2004-06-10
A conjuntura económica recente
O INE divulgou ontem os dados das contas trimestrais, relativas ao 1º Trimestre de 2004.
O que se verifica que mereça realce?
O crescimento real do PIB de 0.1%, em termos homólogos, ou seja comparado com idêntico Trimestre de 2003 e de 0.6% face ao último Trimestre de 2003. Em termos concretos, significa que poderá ter sido travada a queda do PIB que se fazia sentir desde o 3ºTrimestre de 2002.
Há que ser prudente e não içar ainda as bandeiras da retoma. É cedo para dizer-se, como alguma imprensa de hoje, que a economia portuguesa rompeu o ciclo da recessão, o que também já tínhamos ouvido da boca do primeiro ministro antes da divulgação destes dados, com mais ênfase até. Se a campanha eleitoral não tivesse terminado, com a morte de Sousa Franco, os dias finais de campanha seriam certamente de grande "exploração" da retoma pois o mote já estava dado por Durão Barroso, com a frase de que a informação disponível do INE lhe permitia não pedir a Scolari a "retoma" da economia. Ela já está aí, disse.
Não pretendo pintar de negro a situação e ansiamos todos por uma retoma vigorosa da economia. Mas há motivos para um pouco de prudência. Trata-se de uma taxa de crescimento demasiado inexpressiva, e para além disso, pouco sustentada. Esta paragem da queda tem por base a procura interna, designadamente o consumo privado (1.6% contra 0; 1% nas GOP) e uma deterioração da balança de bens e serviços.
Ora, é o próprio governo que nas Grandes Opções do Plano (GOP) para 2004 e em muitos documentos seus afirma que "as exportações constituirão o motor do crescimento económico" e atenção o PIB cresceu apenas 0.1% com as exportações em desaceleração, o que significa que a economia portuguesa está em perda de competição, domínio em que não se revela inversão de tendência.
O que se verifica que mereça realce?
O crescimento real do PIB de 0.1%, em termos homólogos, ou seja comparado com idêntico Trimestre de 2003 e de 0.6% face ao último Trimestre de 2003. Em termos concretos, significa que poderá ter sido travada a queda do PIB que se fazia sentir desde o 3ºTrimestre de 2002.
Há que ser prudente e não içar ainda as bandeiras da retoma. É cedo para dizer-se, como alguma imprensa de hoje, que a economia portuguesa rompeu o ciclo da recessão, o que também já tínhamos ouvido da boca do primeiro ministro antes da divulgação destes dados, com mais ênfase até. Se a campanha eleitoral não tivesse terminado, com a morte de Sousa Franco, os dias finais de campanha seriam certamente de grande "exploração" da retoma pois o mote já estava dado por Durão Barroso, com a frase de que a informação disponível do INE lhe permitia não pedir a Scolari a "retoma" da economia. Ela já está aí, disse.
Não pretendo pintar de negro a situação e ansiamos todos por uma retoma vigorosa da economia. Mas há motivos para um pouco de prudência. Trata-se de uma taxa de crescimento demasiado inexpressiva, e para além disso, pouco sustentada. Esta paragem da queda tem por base a procura interna, designadamente o consumo privado (1.6% contra 0; 1% nas GOP) e uma deterioração da balança de bens e serviços.
Ora, é o próprio governo que nas Grandes Opções do Plano (GOP) para 2004 e em muitos documentos seus afirma que "as exportações constituirão o motor do crescimento económico" e atenção o PIB cresceu apenas 0.1% com as exportações em desaceleração, o que significa que a economia portuguesa está em perda de competição, domínio em que não se revela inversão de tendência.