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2012-06-29

 

Monti 2 - Merkel 1


Inspirado talvez pela performance de Balotelli e do resto da equipa de Cesare Prandelli, em Varsóvia, Mario Monti, numa parceria com Rajoy, obrigou esta noite, em Bruxelas, a Srª Merkel a ceder na questão dos empréstimos de socorro à banca de Espanha e de Itália. No conjunto de problemas que os países do Euro enfrentam esta vitória dos países do Sul é apenas um pequenino passo mas, em todo o caso, é uma vitória. Uma vitória de Rajoy, de Monti e hélas... de  Hollande.
"O braço-de-ferro de Espanha e Itália funcionou. A Alemanha e toda a Zona Euro aceitaram flexibilizar o funcionamento dos seus mecanismos de resgate e assim acalmar os mercados. Quer isto dizer que há novas regras na Europa. O fundo de resgate da Zona Euro, por exemplo, pode vir a
...
"Para Monti, tratou-se de uma «um acordo muito importante para o futuro da União Europeia e da Zona Euro», pelo que «valeu a pena» uma reunião tão «dura», referindo-se à cimeira da Zona Euro, antecipada para a última madrugada - que deveria ter lugar apenas hoje à tarde -, na sequência de um «braço-de-ferro» movido por Roma e Madrid, cita a Lusa." [Link]

A política não é o futebol e Portugal não tem, na UE ou no grupo dos 17 países do Euro, a força da Espanha ou da Itália e por isso a mesma atitude de defesa dos interesses de Portugal, se isolado, não conduziria obrigatoriamente aos mesmos resultados que a Espanha e a Itália ontem conseguiram mas enquanto no futebol temos um Ronaldo na política alinhamos com um Passos Coelho que, intoxicado com a poção mágica do fanatismo neoliberal, em vez de defender os interesses nacionais, aproveitando a boleia da França, da Espanha e da Itália rasteja aos pés de Berlim no triste papel de "bom aluno" pateta, por conta da Srª Merkel e dos mercados.

 

Será anormal a repetição da fraude ou anormal o senhor Ministro espantar-se?

"Acho anormal o mesmo tipo de fraude se repetir" - Politica - DN

A minha "tese" é que anormal é a manifestação de espanto do senhor ministro.

Se o senhor ministro da saúde tivesse os pés na terra deste país sabia que o crime compensa.

A lei vai nesse sentido. Há buracos que os chamados bons advogados exploram ou há investigações mal conduzidas que não se compreendem e deixam muitos buracos a explorar

Alguma vez alguém que roubou algo que encha o olho indemnizou o país? Pense senhor ministro e aponte um caso que seja. Isaltino, Oliveira e Costa e tantos outros vão de certeza se chegarem a ser julgados pagar uns míseros tostões.

Isto é justiça? temos uma justiça que dá todos os benesses quando os roubos enchem o olho.


2012-06-28

 

A Má Moeda


Moedas e Gaspar. Riem-se. Com gosto. De que se riem eles? Da sua política desastrosa para Portugal ou do futuro radioso que os "mercados" para quem trabalham, lhes reservam?
***
Domingos Ferreira é professor investigador na Universidade do Texas, EUA e da Universidade Nova de Lisboa. Escreve no Público, às 6 ªs feiras, artigos com muito interesse sobre a actualidade política portuguesa e europeia.
O artigo que se segue, um pouco mais abaixo, corre pela internet, está em blogs e é atribuido a DF mas não encontro link para a publicação onde tenha saído nem identificação desta. Mas o texto vale por si.
No mail que recebi o artigo de DF é precedido deste comentário que também vos deixo:
"Os arautos da transparência, têm como adjunto do primeiro-ministro, o senhor Carlos Moedas, que se veio agora a saber ter 3 empresas ligadas às Finanças, aos Seguros e à Imagem e Comunicação, tendo tido como sócios, Pais do Amaral, Alexandre Relvas e Filipe de Button a quem comprou todas as quotas em Dezembro passado.
Como clientes tem a Ren, a EDP, o IAPMEI, a ANA, a Liberty Seguros entre outros.
Nada obsceno para quem é adjunto de PPC!
E não é que o bom do Moedas até comprou as participações dos ex-sócios para "oferecer" o bolo inteiro à mulher?! Disse ele à Sábado.
Não esquecer ainda que o Carlos Moedas é um dos homens de confiança do Goldman Sachs, a cabeça do Polvo Financeiro Mundial, onde estava a trabalhar antes de vir para o Governo.
Também o António Borges é outro ex-dirigente do Goldman e que agora está a orientar(?!) as Privatizações da TAP, ANA, GALP, Águas de Portugal, etc.
Adoro estes liberais de trazer por casa, dependentes do Estado, quer para um emprego, quer para os seus negócios."
_______________
Texto atribuído a DF:
“Lamentavelmente, a política económica suicidária da UE, que resultou nas tragédias que ja todos conhecem, acresce a queda do Governo Holandês (ironicamente, acérrimo defensor da austeridade) e o agravamento da recessão em Espanha. Por conseguinte, a zona euro vê o seu espaço de manobra cada vez mais reduzido e os ataques dos especuladores são cada vez mais mortíferos. Vale a pena lembrar uma vez mais que o Goldman and Sachs, o Citygroup, o Wells Fargo, etc. apostaram biliões de dólares na implosão da moeda única. Na sequência dos avultadíssimos lucros obtidos durante a crise financeira de 2008 e das suspeitas de manipulação de mercado que recaíam sobre estas entidades, o Senado norte ­americano levantou um inquérito que resultou na condenação dos seus gestores. Ficou também demonstrado que o Goldman and Sachs aconselhou os seus clientes a efetuarem investimentos no mercado de derivados num determinado sentido. Todavia, esta entidade realizou apostas em sentido contrário no mesmo mercado. Deste modo, obtiveram lucros de 17 biliões de dólares (com prejuízo para os seus clientes).
Estes predadores criminosos, disfarçados de banqueiros e investidores respeitáveis, são jogadores de póquer que jogam com as cartas marcadas e, por esta via, auferem lucros avultadíssimos, tornando-se, assim, nos homens mais ricos e influentes do planeta. Entretanto, todos os dias são lançadas milhões de pessoas no desemprego e na pobreza em todo o planeta em resultado desta atividade predatória. Tudo isto, revoltantemente, acontece com a cumplicidade de governantes e das autoridades reguladoras. Desde a crise financeira de 1929 que o Goldman and Sachs tem estado ligado a todos os escândalos financeiros que envolvem especulação e manipulação de mercado, com os quais tem sempre obtido lucros monstruosos. Acresce que este banco tem armazenado milhares de toneladas de zinco, alumínio, petróleo, cereais, etc., com o objetivo de provocar a subida dos preços e assim obter lucros astronómicos. Desta maneira, condiciona o crescimento da economia mundial, bem como condena milhões de pessoas a fome.
No que toca a canibalização económica de um país a fórmula é simples: o Goldman, com a cumplicidade das agências de rating, declara que um governo está insolvente, como consequência as yields sobem e obriga-o, assim, a pedir mais empréstimos com juros agiotas. Em simultâneo impõe duras medidas de austeridade que empobrecem esse pais. De seguida, em nome do aumento da competitividade e da modernização, obriga-os a abrir os seus sectores económicos estratégicos (energia, águas, saúde, banca, seguros, etc.) às corporações internacionais.
Como as empresas nacionais estão bastante fragilizadas e depauperadas pelas medidas de austeridade e da consequente recessão não conseguem competir e acabam por ser presa fácil das grandes corporações internacionais.
A estratégia predadora do Goldman and Sachs tem sido muito eficiente. Esta passa por infiltrar os seus quadros nas grandes instituições políticas e financeiras internacionais, de forma a condicionar e manipular a evolução política e económica em seu favor e em prejuízo das populações. Desta maneira, dos cargos de CEO do Banco Mundial, do FMI, da FED, etc. fazem parte quadros oriundos do Goldman and Sachs. E na UE estão: Mário Draghi (BCE), Mário Monti e Lucas Papademos (primeiros-ministros de Itália e da Grécia, respetivamente), entre outros. Alguns eurodeputados ficaram estupefactos quando descobriram que alguns consultores da Comissão Europeia, bem como da própria Angela Merkel, tem fortes ligações ao Goldman and Sachs. Este poderoso império do mal, que se exprime através de sociedades anónimas, está a destruir não só a economia e o modelo social, como também as impotentes democracias europeias.


