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2013-12-29

 

Há Coelhos e Coelhos

A propósito de Coelho…
- Já abriu a caça - dizem-me aqui do lado.
Mas... não era isso. É que há Coelho e Coelho. Uns para serem caçados e outros para serem lidos. É que há Coelho que escreve e escreve muito bem. Não perco. Claro que é da Alexandra que estou a falar. A Alexandra Lucas Coelho que escreve na revista do Público com aquele gostinho gostoso que – digo eu - ela aprendeu no Brasil. Uma delícia. E diz coisas que fazem pensar. Olhem só a denúncia que ela faz da legislação brasileira:
«Não é metáfora, é Código Penal de 1940, 1940, 1940.
Carioca é estuprada em ônibus, engravida em criança, é presa por abortar, e se não for gostosa é desleixada e se for estuprada é porque era gostosa. Mas obsceno é ela botar o peitinho de fora, eita. Pedindo, no mínimo, para ser estuprada.»
______________

 
O Sr Antunes vinha entusiasmado do café e não se ficou por aquele bom dia de quem finge que vai com pressa.
- Então o vizinho já viu a revista do Público?
- Por acaso não, levo-a aqui mas fica para depois da bica.
- Então veja - e veja bem que vai gostar. Sei que gosta da Alexandra Lucas Coelho, pois hoje tem surpresa.
- Então assim?
- Oh, oh!! ela hoje mostra o peitinho, e que peitinho senhor santo Deus!
- Hum, não acredito, pode lá ser. Não era nada de mais mas ela é jornalista e não pode ir para ali para o jornal dela mostrar as maminhas.
- Abra, abra lá a revista.
- hum... crisflres bzss rrrssseeiii...
- Oh amigo Antunes, mas que confusão, as maminhas são lindas mas são da atriz brasileira Cristina Flores. Ainda que ela, a Alexandra Lucas Coelho, não perca, com aquele seu sorriso espertinho e a sua escrita deliciosa. Leio-a sempre. O artigo dela… pois… estou já aqui a ver as gordas, pois é como digo, “gostoso”.

2013-12-21

 

"Austeridade": tirar aos pobres e dar aos multimilionários

A política de austeridade imposta na UE pela Alemanha a Portugal, e outros "países do sul" resume-se na essência a salvar os bancos e o sistema financeiro em geral à custa dos cidadãos suas vítimas. Mas não de todos os cidadãos. À custa principalmente dos mais pobres, poupando ou aumentando as fortunas dos mais ricos.
Aconselho-vos o livro de Mark Blyth, "A AUSTERIDADE - A História de uma ideia perigosa"  e como aperitivo o vídeo em http://youtu.be/E1Kzp5EVUWg.
Mark  Blyth calcula em cerca de 3 triliões de euros, à escala global, o buraco gerado pelo sistema financeiro internacional em consequência da sua desenfreada e aventureira ação de agiotagem, com as super alavancagens e a criação de produtos financeiros cada vez mais sofisticados e fora de controlo para sugar dinheiro.
A política de austeridade representa uma monstruosa transferência de riqueza dos que menos têm para os que têm mais e sem que sirva sequer os objetivos que oficialmente se propões atingir, antes agravando-os como se vê em Portugal, com a dívida do Estado a crescer a par do agravamento da austeridade e do empobrecimento.  
A política de austeridade imposta a Portugal pela Alemanha através da União Europeia, que controla, através do Eurogrupo que domina, através do BCE em que manda, está a levar o país aceleradamente ao desastre. Isso não seria possível se o governo de Passos Coelho/Paulo Portas amparado por Cavaco Silva não se tivesse assumido - traindo quem o elegeu - como representante dos credores, como defensor dos interesses dos "mercados". Se este governo legitimado pelo voto não tivesse perdido a legitimidade ao contrariar tudo o que prometeu se este governo não se tivesse revelado uma espécie de capataz de interesses estrangeiros, de Merkel, do FMI, dos credores e agiotas internacionais, a situação seria diferente apesar dos constrangimentos da União Europeia.  Apesar do contexto europeu adverso não é indiferente ter um governo que defenda Portugal e os portugueses ou um governo como o destes "cipaios" que querem ir além da Tróica, cujo sentido da dignidadede nacional é o de se colocarem ao nível dos empregados do BCE, da UE ou do FMI e de possivelmente aspirarem a uma confortável recompensa dos seus tutores logo que corridos pelos portugueses do governo.

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2013-12-13

 

Ainda a respeito das cerimónias do funeral de Mandela ...

As cerimónias do funeral deram origem a muitas atitudes e comportamentos, alguns de grande significado no mundo da política.

Começou logo pelos analistas e comentadores em vários lugares do planeta em querer transformar a vida de Mandela em "Santo". Só faltou mesmo pô-lo no altar de forma a não se mexer. Esqueceram a sua luta de revolucionário contra o appartheid e contra o regime reinante a nível mundial. Um branqueamento da sua vida de revolucionário, tentando encostá-la de um simples pacifista.

