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2012-10-31

 

Há país explorador ou não?

Portugal e a Alemanha são países membros da UE, ditos de pleno direito. Com uma moeda comum, o euro.

Quem recolhe os benefícios desta situação?

Comparem-se as taxas de juro e logo as dúvidas desaparecem. 

Na realidade, estes dois países membros não usufruem das mesmas condições no acesso ao crédito quando dele precisam. 
 
Efectivamente um funciona como explorador e outro de explorado. É esta a realidade pura e dura. Veja-se o exemplo do resgate. Emprestam a Portugal 78 mil milhões de euros e de juros cobram uma maquia equivalente a cerca de metade. Insisto só de juros.

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2012-10-30

 

ORÇAMENTO 2013. DEBATE GERAL

Começou a desinformação sobre o OE e da "necessidade" do governo tomar medidas tão drásticas que, para funcionários públicos e pensionistas e reformados correspondem a quase três meses de cortes e para o sector privado a cerca de mês e meio.

O governo esconde a verdade.  

O que aconteceu é uma coisa muito simples. Toda a gente sabe que este governo não cumpriu as metas negociadas com a Tróika, nem mesmo a do défice que ficou muito acima dos 4,5% como muitos de nós sempre afirmaram.

 A 5ª avaliação do plano de resgate foi mesmo muito penalizadora e dura para o governo. Foi passado um atestado de incompetência ao governo e impostas novas medidas e mais duras. 

É a população a pagar a inabilidade do governo.

Mas as medidas previstas são do mesmo estilo. Nenhuma instituição portuguesa ou internacional dá credibilidade às previsões do governo para 2013 de que a economia só vá cair 1%. Ninguém.

A menor margem de erro é que desta vez o centro das medidas incide em cortes do IRS. Mas mesmo assim há margens para erros. Como o governo não mudou de receita não vai na mesma cumprir em 2013 e até tem plena consciência.  Daí hoje ter aparecido um plano B para a derrapagem para o ano, o que equivale  a mais medidas, mais cortes, mais empobrecimento, menos capacidade de poder de compra para o povo em geral.

Só há uma saída. Forçarmos a queda deste governo.



 

Estratégia - Texto publicado Diário Económico - 30/10/12 - João Abel de Freitas

A questão do papel do Estado e das suas fronteiras com a sociedade civil é uma questão politicamente fracturante e que modela a Administração Pública (AP). Para uns, a AP é um sorvedouro de dinheiros do País. Há que compactá-la, como aliás está na ordem do dia, mediante redução drástica e cega de efectivos, corte de salários e diminuição das despesas públicas sem critério e sem ler os efeitos na economia. Para outros, uma AP como instrumento operacional das funções de um Estado forte em vários domínios é uma componente estruturante. Não haverá estratégia de competitividade sustentada da economia portuguesa sem uma AP eficiente, altamente responsável, clara delegação de competências, cultura de cidadania e orientação balizada nas questões do País. Face à questão colocada, elabore-se a estratégia que fundamente e estabilize uma arquitectura orgânica da AP, que não mude por mero capricho de um governo. As mudanças impensadas ou demagógicas servem apenas para confundir, aumentar a burocracia, perder tempo e aumentar as despesas. Mas então há ou não pessoas e despesas a mais no aparelho de Estado? É praticamente consensual que precisa de ser emagrecido. Há serviços que se atropelam ou repetem em todos os ministérios sem funções claras e definidas, como também há gente a mais nos governos. Por exemplo muitos dos assessores, "os sabedores do nada" como se dizia no meu tempo, só servem para atropelar o normal funcionamento dos serviços. Há irracionalidades no aparelho de Estado em serviços, institutos e empresas. A sua correcção acarretaria uma economia muito ampla de recursos financeiros. Mas o emagrecimento e a renovação precisam de ser equacionados em articulação. Uma reforma não se faz por decreto, mas por um processo selectivo e de forma incremental e na base da definição do papel do Estado. Por outro lado, há que romper com a ditadura das Finanças, onde prevalece o regime procedimental e instituir uma gestão por objectivos contratualizada com as chefias de topo dos serviços. ____ João Abel de Freitas, Economista
 
http://economico.sapo.pt/noticias/estrategia_155017.html

2012-10-28

 

O Dr. Miguel Relvas

Mais uma trapalhada das maiores.

Agora é a equivalência a cadeiras que nem existiam. Mas deixemos as trapalhadas. Parece que há mais gente e seria bom que tais casos se tornassem públicos pois assim parece uma perseguição apenas a Relvas.

