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2008-07-31

 

Ouvi a declaração do Presidente

... Tentei reflectir sobre ela, até porque não tinha dúvidas sobre o tema da declaração como referi no post antes: estatuto dos Açores.

Cavaco Silva sente-se "atacado", em sentido figurativo, é claro, por esse estatuto.

Esse ataque de competências pode ser simbólico ou não. Assisti a algumas análises de comentadores. Na minha leitura, o actual estatuto põe em causa os poderes do PR. Cavaco está contra. Quer o cumprimento constitucional.

A sua intervenção põe em causa a AR, complicando a posição dos partidos que votaram por unanimidade. O PSD, reconheço também não se sai bem desta contenda tanto mais que MFL aparece nas TV's algo gaga sem saber dizer nada apenas dizendo que vai aconselhar aos deputados do PSD a reflectirem sobre o discurso do PR. Acho que perdeu graça, presença e postura.

 

Mais uma Mãozinha?

Construir ideias para "ajudar" o PSD. É desta forma que Pedro Passos Coelho e os seus amigos apresentam a Plataforma de Reflexão Estratégica que criaram com logotipo e tudo.

Será que o Presidente Cavaco Silva também tem esta visão?

Algumas dúvidas reinam nas hostes. A sua "delfim" para usar uma linguagem muito usada pelas ilhas do Atlântico não será muito ajudada, com estas criatividades de Passos Coelho, pois se são precisas ideias, é sinal que elas não abundam na jovem líder.

Nisso Passos Coelho acertou mesmo.

Não será que a conversa de hoje de Cavaco Silva de 5/6 minutos, como diz a comunicação social, virá dar uma ajudinha? Serão os Açores o tema? Será que Cavaco Silva vai seguir a linha de intervenção de Paulo Rangel ( o delfim de MFL no parlamento) sobre esta matéria que afirma que o PS está a criar um contencioso com o Presidente sobre o Estatuto Açoreano? Será que vem adiar a data das eleições de 19 de Outubro para que se cumpra o designio do PSD/A que é o das próximas eleições já se realizarem no novo quadro estatutário?

 

Madeira, autorizada a recorrer à Banca ...

Afinal o Governo do Senhor Pinto de Sousa não anda de costas tão voltadas para a Região Autónoma da Madeira e autoriza o governo regional do Senhor Alberto João a contrair um empréstimo de 256 milhões de Euros. Ler Madeira liberta do endividamento zero pelo Governo e Governo Regional da Madeira vai definir preços máximos para os combustíveis
 

O "PC Magalhães"

Há o "PC Magalhães" e o ex-PC Magalhães.

O PC Magalhães tem um bom baptismo, é um produto criado no âmbito do Plano Tecnológico, é novíssimo e recém chegado à informática. Vai ligar-se à "e.escolinha" no plano nacional e tem já outras "e.escolinhas" prometidas de outras bandas, externas ao País.

O ex-PC Magalhães há muito que anda na labuta da informática, das bases de dados. Últimamente menos em foco por estes lados, porque anda mais voltado para "as polícias", área onde certamente os PC's também poderão ter muito cabimento, sobretudo para gerir a sua organização e promover a eficiência.

Para melhor informar-se, leia 'Magalhães' à venda até ao final do ano em Portugal


2008-07-29

 

Perguntar por perguntar


Desculpa lá, pá, mas já foste ali ao Politeia. Então "por qué no te callas?"
(Espera lá, enganei-me no boneco ou quê?...)

2008-07-28

 

Sociedade de... consumo

Fui ali, num instante, ao café da esquina, comer um torrada ao cair das 6. Em vez de me alhear da espuma dos dias e pensar, não. Viciado, levava comigo um jornal. Para o tempo de uma torrada escolhi o CM. O Jornal até melhorou desde que tem novo director mas aquilo... é sangue, sangue e mais sangue, futebol e umas pitadas (moderadas) de sexo.
1ª página - a. Matou a namorada à paulada. b. Taxista abatido a tiro. c. Agente baleado. d. Piloto morre em pleno voo. 3ª página anúncio. 4ª e 5ª futebol. 6ª - inteirinha a a escarafunchar o cadáver do motorista assassinado e a examinar as lágrimas da família. 7ª página - anúncio. 8ª - de cima a baixo a revolver o corpo do agente baleado da 1ª página. 9ª - metade para nos mostrar uma mulher morta há cinco dias, em casa e outra metade para nos vender qualquer coisa num anúncio. 10ª página - todinha, meu! só para assaltos e roubos. 11ª - metade para "INEM deve", um quarto para helicóptero incendiado e o resto para anúncio. 13ª - três quartos para espancar a namorada até à morte e o resto para roubos, morte na estrada e "toxidependente aponta seringa".

Com a torrada a chegar ao fim folheei o resto do jornal "à vol d' oiseau". Ainda deu para ver 4 páginas recheadas de futebol, duas de mulheres em biquini e a última página com cus de mulher, piloto que morre, um assalto e um cadáver na água.

Se não é o jornal mais lido pelos portugueses é o segundo. Lido ou soletrado. Com certeza que é isto que vende mais anúncios, que lá no CM não são parvos e não estão para outra coisa que não para ganhar o deles que o mesmo é dizer: fazer o que o patrão deles espera: que lhe permitam ganhar o dele. Com a propaganda comercial. E a culpa não é de ninguém porque a sociedade é de consumo. E ao que dizem, nem pode ser diferente. Pois.

 

Será que o País recuou, instrumentalmente, no combate à corrupção?

É difícil responder. Em termos instrumentais parece ser real.
A sensação que se tem é a de que o PS e o governo estão cada vez mais isolados.