Mas indo além disso e olhando para quem se salientou nas cerimónias, vimos que a Europa não "existe".

Falaram Obama, Dilma e Raul de Castro para além da África do Sul.

Aliás, a Europa já há muito que vem saindo da cena política mundial. Cada vez mais na economia o que apesar de tudo tem demorado algumas décadas mas é cada vez mais um facto e agora começa a esvaziar-se na cena política. E na minha perspectiva ou a Europa muda de modelo a todos os níveis ou muito lenatamente desaparecerá. 

O Mundo olha para a Europa e deixou de ver nela aquelas referências de Zona de bem estar, onde se vivia melhor, pois realmente deixou de o ser. 

A imagem real é a de uma Europa em degradação, perdendo características em que já cada vez menos gente acredita que possa ver a ser uma comunidade de aproximação de povos. Cada vez mais está apender para uma "comunidade" de rejeição de povos, onde os confrontos de interesses tendem a aumentar. Dois pólos em confronto (o norte e o sul), um intermédio a ver para onde cai, mas tendem todos a cair, ao longo do tempo, caso nada mude e não se gere outra dinâmica de mais solidariedade e projecto comum.

É esta Europa actual que nada oferece, que perdeu referências positivas vai direita ao charco e caiu no desrespeito do Mundo.

2013-12-10

 

O mundo inteiro inclina-se perante Mandela

Hoje os povos de todo o mundo prestam justa e comovida homenagem a Mandela esse homem singular que conseguiu pôr fim ao apartheid, símbolo da indignidade humana e criar um país e uma nação nova sem a tragédia da guerra civil e da autodestruição.
Neste momento de sentida homenagem a Madiba é oportuno fazer uma aproximação à  situação real deste grande país africano dilacerado por uma profunda desigualdade social geradora de gravíssimos problemas humanos que vão desde uma criminalidade extrema, à terrível propagação da sida e à falta de quase tudo à maioria dos sul-africanos.(Dados obtidos aqui)


  

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2013-12-06

 

Grandes dúvidas sobre a legitimidade da FNE (UGT) acordar com Crato

A FNE - frente sindical da educação acordou com o misistro Crato salvar-lhe a face. Crato estava bem entalado e então tentou negociar com a FNE exame para alguns professores.

Passando ao lado justeza da prova, cuja realização vem desacreditar de uma penada os ensinos, universitário e  politécnico, o acordo gerou a maior injustica entre os professores.

Quais os critérios para esta divisão? Porquê cinco anos como critério? 

Imagine-se um professor que tenha 4 anos e 11 meses de tempo de trabalho? Saberá assim tão menos que aquele que completou 5 anos e 12 meses? è ridículo no mínimo.

É uma falta de tudo, de ética, de moral e de injustiça.

O ministro Crato está feliz porque caçou (a que preço), para a sua ilharga, a FNE.

Interrogo-me se numa situação destas que cheira mais a traição para dar um jeito ao ministro, se a FNE tem legitimidade para assinar este acordo

Não deveria no mínimo ter consultado os professores filiados, sujeitos a exame sobre a esta decisão?

Defendo que este acordo é completamente ilegítimo. que a direcção da FNE não poderia agir desta forma Assim significa trair os seus sindicalizados professores.

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O apelo à exploração das potencialidades do nosso mar eos Estaleiros de Viana

Costuma-me aceitar tanta hipocrisia de gente que anda a vender o mar como "uma das glórias nacionais" e, depois, tem esta postura sobre os Estaleiros de Viana do Castelo. Não pode ser. Onde paira a coerência?!

Soube em tempos algo sobre o sector da construção e reparação naval em Portugal e no Mundo. Sem vaidade, soube mesmo por dever de ofício e porque gostava.

Acompanhei o que se destruiu neste sector em Portugal, sobretudo a partir de finais dos anos 70. Protestei, Participei em grupos de elaboraram trabalhos contra essa situação. 

E não é que não houvesse conhecimento na Administração Pública e nas empresas e vontade dos trabalhadores. Havia estudos, havia estratégia escrita, mas não assumida pelos políticos.

Não houve nunca vontade política de diversos partidos no poder, por baixa política. Não é preciso ir longe, basta olhar para a geografisa da implantação deste sector para se perceber a destruição havida.

Os governos do então primeiro ministro, Cavaco Silva, foram aqueles porém que mais destruiram nesta actividade e hoje essa mesma Pessoa como PR vem apregoar as virtudes do mar.

Um sector que já deu emprego a 37 mil pessoas, hoje reduzido, penso a 3 ou 4 mil e que vai despedir 600...pode lá ser.

É descaramento falar do mar sem barcos de vários tipos, a  não ser que a exploração para esta gente seja a nado. 

Assim, teremos quase 10 milhões de portugueses candidatos a investir no mar.

Tudo isto é rídiculo. Uma mistura de ignorância, incompetência e de venda a interesses que não interessam ao país. É puro servilismo ao capital que não presta.

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