Mas isto das trapalhadas agora é o que menos me interessa.

É preciso exigir que os culpados professores e dirigentes sejam responsabilizados pela selvajaria cometida.

Há que preservar o nome da Escola. Os alunos que a frequentam ou já frequentaram não podem ser penalizados pela vigarice nem os professores da mesma.

Advoga-se uma penalização exemplar aos culpados. Por exemplo se o culpado é professor, trabalhar um ano sem ordenado e o seu vencimento reverter para uma obra de carácter social. Se é elemento directivo deve pura e simplesmente ser demitido e inibido de jamais poder desempenhar cargos directivos em Escolas.

Mas infelizmente neste país tudo se faz e nada sucede. É o que vai acontecer.

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2012-10-25

 

FMI pré anuncia falência das medidas de Vítor Gaspar

Lendo o relatório do FMI, infere-se que a instituição não dá crédito às medidas contidas no OE2013 para atingir os objectivos.

Aliás, ontem, no Parlamento Vítor Gaspar admitiu que o governo de que faz parte subestimou, durante mais de um ano, os efeitos recessivos da austeridade.

Quando muita gente alertou, desde muito cedo, para os perigos das medidas tomadas sobre a evolução da economia portuguesa, não deixa de ser estranho que um ministro das finanças só agora venha admitir o erro. Mas mais grave é dizer que não há outra saída e insiste e reforça a dose com medidas de igual calibre.

O mínimo que se pode dizer é que não há seriedade e interrogar-se:  que objectivos obscuros estarão por detrás de tudo isto?.

FMI divulga hoje relatório da quinta revisão do memorando - Economia - DN

2012-10-23

 

Eleições nos EUA

Barack Obama venceu o terceiro debate - Globo - DN

2012-10-19

 

uma proposta de medidas alternativas ao pacote fiscal

É uma alternativa de 12 medidas proposta e um aviso de que o paradigma do orçamento 2013 tem de mudar sob pena de que o ajustamento em 2014 seja bem pior.Sobre as medidas discordo da fim imediato da ADSE (medida 2). É uma medida a considerar mas tem de ser analisada no contexto mais global  de todos os regimes de apoio à saúde que há vários. Concordo com a tendência para a unificação num prazo curto de tempo.  Quanto à medida 5) estou de acordo mas ia mais longe. Mantinha a isenção na saúde, acrescentava a educação proposto e não isentava de cortes a defesa, segurança e Justiça. quanto á medida 6) tenho sérias dúvidas, penso que é tema a ser reconsiderado. Entendo que é uma excelente base de trabalho.

 

Ontem um dia produtivo no surgimento de alternativas ao pacote fiscal

O pacote fiscal contido no OE para 2013 é demasiado violento para as pessoas e para a economia portuguesa cuja crise vai ainda aprofundar-se nos próximos anos, se esta sangria de extorsão de rendimentos ao contribuinte não for estancada. É preciso mudar de agulha.

A única mudança possível é mudar este governo que entrou num beco sem saída, ou melhor ruma a passos largos para lançar o país no precipício.

Mas de dentro do sistema começam a aparecer propostas alternativas.

Ontem, Miguel Cadilhe, cuja apresentação se dispensa, veio defender "a renegociação honrada da dívida", dizendo que isto é diferente do "incumprimento por bancarrota". Honra lhe seja feita, Cadilhe tem esta posição antes da "Tróika".

Em que consiste esta "renegociação honrada da dívida" portuguesa?

Significa a possibilidade de "pelo menos o que excede 60% da dívida "ser pago num prazo muito extenso, quase de perpetuidade" à semelhança do que o País fez em 1891 e cujo pagamento terminou recentemente, e da renegociação de "uma taxa de juro mais suportável". Acrescenta ainda que tudo isto devia ser acompanhado de um "cabaz de medidas estruturantes".

Ontem também o economista Joaquim Miranda Sarmento do ISEG num artigo "Alternativa para 2013" apresenta 12 medidas de cortes de despesa no montante de 2,8 mil milhões de euros, exactamente 4 vezes mais que as que Portas num jogo de cintura veio dizer que vai propor.

As medidas de Joaquim Miranda são muito concretas e apontam onde devem ser os cortes, o que Portas não soube fazer. 

Não estou de acordo com todas mas que representa uma excelente base de partida não há dúvida.

