Europeia contra o FMI

- O FMI quer impor juros altos a Portugal no empréstimo (politicamente correcto é dizer "ajuda") cujas condições ainda estão em estudo.
A UE protesta. Num braço de ferro com os "homens sem rosto" do FMI. E protesta com veêmencia.
- Ainda bem. Para alguma coisa havia de servir haver uma União e pertencermos a ela. E que exige a nossa União Europeia?
- Bem... exige juros mais altos!
- Mas...?
- É o estado da União a que chegámos.
___________


Acrescento, noutro registo:

Assim parece-me inevitável o reescalonamento da dívida.

O FMI defende que, no empréstimo que para a semana se vai negociar com Portugal, os juros sejam a 3,5%, a UE quer impôr  "juros punitivos" de 5,5%. O FMI defende que o empréstimo seja feito para um prazo maior para não obrigar a uma grave recessão, a uma rutura social e a uma eventual incapacidade de Portugal poder pagar a dívida por não conseguir, nestas condições, pôr a economia a crescer o suficiente. Por outro lado a Srª Merkel e outros Governos de direita, dependentes de eleitorado de direita e extrema direita, e dependentes dos interesses dos bancos alemães (e também espanhóis) que têm muito dinheiro emprestado a Portugal, querem não apenas as taxas de juro "punitivas" mas um prazo recorde (3 anos) para pôr as contas em ordem, haja mortos ou feridos.
A posição mais preocupada e sobretudo mais realista do FMI, em contraste com a posição "punitiva" da UE/Angela Merkel e Cia poderá ter alguma coisa a ver com o facto de à frente do FMI estar Strauss-Khan, um membro do PS francês e os decisores do Euro e da UE estar dominada pela direita?

A Grécia conseguiu negociar agora a baixa da sua taxa de juro de 5,5% para 4,5% e conseguira um prazo de 7 anos. Só uma posição negocial exigente e firme de Portugal, apesar dos poucos meios para tanto, nos poderão dar algum alívio. Mas com estas condições de juro e prazo vamos ter seguramente de vir a reescalonar  a dívida, como aliás já aqui ,em Janeiro, opinei. Para isso era indispensável uma aliança concertada pelo menos com a Grécia e a Irlanda se entretanto a Espanha não se afundar também. 

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Posições diferentes UE-FMI

A crer no que diz a comunicação social, o FMI estará com posições mais "simpáticas" nas condições a "oferecer" a Portugal, defendendo taxas de juro mais baixas no resgaste da dívida.


A UE pressionada pelos Alemães e finlandeses quer impor taxas bem altas.


Que solidariedade esta da União!! Estranho!


Por uma ausência completa de política financeira da União, três países pequenos já se "enterraram" por uns anos, ficando sob o protectorado do FMI/UE e certamente a situação não vai ficar por aqui.


As três gangsters a soldo do capitalismo financeiro vão orientar agora baterias noutra direcção, pois a UE ainda não percebeu que o que está em causa é um ataque programado ao Euro.


Estamos numa guerra que não é ganha com generais, mas com políticas económicas certas, carência profunda da UE, que em vez de defender o Euro aceita ser protectorada pelo dólar.

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Estou desolado!

Não consigo perceber as razões profundas da mudança das comemorações oficiais do 25 de Abril, para Belém, por muito esforço que faça.


É certo que a AR está dissolvida, mas apesar disso tem vida, continuam a funcionar alguns órgãos como a Comissão Permanente.


Daí que o lugar certo deveria ser a Casa da Democracia.


Depois fico com sérias dúvidas na justeza da posição dos ex-PR's em aceitar o convite do actual PR para discursarem em Belém.


Penso que esta ainda não é uma exigência do FMI!

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2011-04-15

 

The Comp Problem at Big Banks

The Comp Problem at Big Banks

2011-04-14

 

Vasco Lourenço ataca declarações de Otelo - Portugal - DN

Vasco Lourenço ataca declarações de Otelo - Portugal - DN
 

Acções de Cavaco Silva da SLN citadas em tribunal - Portugal - DN

Acções de Cavaco Silva da SLN citadas em tribunal - Portugal - DN
 

Fernando Nobre


 

A Voz das Vítimas

Inaugura-se hoje, às 18 h, a exposição A Voz das Vítimas, na antiga prisão política do Aljube (ao lado da Sé de Lisboa).
A exposição é o retrato das polícias políticas e dos métodos da repressão do Estado Novo e  uma homenagem aos milhares de portugueses que durante a ditadura fascista arriscaram a liberdade e a vida em luta pela liberdade, pela democracia e por um Portugal mais justo e igualitário. Sem esperarem benesses em troca. A não ser a prisão e a tortura. Ou a perda da vida. Exemplos para os dias que correm. 