Avançaram com um código penal ou de processo penal que não satisfaz a ninguém. Pelo menos é o que o cidadão comum pensa. Procuradores, polícias, vários juristas só alegam deficiências, no campo da investigação de situações complexas. A corrupção de índole económica é muito complexa, na medida em que envolve, quase sempre, agentes de mais de um País.

João Cravinho vem agora também juntar-se, falando da corrupção na Administração Pública. Lá terá as suas razões e francamente acho que as tem, mas também tem sido muito defensivo. Se conhece casos ... avance.

Agora o Ministro da Justiça é que como diz o povo "nem ata nem desata" e o descrédito continua. E aos grandes, nada.


2008-07-27

 

MFL - sem transigências com os media

Manuela Ferreira Leite dá uma grande entrevista ao Expresso. A entrevista de facto é pequena mas o jornal consegue encher com ela aquelas suas duas grandes páginas do caderno principal.
Sem dúvida que o PSD tem um líder com, digamos, substância. Ainda que até agora o que Manuela Ferreira Leite tem feito, o seu estilo reservado perante a comunicação social que suspira de tédio com a falta das animadas trapalhadas da dupla Santana/Menezes, seja um verdadeiro case study.

Quase tão importante para um dirigente político como a sua prestação governativa (se não maior) é a sua relação com os omnipresentes e omnipotentes meios de comunicação.

À animação mediática (e vazia) dos seus predecessores Manuela Ferreira Leite contrapôe a "seriedade" e desafia os media. Receio que não chegue.

Se não for Sócrates a perder as eleições não me parece que seja ela a ganhá-las.

 

Dois (erros) em um







"Jardim desvaloriza críticas de Ferreira Leite"
"Eu só presto atenção aquilo que merece"
«Alberto João Jardim desvalorizou as declarações da líder do PSD sobre as festas "folclóricas", prosseguindo o périplo às 56 barracas de comes-e-bebes, representativas das freguesias da Madeira.»
(Expresso online)
_____________
Comentário: dois erros.
1) erro de gramática (na segunda linha, ali em cima"Eu só presto atenção aquilo que merece") não é aquilo mas àquilo (contracção da preposição a com o pronome demonstrativo aquilo). Tanta fúria contra o acordo ortográfico mas ninguém se importa com atentados destes à língua, num jornal de referência.
2) erro da natureza. Refiro-me ao boneco da fotografia.

 

Hugo Chavez e Cavaco Silva

A polémica estalou e o Expresso refere-se a ela. Consta que Cavaco Silva não estava inclinado a receber Hugo Chaves. Ora isso além de ser de uma inamistosa descortesia era obviamente um erro político crasso de um PR que tem uma grande comunidade de compatriotas seus na Venezuela. Mais ainda num momento em que os esforços do Governo para diversificar e aumentar as nossas exportações encontram em Hugo Chaves um franco apoiante.
Cavaco Silva acabou por receber Hugo Chaves na quinta feira, "horas depois de ter recebido o pedido formal" - segundo Belém . No entanto, a embaixada da Venezuela diz que o pedido fora feito 48 horas antes e o que corre nos bastidores da imprensa é que Cavaco Silva só se dispôs a receber Hugo Chaves quando soube que o rei de Espanha o ia receber na intimidade da sua casa de férias encerrando o incidente diplomático que criou com o "por qué no te callas?!"

 

Elvira Fortunato o nosso Ronaldo da Ciência

O título também poderia ser TRANSISTORES DE PAPEL! mas num blog da política e com gente que conheceu Mau Tsé Tung (ainda antes da nova fonética de Mao Zé Dong) poderia alguém associar a Tigre de Papel e desvalorizar o caso.
Elvira Fortunato não está lá longe em Harvard ou num desses célebres centros de investigação japonês, ela está aqui, ao pé de nós, na Universidade Nova e acaba de ganhar o 1º prémio de engenharia do European Research Council (e 2,5 milhões de euros) uma espécie de prémio Nobel da electrónica transparente. Mas mais importante do que isso é que a sua investigação revoluciona a ciência naquela área da Física.
Parabéns Elvira Fortunato!
Sempre quero ver se a comunicação social vai falar tanto dela como do Ronaldo e da sua última namorada, ou do nosso José Mourinho. Não é que eles não mereçam que merecem mas, parece-me que o trabalho de Elvira Fortunato vai ter um impacte maior nas nossas vidas que o daqueles craques do futebol. [link]

 

Computadores a Norte, Aviões a Sul

Ontem falamos aqui de Aviões.
Hoje de Computadores.

O projecto, onde entra a INTEL, um dos parceiros importantes do investimento pela chancela que dá em termos globais de reputação (tecnologia e mercados), será situado no Norte do País com o fim de integrar as competências bem conhecidas das Universidades do Minho, Porto e Aveiro, nestes domínios.

Segundo a comunicação social de hoje, o projecto arranca com uma carteira de encomendas da ordem de 4 milhões.

Este investimento vem preencher uma lacuna de mercado, o fabrico de computadores low cost, impulsionado pelo programa português o e-escolas.

No entanto, o grande objectivo consiste em colocar este produto no mercado global.

2008-07-26

 

A pré-época futebolística

Esta noite é mais uma demonstração nesse contexto.

Sou adepto do Sporting, como já várias vezes aqui o disse.

Pelo que já vi, nesta pré- época, o Sporting está mais um ano fadado para um lugar secundário, pelo que não faz sentido, numa lógica de equilíbrio financeiro, não deixar sair João Moutinho, até porque seria lógico libertá-lo e não vai fazer falta, não por ele, mas pela falta de qualidade do plantel.

O Sporting, se o libertar, Faz um bom negócio, equilibrará as finanças e não perde nada em termos futebolísticos, porque com jogadores como Pedro Silva, apesar de ter marcado hoje um golo ou mesmo com Grimi, não vai longe. Tem gente da sua formação melhor que dispensa ou empresta. Ou há muito negócio (?) ou então não se percebe.