2012-06-26

 

"Vá, Angela, devolve lá a bola." "Não!"


Alemanha — escolhe a opção má, não a catastrófica

26 junho 2012
"Vá, Angela, devolve lá a bola." "Não!"

O momento fatídico para o futuro do euro aproxima-se. No Conselho Europeu dos dias 28 e 29 de junho, Angela Merkel deve decidir se, e em que medida, a Alemanha pretende salvar a moeda comum, prevê o Süddeutsche Zeitung.
O futuro do euro não depende da Itália. Não depende da Espanha, de Portugal, do Chipre, nem da Grécia. É na Alemanha e em mais lado nenhum que se deverá decidir se a moeda única continua, e de que forma. Berlim é hoje em dia o centro da crise. O Ministério das Finanças e o Bundesbank estão certamente conscientes disso, mas a questão está longe de ser debatida publicamente com a franqueza necessária. Apenas a Alemanha pode suportar a grande parte das despesas que acompanharão o resgate do euro. A questão é se os alemães o querem, e por quanto tempo ainda o poderão fazê-lo.
Antes de uma nova e difícil cimeira europeia, os responsáveis políticos e a opinião pública alemã têm a oportunidade de fazer calmamente os seus cálculos: o que nos custará o resgate do euro, a nível político e económico? E o que nos custará um fracasso, isto é, a desintegração da zona euro, independentemente da sua forma? Em ambos os casos, que riscos se concretizarão no balanço dos bancos e do Bundesbank? Quais serão as consequências de um fracasso para a posição da Alemanha na Europa? Deverá e poderá a chanceler continuar a desempenhar o papel de domadora da Europa?

Fonte: PressEurope

 

Como será o Conselho Europeu desta semana?

A Europa começa a ter pouca margem para poder prosseguir segundo os ditames de Berlim. Austeridade no comando do leme provou-se que não resulta. Três anos de crise são suficientes para dizer: este não é o caminho.

O abismo está por perto. Está eminente a hora de reconhecer que ou se tomam decisões difíceis e se  avança no caminho da criação de uma União Política, ou se aposta no regresso ao passado, abandono da construção da UE. Um mundo sem união europeia. Haverá certamente muitos interesses em que este seja o caminho futuro da Europa. É de certeza mau para os europeus, mas seguir na senda dos Conselhos Passados leva a esta situação mais cedo ou mais tarde.

A Europa está num impasse. São cada vez mais os países em crise. A receita alemã continua a mesma, apesar de provada como contraproducente. 

A situação política e económica, no entanto, apresenta algumas pequenas nuances dentro da Europa. Começa a ser menos uniforme. Há vozes mesmo nos parceiros da Srª Merkel que discordam. Apontam outras pistas.

Arriscar decisões? Inclino-me para pouco mais do mesmo. Talvez uma "agenda mítica para o crescimento", quando o que é preciso é, de facto, uma agenda para a refundação da Europa através da mudança de toda a sua estrutura institucional desenvolvida com a participação das populações.

Será um trabalho de nos? Sim. Mas há uma decisão primeira apontar o objectivo e nele assentar as traves de suporte.

2012-06-25

 

Chantagem política, desorientação ou debilidade avançada?

Um pouco de tudo.

Alberto João Jardim não desmentiu Gabriel Drumond, pelo menos até agora.