Na inauguração falarão o Presidente da Assembleia da República, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, e os representantes dos promotores da exposição: a Fundação Mário Soares, o Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa e o Movimento Não Apaguem a Memória. A inauguração é pública. A exposição estará aberta das 10 às 18h, até 5 de Outubro excepto à 2ªf e a entrada é grátis. Terá visitas guiadas e debates às 3ª e 5ª feiras. Mais informação aqui: http://www.aljube.net/

 

"O desnecessário resgate de Portugal"

O sociólogo Robert Fishman escreve no "The New York Times" sobre o "desnecessário resgate de Portugal" e acusa as agências de notação financeira de distorcerem a percepção que os mercados tinham da estabilidade do País.
Portugal não precisava deste resgate. Foi sobretudo a especulação que precipitou o País para o pedido de ajuda externa. O culpado não foi o governo, mas sim a pressão das agências de “rating”.
Na opinião de Fishman - que escreveu, em conjunto com Anthony Messina, o livro intitulado “The Year of the Euro: the cultural, social and political import of Europe’s common currency” -, a solicitação de ajuda externa à UE e ao FMI por parte de Portugal deverá constituir um aviso para as democracias de todo o mundo.

A crise que teve início no ano passado, com os resgates da Grécia e da Irlanda, agravou-se, constata o professor. “No entanto, este terceiro pedido nacional de ajuda não tem realmente a ver com dívida. Portugal teve um forte desempenho económico na década de 90 e estava a gerir a sua retoma, depois da recessão global, melhor do que vários outros países da Europa, mas sofreu uma pressão injusta e arbitrária por parte dos detentores de obrigações, especuladores e analistas de “rating” da dívida que, por razões ideológicas ou de tacanhez, conseguiram levar à queda de um governo democraticamente eleito e levaram, potencialmente, a que o próximo governo esteja de mãos atadas”, salienta Robert Fishman no seu artigo de opinião publicado no jornal norte-americano.

O sociólogo adverte que “estas forças do mercado, se não forem reguladas, ameaçam eclipsar a capacidade de os governos democráticos – talvez até mesmo o norte-americano – fazerem as suas próprias escolhas em matéria de impostos e despesa pública”.

"Crise em Portugal é completamente diferente"

Apesar de as dificuldades de Portugal se assemelharem às da Grécia e da Irlanda, uma vez que os três países aderiram ao euro, cedendo assim o controlo da sua política monetária, o certo é que “na Grécia e na Irlanda, o veredicto dos mercados reflectiu profundos problemas económicos, facilmente identificáveis”, diz Fishman, realçando que “a crise em Portugal é completamente diferente”.

Em Portugal, defende o académico, “não houve uma genuína crise subjacente. As instituições económicas e as políticas em Portugal, que alguns analistas financeiros encaram como irremediavelmente deficientes, tinham alcançado êxitos notáveis antes de esta nação ibérica, com uma população de 10 milhões de pessoas, ser sujeita a sucessivas vagas de ataques por parte dos operadores dos mercados de obrigações”.
...
A crise não resulta da actuação de Portugal. A sua dívida acumulada está bem abaixo do nível de outros países, como a Itália, que não foram sujeitos a avaliações [de ‘rating’] tão devastadoras. O seu défice orçamental é inferior ao de vários outros países europeus e tem estado a diminuir rapidamente, na sequência dos esforços governamentais nesse sentido”, refere o professor, que fala ainda sobre o facto de Portugal ter registado, no primeiro trimestre de 2010, uma das melhores taxas de retoma económica da UE.

Em inúmeros indicadores – como as encomendas à indústria, inovação empresarial, taxa de sucesso da escolaridade secundária e crescimento das exportações -, Portugal igualou ou superou os seus vizinhos do Sul e mesmo do Ocidente da Europa, destaca o sociólogo.
...
Assim, no seu entender, “não há que culpar a política interna de Portugal. O primeiro-ministro José Sócrates e o PS tomaram iniciativas no sentido de reduzir o défice, ao mesmo tempo que promoveram a competitividade e mantiveram a despesa social; a oposição insistiu que podia fazer melhor e obrigou à demissão de Sócrates, criando condições para a realização de eleições em Junho. Mas isto é política normal, não um sinal de confusão ou de incompetência, como alguns críticos de Portugal têm referido”.

E poderia a Europa ter evitado este resgate?, questiona-se. Na sua opinião, sim. “O BCE poderia ter comprado dívida pública portuguesa de forma mais agressiva e ter afastado a mais recente onda de pânico”.
...
No destino de Portugal reside uma clara advertência a outros países, incluindo os Estados Unidos. A revolução de 1974 em Portugal inaugurou uma vaga de democratização que inundou o mundo inteiro. É bem possível que 2011 marque o início de uma vaga invasiva nas democracias, por parte dos mercados não regulados, sendo Espanha, Itália ou Bélgica as próximas vítimas potenciais”, conclui Fishman, relembrando que os EUA não gostariam de ver no seu território o tipo de interferência a que Portugal está agora sujeito – “tal como a Irlanda e a Grécia, se bem que estes dois países tenham mais responsabilidades no destino que lhes coube”. (Para ler o artigo completo seguir o link no início do post).

2011-04-11

 

Nobre Fernando

O meu colega de blog, João Abel, já discorreu sobre o escândalo mas o escândalo é tão escandaloso que não resisto a escandalizar-me. Ainda que não muito porque - fruto da idade -  já vi tanta coisa!

