2004-06-21
Já se discute a ratificação da Constituição Europeia
Lendo a imprensa europeia, o processo de ratificação da Constituição é um tema quente.
Em França, o presidente Chirac entende que o processo de ratificação deve, no mínimo, levar um ano, sem se pronunciar, porém, pela via a escolher: Parlamento ou Referendo.
Há vozes de grande peso na defesa do Referendo como Delors, ex- Presidente da Comissão Europeia, figura altamente prestigiada, para além de movimentos de cidadãos e de alguns partidos políticos. Delors aproveitou ainda para tocar num ponto, "comentado em surdina", que é a posição de "desalinhamento" do Reino Unido em quase tudo o que é o processo europeu, dizendo que está a chegar o tempo de se questionar o RU se quer ou não "estar".
No Reino Unido, a situação é complicada. Há um movimento de eurocépticos forte, há a fragilidade de Blair, ainda na sequência da guerra do Iraque, há o seu complexo e alinhamento com tudo o que é EUA. Daí que este processo vá ter um percurso longo e complexo, onde o tema posto por Delors poderá aparecer.
mas Blair tem interesse em não deixar cair a questão.
Em toda esta movimentação em prol do processo da ratificação, estão a evidenciar-se duas questões de fundo, sentidas, que, se bem conduzidas, podem ajudar a conciliar os europeus com a "EUROPA" que se quer construir: o método de debate e a via de ratificação que, em minha opinião, deve ser a via referendo.
É bom que por cá não nos atrasemos. Acho que os órgãos de comunicação não se podem alhear deste processo.
Em França, o presidente Chirac entende que o processo de ratificação deve, no mínimo, levar um ano, sem se pronunciar, porém, pela via a escolher: Parlamento ou Referendo.
Há vozes de grande peso na defesa do Referendo como Delors, ex- Presidente da Comissão Europeia, figura altamente prestigiada, para além de movimentos de cidadãos e de alguns partidos políticos. Delors aproveitou ainda para tocar num ponto, "comentado em surdina", que é a posição de "desalinhamento" do Reino Unido em quase tudo o que é o processo europeu, dizendo que está a chegar o tempo de se questionar o RU se quer ou não "estar".
No Reino Unido, a situação é complicada. Há um movimento de eurocépticos forte, há a fragilidade de Blair, ainda na sequência da guerra do Iraque, há o seu complexo e alinhamento com tudo o que é EUA. Daí que este processo vá ter um percurso longo e complexo, onde o tema posto por Delors poderá aparecer.
mas Blair tem interesse em não deixar cair a questão.
Em toda esta movimentação em prol do processo da ratificação, estão a evidenciar-se duas questões de fundo, sentidas, que, se bem conduzidas, podem ajudar a conciliar os europeus com a "EUROPA" que se quer construir: o método de debate e a via de ratificação que, em minha opinião, deve ser a via referendo.
É bom que por cá não nos atrasemos. Acho que os órgãos de comunicação não se podem alhear deste processo.