Vem aí mais um campeonato do Porto (apesar de ter perdido).

 

Chegam boas notícias no domínio da economia

Externamente e internamente.

Estes périplos de Sócrates e dos seus ministros no campo externo parecem trazer boas perpectivas e estar a abrir portas às empresas portuguesas, melhor apetrechadas tecnica e humanamente, não só para investir no exterior mas também na exportação. Esta dilpomacia económica dos resultados, para utilizar a expressão do primeiro ministro, está a ter grande apoio nos empresários portugueses e até em certos meios da oposição.

Mas agora vou cingir-me ao projecto da Embraer, anunciado para Évora. Há muito que se fala das nossas potencialidades no domínio da aeronáutica. Um pouco na sequência do automóvel com a Auto Europa, embora até à data de fraca materialização.

Esperemos que as notícias com a Embraer se tornem uma realidade.

A Embraer, empresa brasileira, é o terceiro fabricante mundial de aviões. E a possibildade de criar cá duas unidades de fabricação de componentes é uma boa notícia, ainda mais com localização no Alentejo.

Seria um bom reforço para a concretização do Plano Tecnológico, para o aproveitamento nacional de recursos humanos qualificados e uma melhoria da componente exportadora em produtos de maior valor acrescentado, contribuindo para alterar o perfil da especialização.

Seria óptimo explorar esta possibilidade em perfeita consonância com o potencial universitário nacional.

 

Os negócios e as palavras elogiosas...

Sobre este tema, aliás tratado no meu último post, sugiro a leitura de ANGOLA NÃO É NOSSA

2008-07-25

 

A última semana de José Sócrates "no campo dos negócios"

O homem não pára. Numa semana foi a Angola , Líbia e ainda recebeu cá Hugo Chavez.

Tudo por bons motivos pelo menos no campo da economia do País.

Difícil que está o exportar das empresas portuguesas para os nossos tradicionais mercados, onde a concorrência/preço é cada vez mais forte e para onde não temos muitos produtos alternativos de maior valor acrescentado para oferecer, as saídas estão em mercados emergentes. E há que os procurar. E é tarefa do governo ao mais alto nível ajudar a criar as condições de toda a natureza para que esta linha singre.

Há quem critique algum excesso de palavras elogiosas de José Sócrates para com as personalidades com quem tem dialogado, casos de Angola e da Venezuela sobretudo, pela situação política nestes países, embora as situações não sejam as mesmas num e outro país.

Há quem ache bem distinguindo as relações bilaterais das relações de nível superior por exemplo ONU ou comunitárias.

Há um problema de eficácia. Há que ser pragmático e criar as condições para que as nossas empresas façam os negócios adequados e se possível de forma douradoura.

Há quem levante outra questão quanto a esta actuação do governo dizendo que todo este trabalho vai em benefício das grandes empresas, pois são elas que vão investir nesses países ou comercializar com eles.

Indo por partes. Só de facto investe quem tem capacidade e na grande maioria dos casos são de facto as grandes empresas que a têm, embora haja sectores como o calçado ou o têxtil em que a situação não é bem essa.

Mas se a economia com esta dinâmica melhorar ganha também o País no seu todo e este aspecto ultrapassa o âmbito dos grandes grupos económicos

Finalmente, há confusão em algumas cabeças com as linhas de crédito, como há dias ouvi em deputados da Assembleia Legislativa da Madeira confunfindo-as com donativos aos países, neste caso aos países africanos de expressão portuguesa. Chega.


2008-07-23

 

Bem apreciado

Baptista Bastos não poderá ser tido como um "apreciador/analista " dos domínios da economia.

É, contudo, um homem, jornalista/escritor, sensível aos domínios da reacção/leitura de como "o povo" sente e reage face a certas mensagens dos políticos ou que pensam que o são.

Cada um tem o "seu povo". É quase ... eu tenho, tu tens, ... Então os jornalistas têm sempre na boca "o povo". Mas deixemo-los em paz, ou seja, aos jornalistas, porque, de vez em quando, até uns tantos acertam no que é "povo".

Baptista Bastos fala de António Borges (AB), um "ilustre" Vice de Manuela Ferreira Leite. Certamente, o AB também tem o seu "povo" e pretendeu comunicar com ele sobre o futuro deste País, que anda vestido de negro. Para o Dr. António Borges, o futuro do país, é a sua última descoberta, está "em relançar a economia privada". É de facto "um pensamento superior". Tem é medir meças com alguns seus camaradas que também advogam o povo superior.

Digamos uma "tirada de génio". Vale a pena ler Baptista Bastos, cujo artigo termina: "Pelos vistos, o PSD é uma ruina antecipada".

É de ler. Vejamos O GÉNIO DOS CORREDORES


2008-07-22

 

Dos livros escritos sobre Maddie ...

Um pelo menos, o de Gonçalo Amaral, será muito polémico ao defender que "Maddie nunca foi raptada e morreu naquele apartamento e naquela noite", ou seja, no apartamento onde os pais passavam férias e na noite do desaparecimento.

Gonçalo Amaral vai mais longe e afirma: "posso dizer que havia um entendimento entre a polícia inglesa e a polícia portuguesa quanto à morte daquela crianaça, naquele aprtamento, naquele dia".

Vamos ver se a consulta ao processo em breve acessível, demonstra esta tese. E se assim o fôr algo de estrnho se passou em tudo isto. ...

 

Finalmente o caso Maddie..

Depois de tanta tinta corrida, finalmente a PGR dá por arquivado o processo.

Mais livros serão escritos ainda. Muitas dúvidas continuarão e sobretudo acho que não se fez justiça nenhuma.

Não se conhece o paradeiro da menina, é uma verdade dura. Mas nem minimamente aqueles pais que tiveram todo o palco do mundo foram chamados à pedra pelo seu desleixo para com os filhos.