Num poste a seguir apresento o artigo.

 

A passo de caracol... ou talvez menos


 A questão de fundo é que estes Conselhos Europeus pouco ou nada têm  acrescentado a uma Europa que está em definhamento a nível mundial. A sua perda económica e política é cada vez maior e estes dirigentes não saem da rodoma em que se meteram.

Portugal está a empobrecer mas a Europa a diferentes ritmos também. As perspectivas são más e o protagonismo europeu no mundo por este andar de não recuperação transformar-se-á a prazo equivalente ao de um país qualquer localizado hoje algures.

Berlim e Paris chegam a acordo sobre união bancária após braço-de-ferro em cimeira - Economia - PUBLICO.PT
 

Victor Gaspar e a vigarice do IRS "progressivo"

Victor Gaspar numa atitude de "inteligente espertinho" garantiu aos portugueses que os brutais aumentos de impostos traduzidos pela tabela de IRS para 2013, apresentados na proposta de Orçamento de Estado, obedecia à regra constitucional da progressividade, isto é, quem ganha menos tem um aumento do seu imposto percentualmente menor do que os que ganham mais. Mas como isto não passava de uma descarada mentira apresentou um quadro exemplificativo falso a querer nos fazer passar por parvos. É o que demonstra o quadro seguinte, publicado pelo Público de ontem, baseado na análise de várias firmas de consultoria e que qualquer cidadão com umas modestas luzes de Matemática pode confirmar.
Veja-se o caso de um contribuinte solteiro que ganhe 650 € por mês (apresentado no quadro abaixo). Em 2012 pagará 317 € de IRS e em 2013 pagará 511€ se o OE de Gaspar for aprovado. Então como se calcula o aumento de IRS, em percentagem?
 
511-317 = 194    e    194 : 317 = 0,612   ou em %        0,612 x 100 = 61,2%
 
Portanto o contribuinte do exemplo verá o seu IRS sofrer um aumento de 61,2 %
E que diz Gaspar para este caso?  Gaspar diz que o IRS daquele senhor teve um aumento de 2,1 % . Mas então que contas fez ? Tinha de fazer umas contas quaisquer para tentar endrominar o Zé, supostamente analfabeto. Então calculou o ordenado anual do contribuinte do exemplo: 650€  x 14 meses = 9.100 € e calculou a percentagem que aquele aumento de IRS = 194 € representa em relação ao ordenado anual
194 : 9100 = 0,02 o que em percentagem dá 0,02 x 100 = 2%

Só que estes 2% são uma percentagem do que o Sr. Gaspar quiser mas não é a percentagem de aumento do IRS.
 
Assim, olhando para a tabela, constatamos que o Sr. Gaspar diz que quem ganha 650 euros tem uma aumento de IRS de 2% e quem ganha 17.857 euros por mês tem um aumento de 6,3% logo o aumento seria progressivo. Só que a realidade é outra e fazendo as contas direitinho os contribuintes de 650 € por mês têm uma aumento de 61% e os que ganham 17.857 € por mês têm um aumento de 17,3%, uma variação do imposto regressiva, muito regressiva e não, como constitucionalmente deveria ser, progressiva.
 
Temos de nos livrar deste Governo morto mas... insepulto.


2012-10-18

 

O Governo não tem condições para continuar

A pergunta que me foi colocada foi: "O governo tem condições para continuar?" e a ela eu respondi: "NÃO". É este o título do meu artigo publicado hoje no Diário Económico [Link] e que aqui transcrevo:

"NÃO

João Abel de Freitas
Economista

Este governo, depois do pacote fiscal extremamente violento que pretende aplicar ao povo português em 2013, merece ser demitido por uma razão política de fundo: sabe que está a ludibriar o país tecnicamente.

Ninguém que saiba o mínimo sobre as relações entre variáveis económicas (consumo, investimento, comércio externo, PIB) pode ver coerência entre o Cenário Macro do OE2013 e o que se vai passar na vida real.

O défice orçamental contido no pacote fiscal aponta para a redução em mais de 5 mil milhões de euros. 80% deste valor provém do aumento de receita designadamente o IRS. Uma extorsão forçada de rendimento às pessoas que, assim, deixam de ter capacidade de aquisição de bens e serviços, tem efeitos nefastos na economia e baixa as receitas fiscais.

Ora retirando do circuito económico mais de 4 mil milhões de euros, um esforço para as pessoas bastante mais elevado que em 2012, não é possível as variáveis macro terem uma melhor evolução como consta do Cenário.