Claro que qualquer "independente" tem todo o direito a filiar-se ou entrar nas listas de um partido sem se desonrar. Mas não é este o caso. Fernando Nobre acabou de ser um candidato à Presidência da República, em que exibia como sua mais valia relativa aos concorrentes (ganhando nisso, aos pontos, ao candidato Cavaco Silva), como pedra de toque distintiva dos outros candidatos a sua qualidade de "não político" a sua repugnância implícita aos partidos e à actividade política.

Este Nobre Senhor a quem muitos se rendiam e justamente, por ser o Senhor AMI obteve um grande e surpreendente êxito eleitoral com uma campanha a explorar o filão populista do "não político" quimicamente puro e na primeira oportunidade atira-se para o regaço (para o fosso! segundo a sua reclamada ideologia) de um partido, para a política "profissional", ainda por cima com a desculpa lorpa de que tinha necessidade de dinheiro. Porque precisava de dinheiro. Ao menos estivesse calado. Explicasse que era porque sim.

Quem não tenha chegado à política agora, conhece por experiência, o que se têm passado por esse mundo de Deus com os políticos muito "independentes", os políticos não políticos, os políticos que enfatizam muito o seu horror á política e aos partidos. São, em geral, o que há de pior na política Populistas, demagogos.

Não votei neste Nobre Senhor apesar de instado pelo meu amigo EP (como se sentirá ele agora?), mas muitas vezes dei ao seu AMI aquela parcela de IRS que podemos dar. Fui surpreendido duas vezes. Pelo resultado que obteve com a mais capciosa demagogia (ou nem era demagogia? ou o Senhor é mesmo assim?)  e por esta cambalhota, triplo mortal empranchado com pirueta.

E Passos?... Pedro Passos, Senhor? leva Nobre à cinta como um troféu de caça? Mas o que Nobre andou a defender na política choca-se frontalmente com o programa neoliberal do PSD! Passos... terá sido Alberto João, lá nas festas da Madeira, que lhe passou esta rasteira?

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A crise ... segundo Fitoussi



Fitoussi - professor e investigador de economia numa entrevista a Alternatives Economiques apresenta as suas explicações sobre a crise mundial e europeia.

Há algumas ideias interessantes a reter como:



(Clicar imagens para leitura)

2011-04-10

 

Fernando Nobre e as rábulas

O Dr. Fernando Nobre, o presidente da AMI, depois de candidato a PR, uma candidatura quimicamente independente em termos políticos (foi ele e os seus amigos que o afirmaram), aparece agora como candidato do PSD de Passos Coelho, a Lisboa, afirmando que é a situação terrível da situação financeira que o leva a aceitar este lugar na candidatura.

Conheço muita gente que deve estar a dizer que parvo que eu fui!!.

Como fui levado!!!

2011-04-09

 

Privatizar até as pedras da calçada

Eurogrupo (act.)

Ajuda do FMI inclui "grande programa de privatizações"

Luís Rego em Budapeste
08/04/11 12:26


Juncker disse hoje que as negociações com Portugal começam

Juncker disse hoje que as negociações com Portugal começam "imediatamente".


O Comissário Europeu dos Assuntos Económico revelou hoje que o pacote de ajudas a Portugal vai incluir um programa de privatizações.

Olli Rehn revelou hoje que o programa de ajudas a Portugal terá a duração de três anos e vai ascender a cerca de 80 mil milhões de euros.

De acordo com o comissário, o plano "inclui um grande programa de privatizações" e será fechado e aprovado a 16 de Maio. Rehn adiantou ainda que parte do dinheiro chega já a Portugal em Maio.

Além disso, é "quase certo" que uma fatia dos 80 mil milhões da ajuda para Portugal será canalizada para a banca portuguesa, ou seja, para "assegurar a estabilidade financeira da banca".

O presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, fez saber, por seu turno, que as negociações com Portugal vão começar "imediatamente".


 

O levantar do véu... De certeza será mais duro ainda

Q&A

Saiba tudo sobre o pacote de ajuda externa a Portugal

Económico
08/04/11 18:49



Foram hoje reveladas as linhas gerais do programa de ajuda a Portugal. Conheça todas as novidades.

- Quanto é que Portugal vai receber?
O Comissário Europeu dos Assuntos Económicos, Olli Rehn, revelou hoje que Portugal vai receber cerca de 80 mil milhões de euros. Texeira dos Santos, ministro das Finanças português, disse que é uma estimativa inicial.

- Quando começa a chegar o dinheiro?
As ajudas começam a chegar a Portugal no final de Maio.

- Quanto tempo vai durar o programa de ajuda?
O dinheiro vai chegar da União Europeia (EU) e do Fundo Monetário Internacional (FMI) nos próximos três anos.

- Quais serão as medidas de austeridade exigidas como contrapartida das ajudas?
Para obter os fundos de Bruxelas, Portugal, em sintonia com o BCE, Comissão Europeia e FMI, terá de apresentar um plano de ajustamento para equilibrar as contas públicas, com medidas de austeridade.