Daí que o número 1 da FAMA esteja de conluio nos propósitos com o que afirmou Gabriel Drumond na entrevista ao DN.

Mas será que a FAMA vai mesmo transformar-se em "partido"?

Achava óptimo. Seria um aparecer à luz do dia de "cara" lavada.

(clicar em cima da imagem)

Vejo estas afirmações mais como uma chantagem sobre o PSD nacional do que um verdadeiro querer de um novo partido.

A Madeira está francamente mal, apesar do programa de resgate não estar a ser cumprido. Nem tem hipóteses de o ser. Quem negociou o resgate não teve a noção do que andou a fazer. 

Como poderiam formar um partido que é à partida um risco em termos de clientela, pois Alberto João, felizmente para a Madeira, já não é o que era. Cada vez reúne menos consenso. Os seus amigos estão em debandada. Uma passagem pelos cafés da baixa do Funchal dá logo o retrato da situação. A frase "ele é que é o problema" ouve-se dos seus até há pouco mais íntimos.

Além disso implica dinheiro, muito dinheiro e onde o iriam buscar?

Ao património do PSD/M? 

Embora afecto a uma Fundação não deixa de ser do PSD. Só com grandes "habilidades" jurídicas e financeiras poderá algum dinheiro transitar para o novo "partido".

Face a esta situação, embora haja alguma desorientação nas hostes- o Dr. Jardim nunca esperou sair tão mal da palco - a chantagem é a componente mais forte.

E a ideia é no mínimo ver se o Governo da República perdoa uma grande maquia da dívida e novas negociações.

O comportamento do Governo Central até pela pouca exigência que está a colocar no cumprimento do plano de resgate vai alinhar nisso, para ajudar a salvar a face do Dr. Jardim, mas tinha antes que levar o governo de Alberto João a assinar um plano de resgate até para satisfazer as exigências da Tróika.

2012-06-23

 

Quadratura do Círculo, 21 de Junho 2012


 

Afinal parece que o negócio dos submarinos não era exclusivo do Portas...!

 

 


Já lhe chamam Duarte Lama. Dizem que não há submarino que lhe escape (mesmo que seja negócio do Portas) nem Rosalina que o atrapalhe. Mas até o código de "honra" da mafia (não trair os cúmplices) dizem que também infringiu. Consta que denunciou os cúmplices da rede de lavagem de dinheiro do processo "Monte Branco" para o deixarem ir para casa de pulseirinha no pé.
Oficialmente o homem está inocente até que os tribunais provem o contrário. Tenho é receio de que os nossos tribunais nada concluam antes de 20 ou 30 anos prejudicando assim a imagem deste homem que foi um destacadíssimo e impoluto dirigente do PSD (vice-presidente, líder parlamentar) e um amigo do círculo mais in do PR Cavaco Silva . Uma biografia do homem que subiu na vida a pulso (outros dizem que a tiro) aqui. 
___________
Nota: alterei o título e o post, dada a redação obscura anterior.

 

Helena Roseta: o Relvas que ela conheceu

O Aventar, no caso representado pelo "aventador" João José Cardoso, chamou a atenção, aqui na caixa de comentários de um post do João Abel, para um vídeo em que Helena Roseta conta mais um caso com Miguel Relvas. "Para que se saiba quem é o homem que temos por ministro". 
***
O caso trouxe-me à memória um rapaz, hoje já um pouco mais velho que este que chegou a ministro - chamemos-lhe M - que era o que na gíria dizíamos ser um grande operacional. Era o paradigma acabado do "portuga" vivaço, esperto, muito "patuá", irradiando simpatia, desenrascava tudo. Claro que não olhava a meios e não se detinha com escrúpulos ou estados de alma que atrapalhassem a sua grande "operacionalidade".
Criou uma empresazita de vão de escada. Mas um amigo já muito lançado nos mercados, deu-lhe a mão. Sempre que havia negócio lucrativo mas de duvidosa legalidade ou de perigosa "sujidade" o amigo lembrava-se do desenrascanso do seu "amigo" M. E M não se fazia rogado. De negócio em negócio M era já um homem rico. Um homem novo, rico. Começou até, por indicação do seu protetor, a ler umas literaturas para ficar com melhor aparência. Mas faltava-lhe a paciência. 
Já lhe parecia que o mundo era seu. Ou podia vir a ser. A sensação de impunidade, dadas as costas quentes, embotavam-lhe a vigilância. Até que um dia a vidinha começou a correr mal. Cada dia pior. Fazia lembrar a sorte de "Os Senhores da Guerra" de Akira Kurosawa. O amigo deu-lhe a mão mas ele estava muito preso. É claro que o largou senão... : 
Processo atrás de processo a carreira acabou mal. Não voltei a saber mais nada de tal personagem. Tão espertalhaço, tão desenrascado...  A vida pode sorrir. Uma, duas, vinte vezes, mas um dia...!


2012-06-22

 

Como branquear a conduta de Miguel Relvas?

Excelente este artigo da jornalista Fernanda Câncio.

A realidade podia ser outra, se cada jornalista e a classe no seu conjunto assumissem uma deontologia profissonal, de forma independente da sua tendência política. Há princípios deontológico, em todas as classes profissionais que devem ser cumpridos, se assumidos e que se colocam acima das nossas tendências político partidárias.

E, de facto, se a classe no seu conjunto os assumisse a ERCestaria agora numa situação pouco confortável face à contestação que se desncadearia na sequência do favor expresso que é "o parecer" emitido.

O que se assistiu neste caso do Público?

Desde logo essa falta de deontologia.  A direcção do jornal a "rabiar" para todos os lados. Depois enfim ... mas já tinha demonstrado a não solidariedade com a jornalista alvo de chantagem do ministro Miguel Relvas.

Não regular de todo - Opinião - DN

2012-06-21

 

Grécia 1 - Alemanha 0

A antecipação do grande jogo.


