2004-06-07
"Deus escreve direito por linhas tortas"
Um agnóstico começar um comentário desta forma pode parecer blasfémia. Mas não é. Aliás, trata-se de um provérbio que uso muitas vezes, como gosto de um outro que vai na mesma linha "Deus castiga não é com pau nem com pedra".
Mas ao ler hoje o artigo "seria bom ter ministro" do Prof. João César das Neves no DN acho que, atendendo à pessoa, o provérbio se encaixa às mil maravilhas.
Então o que nos diz o Professor para eu utilizar o dito provérbio"? Simplesmente isto:"Portugal não tem um ministro da educação. É um posto que os governos não incluem". Para, de seguida, justificar porque não têm os governos "o alegado ministro" porque o dito "não trata de educar pessoas ou formar cidadãos, mas de gerir a escola pública".
Mais de acordo não poderia estar. Mas teria sido bom que tivesse parado aqui, a prosa seria exemplar. Não entendo, para simplificar, a "saga" deste e de outros cronistas contra "os milhares de professores sem aulas" ou "os milhares de funcionários públicos sem funções". Não é que não seja verdade: Expliquemo-nos há. Mas será que o que nos trama é mesmo isso? Ou melhor, esta situação tem solução de per si numa visão de mera racionalidade de custos?
Acho que estes factos de que há responsáveis (a quem o país não imputou "custos") nos deve preocupar e muito. No entanto, o que me separa do teor do artigo é o fulcro do problema. Será que é nos excedentes ou na sua afectação a outras finalidades, onde o factor "redução da despesa pública" é a força condutora que está a solução do problema, tendo em atenção que se quer uma sociedade mais justa, solidária e humana? Não. Sem uma estratégia de ruptura com o passado e o presente, firme e bem entrosada no pulsar do País, não se avança na educação das pessoas ou na formação dos cidadãos de que o país bem necessita.
Mas ao ler hoje o artigo "seria bom ter ministro" do Prof. João César das Neves no DN acho que, atendendo à pessoa, o provérbio se encaixa às mil maravilhas.
Então o que nos diz o Professor para eu utilizar o dito provérbio"? Simplesmente isto:"Portugal não tem um ministro da educação. É um posto que os governos não incluem". Para, de seguida, justificar porque não têm os governos "o alegado ministro" porque o dito "não trata de educar pessoas ou formar cidadãos, mas de gerir a escola pública".
Mais de acordo não poderia estar. Mas teria sido bom que tivesse parado aqui, a prosa seria exemplar. Não entendo, para simplificar, a "saga" deste e de outros cronistas contra "os milhares de professores sem aulas" ou "os milhares de funcionários públicos sem funções". Não é que não seja verdade: Expliquemo-nos há. Mas será que o que nos trama é mesmo isso? Ou melhor, esta situação tem solução de per si numa visão de mera racionalidade de custos?
Acho que estes factos de que há responsáveis (a quem o país não imputou "custos") nos deve preocupar e muito. No entanto, o que me separa do teor do artigo é o fulcro do problema. Será que é nos excedentes ou na sua afectação a outras finalidades, onde o factor "redução da despesa pública" é a força condutora que está a solução do problema, tendo em atenção que se quer uma sociedade mais justa, solidária e humana? Não. Sem uma estratégia de ruptura com o passado e o presente, firme e bem entrosada no pulsar do País, não se avança na educação das pessoas ou na formação dos cidadãos de que o país bem necessita.