O PEC IV é o ponto de partida das negociações, mas o programa terá de ir mais longe. De acordo com Olli Rehn, o pacote vai incluir um "ambicioso programa de privatizações" e um ajustamento orçamental igualmente "ambicioso". Além disso, vai implicar a execução de reformas para flexibilizar o mercado do trabalho e produtor. Serão ainda adoptadas medidas para manter a liquidez e solvência do sector financeiro.

- Quando serão aprovadas as medidas?
As novas medidas de austeridade vão ser aprovadas no Ecofin de 16 de Maio, em Bruxelas. Os ministros das Finanças europeus vão adoptar o programa e Portugal, através de um "acordo inter-partidário", deverá assinar por baixo.

- Quem as vai implementar?
As medidas de austeridade do programa de ajustamento serão implementadas após a formação do novo Governo, mas, de acordo com Olli Rehn, "é possível fazer algum ajustamento depois das eleições", que estão marcadas para 5 de Junho.

- Para que é que vai servir o dinheiro?
Olli Rehn revelou hoje que é "quase certo" que parte dos 80 mil milhões será para a banca portuguesa. A amortização de dívida soberana de Portugal, em meados de Junho, também será totalmente coberta com a primeira tranche das ajudas.

- Qual o juro que Portugal deverá pagar?
Ainda não está definido, mas se for em linha com o estabelecido nas ajudas à Grécia e à Irlanda, o juro dos empréstimos deve fixar-se nos 5,8% para empréstimos com maturidade de sete anos e meio.

- Portugal vai deixar de ir ao mercado de dívida?
Não. Apesar do pedido de ajuda externa, o ministério das Finanças confirmou ao Económico que o plano de financiamento é para executar. Assim sendo, o Estado vai realizar os próximos leilões de dívida que estão agendados. "O financiamento da República Portuguesa será executado nos termos do respectivo plano em vigor", referiu o ministério das Finanças ao Económico.


2011-04-08

 

José Mário Branco - FMI (ao vivo/audio) parte 2


 

José Mário Branco - FMI (ao vivo/audio) parte 1


 

Denúncia contra as três agências de Rating

Um grupo de economistas portugueses vai entregar na Procuradoria da República um documento onde se denuncia que as três agências de Rating americanas violam uma série de procedimentos legais, pelo que a sua notação é enviesada e prejudicial às economias e empresas.

Desde logo, como diz o Professor José Reis, um dos subscritores dessa denúncia em entrevista hoje ao DN, as leis da concorrência, uma vez que as três agências - Moody's, Fitch e Standard &Poor's - dominam 90% do mercado das notações.

Outro domínio é o do conflito de interesses. Estas agências são participadas ou por grupos financeiros ou por fundos financeiros que têm interesse em que as taxas de juro sejam elevadas em países como Portugal, Espanha , Grécia, etc, porque são detentores de milhões de euros da dívida destes países.

Assim são as próprias agências que beneficiam indirectamente, pelo menos da notação que dão e neste caso quando mais baixa a notação melhor.

Outra área de enviesamento é a utilização da informação privilegiada, não pública, quer ao nível dos orçamentos quer das empresas.

Neste contexto, esta denúncia sendo mais do que justa é também um alerta à sociedade para que pense na engrenagem do que é o sistema financeiro sobretudo ao nível dos grandes grupos dominantes e, não fique indiferente a esta situação.


2011-04-07

 

20.30 de ontem José Sócrates abre "falência"

José Sócrates anuncia que Portugal decidiu bater à porta da União Europeia, o que para esta situação quer dizer bater na do FMI.

Já hoje os convidados reagiram a dar as "boas vindas" a Portugal.

Mas é sobre o tratamento que nos vai dar o FMI, porque de facto é esta instituição que conta porque manda e não o Fundo Europeu (que Europa é esta, que nem instrumentos tem para se defender!!) que gostaria de registar aqui umas quantas dicas.

Primeira dica. Hoje deve estar muita gente feliz, pois nos últimos dias, só se visualizava pressão por todo o lado e de todas as formas (vide CE) para que Sócrates sucumbisse e chamasse o FMI. Não se precisa de nomear os actores de tal pressão dentro e fora do País. Foram muitos e até a população foi contaminada, numa de Benfica-Porto.

Sócrates não se encontrava preparado para responder de acordo com o que sempre anunciara porque se deixou cercar no campo do adversário, durante a sua governação, com uma receita que era a mesma do adversário. Assim, a resistência tinha um timing até porque os adversários tinham mais e melhores jogadores e melhor estratégia de combate. Só poderia haver resistência com outra receita.

Segunda dica e esta de mais interesse. É bom reflectir sobre as duas vezes que o FMI esteve em Portugal não para comparar com a situação actual que é muito diferente em termos de enquadramento, como abordamos mais à frente, mas por duas conclusões: a grande perda do poder de compra da grande maioria dos portugueses. O aperto do cinto como é mais popular dizer-se foi de facto muito forte. Mas a segunda conclusão e para mim mais decisiva foi a de que em termos de mudança de estrutura económica pouco ou nada trouxe. O País levou uns grandes apertões, mas as deficiências estruturais do modelo de desenvolvimento por cá ficaram e tanto assim é que hoje exige nova entrada do FMI para mais uns apertões desta vez infelizmente até por um prazo mais longo, mas o modelo, esse apenas acredito que vá ser ajustado dento dos mesmo padrões.

