2004-07-12
A demagogia bate-nos à porta
A campanha está no terreno. Perguntar-me-ão que campanha? A da demagogia encartada. Esta entrada de post tem a ver com uma conversa hoje apreciada logo pelo café da manhã.
Chego ao café, onde aliás vou todos os dias, em que as pessoas se conhecem sem se conhecerem e começo a ouvir. O Santana Lopes não vai ter um governo tão grande e ainda bem: os funcionários públicos são uns malandrões, não fazem nada, só gastam o nosso.
Bem apeteceram-me várias coisas. Começar por perguntar quanto pagavam de impostos, pois a maioria dos conversantes não paga um tosto. Depois porque razão os funcionários públicos são assim tão odiados? Alguns dos presentes eram funcionários públicos e ainda estavam ali quando pelo menos deviam estar a trabalhar no mínimo há uma hora, só que não se consideram como tal pois são da saúde. Terceiro, questionei-me como sempre sobre este assunto que me toca muito, pois já fui funcionário público: de onde vem tamanha "peçonha" contra esta classe profissional.
É tempo de pegar muito a sério nesta questão, para dignificação da classe e para que o país possa usufruir de um trabalho dos bons profissionais que há, embora muitas vezes andem á deriva. Esta é uma questão de fundo, perfeitamente distorcida, em termos de sociedade e onde, seriamente, nenhum governo quer, sabe, meter a mão.
Vai doer a quem pegar neste trabalho de recuperação por um lado e de projectar como elemento de organização da sociedade por outro, porque os erros acumulados são demais. Mas sejamos honestos é um dos domínios chave para o País avançar, mas não numa estratégia contra as pessoas. Esse tem sido o erro dos múltiplos governos.
Chego ao café, onde aliás vou todos os dias, em que as pessoas se conhecem sem se conhecerem e começo a ouvir. O Santana Lopes não vai ter um governo tão grande e ainda bem: os funcionários públicos são uns malandrões, não fazem nada, só gastam o nosso.
Bem apeteceram-me várias coisas. Começar por perguntar quanto pagavam de impostos, pois a maioria dos conversantes não paga um tosto. Depois porque razão os funcionários públicos são assim tão odiados? Alguns dos presentes eram funcionários públicos e ainda estavam ali quando pelo menos deviam estar a trabalhar no mínimo há uma hora, só que não se consideram como tal pois são da saúde. Terceiro, questionei-me como sempre sobre este assunto que me toca muito, pois já fui funcionário público: de onde vem tamanha "peçonha" contra esta classe profissional.
É tempo de pegar muito a sério nesta questão, para dignificação da classe e para que o país possa usufruir de um trabalho dos bons profissionais que há, embora muitas vezes andem á deriva. Esta é uma questão de fundo, perfeitamente distorcida, em termos de sociedade e onde, seriamente, nenhum governo quer, sabe, meter a mão.
Vai doer a quem pegar neste trabalho de recuperação por um lado e de projectar como elemento de organização da sociedade por outro, porque os erros acumulados são demais. Mas sejamos honestos é um dos domínios chave para o País avançar, mas não numa estratégia contra as pessoas. Esse tem sido o erro dos múltiplos governos.
Comments:
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Sou funcionária pública. A incapacidade dos políticos é projectada sobre nós. Há dezenas de ministros que nunca se dirigiram aos seus funcionários, que não conhecem os ministérios nem fazem nada por isso. Como responsabilizar os funcionários por esta situação caotica. Há uma desonestidade enorme. fazem-se estudos de reorganização sem ouvir as pessoas. Eles portam-se DE FORMA FASCISTA
Os funcionários públicos sempre foram maltratados e pasme-se. Continua a haver serviços onde a diferença salarial para cima tem como justificação, ainda HOJE, o argumento de Salazar. Vamos dar-lhes mais uns tostos para evitar que sejam. Isto diz tudo da noção de muitos governantes.
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