 

O Relvas, as pressões, as mentiras e... Carlos Magno

Carlos Magno baixou a cabeça e o papa Leão III, no ano de 800, na Basílica de S. Pedro, em Roma, coroou-o imperador dos cristão da Europa. Mas não é deste que quero falar, é do Carlos Magno, jornalista e presidente da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), alguém que não  sendo o poder, como aquele, em compensação, está sempre com o poder e portanto  baixou respeitosamente a cerviz e aprovou uma resolução em que absolve  Miguel Relvas, o ministro que tem a tutela da comunicação social, da acusação de ter pressionado e tentado condicionar a liberdade de imprensa, no caso dos telefonemas, às jornalistas do Público e em particular as ameaças e chantagem à jornalista Maria José Oliveira.
Assim vamos nós, sem surpresa, no ano 2 da graça de Frau Merkel.
A TV mostrou-nos como Magno recebeu Relvas, à entrada da ERC, com palmadinhas nas costas. Estava tudo dito. A resolução é a vergonha esperada. Teve três votos a favor: do presidente da ERC, Carlos Magno e dos dois outros membros da ERC, as jornalistas Raquel Alexandra e Luísa Roseira, indicadas pelo PSD para esta mal afamada ERC e dois votos contra, do ex-Sec de Estado da Comunicação Social Arons de Carvalho e Rui Gomes, indicados pelo PS. No meio desta farsa salva-se a declaração de voto de Arons de Carvalho aqui


Carlos Magno em 800       e... em  2012, o outro Carlos Magno

2012-06-20

 

Difícil ir ao bolso de um nú ...

Impossível antes de uns quantos preparativos. Primeiro é preciso vestir o nú, cumprindo uma condição: as vestes terão de ser apropriadas, ter bolsos no mínimo, com alguma coisa dentro.

Esta conversa tem a ver com a proposta da taxa dos 4% do Prof. Miguel Cadilhe, sobre a riqueza líquida.

Estas ideias muito bem intencionadas, mas muito mal formatadas, não se percebe o conceito, ou só formatadas na cabeça do Professor, que não se atingem lá muito bem (até estaria na disposição de apoiar uma proposta destas se fosse de facto para incidir sobre o que é a riqueza, sobretudo a escondida ou a roubada de milhentas formas, pois levaria a uma repartição mais justa dos custos da crise. Por exemplo, como imputar/estimar a riqueza do ex-Presidente do BPN Oliveira e Costa, Rendeiros e outros?)  tornam-se muito arriscadas, na prática,  porque têm tendência a recair sobre aqueles que já estão nús ou quase despidos. 

Se uma taxa de 0,2% sobre as transacções financeiras não é senão sucessivamente adiada a nível europeu, e é muito mais simples, directa e não oferece dúvidas, como passará esta que oferece melindres técnicos de cálculo e sobretudo esbarra num grande obstáculo, o poder político não quer taxar a riqueza.

E se é para cair nos mesmos ... atenção, muitos já estão mesmo nús e sem retorno. Quando se tem de devolver a casa, carro, etc, o que é isto senão estar nú?

 

Bankia, pulmones e branquias

De Espanha diziam que "nem bom vento nem bom casamento", pois bem, observem e digam lá se não tenho razão: "de Espanha vem bom vento e bom casamento". Quero com isto dizer que nuestros hermanos sabem dar à arte e ao humor a combatividade necessária, no momento oportuno. Não querem ser uns pobres portugas conformados com a tosquia que Passos Coelho lhes faz, qual capataz da banca internacional, ufano perante a patroa Merkel, por governar um povo manso. Espero em todo o caso que não indefinidamente.
[roubei o vídeo ao Jumento, um blog que nos conta o que nos media muitos jornalistas - não todos, diga-se - amestrados ou amedrontados, não revelam]

Os espanhóis do sapateado foram-se à Bankia:

 

2012-06-19

 

Europa, vítima da Alemanha

Krugman defende que a Grécia é uma vítima - Especiais - DN
 

O PR e as Regiões Autónomas

Até hoje nunca percebi porque razão nenhum PR agiu face às regiões autónomas. A tolerância tem sido total.

Até hoje, o País apenas assistiu a uma tomada de posição pública do PR, Cavaco Silva, em relação às regiões autónomas face aos estatutos dos Açores porque pensou que lhe tinham mexido nos seus poderes.

Na Madeira, o não cumprimento das leis faz parte do ADN dos sucessivos governos de Alberto João Jardim.

Ainda hoje vem no DN a referência a mais um não cumprimento de uma lei básica, a lei das finanças regionais que consistiu na violação dos limites de endividamento, em mais de mil milhões de euros, relativo ao ano de 2010. 

Esta informação é da autoria do Tribunal de Contas. Há uma penalização prevista para esta situação que consiste em congelar por cinco anos as transferências do OE para a Madeira. Na situação economico-financeira em que a Região se encontra accionar esta penalização tornar-se-ia muito complicado.

Mas o governo responsável por esta violação da lei não pode continuar impune.

Para não penalizar a região, só há uma solução. O PR "demitir" o governo regional.


2012-06-18

 

Um "assassino económico" arrependido, confessa-se

Este vídeo é muito actual. É o testemunho de um "assassino económico". Assassino é um termo brutal ainda que apropriado para a actividade autodenunciada por este Sr. Oficialmente esta designação de  "assassino económico" pode assumir a designação benigna e patriótica de diplomata, técnico, conselheiro, numa cadeia de intermediários que visam vergar um país, "amigo" ou não, à rapina do Estado a cujo serviço estão.  Se o país alvo não se submete "às boas" então avança-se com outros meios. O golpe de Estado com o assassínio do líder nacional ou em último recurso com uma guerra que se justifica em nome da liberdade e da democracia do povo atacado, como por ex. a guerra do Iraque, mas que é, invariavelmente, ao serviço dos interesses da cúpula multimilionária que comanda o poder do país agressor e que sempre encontra aliados entre os multimilionários  do país alvo da rapina e também entre o "bas-fond" ou até entre outra gentinha que espreita tirar algum partido da nova situação.
Este testemunho, é assustador. Mas só para quem não conhece a História por dentro. Mas mesmo conhecendo temos o dever moral da indignação e contribuir para mudar. Mudar o mundo!! Os que não querem mudar ou ignoram o seu papel de cidadão,s ridicularizam tal propósito. Compreende-se. Mas o mundo muda! Mais. " Todo o mundo é composto de mudança / Tomando sempre novas qualidades." ;)