A terceira dica é sobre o enquadramento. Nas duas vindas anteriores Portugal tinha o escudo e a grande medida de "competitividade" foi a desvalorização do escudo para facilitar exportações, a redução da despesa sempre na base do corte de salários e outras regalias e houve até a venda de umas quantas toneladas de ouro para redução da dívida.

Hoje as hipóteses de acção são menos. Há o euro e sobre esse o país não manda é moeda única. Há ouro mas nada se diz sobre isso, pelo que serão os rendimentos das pessoas que vão suportar a investida do FMI, ou via salários (Função Pública); pensões e todo o consumidor pelo aumento dos diversos impostos.

De comum, portanto teremos uma forte redução do poder de compra.

Ainda há uma outra grande diferença, o enquadramento internacional da economia portuguesa . O Mundo e sobretudo os países mais evoluídos, com a Europa à frente, está em crise económica.

De tudo isto ressalta que nunca será a receita do FMI que, a prazo, trará melhorias para o desenvolvimento do nossa economia. Mas sobre isto não há debate.

Gasta-se a energia nacional noutras frentes.

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Mentiroso

Se a memória me não falha a introdução do "mentiroso" no novo look  do discurso político - mentiroso para aqui, mentiroso para ali - deve-se a Passos Coelho quando um dia (ou uma noite?) apareceu pelas televisões a bramar contra Sócrates, que era mentiroso, mentiroso, mentiroso. E só voltava a falar com ele acompanhado. Com testemunhas.

A S. Caetano valorizou justamente este apport de Pedro Passos Coelho à política nacional e lançou a moda do "mentiroso". Este passou a ser o qualificativo que o PSD mais usa quando fala de Sócrates, do Governo e do PS num evidente esforço para emprestar mais dignidade à política consagrando simultaneamente o léxico do novo líder.

Anteontem foi o novel membro do Conselho de Estado, o Senhor Bagão Félix, não resistindo à nova moda, a robustecer o prestígio daquele órgão do Estado: " O 1º M é mentiroso!" É mentiroso, é mentiroso. (ver o posts, já aqui abaixo, do João Abel)

Ontem a SIC Notícias achou por bem pôr os Negócios a falarem de Política. O Senhor Alexandre Soares dos Santos, o do Pingo Doce, esse mesmo, veio avisar o país que é necessário que o próximo Governo seja a três ou a quatro partidos, PSD, CDS, PS, o outro ele não disse, talvez seja o Pingo Doce. Mas... alto lá, PS sim Sr., mas... sem Sócrates. Porque... porque é MENTIROSO.

Gosto mais do refrão d' "A azeitona já está preta":

É mentira, é mentira         
É mentira, sim senhor        
Eu nunca pedi um beijo     
 Quem mo deu foi meu amor!

2011-04-06

 

Mas é o abismo!... e deram o passo em frente

Ouvi o Primeiro ministro. Ouvi os representantes dos partidos que recusaram o PEC-IV e derrubaram o Governo. Todos revelaram ter razão. Mas "les facts sont têtus" mostram que, sem alternativa, terem derrotado uma solução penalizadora, o PEC - IV e derrubado o Governo, na pior altura para acorrer à dívida (mais de 4 mil milhões a pedir emprestado uns dias depois e outro tanto até Junho) não era encontrar uma solução melhor, era atirar o país para uma situação bastante pior.  

Aqui chegados, confrontando a realidade anterior à vitória das oposições unidas com a situação de hoje, duas semanas depois, o balanço é dramático. 

A situação era muito clara. A situação financeira, económica e social tinha-se degradado muito. Os sacrifícios que o novo PEC impunha agravavam ainda mais a situação dos portugueses das classes trabalhadoras e classes médias. Mas todos sabíam que a alternativa ao chumbo do PEC-IV e o derrube do Governo naquele momento fragilizaria muito o país e deixava-o, mais ainda, à mercê da rapina dos especuladores financeiros e dos seus batedores de caça, as agências de rathing.

Todos sabiam muito bem ao que iam. Que os sacrifícios a impor aos portugueses iam aumentar e muito.

As razões inconfessadas eram e são bem conhecidas. O PSD e CDS com a sofreguidão de "meter a mão no pote", o PCP e o BE porque estavam muito zangados com o Governo, com os mercados e com o capitalismo e acharam ser isso razão bastante para... piorar a situação.

À beira do abismo, os quatro partidos da oposição, decidiram conscientemente dar... o passo em frente.

Estamos melhor? Explicaram que a crise não surgiu no dia 24 de Março. Que a crise vinha muito de trás, etc, etc. Não disseram é que, apesar das muitas quedas já sofridas, frente ao precipício, empurraram para ele o país.