Também nunca se percebeu o porquê da comunicação social ter sido informada antes das polícias.

Como não é entendível a cumplicidade entre as altas esferas políticas britânicas e o casal McCann. Parece que algo se esconde nesta cumplicidade. Que peso tem o casal McCann para tanta dedicação governamental?!
E muitos outros passos em falso como o do Papa, ficam por explicar.
Enfim ... o Deus dos McCann lá saberá.

 

Notários em guerra com a Justiça

Os notários estão em pé de guerra com o Ministro da Justiça, acusando-o de falsear a informação sobre os custos da mudança introduzida por exemplo na simplificação da burocracia na aquisição de casa, a chamada "casa na hora".

Não me vou pronunciar sobre isso pois não tenho informação precisa, embora não me pareça, à primeira vista, que se esteja perante uma perseguição do Ministro para com a classe do notariado.

De qualquer modo, tudo o que seja simplificar de forma acertada é sempre positivo, pois daí só podem vir benefícios para o cidadão.

O que acho estranho é a posição do sindicato para quem tudo o que seja mudança é sempre de criticar, se não é por uma coisa é por outra. Agora é a de que os trabalhadores não estão preparados para aplicar a legislação, mas para além disso é porque traz mais responsabilidade. Este último argumento francamente ultrapassa-me.


2008-07-20

 

Estará Cavaco Silva a secundarizar ou não as tomadas de posição de Ferreira Leite?

Todos sabemos e quase diria, é humano, que Cavaco Silva preste uma ajudinha à sua grande amiga, a ver se conquista o Poder.

A cooperação estratégica com o governo pode estar a esvaziar -se. Se esse vai ser o caminho a trilhar pelo Presidente e vamos a ver se até agora foram apenas meras coincidências, o país não ficará a ganhar com essa mudança de rota.

E já vão duas coincidências de monta. Para uma "Dirigente de silêncios" no dizer de Pedro Passos Coelho, sempre que falou do governo, Cavaco secundariza, embora de forma hábil.

A primeira foi sobre o investimento público com MFL a colocar a exigência dos estudos custo-benefício e com Cavaco a dizer que também tinha solicitado ao governo informações. A segunda foi sobre Vitor Constâncio que, embora por caminhos ínvios, os dois acabam por "insinuar" que VC beneficiou o governo (um com o desvio da crise para o nuclear e o outro dizendo que, no seu tempo, o trabalho do BP era dado a conhecer mais cedo).

Vamos estar atentos ao roteiro.

2008-07-19

 

Ferreira Leite sob holofotes pouco simpáticos

Caiu mal a máxima dirigente da oposição vir insinuar que Vitor Constâncio ao falar do nuclear serviu o governo. Caiu mal a posição de Ferreira Leite ter desviado o debate sobre o nuclear com o argumento de que não está na agenda e, aqui, poder-se -á dizer que estava feita com o governo que quer combater que usou o mesmíssimo argumento.

Os seus adversários aproveitaram estes deslizes e também a falta de ideias e daí aquela posição arrasadora de Luis Filipe Menezes DEPOIS DE MIM VIRÁ...com muito até de verdade pelo meio.

Mas a que gostei mais foi: Passos funda movimento contra "cultura do silêncio" de MFL.

 

"O petróelo verde" português

Já lá vão uns bons anos, um ministro da indústria de Portugal, referindo-se à floresta, disse que o nosso país tinha nela o "seu petróleo verde".

Era bem verdade. Ainda o é, no presente. Só que o filão verde não está a ser devidamente explorado.

E nunca o será, sem a intervenção decidida e decisiva do Estado. Sem isso, a potencialidade petróleo verde nunca passará a realidade.

Está na equipa política da Agricultura as grandes decisões neste domínio, designadamente porque, em termos de indústria há comptência e experiência, o que falta é matéria prima em quantidade e qualidade. Tudo isto é assim quer se pense no pinheiro, eucalipto ou cortiça, etc.

E temos agora a questão do nemátodo do pinheiro, já tinhamos problemas com a cortiça, sem falar dos incêndios. Será que toda esta problemática vai mais uma vez ser adiada? Há quanto tempo se sabe disto? O relatório Porter chamava a atenção para esta questão e propunha medidas. Para quando, pelo menos, e não é pedir muito, uma política de gestão das terras em baldio que o Estado possui e mantém improdutivas?

Uma dinâmica neste sector viria sem dúvida de encontro à afirmação, embora trivial do PR, de que é preciso aumentar-se a exportação de bens e serviços para sair da crise.

A propósito leia-se a entrevista "Áreas queimadas, baldios e nemátodo: Um descalabro"

2008-07-18

 

As expectativas do caso "Apito Dourado"

Foram idênticas às de todos os casos.

O cidadão português quando ouve falar em "casos da justiça" como os apitos dourados, as casas pias, as operações furacão, entendendo-se como tal os processos com vários réus e de um certo poder económico ou socialmente com nome, reage com um sorriso trocista, um sorriso de descrédito.

Ninguém viu, portanto, goradas as expectativas.

Agora a justiça para não se ver gorada a si própria, deveria pelo menos vir explicar se há coimas para os condenados, se não há, etc. Deveria dar aquele mínimo de informação. Porque penas suspensas, mesmo por 3 anos é tanto como nada.

E as TV deviam poupar-nos que os berros do senhor Major nos entre pelas portas dentro. Até parece que Põr o Majosr a vociferar é o que está a dar!


 

Confusão e Desonestidade ...

... na política.

Ferreira Leite insinuou em Bruxelas que Vitor Constâncio, "a mando" do Governo, veio falar do nuclear para desviar a atenção da grave questão da crise económica, afirmando, por outro lado, que o nuclear não está na agenda política.