A tradução é para uma língua próxima do Português. Na frase  "...porque o petróleo é a grande comodidade" o disparate é evidente: commodity é traduzida por comodidade quando devia ser traduzida por mercadoria. Commodity designa uma mercadoria primária, máteria prima ou outra sem grande incorporaçção de mão de obra ou transformação industrial como é o caso do petróleo. Também, entre muitos outros dislates gramaticais reparei num "à" que devia ser "há" e aparece assim, desnudo, do h do verbo haver.

 

O estado da Europa...

O dia seguinte - Opinião - DN

Uma reflexão oportuna sobre a Europa.

Ensina-nos a história que para o progresso dos povos é necesssário haver dirigentes de grande competência, diálogo, visão e querer. 

Aos dirigentes europeus actuais falta quase tudo isto. Estão emaranhados no mundo da grande finança e sobretudo sem visão do que querem para a Europa e por este caminho a Europa "desaparecerá" no tempo.

2012-06-16

 

Nos tempos actuais tem algum encaixe

Esta é para sorrir…só sorrir pela inteligente associação de ideias bem divertidas; é necessário conhecer os Deuses Gregos…( esta é para os jovens que podem não estar informados…);  porque o resto é triste, triste,

 
 Conteúdo de email recebido

CONSEQUÊNCIAS DA CRISE NA GRÉCIA!

>> 1. Zeus vende o trono para uma multinacional coreana.
>>
>> 2. Aquiles vai tratar o calcanhar na saúde pública.
>>
>> 3. Eros e Pan inauguram prostíbulo.
>>
>> 4. Hércules suspende os 12 trabalhos por falta de pagamento.
>>
>> 5. Narciso vende espelhos para pagar a dívida do cheque especial.
>>
>> 6. O Minotauro puxa carroça para ganhar a vida.
>>
>> 7. Acrópole é vendida e aí é inaugurada uma Igreja Universal do Reino de
Zeus.
>>
>> 8. Eurozona rejeita Medusa como negociadora grega: "Ela tem minhocas na
cabeça!".
>>
>> 9. Sócrates inaugura Cicuta's Bar para ganhar uns trocados.
>>
>> 10. Dionisio vende vinhos à beira da estrada de Marathónas.
>>
>> 11. Hermes entrega currículo para trabalhar nos correios. Especialidade:
entrega rápida.
>>
>> 12. Afrodite aceita posar para a Playboy.
>>
>> 13. Sem dinheiro para pagar os salários, Zeus libera as ninfas para
trabalharem na Eurozona.
>>
>> 14. Ilha de Lesbos abre resort hetero.
>>
>> 15. Para economizar energia, Diógenes apaga a lanterna.
>>
>> 16. Oráculo de Delfos vaza números do orçamento e provoca pânico nas
Bolsas.
>>
>> 17. Áries, deus da guerra, é apanhado em flagrante desviando armamento para a
guerrilha síria.
>>
>> 18. A caverna de Platão abriga milhares de sem-teto.
>>
>> 19. Descoberto o porquê da crise: os economistas estão falando grego!



 

Cavaco assobiado na Póvoa do Varzim?

As imagens de várias televisões mostraram exactamente isso. Cavaco apupado. Não são muito normais em Portugal atitudes desta natureza
.
Mas é um acontecimento altamente positivo. Porquê, perguntar-me-ão? 

É um bom indício de que povo português está despertar para a realidade de austeridade e que a rejeita. É também uma manifestação de que corresponsabiliza o PR pela situação nacional.

E Cavaco Silva bem o merece, pois tem vindo a dar total cobertura às medidas deste governo, sejam elas ou não exigidas pelo memorando Tróika.

Este governo orienta a sua acção pela redução de tudo que seja Estado e o povo já percebeu. Pode dizer-se que já não era sem tempo. Mas além disso o povo interiorizou que o caminho da austeridade não serve, não resolve e começa a entrar em rebelião. Ainda bem

 

Só se a Alemanha não quiser.

..


Muito se tem falado nos últimos meses na necessidade de os países ricos ajudarem os países em dificuldades da Zona Euro, não só apenas no financiamento dos planos de resgate, mas também no investimento com vista ao crescimento económico.
Uma questão que se pode tentar quantificar em alguns aspectos é quanto a Alemanha beneficiou com a criação do euro? Só vou aqui abordar duas vertentes.

Uma coisa é certa, tendo resultado o euro de um conjunto de moedas, umas mais fortes como o marco alemão e outras mais fracas como o escudo português ou o dracma grego, é fácil concluir que se hoje houvesse a moeda marco alemão em circulação, este seria mais forte do que o euro, logo, a Alemanha só por isso, perderia competitividade nas suas exportações, independentemente das políticas adequadas de ganhos de produtividade e de controlo dos salários nos últimos 10 anos naquele país, enquanto outros…

De facto nos últimos 10 anos, os salários na Alemanha subiram menos de 5% enquanto nos países em dificuldades, subiram entre 20% a 25%.

O impacto nas exportações alemãs, com a existência do marco, seria naturalmente negativo. Mas quanto 5%, 10%, um valor superior… é difícil quantificar. O que se sabe é que 5% do valor das exportações alemãs de 2011 são 52 mil milhões de euros (cerca de 70% do valor do resgate de Portugal). A Alemanha exportou cerca de 1050 milhões de euros em 2011, quase metade do PIB alemão. O excedente comercial alemão, no mês de Abril de 2012, foi de 14,4 biliões de euros e a média mensal é de 14 biliões de euros (168 biliões de euros anuais).