O governo também sabe que não. Mas apresenta o PIB a decrescer -1% contra -3% em 2012. O FMI aponta para -5%. O consumo privado desce apenas -2,2% quando no ano anterior foi de -5,9% e o investimento -4,2% contra -14,1% em 2012.

Para cúmulo, o cenário do governo considera que as exportações vão crescer menos em 2012 (+3,8% contra +4,3%) e tem a desfaçatez de dizer que está a mudar o paradigma da procura em Portugal. A reorientar a economia para mercados externos. Mais uma afirmação desonesta quando a este aumento de exportação falta-lhe a sustentabilidade na produção do país. Será que exportar ouro, combustíveis ou medicamentos é uma reorientação da economia para mercados externos?

Por outro lado, este OE não respeita na opinião de vários constitucionalistas a decisão do Tribunal Constitucional, pelo que se corre o risco de lançar o país numa encruzilhada política complexa.

Daqui se infere que o governo nos está a enganar. Mais medidas de austeridade hão-de chegar a meados de 2013.

O PR tem uma responsabilidade tremenda e deve agir por antecipação sob pena de ser conivente e trair também o povo português.

2012-10-17

 

Em Novembro vem aí a Srª Merkel. Recebamo-la como deve ser


A Europa tornou-se no epicentro da grande crise mundial. Isso deve-se muito especialmente à política de austeridade e de diminuição abruta das dívidas soberanas imposta aos países do eurogrupo pelo governo extremista alemão. A Alemanha volta assim a ser, objetivamente, na Europa, o grande problema. O que está à vista, se não for alterada radicalmente a política seguida, é a desagregação da UE e a destruição das grandes conquistas sociais e políticas obtidas desde a derrota da Alemanha na 2ª guerra mundial, em 1945.
A criação do euro sem a criação dos mecanismos financeiros, fiscais, económicos e políticos indispensáveis numa comunidade de países em situações de desenvolvimento económico e capacidade competitiva tão distintos não podia deixar de dar no que está acontecendo: alguns países, em particular a Alemanha, a beneficiarem (conjunturalmente, porque a prazo as consequência negativas sobejarão para  todos) com o desastre dos outros supostamente membros de uma "união".
 
Reparemos no gráfico. Enquanto a tragédia do desemprego atinge a Espanha, a Grécia, Portugal e a Irlanda com percentagens devastadoras a Alemanha bate recordes de taxa de emprego. E isto resulta diretamente do mal dos outros no contexto do império dos mercados. O dinheiro deserta às dezenas de milhar de milhões do futuro incertos do euro naqueles países para a segurança da Alemanha. E enquanto estes países em dificuldade pagam juros altíssimos pelos empréstimos de que necessitam a Alemanha financia-se a taxas de juro próximas do zero e até com taxas de juro negativas. Parece incrível mas é assim. E talvez seja um prémio dos banqueiros à Alemanha por lhes garantir com as suas políticas fomentadoras da crise nos países do Sul da Europa os grandes lucros com as altíssimas taxas de juro que assim ali podem cobrar. 
 
Temos de receber condignamente a Srª Merkel quando em Novembro nos visitar. Passos Coelho, Miguel Relvas, Victor Gaspar e o "pequeno" Borges (não confundir com o argentino, o "grande" José Luís Borges) devem arrojar-se-lhe aos pés como fazia a nobreza do antigo império persa perante Dario e os outros portugueses devem sair à rua a mostrar-lhe quão repudiamos as suas políticas e a sua tutela.

2012-10-14

 

Tudo sem mácula!



 

A Foto diz tudo. Foi na Grécia. Também a nú em Portugal



 

O povo protesta. Está na rua. Rejeita as políticas deste governo

O Povo está na rua e vai continuar.

As medidas deste governo que neste ano de 2012 se traduziram em mais miséria e fome para grande parte da população portuguesa e em perda acentuada do poder de compra vão agravar-se em 2013. Os resultados de 2013 serão bem mais dramáticos ainda.

Mais empobrecimento vem aí com mais cortes salariais e mais impostos. Há uma ilegalidade em tudo isto. Há uma desigualdade na distribuição em tudo isto. Este governo levará Portugal ao abismo.

Como pode o governo que apregoou não aumentar impostos, nunca cortar os subsídios de férias e de natal, ter cara para fazer o que está a fazer?