O PSD porque espera ser Governo, aplicar um PEC-IV mais "ousado" como Passos Coelho foi explicar, a correr, a Bruxelas e espera, sendo Governo, pôr em prática reformas estratégicas que dêm ao capital privado os sectores rentáveis do Estado; criar um sistema de saúde e de ensino para ricos e outro para pobres. Para já descaem-se com medidas desconexas. Subir o IVA a 25%? Fazer despedimentos massivos na função pública? Cortar o 13º mês? Legalizar contratos de trabalho verbais? Privatizar a CGD? Não se sabe ao certo. Não dizem. Não convém dizer.
O CDS porque espera voltar ao Governo pelo braço do PSD e talvez comprar mais algum submarino...
O PCP e o BE com a arrojada decisão de em breve "conversarem", esperarão  talvez criar um quadro político radicalmente diferente, anti-capitalista... na Europa, suponho.

Tudo isto teve o incentivo e o gosto de uma desforra anunciada, do Presidente da República.

 

Carlos César muito duro com Bagão Félix

O nóvel conselheiro de Estado, Bagão Félix, ainda não aqueceu a cadeira e já se meteu em franca polémica. Não de forma bonita. Chamar "mentiroso" a outra pessoa tem, no fundo, algo de rancoroso e leva-nos a pensar que não "perdoou" ao governo de José Sócrates tê-lo acusado, como Ministro das Finanças de Santana Lopes, de ter cozinhado um défice orçamental surrealista bem próximo dos actuais.

Mas, comportamentos destes suscitam interrogações.

Já no fim de semana, o Expresso referia com algum desenvolvimento que, no Conselho de Estado último, os conselheiros Vitor Bento e Bagão Félix tinham colocado na mesa o recurso ao FMI. Não é normal comentários sobre o que ali se passa. E Carlos César a esse propósito diz "já se percebeu quem foi o delator da última reunião do Conselho de Estado: o nóvel conselheiro Bagão Félix que mal entrou para aquele cargo apressou-se a desonrá-lo" in DN de hoje.

Mas estará Bagão Félix a agir sozinho, é uma pergunta que qualquer leigo faz a si próprio! O Presidente Cavaco Silva tê-lo-á informado devidamente da conduta de conselheiro? Escolheu-o é um facto, mas certamente terá pecado por não lhe ter dado a conhecer bem as funções.

É essa a ideia que está a vingar. Certamente por omissão o Presidente Cavaco Silva não industriou devidamente o conselheiro escolhido.

José Sócrates eventualmente poderia ter tido uma saída mais hábil à pergunta do Jornalista, a de não comentar. Mas nada que se compare com a grave insinuação de Carlos César a Bagão Félix.

Penso que o PR deve estar com um grande peso na consciência com a postura deste seu novo conselheiro de Estado que rompeu com as normas assentes logo no arranque. E agora não pode usar o expediente de o transferir para outra pasta como no caso das "escutas de Belém".

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2011-04-05

 

Conversa picante

Afinal parece que o BE propôs e o PCP aceitou. Conversarem. Não para prepararem uma coligação eleitoral que lhes renderiam mais alguns deputados mas... para conversarem. O que já é bom. Há tantos anos encostadinhos na AR e não se falavam? Vão conversar. Pode ser um começo. Vamos ver o que dá. Mas acho que terão de falar com mais alguém se quiserem dar alguma utilidade às suas razões. Porque na actual situação para "dançar o tango" não vão lá a dois. No mínimo "ménage à trois". E é duvidoso que, mesmo que quisessem, encontrassem parceiro.

2011-04-04

 

Conversas de faz de conta

O BE, lançou uma casca de banana ao PCP: disse que admitia aliança com ele nas legislativas.
O PCP respondeu que ia fazer aliança sim mas com a sua célula os Verdes. Ora toma que é para aprenderem. Revela prudência e visão estratégica.

2011-04-03

 

As eleições ainda vêm longe...

... e os cenários eleitorais são muitos e variados.

Agora muito dependerá da campanha e do recurso ou não antes ao resgate da dívida (Era bom que se ajustasse a linguagem. Não se trata de ajuda externa como bem disse Miguel Cadilhe e outros, mas sim de resgatar a dívida).

Não é por acaso que a direita portuguesa e Cavaco Silva e até a comunicação social (grande parte) todos os dias nos matraqueiam os ouvidos com a necessidade do recurso ao resgate. Até já houve datas marcadas. Uma delas hoje.

A nível internacional a pressão não é menor para que Portugal ( ou seja este governo) inicie o processo.

O governo tende a resistir. Aliás, se alguma coisa positiva se lhe pode assacar, essa será uma delas. O governo de José Sócrates tem feito tudo para evitar o resgate

Ao contrário, Passos Coelho anda feliz com a possibilidade de o FMI cá entrar. Seria uma forma de fazer passar medidas bem duras com a desculpa de que foram impostas pelo FMI.

Passos Coelho na campanha eleitoral será a personificação do Senhor FMI e encaixa-lhe muito bem pelas posições que tem vindo a defender.

Agora sobre os resultados eleitorais e cenarização. Imagine-se um cenário em que o PS tenha maioria.

Qual poderá ser a atitude de Cavaco, para além da grande derrota que teria de encaixar e para o que não tem a estatura devida?