Mas se analisarmos outra área em que a Alemanha lucrou, sendo esta mais fácil de estimar, é calcularmos em termos muito genéricos a poupança de encargos financeiros com a emissão de dívida pública desde o final de 2009 até agora.

O exercício é fácil de fazer: a Alemanha tem uma dívida de 1,4 triliões de euros e emite por ano cerca de 250 biliões de euros em média (grande parte deste montante é para efectuar o roll-over da dívida que chega à maturidade). Se considerarmos que hoje a yield média (considerando todas as maturidades existentes) está cerca de 1,75% mais baixa do que o valor no final de 2009, calculamos que em termos gerais, a Alemanha deve ter poupado neste tempo (desde final de 2009 até agora), no mínimo, qualquer coisa como 10 mil milhões de euros em encargos financeiros.

A proposta que se pode fazer à Alemanha e sem prejudicar os contribuintes alemães é a seguinte: porque a Alemanha não cria um fundo de investimento de montante igual à poupança de encargos financeiros com a emissão de dívida pública e a algum do ganho no crescimento das suas exportações (por serem em euros e não em marcos) nestes 2 anos e meio, investindo em projectos em Portugal e na Grécia (economias mais pequenas) e abrindo linhas preferenciais de importação de produtos destes países

Com o rigor alemão, muito provavelmente, a criação de novos projectos/empresas ou a entrada no capital social de empresas já existentes de diferentes sectores em Portugal e na Grécia, iria possibilitar aos contribuintes alemães recuperarem o capital investido e com ganhos interessantes. Seria uma operação financeira do tipo de "venture capital" ou de "private equity" (capital de risco).

E o exemplo de sucesso da empresa alemã VW no nosso país até é um bom motivo de confiança para a realização desses potenciais investimentos.

Isto sim, seria uma transferência das vantagens de um país rico para países em dificuldades, mas não a fundo perdido e sem prejudicar o contribuinte alemão.

Mas se a par da Alemanha, outros países ricos como a França, a Finlândia, a Áustria, a Holanda, o Luxemburgo, entre outros, fizessem o mesmo, poderíamos estar a falar de 20 mil milhões de euros ou mesmo mais de potenciais investimentos produtivos.

Claro que o sentimento nacionalista dos países necessitados poderia tentar impedir esses investimentos. De certeza que lá vinham os mesmos de sempre dizer que estamos a ser vendidos ao capital estrangeiro e eu pergunto: não estamos já "quase hipotecados" aos credores internacionais? O país não necessita de investimento directo estrangeiro? Esses investimentos não ajudariam ao crescimento económico e à criação de emprego?

Economista
Autor do livro Gestão de Activos Financeiros - Back to Basis 
 
In Jornal de negócios

2012-06-14

 

A Europa prestes esborrachar-se no muro da dívida

Muito antes da vitória de Hollande muitos eram os que se manifestavam contra o fármaco preconizado e instituído pelo Merkozy para atacar a doença da  dívida - a austeridade.

Agora entrou na moda a palavra crescimento. Parece ter-se encontrado a magia. 

Uns chamam crescimento a reformas estruturais que resultam exactamente no que está. É uma mudança de fato. Outra camuflagem. Na realidade para numerosos dirigentes europeus é preciso operar reformas estruturais que liberalizem os mercados em particular o do trabalho. Para quê? Segundo eles, a liberalização acarreta a competitividade das empresas. Esta via já demonstra há quase 4 anos que tem efeitos contraproducentes no emprego e no crescimento económico e gera insegurança cada vez maior e tensa nos europeus. Mas eles teimam em sustentar o crescimento e a criação de emprego desta maneira.

Outros põem o acento sobre os investimentos. E defendem que é preciso lançar à escala europeia projectos de investimento nas energias renováveis e nas novas tecnologias. Nomeadamente é preciso emitir os famosos project bonds como forma de financiamento destas políticas. Uma via, sem dúvida, mais prometedora, mas ... que os project bonds não me parecem  por si só resolverem.

Realisticamente há que analisar como governar estas medidas de política à escala europeia. É exactamente esta a grande questão que entrava, para além de ter dúvidas de que estas medidas constituam o remédio global. Uma parte sem dúvida positiva mas que deixa suspenso o problema  da dívida e sem uma ruptura a nível da gestão da dívida nada feito. 

Pode perguntar-se e como se atingiu esta situação?

O pacto de estabilidade foi escondendo a situação. a dívida pública é que chamava a atenção dos dirigentes e à dívida privada pouco se ligava

Se tomarmos, como exemplo, a Espanha facilmente se percebe a situação. Em 2000 as dívidas das famílias representavam 43 % do PIB, mas em 2008 estas mesmas dívidas atingiram 84 %,  Nas empresas, a situação passou-se de igual forma: 52 % do PIB em 2000 e 109 % em 2008. 

Ora foram estas dívidas que geraram a bolha imobiliária. São os bancos que detém estas créditos e as empresas e as famílias não têm capacidade para os pagar.

2012-06-13

 

António Sampaio da Nóvoa no 10 de Junho

Este é o excelente discurso do reitor da Universidade de Lisboa no dia de Portugal, de Camões e das Comunidades, 10 de Junho. Parabéns ao Magnífico Reitor.

Ao visionar o vídeo surpreendi esta entre outras imagens. Com esta cara Cavaco deve estar a interrogar-se sobre a escolha do reitor para presidir à cerimónia. Passos finge que não é nada com ele.


2012-06-11

 

"O Banco de Deus" esconde dinheiro sujo?

Ettore Gotti Tedeschi (na imagem com Bento XVI em 2010), presidente do Banco do Vaticano demitido recentemente teme pela vida e toma medidas.

Dinheiro sujo, de políticos, de empresários, da mafia... onde melhor o esconder senão no banco do Vaticano? Dada a santidade do Instituto para as Obras Religiosas (nome oficial do Banco do Vaticano) quem vai desconfiar do banco de Deus?  