Não pode alegar que desconhecia a situação. A situação do país era bem conhecida deste governo ou pelo menos de alguns dos seus membros e assessores principais nos quais incluo Passos Coelho e Portas. Como se pode ver no livro recém publicado "Resgatados os bastidores da ajuda financeira a Portugal" houve inúmeras reuniões entre Passos Coelho e Sócrates, entre assessores de um e outro lado, em que a situação foi dissecada. O argumento do desconhecimento da situação é uma pura mentira.

A situação do país é cada vez mais grave. A dívida toda ela aumenta, seja a externa seja a soberana. Os custos da dívida tornam-se insuportáveis e retiram  ao país muito milhares de milhões de euros que podiam se cá estivessem disponíveis serem aplicados na economia criando emprego e riqueza.

Segundo os dados deste governo (OE2012) os juros com a dívida foram em 2010 - 5189,9 milhões de euros, em 2011 - 7298,3 milhões e em 2012 - 8823,5 milhões. Uma subida brutal em cada ano. Neste último ano, os juros representam mais de metade das despesas previstas com o pessoal - 16929,9 milhões de euros.

Como pode um país sobreviver com estes encargos que equivalem a mais de 5% do PIB? Impossível.

Os custos da dívida são o resultado da taxa de juro média elevada que o país paga pelos empréstimos, taxa essa que é superior até à da Grécia.

Bastava renegociar uma descida de 2 a 2,5% na taxa que muitos milhares de milhões eram poupados e injectados no circuito económico, beneficiando toda a economia, mais consumo, mais vendas e criação de emprego.

Não se compreende que este governo continue de cócoras face à troika e não aponte este caminho. O mínimo seria encetar negociações neste ponto.

2012-10-11

 

Uma espécie de BPN dos pequeninos - 3

Hoje o Público continua a desvendar o passado da relação Passos Coelho – Miguel Relvas na anterior passagem do PSD-CDS pelo poder, de 2002 a 2005, com Durão Barroso e Santana Lopes. A fazer fé na investigação do Público fica muito abalada a confiança que ainda pudessem merecer estes governantes. Como verão os dinheiros públicos? Como o grande “pote” aqui mesmo à mão?
No anterior período de governação PSD/CDS era Relvas que estava por cima e Passos por baixo. O 1º era secretário de Estado da Administração Interna e o segundo consultor e depois administrador duma pequena empresa, a Tecnoforma, cujo desígnio, conclui-se da investigação do Público, era engrandecer a mamar na teta do Estado. Para radicalíssimos neoliberais não está mal.
Segundo esta investigação, nesse período de poder laranja, Miguel Relvas no Governo, na tutela do programa Foral (dinheiros do Fundo Social Europeu) preparou um projeto de formação profissional para milhares de técnicos camarários para aeródromos municipais inventados à pressa e à medida da Tecnoforma, única empresa em todo o país que concorreu e obteve os apoios. 
O projecto aprovado em 2004, no valor de 1,2 milhões de euros, destinava-se a formar centenas de técnicos municipais para trabalharem em sete pistas de aviação, parte delas fechadas, e em dois heliportos da região Centro. No total, estas pistas tinham dez funcionários, agora têm sete” [Link]
O negócio, segundo o Público, envolveu uma rede PSD’s e Jotas, do Governo às autarquias PSD e à CCDR Centro. Portanto em 2002-2005 a relação Passos – Relvas já era íntima nos negócios mas… mas era uma relação Relvas-Passos. Talvez isto diga muito do tupete de um 1º M ter de aguentar este seu ministro Relvas.
Mas em 2002-2005 esta parelha de “bons rapazes” governava apenas uns milhõezitos e hoje, em especial com as privatizações, gerem milhares de milhões de euros.

 

Concorrência da dura no mercado dos computadores

Chinesa Lenovo destrona HP no mercado dos PC - JN

2012-10-10

 

Artigo de Baptista Bastos

Portugal, três sílabas - Opinião - DN
 

"O MEDO MUDOU DE CAMPO" !

Mário Soares, ontem, no DN enche uma página. PR e Governo, Passos, Relvas, Gaspar não escapam a uma crítica assertiva e severa. Reproduzo uns estratos para dar uma ideia do tom.
___________ 

Como imagem para o "medo" que "mudou de campo" lembrei-me de vos oferecer conjuntamente (2 em 1) O Grito, a obra prima do norueguês Edvard Munch  e que foi recentemente vendida num leilão em NY por 120 milhões de dólares. O quadro pode representar o "desespero" a que chegará o nosso país se não conseguir rapidamente mudar de governo.


