2004-05-28
Europa Vs. Estados Unidos
Regista-se cada vez mais uma tendência de distanciamento de vontades no tocante às questões internacionais entre as elites políticas europeias e as dos EUA. Esta situação é independente do posicionamento político de quem gere os EUA e de quem gere a Europa, excepção feita à Inglaterra, que alinha com as teses dos EUA. Mesmo alguns novos países aderentes que, numa primeira fase, se inclinaram para os EUA, estão neste momento a assumir novas formas de alinhamento.Para isto o Bush tem dado um jeitinho.
Depois das duas grandes guerras do século XX, os povos europeus têm vindo a assumir uma postura e a pressionar os respectivos governos para utilizar as relações diplomáticas, políticas e económicas, na resolução das questões de conflito internacionais. Sem dúvida que a posição de grande parte dos países europeus na guerra do Iraque já teve esta marca: as elites políticas de França e Alemanha assumem a posição anti-intervenção, sobretrudo pela muita pressão das reacções internas.
Mas os sentimentos dos povos da Europa vão mais longe. Estão contra as elites dos seus países quando elas se inclinam para a americanização do seu modelo social de maior bem estar.
Os EUA, pelo contrário, com uma economia muito dependente das indústrias da guerra, precisam dessa mesma guerra para ter o comando mundial e para sustentar a sua economia.
Sublinham alguns fazedores de opinião que este distanciamento UE/EUA levará a um definhamento da UE. Será que a questão não pode ter um outro equacionamento? Não poderá a Europa recuperar um maior papel no tabuleiro político mundial,correspondente à sua posição económica, exactamente com uma postura anti-guerra menos titubiante?
E se, de forma eficaz, sustentar e aprofundar o seu modelo social, não no caminho da americanização mas no do maior bem estar das populações, não poderá captar para o seu campo outros povos e civilizações, ampliando, assim, a sua influência?
Inserido 27/05
Depois das duas grandes guerras do século XX, os povos europeus têm vindo a assumir uma postura e a pressionar os respectivos governos para utilizar as relações diplomáticas, políticas e económicas, na resolução das questões de conflito internacionais. Sem dúvida que a posição de grande parte dos países europeus na guerra do Iraque já teve esta marca: as elites políticas de França e Alemanha assumem a posição anti-intervenção, sobretrudo pela muita pressão das reacções internas.
Mas os sentimentos dos povos da Europa vão mais longe. Estão contra as elites dos seus países quando elas se inclinam para a americanização do seu modelo social de maior bem estar.
Os EUA, pelo contrário, com uma economia muito dependente das indústrias da guerra, precisam dessa mesma guerra para ter o comando mundial e para sustentar a sua economia.
Sublinham alguns fazedores de opinião que este distanciamento UE/EUA levará a um definhamento da UE. Será que a questão não pode ter um outro equacionamento? Não poderá a Europa recuperar um maior papel no tabuleiro político mundial,correspondente à sua posição económica, exactamente com uma postura anti-guerra menos titubiante?
E se, de forma eficaz, sustentar e aprofundar o seu modelo social, não no caminho da americanização mas no do maior bem estar das populações, não poderá captar para o seu campo outros povos e civilizações, ampliando, assim, a sua influência?
Inserido 27/05