2004-07-20
Como tece Jardim o seu Poder
Madeira dragon
Mais informação sobre a Madeira. Sara dixit:
A expropriação da Quinta Magnólia, propriedade de uma família inglesa, - os reais e verdadeiros colonizadores da ilha - por parte do governo regional da Madeira, foi, durante muitos anos, o símbolo da autonomia.
Jardim fazia questão de lembrar a exploração desses senhores, enquanto donos das terras em sistema de colonia, terrenos adquiridos, muitas vezes, com base em hipotecas feitas por emigrantes que não conseguiam pagar a viagem para a Venezuela e a Africa do Sul. Acontecia que as agências de viagens estavam nas mãos dessas famílias inglesas que, muito "caridosamente", adiantavam a passagem. O pagamento, esse, caso tardasse, era reconvertido em património. E assim se fizeram fortunas.
Esta prática de Jardim, contra os ingleses, que até eram donos da água de rega, calou a esquerda. O fim do regime feudal a que a Madeira estava votada até ao 25 de Abril, regime de colonia, foi extinto nos anos seguintes à revolução. Em todas as campanhas eleitorais, Jardim faz questão de dizer que a única reforma agrária com sucesso, neste país, aconteceu na Madeira. «Demos a terra a quem trabalha», grita, ou seja, mais uma vez cala a esquerda.
Só mais um exemplo para perceber a prática do lider madeirense que, por estratégia, varre os campos da esquerda à direita, como um eucalipto que suga tudo ao redor.
Na saúde, desde 1976, que o sistema adoptado foi convencionado. Ou seja, a ordem dos médicos na Madeira assinou um protocolo com o governo. Isto significa que o preço das consultas está tabelado. Nem mais um euro é permitido cobrar aos doentes. Nenhum médico pode levar, por consulta, mais de 50 euros, seja ou não especialista. Por outro lado, o utente pode escolher o médico que entender. No fundo, todos estão convencionados, incluindo as clínicas. Até os exames auxiliares de diagnóstico estão tabelados.Nos idosos, os que recebem pensão mínima, têm um regime especial que os isenta praticamente do pagamento de medicamentos e são reembolsados em quase 40 por cento do preço da consulta. Mais uma vez, isto calou a esquerda. A direita, caso do CDS/PP Madeira, é que chama despesismo a estas práticas, alegando que elas permitem negócios e promiscuidade entre público e privado, ao que Jardim responde chamando-os de fascistas. Portanto, este é só um preâmbulo de, uma parte, da história madeirense destes 30 anos. Na Madeira não há centro. Ou seja, não há partidos dobradiças.
Sara
Mais informação sobre a Madeira. Sara dixit:
A expropriação da Quinta Magnólia, propriedade de uma família inglesa, - os reais e verdadeiros colonizadores da ilha - por parte do governo regional da Madeira, foi, durante muitos anos, o símbolo da autonomia.
Jardim fazia questão de lembrar a exploração desses senhores, enquanto donos das terras em sistema de colonia, terrenos adquiridos, muitas vezes, com base em hipotecas feitas por emigrantes que não conseguiam pagar a viagem para a Venezuela e a Africa do Sul. Acontecia que as agências de viagens estavam nas mãos dessas famílias inglesas que, muito "caridosamente", adiantavam a passagem. O pagamento, esse, caso tardasse, era reconvertido em património. E assim se fizeram fortunas.
Esta prática de Jardim, contra os ingleses, que até eram donos da água de rega, calou a esquerda. O fim do regime feudal a que a Madeira estava votada até ao 25 de Abril, regime de colonia, foi extinto nos anos seguintes à revolução. Em todas as campanhas eleitorais, Jardim faz questão de dizer que a única reforma agrária com sucesso, neste país, aconteceu na Madeira. «Demos a terra a quem trabalha», grita, ou seja, mais uma vez cala a esquerda.
Só mais um exemplo para perceber a prática do lider madeirense que, por estratégia, varre os campos da esquerda à direita, como um eucalipto que suga tudo ao redor.
Na saúde, desde 1976, que o sistema adoptado foi convencionado. Ou seja, a ordem dos médicos na Madeira assinou um protocolo com o governo. Isto significa que o preço das consultas está tabelado. Nem mais um euro é permitido cobrar aos doentes. Nenhum médico pode levar, por consulta, mais de 50 euros, seja ou não especialista. Por outro lado, o utente pode escolher o médico que entender. No fundo, todos estão convencionados, incluindo as clínicas. Até os exames auxiliares de diagnóstico estão tabelados.Nos idosos, os que recebem pensão mínima, têm um regime especial que os isenta praticamente do pagamento de medicamentos e são reembolsados em quase 40 por cento do preço da consulta. Mais uma vez, isto calou a esquerda. A direita, caso do CDS/PP Madeira, é que chama despesismo a estas práticas, alegando que elas permitem negócios e promiscuidade entre público e privado, ao que Jardim responde chamando-os de fascistas. Portanto, este é só um preâmbulo de, uma parte, da história madeirense destes 30 anos. Na Madeira não há centro. Ou seja, não há partidos dobradiças.