Mas o escândalo não é inédito e até levou, em 1982, ao assassinato de  Robert Calvi (junto a uma ponte em Londres e depois "enforcado" na ponte para simular suicídio) o presidente do Banco Ambrosiano detido em 16% pelo "Banco do Vaticano".
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"O economista Ettore Gotti Tedeschi, 67, ex-presidente do Banco do Vaticano, elaborou um relatório sobre as irregularidades da instituição para ser entregue a dois seus amigos, um advogado e um jornalista do Corriere della Sera, caso ele venha a ser assassinado. A informação é do jornal El País.
Na versão do jornal, Tedeschi teme ser morto por alguém da cúpula do Vaticano desde que começou a investigar algumas contas numeradas do banco, as quais seriam de dinheiro sujo de empresários, políticos e integrantes da máfia."... O resto da notícia está aqui

E a notícia do ElPaís está aqui

2012-06-10

 

GAC O povo canta na rua


 

É já amanhã

O evento vai ser espetacular. E então o design da apresentação...! À primeira vista parece não ter nenhum significado extraordinário. No entanto... Quem quiser aperceber-se da conspiração que está por trás é ir aqui  mas ficam longe de saber tudo. Acho eu.
 

Irlanda e a Tróika

A Irlanda já anunciou que vai exigir a revisão das condições de resgate face ao bónus relativo condedido a Espanha.

No caso da Irlanda, a situação é cópia da de Espanha que no conjunto está bem pior que a Irlanda pois tem a dívida das autonomias à perna.

Porque razão não deve beneficiar das condições de Espanha?

Em Portugal é que o governo precisa de luz verde de Merkel. Nada de contrariar a todo poderosa.

Mas é perfeitamente justo que seja tudo revisto. Já aqui escrevi que na Europa havia três enteados: Grácia, Irlanda e Portugal.

Penso que haverá dois enteados a refilar. A Irlanda já anunciou. A Grécia dará a resposta nas eleições e Portugal de cócoras. É o que tudo indica.

 

Gostava de entender...

Em campos opostos é claro, José Mourinho ontem nas bancadas tinha 5 jogadores do Real em campo.

3 na equipa das quinas e 2 na Alemanha. Infelizmente para as quinas no relvado ganhou o Real "alemão".

Com a Alemanha, Portugal está sempre a perder em todas as frentes. Primeiro com as políticas da Sra Merkel e agora no relvado.

Portugal não jogou mal e até excedeu as minhas expectativas, confesso. Mas continuo a pensar, sentado no meu sofá por acaso ontem numa cadeira de restaurante, porque razão os treinadores neste caso Paulo Bento são tão conservadores.

Porque razão joga um Postiga, um Hugo Almeida ou mesmo um Nelson Oliveira?. Para quê um ponta de lança se não marca. Puro conservadorismo. 

Com Ronaldo que ontem até jogou acima do seu normal na selecção, Nani e Varela ou Quaresma para quê ter um ponta de lança?. Gostava de entender.

Não sei se está tudo perdido ou não. Sem mexidas na equipa temo que sim.

2012-06-07

 

Lágrimas de crocodilo

O povo português não é parvo e muito menos ainda é quem mais ordena. Uma fase lá longe.

Vejo por todo o lado altas figuras do Estado ligadas à direita a "agredir" qual Intersindical, António Borges, por causa da sua frase sobre a baixa de salários e, diga-se de passagem que a frase até está a ser usada um tanto quanto deturpada, pois o que o Diário Económico escreveu que ele disse é: "a diminuição de salários não é uma política, é uma urgência, uma emergência, não pode ser de maneira nenhuma uma perspectiva de futuro".

Essas figuras que atacam Borges vão desde Cavaco Silva, a deputados do CDS, e até membros deste governo.

Vamos por partes.

 O que fez este governo até à data se não baixar salários, pensões quer, de forma directa, reduzindo-os nominalmente (o que são os cortes nas pensões e salários?) quer indirecta, aumentando os impostos e os preços de tudo: transportes, saúde, ensino, etc. 

Quem fez isto? O Governo. Quem apoiou? PSD e CDS e em certas situações com um largo contributo do PS. Quem aprovou as leis? A AR.  Quem as promulgou? Cavaco Silva.

Como pode esta santa gente vir a público discordar de António Borges? Ele até é só ministro sombra, ou melhor quadro superior Nada decidiu. Esta gente é toda de um descaramento!

António Borges constatou apenas o que está a ser executado. 

Nós sabemos o que vai na alma desta gente. Apregoa que quer uma estratégia para o país de bons empregos com salários elevados (para alguns) Não querem o desenvolvimento na base da mão de obra barata, dizem. Isto é só conversa, porque tudo quanto se vê é exactamente o contrário.

Lágrimas de crocodilo.

 

Acusação muito dura à Assembleia da República


Nesta entrevista ao Diário de Notícias de ontem, o professor Paulo Morais tece considerações muito duras sobre a Assembleia da República. Aliás, o título é em si absolutamente demolidor.

Tenho a certeza, ou pelo menos quero acreditar para algum conforto do meu espírito, que estas acusações não se estendem a todos os parlamentares.

Mas alguns - vê-se - têm no rosto estas acusações coladas. Conflitos de interesse, promiscuidades de toda a ordem como os casos dos 4 deputados citados, por acaso todos ligados aos dois partidos que sustentam este governo, são situações escandalosas. Não estou a dizer que estes sejam os únicos nem que sejam apenas deputados da direita que encaixam nestas acusações. Não. Há muita transversalidade.

O que custa saber é que os deputados convivem com este ambiente permissivo. Então nunca passou pela cabeça desta santa gente que ali se senta em legislar de forma mais apertada para que situações flagrantes como os exemplos dados sejam evitados?

Já basta o parlamento madeirense onde tudo é permitido. Mas aí, os órgãos de soberania na sua totalidade esqueceram-se de que aquele recanto é português e deram de renda a Madeira ao Dr. Alberto João Jardim.  


