2004-06-27
Ficção política I
Valeu a pena ver a Quadratura do Círculo na SIC-Notícias que foi para o ar esta madrugada. O Pacheco Pereira a explicar que um líder de compromisso entre os eixos (anglo-americano e franco-alemão) só poderia ser um líder fraco, com uma reduzidíssima margem de manobra; o Lobo Xavier a reprovar que alguém na situação do DB deixasse o trabalho a meio mandato; e o Zé Magalhães a não acreditar, de todo, que o DB vá para Bruxelas.
É claro que eles gravaram a conversa na sexta-feira, antes da zizânia que se instalou e quase disputava a cobertura ubíqua do EURO nas televisões; antes do Marques Mendes ter respingado; antes do Marcelo Rebelo de Sousa ter esclarecido que qualquer solução será um "mal menor"...
Agora, imaginem que DB recusava o lugar e declarava publicamente sacrificar-se para cumprir o mandato de acordo com o prometido aos portugueses. Lendo o post de ontem sobre o “pundunor” que o Raimundo Narciso aqui deixou com a sua criatividade habitual, DB terá, impressionadíssimo, tomado uma decisão final:
“Não vou. Torno-me um heroi nacional, ganho novo fôlego para remodelar e passar ao ciclo do bacalhau a pataco com os olhos em 2006.”
Vai uma aposta?
Para que nível deslizará então o debate político em Portugal?
Comments:
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Uma reviravolta dessas levaria seguramente Durão Barroso a pôr a mão na consciência e a explicar ao povo que isso só sucedeu depois de ter lido o PUXA. Isso daria logo um estatuto patriótico ao nosso honrado blog e levá-lo-ia a ultrapassar esse malvado Barnabé no nº de visitas diárias. Poderíamos até depois pensar em cobrar qq coisinha por visita!
De acordo. Até ao lavar dos cestos é vidima. Vamos a isso.
Ah! Parabéns pelo teu texto no Memórias do Presente. Lê-se com agrado e é muito (mesmo muito) divertido.
Ficamos à espera de mais...
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