Santana Lopes diz que não há outro caminho, a não ser a demissão de Cavaco Silva da Presidência.

Pensando bem ... também acho que não restam muitos caminhos.

E até me parece que os eleitores lhe podem pregar essa partida, porque Cavaco Silva mesmo ganhando as presidenciais, ganhou ferido, pois não explicou coisas simples que foram colocadas como as acções do BPN , a casa no Algarve, etc.

Cavaco Silva saiu ressabiado (aliás já vinha desde o estatuto dos Açores e das escutas) e começou a congeminar deitar este governo abaixo, metendo na gaveta aquela ideia tão apregoada de que é o Presidente de todos os portugueses. Nesse sentido "demitiu-se" das suas funções e nada fez para evitas eleições, ou melhor fez tudo para que fosse esse o caminho sem recuo.

A facilitação do caminho para FMI entronca neste ressabiamento e na actuação de um Presidente que visa claramente beneficiar uma ala política do país (a direita nacional).

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2011-04-02

 

Um empresáro british muito sui generis

Branson desembarca no Brasil
 

Uma Europa polígama

A Europa anda a esforçar-se por fazer casar vários países membros com um só parceiro, o FMI.

Não dá dote ao país casadouro. É um casamento pobre e arriscado, mas muito desejado pela Senhora Merkel e o Senhor Sarkozy, entre outros.

Dois dos países membros Grécia e Irlanda já foram obrigados a casar, por quanto tempo é a questão.

Agora anda a esforçar-se para levar Portugal ao Altar de braço dado com o FMI.

Esta Europa que assim tem agido, tem em Portugal seguidores que gostariam que o padrinho de casamento fosse o governo de José Sócrates.

Vamos ver até onde vão as pressões sobre o governo.

É evidente que o governo deve tudo fazer para não cair na armadilha, até porque não tem legitimidade política para isso.

A direita e Cavaco Silva estão numa de pressão para ver se conseguem que o Governo PS avance com o resgate da dívida.

Não se percebe tanta insistência neste casamento com o FMI.

Não se percebem as razões porque tem o FMI de actuar na Europa quando há mecanismos europeus que podem e devem desempenhar este papel.

É desta forma que se preconiza um espaço com política própria? Não é. Esta associação significa uma hipoteca e uma subordinação da política europeia ao FMI, ou seja, em última análise aos EUA.


2011-04-01

 

Frenesim em Belém

Apostilha em 3 de Abril: a conversa deste post tinha a pretensão de ser a mentira do 1º de Abril. Mas... ter-me-á fugido a boca para a verdade?
___________________

Em Belém dá-se tudo por tudo. Estudam-se cenários. O PR mantém a iniciativa desde que ganhou as eleições. E com que ganas. O assessor que já recuperou da travessia do deserto a que teve de se sujeitar por causa da "bronca" das escutas dirige as operações mas está a encontrar dificuldades.
Belém mexe os cordelinhos e não é só dentro do PSD é também no PS. Urgente é convencer Sócrates mesmo com o Governo em gestão a  chamar o Fundo Europeu de Resgate com o FMI, agora que as agências de rathing (instrumentos dos maiores bancos norte-americanos e não só) puseram Portugal na notação "lixo". A entrada do FMI deverá ser feita pela mão de Sócrates por causa do terrível efeito penalizador no futuro. Teria o consentimento (mas distante) do PR para não o comprometer com o que aí virá. Invocar-se-ia calamidade ou mesmo "traição" nacional se Sócrates o não chamasse. Isso facilitaria a vida ao Governo saído das eleições que Belém tudo fará para que seja encabeçado pelo PSD, como aliás, as sondagens indicam.
Metade do plano está cumprido, Sócrates e o seu Governo já foram abaixo e a outra metade é juntar as forças que dentro dos dois partidos são a favor do bloco central. O busílis é neutralizar Sócrates e Passos Coelho que Belém não suporta. Então procura-se que Sócrates e Passos Coelho se imolem no altar do interesse nacional (ou de Belém?) e saiam de cena ou em alternativa fiquem como dirigentes máximos dos seus partidos mas com o acordo expresso de que ficariam fora do Governo, com a explicação de que nenhum quer ser subalterno do outro e o país corre perigo de se afundar.
De momento o assessor de Belém trabalha o cenário PSD a ganhar as eleições. Manuela Ferreira Leite seria a 1ª Ministra ( o que por ser mulher até concitaria simpatia) e Luís Amado seria vice - primeiro ministro e, eventualmente, conforme a situação após eleições, Paulo Portas a ministro dos Negócios Estrangeiros ( Defesa não por causa dos submarinos). Se tudo corresse pelo pior (para Belém) com PS à frente do PSD o plano B trocaria as posições de Leite e de Amado.
Ver aqui mas é necessário ler nas entrelinhas que a coisa não está assim tão explícita.

