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2004-07-10

 

Da Estabilidade e seus corifeus (III)


Alberto João explicará aos madeirenses que estes gajos do continente - os cubanos e os colonialistas - reagem bem quando são postos no seu lugar. Contra o "golpe de estado" em preparação, este Conselheiro de Estado da República Portuguesa, ameaçou, para desencorajar a eventual inclinação do Chefe de Estado em dissolver a AR, que a direita não iria a eleições. Estando a arruaça no Conselho de Estado, para quê ir mais longe? Ficamos assim. Ele saiu pela porta das traseiras, pela direita baixa; o PR deu o que lhe foi exigido chantageadamente à direita alta. A República recomenda-se. A estabilidade institucional consolida-se.
Comments:
Não. Alberto João Jardim não vai explicar aos madeirenses coisa nenhuma porque os madeirenses não precisam de tradutor para perceberem o que vai neste país. Este é o erro que há longos anos se comete no continente e a projecção que se dá em termos de comunicação social: confundir a voz de um maoista de direita com o todo madeirense.
 
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Então o Alberto João deixou de ter apoio eleitoral?

Já não consegue estar à frente do Governo Regional?

A maioria dos madeirenses não acreditam nele mas apoiam-no?

Não compreendo o alcance do anterior comentário.

Quererá ela ou ele fazer o favor de explicar melhor o seu ponto de vista?
 
Sou ela. E vou-me explicar melhor. A eternização de Alberto João Jardim na Madeira deve-se, em muito, à fraca oposição regional, sobretudo ao PS pelos interesses económicos que o unem ao PSDM em formato Bloco Central. Os madeirenses bem olham para a esquerda mas não encontram alternativa estável e credível devido às guerras intestinas no seio dos socialistas. O mesmo viu Sampaio - a demissão de Ferro foi a prova - nesta saga da sucessão de Barroso na chefia do Governo ou eleições antecipadas. Acho que, neste momento, os Açores correm o mesmo risco que a Madeira. A eternização de um poder. Seja ele qual for, as consequências são sempre negativa. A falta de alternativa a Carlos Cesar,(PS), nos Açores, vai repetir-se em Outubro. Na Madeira, também. O mesmo acontece com alguns autarcas por esse país fora. Ou seja, as regiões autónomas não estão fora do mapa político nacional. Portanto, o que eu quis dizer é que os madeirenses não estão de olhos fechados. Acho que no Continente dão mais importância aos dislates de Jardim do que propriamente as gentes das ilhas.
 
Agradeço à anónima por ter acedido a explicitar o seu comentário anterior. Graças a isso, fiquei a compreendê-la melhor. O quadro que descreve faz sentido para mim. Admito que aquela formulação que utilizei é marcada por uma certa ignorância da minha parte relativamente à Madeira e aos madeirenses. Porém, não a acompanho no essencial. AJJardim, Pte. do Gov. Regional, alto dirigente do PSDM e do PPD/PSD Nacional, Conselheiro de Estado, não deve sempre ser levado a brincar. Dividir os altos responsáveis do Estado e dos partidos entre os que são para levar a sério e os que não são, levar-nos-ia a contemporizar com quem tem responsabilidades e poder, dando um sinal de fraqueza. O descrédito das instituições democráticas passa, também, por aí. Neste ponto, parece que não estamos de acordo. Quanto ao resto (a minha formulação envolvendo os madeirenses) obrigado pela sua participação na conversa e pela chamada de atenção.
 
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