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2004-06-18

 

"A ineficácia está a cortar as pernas aos portugueses"

Esta frase de João Salgueiro, proferida numa conferência de imprensa como Presidente da SEDES - Associação para o Desenvolvimento Económico e Social,
merece a nossa reflexão. Porque traduz, de forma objectiva a inoperância ou a má gestão que atravessa a governação no seu todo, embora com reflexo maior em sectores como a saúde e a educação e, porque está a atrasar o progresso do País, ou como dizia João Salgueiro de uma forma mais crítica ainda, "a impedir o progresso do país" e quanto a este aspecto dá como exemplo a desorganização do sistema judicial.

Mas não deixo de sublinhar dois outros aspectos, referidos pelos dirigentes da SEDES, para mim importantes, aliás, de algum modo, já abordados neste blog:

i) "a ideia de retoma é perigosa" porque não tem ainda alicerces sólidos. Houve uma paragem da recessão, de facto, no primeiro trimestre, mas a uma taxa de 0.1% em termos homólogos e na base do consumo privado, com as exportações em queda. Ora, é preciso ter muita prudência na análise deste comportamento, embora ontem também tenha assistido a comentários de euforia sobre esta memsa temática, de dois ex-ministros das finanças (PS e PSD), num programa da SICn. Oxalá, venham a ter razão;

ii) desde a adesão, Portugal tem o complexo "do bom aluno" o que leva a uma desfocagem negocial que o estar na UE exige permanentemente. Esta postura parece impedir os nossos governantes de apresentar em Bruxelas ideias próprias de interesse ao desenvolvimento do país.

Um aspecto final relevante, João Salgueiro entende que as lamentações do PSD e do PS sobre a elevada abstenção dos portugueses nas eleições europeias não passam de "lágrimas de crocodilo" porque, como completou João Ferreira do Amaral, estes dois partidos têm sido os principais obreiros do bloqueamento da discussão desta matéria.
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