Nunes Correia, ministro do ambiente de Sócrates, veio dizer que não fala de taxas de juro, porque não é a sua coutada. Então Vitor Constãncio não se deve meter no nuclear que não é sua coutada, mas dele Nunes Correia.

Formas desonestas de tentar que o nuclear não seja abordado, ou então inquinar o debate à partida. Porque é que somos diferentes? A Europa debate sem complexos o assunto. Há que carrear informação de todos os lados. Prós, contras e assim, assim. Somos mesmo pequeninos de cabeça e mesquinhos.

Cavaco Silva advoga este debate. Porque não o promove então? Não lhe compete decidir, certo, mas compete-lhe trazer/dar informação ao cidadão.

Não quererá contrariar a sua amiga MFL?

2008-07-17

 

Passos em falso

Ainda não percebi a quem aproveita a ignorância e a falta de debate, ou talvez, melhor dizendo, já tenha percebido há muito.

Quem perde é sempre o País e os cidadãos.

Daí que entenda que o Ministro do Ambiente tenha dado um grande passo em falso ao dizer que ele não comenta as taxas de juro, para daí deduzir mal que Vitor Constãncio fez muito mal em falar do nuclear.

O Ministro do Ambiente sente-se dono da Opinião sobre o nuclear? Pensa que se está perante uma questão meramente ambiental? O senhor Ministro está muito dessintonizado do mundo.

O nuclear é tudo menos ambiente. E daí o seu grande equívoco. Com esta postura deu uma visão muito restrita de como pensa a questão ambiental e deixa mal o governo. Dizer que o nuclear não está na agenda política, vá lá. Agora dizer que Vitor Constãncio não deveria falar do nuclear quando, desde há muito, a energia é um problema económico central na Europa e em Portugal, "valha-nos Deus"!!

 

Aimar ganha a Queiroz

Aimar foi notícia de 1ª página. Queiroz não, o que, em si, significa muito.

Espero que Carlos Queiroz tenha muita sorte. Não estão em causa as suas qualidades e talento, mas as condições de trabalho. E se "santos da casa não fazem milhagres"!

Os tempos do futebol nacional estão bravos e justiça não há, nem se vislumbra.

Certamente não se está em bom ambiente de trabalho


 

Ainda o debate sobre o nuclear

Os grandes partidos (PS e PSD) e algumas Ong's, como a Quercus, fecham as portas ao debate.

Será que o conhecimento mais aprofundado das coisas fará mal aos cidadãos? Ocupa espaço?

Será que cada um de nós não tem o direito a aceder a maior e mais conhecimento sobre o nuclear?

Será bom argumento, como diz o PSD, que o nuclear "não é exequível para Portugal até pela falta de dimensão do país para ter uma central"? Será maior a Suiça, a Eslováquia, a Finlândia? Nuclear 'civil' tem mais onze interessados

Uma "grande aposta tem de ser na eficiência energética" diz o PS adiantando ainda que o país tem condições para continuar a explorar outras energias alternativas. Há quantos anos se fala na eficiência energética? O que se fez?

Vamos admitir que agora vai. Mas por isso não se pode discutir o nuclear?"Discussão não faz sentido"

Nunca houve um debate sério em Portugal sobre esta matéria. Porque não começar a fazê-lo em todas as vertentes?

2008-07-16

 

O nuclear em Portugal

Sou adepto de que se estude a viabilidade do nuclear em Portugal. Mais, sou defensor de uma decisão com alguma audácia.

Não é por Vitor Constâncio ter ontem vindo falar nessa hipótese, mas porque é preciso ensaiar e rápido outros modelos para a energia nacional. Aliás, já antes o dissera aqui.

Alguns passos têm sido dados, mas nada que permita dizer: temos no terreno uma nova política energética.

Portugal encontra-se "desapetrechado" em saber, desde há uns bons anos, pelo menos ao nível de Estado, porque decidiu desactivar serviços mínimos nesta matéria.

Bem sei que é fácil adquirir a tecnologia, mas sem haver gente que a domine sob diferentes ângulos é ainda maior o risco.

Mas atenção, os impactes negativos da actual crise energética com o nuclear apenas ficariam reduzidos, uma vez que os consumos de petróleo continuariam só que em menor escala.


2008-07-15

 

O Governo e as Promessas

Não é a primeira vez que este governo (bem como todos quantos lhe antecederam) não cumpre as promessas feitas ou no programa eleitoral ou nas negociações com os parceiros sociais.

Muito recentemente disse o governo pela voz do Ministro das Finanças que este ano (2008) era aquele ano "fetiche", aquele em que não iria haver perda de poder de compra.

Isso foi dito e redito antes das negociações, durante as negociações com os sindicatos da Função Pública.

Por conseguinte, deve cumprir essa mensagem/Promessa que foi fazendo passar.

É evidente que já tem os seus defensores (Prsidente da CIP e certamente s/aliados) a dizer que o governo não tem margem para isso, ou seja, para devolver o poder de compra já perdido.

Mas será muito descaramento que, depois de tantos anos a perder poder de compra, fique mais uma promessa tão básica por cumprir, com a balança a pender sempre para o mesmo lado.

2008-07-14

 

CMVM preocupada

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, CMVM preocupada com ignorância do investidor português portugueses.
Na realidade, cerca de 1/3 dos jogadores da bolsa, pomposamente intitulados de investidores, só tem a 4ª classe.
 

Estaremos todos enganados?

É isso. Afinal na saúde, talvez na justiça, etc, do que se precisa é de desembolsar uns largos milhões de euros mais aos operadores do ramo.

É isso que se vê. A grande questão dos nossos olhinhos vai no bom caminho. Está quase resolvida. Já nem preciso é recorrer aos privados. O SNS resolve.