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Extratos do artigo de Mário Soares

 

Uma espécie de BPN dos pequeninos - 2

Há pouco, num desses canais de informação do cabo, Ângelo Correia, após um momento de hesitação disse que sim, conhecia a situação de Passos Coelho na Tecnoforma antes de o levar para as suas empresas e acrescentou que não havia nada de criminoso nos factos da reportagem de ontem, do Público. Pode ser que não haja crime, também era o que faltava, o que aquilo revela são três coisas:
 
1. a montagem de uma rede de gente do aparelho do PSD e da  sua Jota para favorecimento próprio à conta de fundos estatais e da UE.  Um no governo (Relvas Sec de Estado) a tutelar um programa de formação que dá milhões de euros a uma empresa de PSD's (Passos Coelho a consultor e a administrador) através da cumplicidade de autarcas do PSD em várias autarquias, da ANAFRE, do presidente da CCDRCentro;
 
2. revela também como gente como o 1º M e o seu inenarrável minitro Relvas, paladinos do Estado mínimo e arautos da privatização máxima, afinal viviam gostosamente enquanto puderam, da dependência do Estado.
 
3. isto revela também  que Passos Coelho e Miguel Relvas podem ter condições para aparatchiques do PSD e da sua Jota mas não têm as condições mínimas, nem políticas bem éticas, para as funções que exercem no governo e deixam o país em sobressalto com a falta de transparência nos negócios de milhares de milhões de euros das privatizações  e com a falta de confiança de que gozam.
 
O CM ocupou-se também do escândalo provocado pela investigação do Público, aqui exposta, em post antes deste. Eis parte do que informa:



2012-10-08

 

Uma espécie de BPN dos pequeninos

"A Tecnoforma, uma empresa de que Passos Coelho foi consultor e administrador, dominou por completo, na região Centro, um programa de formação profissional destinado a funcionários das autarquias que era tutelado por Miguel Relvas, então Secretário de Estado da Administração Local" [Link]

Enche 6 páginas a investigação do Público sobre  a corrupção o cadastro de Passos e Relvas, durante os governos de Durão Barroso e Santana Lopes, nos negócios entre o Estado e a Tecnoforma: Relvas no Governo e Passos na empresa (interpelado Passos Coelho por no currículo não constar que foi administrador da Tecnoforma, disse que se esquecera") era um ver se te avias que isto não dura sempre.


A imagem nostra a rede de PSD's e Jotas envolvida no que parece ser um treino para voos futuros, uma espécie de BPN dos pequeninos.

"No Centro [do país], a Tecnoforma chegou a ter 82% do total do financiamento aprovado a privados" (Público, pág 2) Trata-se de projectos financiados pelo programa Foral. A Tecnoforma, segundo a mesma fonte, obteve entre 2002 e 2004 um financiamento do Estado de cerca de 4 milhões de euros.
Castro de Oliveira (CDS), vice-presidente da CM de Mangualde insurge-se, em Outubro de 2002, contra a rede de apaniguados do PSD em torno daquela empresa e desabafa que afinal quem parece dirigir a Câmara é a Tecnoforma.
Helena Roseta, em Junho, na SIC, denunciou o que com ela se passou. O Sec.Estado Miguel Relvas contactou-a na qualidade de bastonária dos arquitetos para uma parceria com vistas à formação dos arquitetos das autarquias, com financiamento do programa Foral, que ela recusou ("fiquei passada") porque Relvas punha como condição que "a Ordem teria de contratar a empresa de Passos Coelho para fazer a formação."

Se isto era assim quando Relvas era um mero Sec. de Estado, como será agora com Passos a 1º M e Relvas a Min da coordenação?
Que garantias de isenção dão estes Srs nos negócios das privatizações de milhares de milhões. Nos que já foram, EDP, REN ou que estão planeados, TAP, etc. ?

 

 

Este governo e a competitividade no País

Passos Coelho e Gaspar falam muito de competitividade na óptica que lhes impingiu o pistoleiro Borges, como Clara Ferreira Alves denominou e bem o assessor especial deste governo para vender a pataco as empresas públicas,  o ilustre e digníssimo Professor António Borges.

E digo na óptica do pistoleiro porque é quem mais tem defendido que o português que vive do seu trabalho ganha muito, que há um desequilíbrio entre o salário e a competitividade empresarial. 