2012-06-06

 

A Europa afunda-se com a visão Merkel

"Merkel está a apagar fogo" na Europa "com gasolina" - Globo - DN

A Chancelerina Merkel está cada vez mais só.

Os seus parceiros europeus de direita como Rajoy já a abandonaram e publicamente passaram a exigir eurobonds e outras medidas exactamente opostas às que Merkel preconiza.

Apenas o governo português continua fiel.

Tem havido algum alarido sobre medidas "avançadas" para resolver a crise a apresentar no próximo conselho europeu.

A situação de Espanha está de facto a perturbar muito a situação. A Europa treme de pãnico.

Tanto assim é que o editoral do Libération de hoje diz tal como em 1936 o destino da Europa passa por Madrid. Agora não é com o princípio da Guerra Civil, mas pode ser com o princípio do fim da moeda única.

2012-06-05

 

Governo passa "exame"da tróika e chumba exame nacional

Estamos num país especial. O governo anda felicíssimo. Cada vez mais o seu contributo para o empobrecimento  dos portugueses é um facto indiscutível e a tróika anda felicíssima com estes resultados. Cada vinda cada diploma.

Porém temos o governo sempre a afirmar que não vai baixar salários, nem pensões e que a estratégia é para bons empregos e bons salários - diz o governo e o seu ministro das finanças. 

Correctíssimo, verdadeiro, bons empregos e bons salários para alguns - os António's Borges do burgo. Isto não confessa o governo mas fá-lo.

O Povo não está a gostar  embora não reaja e segundo a sondagem vinda hoje a público chumba esta situação, tirando a maioria de votos aos partidos do governo. A direita perderia a maioria. E Cavaco Silva também leva a sua quota de descrédito e bem o merece com a sua transparência e com a falta de dinheiro para a sua vidinha.

Olhando bem esta sondagem teria como reflexo na vida real se fosse hoje um facto, uma eventual mudança de governo de centro direita para o bloco central, pois a esquerda ser maioritária ou não neste país de nada serve. Governos de coligação à esquerda nunca houve na forja, nem estarão no horizonte.



2012-06-03

 

O mundo do Banco GS como é conhecido na City e Wall Street







Um livro de elevado interesse pela denúncia que faz da actuação do Banco que como se sabe ajudou a maquilhar as contas da Grécia para ajudar a entrada no euro.

Da sua leitura chega-se à conclusão que muita gente hoje na Europa em postos chave como Mario Monti, actual primeiro ministro italiano e Mario Draghi, presidente do Banco Central Europa foram altos quadros do Goldman Sachs. Até o actual ministro camuflado das privatizações em Portugal António Borges também exerceu elevadas funções durante 8 anos.

O autor Marc Roche é um jornalista correspondente financeiro do Le Monde na City em Londres há mais de 20 anos. A edição portuguesa saiu em Maio deste ano e vale a pena lê-la. Ficamos melhor informados de como o mundo da finança se movimenta.

2012-06-02

 

Assim vai a luta terrena no mundo espiritual do Vaticano

Vale a pena ler esta análise do padre Anselmo Borges pela clarividência que mostra no seu olhar da igreja.

Aponta algumas conclusões sobre a igreja que podiam ser transplantadas para outras esferas.

Ele escreve: "o cancro da Igreja é mesmo a Cúria Romana". E avança que sem a sua reforma urgente e radical nada há a fazer. Mas duvida de que seja possível, reformável.

É uma dúvida devastadora, desequilibradora e de falta de perspectivas para os os católicos. E se deixou de haver saída do fosso para quem os orienta na terra?

Não sendo católico li, gostei, mas não fiquei insensível.

Os javalis na vinha do Senhor - Opinião - DN

2012-06-01

 

Passos Coelho mesmo à beira do abismo

Não pode tremer muito.

A última quarta-feira foi um dia de elevado risco para Passos e Relvas. Fogo em duas frentes. Primeiro Passos no Plenário da AR e depois Relvas na Comissão.

Saíram-se os dois, melhor do que esperava. Não por grandes rasgos mas porque se prepararam e concertaram estratégias e a oposição teve um desempenho medíocre com uma ou outra excepção (Bloco portou-e bem no parlamento e muito na Comissão. Aqui o PCP esteve melhor a léguas). 

Para quem está em "falta", caiu no pecado da mentira, como diz Pacheco Pereira, acerca do ministro (mentira em todos os conceitos, "mentira pura", "omissão da verdade" e "sugestão de falsidade") deu o máximo e foi isso que a oposição não soube explorar.

Mas Passos não tem outra saída. Não pode deixar cair o seu ministro chave do governo sob pena ruir o edifício. Tem de mantê-lo sempre em pé por mais tombos que acontecem. Mas o risco é grande

Os tipos de mentiras de Pacheco Pereira estão aí visíveis, Ocultou factos na primeira ida à Comissão. Miguel Relvas não falou das reuniões profissionais com Silva Carvalho. Não explicou a natureza do café no Reid's entre os dois e mais um dos elementos da lista do email enviado por Silva Carvalho com sugestões para ocupar um posto chave nas secretas. E depois, o caso da "chata", é no mínimo é neste contexto de nebulosidade plena, muito equívoco. No concreto foi afastada donde estava. Com esse afastamento para secretária de estado foi cumprido de facto o desejo de Silva Carvalho. Coincidência houve. Ponto final.

Depois há aqui um outro problema muito grave. O dos relatórios pessoais, de empresas etc.É muito grave pois parece estar provado que embora de fraca qualidade foram feitos com recursos a meios públicos e por pessoas que não o podiam fazer atendendo ás funções e ainda incidindo sobre matérias que ofendem direitos fundamentais das pessoas. Este problema grave merece o maior  cuidado e caso seja provado a penalização adequada para que algum vez se possa vir a ter confiança nos serviços de informação do Estado.


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