Mas dá que pensar, os técnicos são os mesmos, o equipamento é o mesmo. Só não é o mesmo "o metal sonante". O Estado injectou uns milhões e começa tudo a funcionar bem. Dá que pensar, dá e já ouvi chamar muitos nomes feios a situações destas. Por dinheiro, resolve-se

Experimentem isso na justiça. Certamente aí serão precisos uns milhões mais avultados.

Piores estão aquelas profissões, importantes mas a que ninguém lhes liga.

2008-07-13

 

As novas gerações




 

Que lindos os eléctricos de Lisboa


 

A blogar por outros blogs

É verdade que não tenho postado no Puxa mas postei aqui, no Memórias, sobre o caso do padre Christian Von Wernich e aqui e aqui nos Caminhos da Memória o blog que ainda há-de fazer furor.

 

Entrevista a Miguel Sousa Tavares

É pena, mas não se percebem as regras.

A entrevista de Miguel Sousa Tavares (MST) ao DN de Hoje devia, por uma questão básica, estar disponível na NET. O DN fugiu a isso, vá l´´a saber-se!!!

Certamente, não é para nos pôr a discutir, porque se fosse isso a postura seria exactamente a contrária porque MST provoca e leva à discussão.

2008-07-12

 

PGR tenciona alargar arredondamentos

Na sequência da banca, o Procurador anunciou que a problemática dos arredondamentos se verifica em empresas como a EDP, PT e outras e como tal, a regra será a mesma.

Mais uma vez vinco, será mesmo que os clientes vão tirar daí algum proveito? Ou a burocracia jurídica e respectivos custos serão tão elevados que é apenas mais uma declaração Televisiva?


 

Começa a ser tempo de evidenciar rupturas

Estamos a um ano do começo de 3 períodos eleitorais.

Há temas que dividem muito os diferentes partidos e até órgãos do Poder.

Um desses temas é a Regionalização.

Começa a tardar uma posição maioritária sobre esta temática.

Sabemos que o Actual PR é contra. Sabemos que a Presidente do PSD é contra. Sabemos que muitos dirigentes do PSD de peso como Rui Rio são a favor e isso até leva a que entre eles a posição face ao TGV seja diferente.

Não conhecemos a posição sobre este tema no interior do PS.

Não sabemos como pensa o CDS.

Não sabemos a posição do Bloco.

Sabemos a posição global do PCP, a favor, embora sem conhecermos bem o mapa, outro subtema que merece ser clarificado. Aceita-se a actual divisão das CCDR's, com a indefinição embora de LVT?
Não é possível que esta temática não seja central nas próximas eleições legislativas. E não é possível que os partidos fujam continuamente a marcar posição nesta matéria.

Acho que é o PSD quem enfrenta as piores condições neste debate interno e externo, dificultadas ainda pela colagem de Ferreira Leite a Cavaco Silva (tradicionalmente contra a regionalização).

Mas lisura e seriedade exigem-se neste debate.

2008-07-11

 

Ministério Público em acções contra os Bancos por causa dos arredondamentos

Segundo cálculos vindos hoje a público na imprensa, a Banca portuguesa tem vindo a arrecadar, anualmente, vários milhões de euros por via do arredondamento na prática da cobrança de juros nos empréstimos à habitação.

O Ministério Público veio dar razão à SEFIN - Associação de Defesa dos Consumidores de Produtos e Serviços Financeiros, que tinha solicitado intervenção contra esta prática da Banca, e, neste contexto segundo a assessoria da PGR "o Ministério Público vai propor as competentes acções cíveis para conseguir a nulidade das cláusulas contratuais referentes ao arredodndamento dos juros dos contratos de crédito à habitação".

Apenas se espera que a forma de recuperação da verba paga indevidamente por cada um de nós seja facilmente accionável e não do género do que aconteceu para o pagamentos dos contadores da água etz, que como diz o povo ficou "em águas de bacalhau", ou seja, foi como se essa decisão ficasse em nada.

2008-07-10

 

APITO FINAL

Era saudável que fosse mesmo um Apito Final, pelo menos, por uns tempinhos.

Não parece. Gonçalves Pereira, presidente do Conselho de Justiça da FPF, anda mesmo muito atarefado naquela tarefa conhecida de manobra de tudo e todos.

Não há programa de TV em que não apareça.

Será mesmo que o ex-Presidente do Sporting, Dias da Cunha, tinha muita razão ao falar do sistema e com nomes e tudo? O ainda intitulado "Presidente" do CJnão seria um dos elementos do dito sistema e dos fortes?

Continuo a não entender lá muito bem o completo silêncio/ineficácia/medo de intervenção do Governo. É a imagem do País que está em causa.

 

Antecipando o debate sobre o Estado da Nação

As linhas mestras do debate são já conhecidas. Todos a dizer que há crise.

O governo tardou, mas também já afinou o diapasão.

Teremos a oposição a clamar que a crise é culpa deste governo. É o combate político que assim o impõe.

Teremos o governo a dizer que a crise é importada. É o governo a não admitir que falhou em alguns pontos do programa e que esteve aquém na previsão da crise. O governo a continuar a dizer que está em excelente forma e a governar bem.

Ontem à noite assisti na SIC (N) a um debate entre João Ferreira do Amaral, Nogueira Leite, Campos e Cunha e Bastonário da Ordem dos Engenheiros em antecipação da parte económica do Estado da Nação.

Desse debate o que se concluiu é que a situação é mesmo crítica. Campos e Cunha ficou bastante isolado no tocante às considerações sobre o investimento público que vai ser o prato forte do debate. Alegou que os grandes projectos são nefastos ao crescimento económico porque os seus impactos são reduzidos ou mesmo negativos.

