2004-06-05
As estradas que matam!
Infelizmente a morte nas nossas estradas é uma constante e não venho anunciar uma receita para evitá-la, nem pretensões de especialista na matéria.
Mas costuma-me muito francamente admitir que a solução esteja tão somente na elevação das multas. Mas há quem ponha a tese da repressão sempre à frente de tudo.
A minha valorização das coisas não vai por aí nem no código de estrada nem no resto da vida. Fazer desabrochar valores que alicercem, em primeiro lugar, o respeito pela própria pessoa e o respeito pelos outros é quanto a mim o melhor trajecto. Uma campanha de fundo a desenvolver-se desde os bancos da escola. Não se infira daqui que sou contra as penalizações. Não, acho-as importantes, mas defendo-as muito selectivas e bem suportadas numa série de outras dinâmicas e acções enquadradoras, entre elas a promoção da cidadania.
A cultura da cidadania está pouco arreigada entre nós e, neste campo do código de estrada, os exemplos de cima não abundam, antes pelo contrário, são os carros dos nossos governantes a deslocar-se acima das leis em vigor, em altas correrias, infringindo tudo e mais alguma coisa ou então a contrariar as leis dos sentidos proibidos, como muito recentemente a imprensa referiu na Zona das Amoreiras, ou ainda, a utilizar o "tinoni" como se fossem de urgência para a maternidade. Pede-se um pouco de educação e cidadania aos senhores governantes, embora pelos exemplos, me pareça que grande parte deles se sente acima da lei.
Isto vem a propósito de uma coisa muito simples, meus amigos, da má sinalização nas vias de circulação, uma, entre muitas, das causas sérias dos acidentes rodoviários.
Num fim de semana pacato vinha eu a entrar em Lisboa via ponte Vasco da Gama e assisti à seguinte cena. Um carro a hesitar por onde sair e nisto um carro detrás enfaixa-se pelo lado direito, porque o primeiro, o hesitante, ia a mudar de faixa. Não se trata de apurar culpas entre os condutores. Mas do que observei não tenho dúvida alguma que a má sinalização na saída criou a hesitação e a hesitação o choque e duas crianças recolheram ao hospital bem magoadas.
Ora olhemos para a sinalização por esse País fora, olhemos para as cidades sobretudo para os problemas de circulação nas rotundas e outros cruzamentos e sem qualquer demagogia todos pensamos que as nossas autoridades de trânsito têm muito que fazer para que o cidadão condutor possa não ter hesitações e não pôr em causa o seu parceiro.
Porque não se associam as nossas autoridades de trânsito a uma entidade de prestígio como o ACP para pôr em marcha um projecto de vistas largas neste domínio, para fazer frente a uma série de problemas? Certamente,para além do cidadão comum, várias actividades, entre elas o turismo, ficariam agradecidas por trabalho tão fundamental. Uma boa sinalização impõe-se.
Mas costuma-me muito francamente admitir que a solução esteja tão somente na elevação das multas. Mas há quem ponha a tese da repressão sempre à frente de tudo.
A minha valorização das coisas não vai por aí nem no código de estrada nem no resto da vida. Fazer desabrochar valores que alicercem, em primeiro lugar, o respeito pela própria pessoa e o respeito pelos outros é quanto a mim o melhor trajecto. Uma campanha de fundo a desenvolver-se desde os bancos da escola. Não se infira daqui que sou contra as penalizações. Não, acho-as importantes, mas defendo-as muito selectivas e bem suportadas numa série de outras dinâmicas e acções enquadradoras, entre elas a promoção da cidadania.
A cultura da cidadania está pouco arreigada entre nós e, neste campo do código de estrada, os exemplos de cima não abundam, antes pelo contrário, são os carros dos nossos governantes a deslocar-se acima das leis em vigor, em altas correrias, infringindo tudo e mais alguma coisa ou então a contrariar as leis dos sentidos proibidos, como muito recentemente a imprensa referiu na Zona das Amoreiras, ou ainda, a utilizar o "tinoni" como se fossem de urgência para a maternidade. Pede-se um pouco de educação e cidadania aos senhores governantes, embora pelos exemplos, me pareça que grande parte deles se sente acima da lei.
Isto vem a propósito de uma coisa muito simples, meus amigos, da má sinalização nas vias de circulação, uma, entre muitas, das causas sérias dos acidentes rodoviários.
Num fim de semana pacato vinha eu a entrar em Lisboa via ponte Vasco da Gama e assisti à seguinte cena. Um carro a hesitar por onde sair e nisto um carro detrás enfaixa-se pelo lado direito, porque o primeiro, o hesitante, ia a mudar de faixa. Não se trata de apurar culpas entre os condutores. Mas do que observei não tenho dúvida alguma que a má sinalização na saída criou a hesitação e a hesitação o choque e duas crianças recolheram ao hospital bem magoadas.
Ora olhemos para a sinalização por esse País fora, olhemos para as cidades sobretudo para os problemas de circulação nas rotundas e outros cruzamentos e sem qualquer demagogia todos pensamos que as nossas autoridades de trânsito têm muito que fazer para que o cidadão condutor possa não ter hesitações e não pôr em causa o seu parceiro.
Porque não se associam as nossas autoridades de trânsito a uma entidade de prestígio como o ACP para pôr em marcha um projecto de vistas largas neste domínio, para fazer frente a uma série de problemas? Certamente,para além do cidadão comum, várias actividades, entre elas o turismo, ficariam agradecidas por trabalho tão fundamental. Uma boa sinalização impõe-se.