Na realidade temos um país prendado, com o mais baixo salário mínimo da Zona Euro, com o salário médio também mais baixo e com a maior disparidade de rendimentos entre os mais ricos e os mais pobres. 

Com estes indicadores é na realidade um país prendado. E se juntarmos o índice de pobreza muito acima do normal europeu e a fuga aos impostos dos maiorais deste país fica-se com a fotografia completa.

Mas o descaramento é grande. 

Ainda hoje li que as PME portuguesas têm conseguido algum financiamento para a sua actividade a uma taxa de juro de 7,79% sendo a taxa média na Europa, no mesmo período, de 4,15% (-3,64%). É obra.

Então este governo corta-nos salários e pensões em nome dessa competitividade e  empresta dinheiro os bancos a 4% para emprestarem às empresas a quase 8%?

É a maior falta de vergonha que se pode imaginar.

2012-10-06

 

Uma nódoa caiu na Fundação Champalimaud

Não sabia que o Pistoleiro Borges, um titulo excelente e criativo para esta personagem, acumulava tanta vergonha. Administrador da Fundação Champalimaud?. Francamente esperava tudo. Mas esta não. Leonor Beleza ou foi enganada ou foi pressionada a aceitar este senhor na sua fundação, onde certamente existirão muitos ignorantes, porque conheço alguns investigadores de lá que repudiam a TSU que o mentor do governo de Passos que, neste caso, faço justiça não de Paulo Portas andou a defender.
 

Só mesmo assim...



... conseguiremos endireitar o país a bandeira?

 

João Ferreira do Amaral, hoje no Congresso Democrático das Alternativas


"O próximo ano vai ser de rupturas importantes ao nível social e económico, prevê o economista João Ferreira do Amaral, um dos oradores convidados do Congresso Democrático das Alternativas, que decorre esta sexta-feira na Aula Magna, em Lisboa.

“Vai significar uma quebra adicional muito drástica da procura interna, através da redução do rendimento disponível, isso impedir o Estado de cumprir os seus objectivos orçamentais, outra vez, para o próximo ano, vai impor nova austeridade, o desemprego vai aumentar para muito mais do que os 16,4% que o Governo anuncia e a recessão vai ser muito mais profunda do que o indicado pelo Governo. Ou seja, penso que o próximo ano vai ser de rupturas importantes, quer ao nível económico quer social”, defendeu na sua intervenção, dedicada ao tema “Desafios da Denúncia do Memorando da ‘Troika’”.

João Ferreira do Amaral repetiu ainda a ideia de que Portugal deve sair do euro, mas num processo negociado e não empurrado.

“Em negociação com as entidades europeias. Não pode ser o empurrão para fora do euro ou criarem, como estão a fazer, condições tais que a certa altura não teremos outra possibilidade de sair senão numa posição extremamente desfavorecida”, sustentou.

O Congresso Democrático das Alternativas está a decorrer hoje na Aula Magna, com o lema "Resgatar Portugal para um Futuro Decente".

2012-10-04

 

Sporting. Uma vergonha de Sá Pinto

Desde início disse e escrevi que não gostava de ver um boxeur nos comandos de treinador do Sporting.

Alguns amigos meus "fanáticos" diziam que eu era intransigente, não desculpava um acidente de percurso.

O problema é que não era um acidente. Sá Pinto é estruturalmente um conflituoso. Lidar com pessoas tem de se ter qualidade mental para isso.

Sá Pinto ao correr da equipa hoje certos elementos como Cedric, Capel, Carilho mostrou na montra o que é  o que vale.

 

Chipre exemplo de como se negoceia com a Tróika



2012-10-03

 

Victor Gaspar, em nome dos "mercados"


O ministro Victor Gaspar na conferência de imprensa que hoje nos ofereceu explicou  que apesar de não ter conseguido diminuir a despesa nem aumentado a receita e, em consequência, o défice, em vez de ter descido, aborrecidamente subiu, a política de austeridade que lhe foi recomendada pelo ministro das finanças alemão, o Sr. Schauble, está a ser um êxito.
Mostrou a seguir uns gráficos e usou o jargão do “milieu” para provar que apesar de a coisa estar a correr mal para nós estava a correr bem para eles e que, por isso mesmo, os bancos e os banqueiros estavam muito satisfeitos com ele e com o nosso comportamento, desde que não continuemos com manifestações como as que de 15 e 29 de Setembro que, por uma vez, desculpam. Explicou-nos também que, como diria o ”pequeno”  Borges, só por  “ignorância”, não entenderíamos que em virtude dos bons (para eles) resultados obtidos tem que continuar com o mesmo remédio e até reforçar a dose, com redobrados e grandiosos impostos. E - na expetativa do nosso respeitoso apreço – informou que  o  inteligente e grandioso aumento dos impostos, IMI e todo o tipo de taxas, em 2013, “não irão persistir indefinidamente”.  Não irão persistir indefinidameeeeente?!
Será que ele está a imaginar-se no filme em que um outro ministro das finanças ficou por cá uns quarenta e tal anos supostamente a endireitar as contas do país?
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Nota: o boneco como se vê "paga" direitos de autor ao Wehavekaosinthegarden.