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Ideias interessantes



HOTEL OFERECE REFEIÇÕES DE GRAÇA PARA QUEM ESTIVER DISPOSTO A GERAR ELECTRICIDADE


O Crown Plaza Hotel, em Copenhague, Dinamarca , oferece uma chance para quem quer fazer uma boa refeição sem deixar de cuidar do planeta. O hotel disponibiliza bicicletas ligadas a um gerador de electricidade para os hóspedes voluntários. Cada um deles deve produzir pelo menos 10 Watts/hora de electricidade aproximadamente 15 minutos de pedalada para um adulto saudável. Após o exercício, o hóspede recebe um generoso vale-refeição: 26 euros, aproximadamente 60 reais.



BAR CAPTA ENERGIA PRODUZIDA PELA DANÇA DE SEUS FREQUENTADORES

Todas as luzes e os sons de uma balada gastam uma quantia considerável de electricidade. Pensando nisso, o dono do Bar Surya, em Londres, refez o chão da pista de dança de seu estabelecimento e o revestiu com placas que, ao serem pressionadas pelos frequentadores do lugar, produzem corrente eléctrica. Essa energia é então usada para ajudar na carga eléctrica necessária à casa. Andrew Charalambous, o visionário dono do bar, diz que a electricidade produzida pela pista modificada representa 60% da necessidade energética do lugar.


EMPRESA CRIA IMPRESSORA QUE NÃO USA TINTA NEM PAPEL

Quem disse que uma impressora precisa de tinta ou papel para existir? Conheça a Impressora PrePean. Diferente das convencionais, ela utiliza uma peça térmica para fazer as impressões em folhas plásticas feitas especialmente para isso. Além de serem à prova d'água, elas podem ser facilmente apagadas. É só colocá-las novamente na impressora que, através de outra temperatura, a próxima impressão ficará no lugar da anterior. A mágica faz com que apenas uma dessas folhas possa ser utilizada mil vezes.



UNIVERSIDADE CONSTRÓI TELHADO VERDE

O Design Verde é uma tendência da arquitectura moderna, e não estamos falando apenas da cor, mas sim de locais como o prédio de cinco andares da Escola de Arte, Design e Comunicação da Universidade Tecnológica de Nanyang, em Singapura. A construção conta com uma cobertura vegetal e sua forma orgânica se mistura com a natureza onde está inserida. Os telhados revestidos de grama servem como ponto de encontro informal, além de ajudar no equilíbrio térmico do edifício e na absorção da água da chuva.



DESIGNER CRIA PIA QUE UTILIZA ÁGUA DESPERDIÇADA PARA REGAR PLANTA

Feita de concreto polido, a Pia baptizada de Jardim Zen possui um canal que aproveita a água utilizada na lavagem das mãos para molhar uma planta. Criado pelo jovem designer Jean-Michel Montreal Gauvreau, a pia vem em bacia dupla ou modelo simples. Se você está preocupado em ensaboar toda a sua plantinha, relaxe. Uma peça no início do canal drena o liquido e só deixa água sem sabão escorrer até a planta.



DESIGNER CRIA CHUVEIRO QUE O OBRIGA A SAIR QUANDO JÁ DESPERDIÇOU MUITA ÁGUA

O designer Tommaso Colia criou uma solução para aqueles que adoram passar um tempão tomando uma duche relaxante (é, você mesmo!). O chuveiro Eco Drop possui círculos concêntricos como tapetes no chão, que vão crescendo enquanto o chuveiro está ligado. Após um tempo, a sensação fica tão incómoda que te força a sair do banho e, consequentemente, economizar água. Cerca de 20% de toda energia gasta no lar vem da água quente utilizada no banho seis vezes mais do que a iluminação doméstica, por exemplo.



DESIGNER CRIA INTERRUPTOR QUE MUDA DE COR PARA ENSINAR CRIANÇAS A ECONOMIZAR

Tio é o nome do interruptor em forma de fantasma que avisa, através de subtis luzes, há quanto tempo a lâmpada está acesa. Até uma hora, a expressão do fantasminha é feliz e a luz do interruptor permanece verde. Se a luz é deixada ligada por mais de quatro horas, ele se assusta e fica amarelo. Já se o morador da casa se atreve a deixar a luz acesa por mais de oito horas, o até então amigável fantasma se zanga e fica vermelho. Com o auxílio visual e táctil, espera-se que as crianças comecem a tomar consciência do desperdício de energia logo cedo, e de uma maneira divertida.



EMPRESA CRIA GRAMPEADOR SEM GRAMPOS PARA EVITAR POLUIÇÃO

Grampos de grampeador são tão poluentes que uma empresa decidiu criar um novo modelo do produto, sem grampos! Em vez dos grampos a que todos estamos acostumados, ele recorta pequenas tiras de papel e as usa para costurar até cinco folhas de papel juntas. Se você se empolgou com a ideia, pode encomendar esses grampeadores personalizados para que sua empresa se vanglorie de contribuir para um mundo livre grampeadores com grampos.



DESIGNER CRIA CARREGADOR DE IPHONE ALIMENTADO POR APERTO DE MÃO

Eis uma invenção que dará uma mão na economia de energia. Carregue seu iPhone com um aperto de mão! O conceito foi chamado de You can work it out uma brincadeira entre encontrar uma solução (work it out) e exercitar-se (to work out) e foi pensado por Mac Funamizu.__

Email recebido e só coloquei algumas imagens.


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