Pelo contrário, o Bastonário mostrou-se um fervoroso adepto desses investimentos incluindo o TGV Lisboa-Porto, tendo tecido considerações interessantes sobre a sobrecarga da linha do Norte e desfez a ideia de que só se ganha um quarto de hora. Segundo ele, o tempo ganho é de, pelo menos, uma hora e um quarto. Nogueira Leite e João Ferreira do Amaral, embora com nuances entre si, não condenam os investimentos, embora Ferreira do Amaral seja um maior defensor. Mas defendeu a sua sujeição a certas regras desde logo um planeamento cuidado para não haver sobrecargas excessivas de financiamento em certos períodos e sobretudo um combate à derrapagem, em que nunca há culpas de ninguém, para além da repetida e mais que repetida necessidade da sua fundamentação em estudos custos-benefícios.

Houve uma outra ideia forte a de que estes projectos têm de ter consistência no tempo.

Post-Scriptum sobre o debate

Ficouentendido que um dos maiores constrangimentos ao desenvolvimento do País se prende com a ineficácia da Justiça.


2008-07-09

 

Carros de Estado só por aluguer

A ser posta em prática é uma grande medida. Só peca pelo atraso, mas ainda bem. Veio e que singre. Mas era de toda a conveniência conhecerem-se os termos da decisão do governo. Porque nem todas as formas de aluguer operacional são igualmente inócuas.

Há muitos anos mesmo que alguns quadros/dirigentes da Administração Pública defendiam esta medida. No tempo dos governos de António Guterres, em alguns Ministérios e Serviços, houve estudos e experiências muito concretas de que esta era a situação de menores custos. Mas também havia muita oposição. Velhas "histórias" e velhos conceitos.

Segundo li na imprensa de ontem, esta é uma decisão que se insere na estratégia do Governo de reformar o aprovisionamento público. Se as restantes medidas forem do nível de qualidade desta, boa de certeza será a reforma no seu conjunto.

 

O Divórcio e o Bispo D. Torgal Ferreira

D. Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas, disse ontem de viva voz aos microfones do Rádio Clube Português que se considera satisfeito com a Lei do Divórcio aprovada na AR.

Recorde-se que esta lei, proposta do PS, foi aprovada pelo PS, PCP e BlOCO contra os votos da direita (PSD e CDS), salvo de 4 dos seus deputados.

O que muda esta lei?

No essencial, acaba com o divórcio litigioso instituindo o divórcio sem consentimento de um dos cônjuges e reduz o prazo de separação de facto para um ano como fundamento da ruptura do casamento.

D. Torgal Ferreira diz-se satisfeito com a lei porque, em seu entender, "a lei respeita os direitos dos dois cônjuges" e vai mais longe ao dizer que:

"Há rupturas afectivas que, enfim, nunca mais terão um reacender da fogueira. Para quê as pessoas continuarem a martitizar-se? A Igreja devia dizer isso". A Igrja como se sabe continua na velha máxima do casamento para sempre.

Os que concordam com esta lei já não vão sozinhos para a profundeza dos infernos. Vai um bispo connosco que não o D. José Ortiga, o porta voz da Igreja portuguesa que esse também, na mesma rádio RCP continua a condenar esta Lei, ou seja, a defender para toda a vida o martírio dos casados católicos que entrem em ruptura.

Mas será mesmo necessário e defensável haver uma instituição Casamento?

Qualquer coisa mais simples não dava?

2008-07-08

 

Vale e Azevedo Finalmente notificado

Vale e Azevedo, que reside no Reino Unido há dois anos, foi finalmente notificado na sequência do mandado internacional passado pela Justiça Portuguesa.

A notificação ocorreu de forma facílima. Vale vai a uma esquadra, a polícia analisa a situação, é libertado e nem caução teve de pagar.

Razões, a polícia britânica considerou se calaborou é porque não tem intenção de fugir. E agora vai estudar o caso. Nada se passou, afinal, consoante os padrões apregoados pela justiça portuguesa que falava do retorno de Vale e Azevedo.

Provavelmente nunca vão ter essa devolução.

Não vou emitir nenhum juizo de valor sobre matéria da condenação de Vale. Apenas registar a simplicidade, a rapidez e o contraste com o que aconteceria entre nós.

Estamos mal e com os tribunais cada vez mais hipotecados.`´E preciso libertar este País do tipo de Justiça praticada.


 

A notificação de Vale e Azevedo ainda não lhe chegou

Vale e Azevedo sem notificação do mandado prepara contestação. DN de Hoje

Terá contribuido para a demora o facto do "mensageiro" notificador português ter ido a pé.

2008-07-07

 

Da (in) justiça de Madail

Madail atirou ao lado. Arranjou o tal Pôncio Pilatos (o corpo jurídico da FPF) que lhe permite decidir não decidindo, adiando e abagunçando ainda mais.

Tão bom não é?

Tenho pena dos ingénuos convencidos.

Acho que nesta bagunça do Futebol português, Carlos Queirós vai meter-se numa alhada de que vai sair-se muito mal.

Estava tão bem no Manchester!
 

A Universidade Católica "passou" a Polícia de trânsito

Esta transformação deve dar uns cobres valentes. Não sei se é como estágio dos seus alunos de direito, se é mesmo para facturar uma maquia razoável.

Inclino-me para que esta última faceta vença, pois não me parece que a doutrina religiosa inspiradora desta Universidade seja tão perversa que defenda "o dente por dente e o olho por olho", (o perdão segundo sei está sempre ao pé do coração) a não ser que exista uma cláusula de que, quem "pratica" a religião, mediante atestado e confissão, fique perdoado. Num país de tantos católicos, o pecúlio arrecadado também baixaria tanto que não valeria a pena perder crédito por tão pouco.

Admitir mesmo que é negócio e neste mundo, talvez a religião feche os olhos. Aliás ouve-se dizer negócio é negócio, nem mesmo entre amigos se perdoa. Neste caso, seria de perguntar quanto custa ao Estado este negócio? E como é que é? Fica a Universidade Católica com o monopólio das multas?