Sara
Comments:
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Concluo que o "puxa palavra" já chegou à Madeira. O texto está bem escrito, parece uma boa análise, mas cá os "cubanos" temos mais que fazer do que aturar as tiradas desse palhaço. Dão-lhe a maioria não se queixem.
Pelo menos sacar dinheiro ele sabe.
Pelo menos sacar dinheiro ele sabe.
Tenho pena que o texto anterior, numa tentativa de ter piada, represente o pensamento ligeiro da maioria dos que desconhecem a realidade das regiões autónomas. Este tipo de afirmações só servem para sustentar, e apoiar, o tal contencioso entre as ilhas e o Continente.
Já agora aproveito para lembrar ao autor do comment que os madeirenses e os açorianos também são obrigados a «aturar» as palhaçadas sem graça dos governos da República, a nomeação de primeiros ministros feitos à pressa, mais as fugas dos lideres socialistas e respectivas guerrilhas internas, somado às afirmações de muitos caciques autárquicos e desportivos, tudo somado ao sorriso plastificado do dr. Portas.
Seria bom não falar de cor, nem frases-feitas, o caminho mais fácil para não ter opinião.
Sara
Já agora aproveito para lembrar ao autor do comment que os madeirenses e os açorianos também são obrigados a «aturar» as palhaçadas sem graça dos governos da República, a nomeação de primeiros ministros feitos à pressa, mais as fugas dos lideres socialistas e respectivas guerrilhas internas, somado às afirmações de muitos caciques autárquicos e desportivos, tudo somado ao sorriso plastificado do dr. Portas.
Seria bom não falar de cor, nem frases-feitas, o caminho mais fácil para não ter opinião.
Sara
discordo completamente do primeiro comentário. O jardim é também um produto do Continente. Infelizmente muito poucos políticos e intelectuais analisam e compreendem a realidade autonómica. Para a gestão dele, isto é bom que assim continue pois ele retira dividendos face ao povo madeirense dessa ignorância. Quantos conhecerão, por exemplo como funciona o sistema de saúde na Madeira? e outros aspectos da Gestão Jardinista? se conhecessem seriam mais sensíveis a duas coisas: as dificuldades da oposição, apesar de muito recuada nas suas posições e os votos no Jardim.
Afinal parece que ainda ""não chegamos à Madeira.
José Duarte
Afinal parece que ainda ""não chegamos à Madeira.
José Duarte
sou suspeito porque vivo cá na terra e portanto não alinho com a pretensa arrogância de, infelizmente, um grande número de entendidos que no Continente sabem tudo. Até já terão feito a revolução na Madeira quantas vezes, até parece os mesmos do café Luxemburgo antes do 25 de abril. Ao fim e ao cabo é o mesmo. Só um pequeno esforço e verão que estão enganados. A realidade madeirense e açoreana é bem diversa. Como em tudo é preciso estudá-la, compreender as pessoas, até há quem defenda que esta posição está nos genes que o povo madeirense nunca alinhou de pedra e cal com as mudanças.
Mas será que há muita diferença entre um jardim e um narciso miranda. Há o jardim sabe fazê-las melhor. Mas os exemplos podiam ir mais longe. Bem não avancemos mais por aqui. Vamos às oposições não prestam, sociedade civil não há, está tudo acomodado porque vai dando para todos. E atenção, Embora não se goste há que reconhecer que o jardim não brinca em serviço. Informem-se como ele tem organizado o PPD regional. Melhor nem o PC nacional nos seus tempos aureos e funciona e controla mesmo. Querem maior estalinismo? Centralismo 2Democrático"? O Jardim ainda vai constituir uma universidade para dar aulas á oposição de como fazer poítica no terreno
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Mas será que há muita diferença entre um jardim e um narciso miranda. Há o jardim sabe fazê-las melhor. Mas os exemplos podiam ir mais longe. Bem não avancemos mais por aqui. Vamos às oposições não prestam, sociedade civil não há, está tudo acomodado porque vai dando para todos. E atenção, Embora não se goste há que reconhecer que o jardim não brinca em serviço. Informem-se como ele tem organizado o PPD regional. Melhor nem o PC nacional nos seus tempos aureos e funciona e controla mesmo. Querem maior estalinismo? Centralismo 2Democrático"? O Jardim ainda vai constituir uma universidade para dar aulas á oposição de como fazer poítica no terreno
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