 

Vamos ao Congresso Democrático das Alternativas?



É no dia 5 de Outubro, na aula magna da cidade universitária de Lisboa. Para conhecer o programa, os estudos realizados, AS ALTERNATIVAS à tragédia em que a política deste governo está a lançar o país, basta ir aqui ao lado, ao site do Congresso Democrático das Alternativas.
Foi de lá que vos trouxe este vídeo sobre o debate preparatório de 22 de Setembro, que nos oferece breves intervenções de Ricardo Cabral, Manuel Carvalho da Silva, João Rodrigues, José Castro Caldas e Pedro Nuno dos Santos.
Só há pouco tempo conheci, indiretamente, Pedro Nuno dos Santos. Por declarações que fez, por uma entrevista que deu a um semanário. Nada me teria surpreendido muito a não ser o facto de que o que lia ou ouvia era dito por um quadro importante do PS, deputado e, mais significativo, responsável por uma organização distrital do PS, a distrital de Aveiro. Dei logo um salto ao respetivo site e a surpresa, agradável surpresa, manteve-se. Agora ouvi-o aqui. E fiquei a pensar... que o PS com muitos quadros como este... o PS seria... diferente, mesmo muito diferente, para  bem dos portugueses.


2012-10-02

 

A rua não é contolável

Mas há quem queira...

No meio de tudo isto ainda aparece o congresso democrático das alternativas.
 
Mais dores de cabeça! A vida não está fácil.

O congresso das esquerdas pelos documentos que já li e estão disponíveis no site é uma grande pedrada no charco.

Vai adicionar ideias e propostas bem fundamentadas de alternativas à política deste governo, que é algo que as esquerdas nem sempre são exímias. Medidas que apontam para uma nova estratégia de desenvolvimento do país e para um estado mais social e operativo.

Convém estarmos atentos, discutir essas ideias e participar se estivermos de acordo na sua divulgação.

São medidas de unir e não de separar.



2012-10-01

 

É preciso unir e encontrar alternativas credíveis

Há um ambiente muito amplo de pessoas que estão descontentes com este governo. 

Pessoas das mais variadas formas de pensamento. Muitas até que votaram nos partidos que apoiam este governo mas que reconhecem já que foram ao engano.

Estão cientes que não querem o caminho que este governo pretende trilhar sob a batuta de António Borges que é o do empobrecimento da população pela redução do rendimento, nomeadamente através dos cortes nos salários e no aumento dos preços dos produtos das principais empresas portuguesas como a electricidade, gás, telecomunicações, etc, os aumentos dos impostos e se acabe com as funções do Estado em áreas como o SNS, que se privatize cada vez mais a educação, que se privatize a CGD, etc, etc.

Uma percentagem cada vez maior da  população portuguesa quer um Estado eficiente e com um papel determinante na sociedade. Quer reformas profundas no aparelho de Estado para que se torne menos caro e com melhores serviços à sociedade. Isto é possível, p.e. uma melhor justiça para todos. Impostos mais equilibrados. Repressão na enorme fuga aos impostos.

Claramente, o governo de Passos Coelho/Paulo Portas querem o contrário. Submetem-se à tróika sem o mínimo de contraposição, por exemplo exigindo a negociação de juros mais baixos como ainda hoje vem Bagão Félix a defender na praça pública. 

Mas daí a derrubar este governo que bem o merece e seria bom para o país vai uma grande distância. É preciso mais luta.

É preciso pressionar, estar atento. Mas cuidado com as propostas de acção. Temo que algumas já avançadas em vez de unir possam desunir.

As formas de luta têm sido muito grandes, mas as formas de luta mais organizadas devem ser muito negociadas. Os avanços devem fazer-se de forma abrangente.

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