 

Uma má Justiça?

Apenas sei (sabemos) que os resultados são maus e demorados. E que pagamos todos muito caro por isso. O cidadão, a empresa, a economia, o País

Há vários estudos sobre os efeitos da má justiça sobretudo no que se refere à empresa.

Mas será de admirar?

Não temos muita noção do que se passa nos corredores e no interior da Justiça.

Mas olhando para o espelho da Justiça no futebol, agora ao rubro, certamente ficamos com uma imagem aproximada do real.

Dir-me-ão que "na justiça, justiça" não é assim. O futebol é um ninho de interesses, mais isto e mais aquilo!!

Eu direi sim, mas. ... E na outra justiça, não os há? Nos casos mais mediáticos como a Casa Pia ou o caso ainda mais mediático, pela dimensão internacional que teve/tem, o desaparecimento de Maddie, não há interesses, ou melhor dito, ocultação de interessses?

Factos são factos e inegáveis. Na Casa Pia, abusos sexuais; no outro, o desaparecimento e será mesmo que, nos meandros da Justiça, não se sucederam golpes e contra golpes para que a verdade não venha ao de cima?

A nossa justiça e, sem dúvida no caso Maddie também a justiça inglesa, saem muito chamuscadas e pouco credíveis de tudo isto. Ao fim e ao cabo é a justiça muito pouco credível no seu conjunto.

2008-07-06

 

O Imbróglio no Conselho de (In) Justiça da FPFutebol

Interessante teria sido que este caso tivesse acontecido antes dos exames de MATEMÁTICA. Poderia ajudar a melhorar "a qualidade" dos testes, de forma algo criativa com um simples exercício.

Imaginem um grupo constituído por 7 elementos com uma decisão disciplinar arrojada nas mãos, presa apenas por validação ou não das escutas telefónicas como prova.

3 dos elementos são pela não validação e 4 pela validação. Um dos 7 elementos (o presidente) em caso de empate técnico na votação tem direito a voto de qualidade, a voto de desempate.

Que terá de fazer o elemento do grupo que goza do direito de desempate para criar as condições para que se chegue ao empate técnico?

Criar as condições para retirar o direito de voto a um dos elementos do grupo que vota favoravelmente pela validação das escutas como prova.

Foi exactamente o que tentou o Presidente do CJ e com isso criou o imbróglio Madail.

Veremos até onde irão as coisas e como Madail irá resolver o seu próprio imbróglio. Como irá fabricar um Pôncio Pilatos? Neste país é tudo simples. Basta aprofundar o ensaio do Presidente (?) do CJ.

2008-07-04

 

As nuances de Ferreira Leite sobre o sexo (2)

A Drª. Manuela Ferreira Leite, soubemos hoje, vai receber do PSD um ordenado equivalente ao de Vice-Primeiro Ministro, acumulando com o montante da sua pensão de reforma.

Não sabemos quanto tudo isto somará, mas não deve ser pouca maquia. Certamente, neste bolo não se sentirão os aumentos de preço em curso. Não vou discutir "a bondade" deste facto, apenas assinalo a parcialidade na visão das coisas.

Também não podemos esquecer que MFL transitou de Ministra das Finanças para o CA do Banco Santander, antes de ter cumprido os 3 anos de lei. Alguém alguma vez falou nisto?

Ou será que um comportamento de um destacado dirigente dos partidos de direita é graduado de uma forma (quase como "direito" próprio) e o mesmo comportamento de um destacado dirigente de partidos não de direita é condenável, por vezes mesmo cumprindo a lei? Veja-se o caso recente de Jorge Coelho (lei mais do que cumprida. Há quantos anos ele tinha sido Ministro?).

Pensemos nas formas diferentes como os factos são vistos e comentados e como se faz opinião e como a partir de análises erradas comparativamente se criam as noções relativas de credibilidade e seriedade.

Temos assim uma MFL credível quer em comportamentos quer em ideias e a respeito de ideias sobre o tema do meu último post e do título deste leia-se A IMPORTÂNCIA DE SER RETRÓGRADA.


2008-07-03

 

a propósito do meu anterior post anterior..

.. Um grande amigo meu enviou-me o poema da Natália sobre a ideia de casamento do dito deputado de então, Morgado, com opinião próxima da hoje defendida por MFL, com o pedido expresso de o publicar em homenagem a Natália Correia.

A resposta de Natália Correia, em poema - publicado depois pelo Diário de Lisboa em 5 de Abril desse ano - fez rir todas as bancadas parlamentares, sem excepção, tendo os trabalhos parlamentares sido interrompidos por isso:

Já que o coito - diz Morgado -

tem como fim cristalino,

preciso e imaculado

fazer menina ou menino;


**********************

e cada vez que o varão

sexual petisco manduca,

temos na procriação

prova de que houve truca-truca.

*******************

Sendo pai só de um rebento,

lógica é a conclusão

de que o viril instrumento

só usou - parca ração! -

******************

uma vez. E se a função

faz o órgão - diz o ditado -

consumada essa excepção,

ficou capado o Morgado.


( Natália Correia - 3 de Abril de 1982 )


2008-07-02

 

As nuances de Ferreira Leite sobre o sexo

A presidente eleita do PSD, Manuela Ferreira Leite, diz-se não suficientemente retrógrada para condenar as tendências sexuais. No entanto, acha que pessoas do mesmo sexo, se viverem juntas, nunca poderão aceder
a direitos legais que só a um casal de sexos diferentes devem ser concedidos.

Razões?

Os casais que, em seu entender, só se podem chamar assim, se de sexos diferentes, têm como finalidade a procriação.

Tenho saudades da Natália Correia. Que tão bem recriaria um outro poema. Este não para o Morgado mas para Manuela Ferreira Leite que tanta matéria teria para inspirar um poema da saudosa Natália.


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