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2004-07-13

 

Pois, pois... (II)


1. Visto que Santana Lopes anda agora ocupado com a formação do Governo, deixemos o homem trabalhar. Atrás dele, deixa duas Câmaras Municipais em que prometeu ficar um pouco mais, mas... enfim, não foi possível. A Pátria chama. Vamos com ela! A quem ainda restar dúvidas, basta inscrever-se para uma visita ao Túnel do Marquês. A Câmara Municipal de Lisboa organiza. Veja aqui.

2. Anda muito povo maçado com os modos da Ana Gomes. Até mesmo aqui, no Puxa-Palavra, já houve quem se amofinasse com ela. Parece que a mulher tinha o direito de pensar aquilo - "Um Governo, uma Maioria, um Presidente" - mas dever-se-ia alpercatar, dando, assim, com aquele desabafo, a sensação de ir descalça pela verdura. Noutros blogs, então, a discussão ferve, e as pessoas estão mesmo a zangar-se (a sério) umas com as outras. Sem querer tirar partido nem apimentar o relatório, deixo uma proposta de reflexão: Como teria agido um Presidente da República eleito pela direita? Teria dissolvido? Ah!, também não!?

3. Não se deve criticar Jorge Sampaio porque é o nosso PR. Alberto João, também não, porque além de Presidente do Governo Regional da Madeira e Dirigente Nacional do PPD/PSD é apenas... Conselheiro de Estado. Pronto já percebi. Teremos de continuar a dizer mal daqueles..., pois, os do costume. E dizer o que pensamos, pode-se? Então pronto. Vá lá. Já é alguma coisa!
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Comments:
Acho de muito interesse o comment anterior. Não entremos na discussão do sexo dos anjos. Entremos na luta de ideias e de acção que vai ser dura.
 
É a primeira vez que participo num Blog e na forma anónima. Tenho andado a blogar por aí e por ali. O Puxapalavra aceitou esta modalidade e como tal ficar-lhe-ia mal tratar com uma pitada de "troça", quem se apresentar como anónimo ou com um nome tão anónimo como os anónimos. Fica mal.E já agora refiro que também era favorável a eleições antecipadas e que para o PE votei Bloco e acho que o PS, nunca nos levará a lado algum, a não ser que se reencontre. Posto isto, acho mal a forma no mínimo "deselegante", a raiar a ofensa da Drª. Ana Gomes. Não se trata de uma boutade. Pode-se ser duro políticamente, mas com regras. O Louçã também foi duro mas não roçou a ofensa. Esteve no combate político. Até o Carvalhas portou-se na linha. Daí que não perceba a linha "intempestiva" do Manuel Correia, mas ele lá sabe e francamente quer me parecer que está mais na linha de quem não tolera opiniões diferentes.

Agora permita-me que não entre na discussão para onde nos quer levar,se um presidente eleito pela direita decretava ou não eleições? Parece-me uma discussão fátua mais para aqueles universitários que levam a vida a discutir o "sexo dos anjos".

Sou muito terra a terra políticamente. Agora o que interessa é dar combate político face a uma nova situação que pendeu ainda mais à direita. Não é a discutir o sexo dos anjos que se chega lá. Acho que o Bloco vai continuar a ser o pivot do combate e tenho pena que as esquerdas não acordem. Não é com atitudes pretensamente de esquerda e práticas de direita que se vai lá. Era bom que não se tentasse reduzir o espaço blog com insinuações e considerações algo desnecessárias. Parece-me um espaço interessante de grandes potencialidades e seria mau queimá-lo. Eu volto ao contrário do Duarte.
 
Voltemos ao terreno. O Sampaio já terminou a sua obra de forma infeliz para muitos e a demagogia já está aí. Vários tuneis do Marquês já estão anunciados, como o de fazer saltar Ministérios de Lisboa a toda a força.

Quero dizer que até não sou contra a ideia, se bem alicerçada em pensamento e estudos sólidos estratégicos. Estejamos atentemos pois deve vir aí uma orgânica de governo que promete.

Este, salvo melhor opinião, é o campo de acção do momento. samapaio é passado.
 
Cinco notas breves aos comentários anteriores:

1. Acerca da minha linha "intempestiva" poderemos falar mais tarde. Quando conhecer a sua, atrever-me-ei a falar da minha.

2. Quanto ao PR, ao que acha necessário e desnecessário, aconselho-o a dizer o que pensa e a não achar demasiado estranho que os outros pensem de outro modo. Discutamos então!

3. A frase "Não é com atitudes pretensamente de esquerda e práticas de direita que se vai lá." aplica-se a quem? Ao Presidente da República?

4. O envolvimento institucional do PR nesta solução, ao contrário do que pretendem as teses do "Pronto. Já está. Agora falemos de outra coisa.", mal começou. Vai aprovar a composição do Governo Santana Lopes e dar-lhe posse; vai, segundo palavras dele próprio, estar atento, vigiar cada eventual escapadela ao Programa que, suponho, será de direita.

5. Discutamos, então, quem é quem no novo quadro saído da decisão do PR. Forças da esquerda e da direita, instituições. Quem são, para onde dizem querer ir, e o que estão a fazer. De acordo. Não percamos demasiado tempo com o estilo de cada interveniente. Vamos aos factos.
 
Factos são factos. DB presidia a um governo de direita e agora PSL vai presidir a um governo mais de direita ainda e mais perigoso sob vários ângulos. Parece que estamos com estes factos.

A direita de DB e de PSL chega ao poder não por "mérito" mas pela mão de uma certa esquerda que lhe abriu o caminho quer demitindo-se quer pela trajectória de governação de direita que estava a fazer.

Olhando um pouco a trajectória deste país, vejo com algum sentimento de desgosto que "a esquerda" nunca assumiu o poder, salvo raras excepções, com base num projecto sentido pelo povo. E teve muitas oportunidades. Não as aproveitou por sectarismo, por ser avessa a ideias diferentes. Hoje o mundo mudou e a esquerda no seu conjunto continua a não acertar o passo, continua em perda.

Felizmente há indícios de que as coisas começam a ser repensadas e agrupamentos como o BE a pegar em problemas que têm a ver com as coisas da vida.

Só lhes falta abrir um pouco mais e repudiar no terreno as "velhas matrizes de pensamento" de que quem discorda pela crítica, dentro do mesmo campo político, é do contra, é postergado.
 
Acha mesmo que anda "muito povo massado com Ana Gomes". Por que haveria de estar?
«A lógica é fraca, mas os desígnios evidentes» (Leon Trostsky, in "Entre o Imperialismo e a Revolução"),
Quanto a Alberto João Jardim, a história é outra.
Pela altura dos Estados Gerais do PS, uma ilustre militante socialista veio à Madeira e criticou a falta de democracia que existia na região. Meses depois, já na qualidade de Ministra, e a convite do governo regional, teceu elogios à governação de Jardim.
«A lógica é fraca, mas os desígnios evidentes» (Leon Trotsky, idem).
 
Volto a repetir o apelo que aqui fez, há dias, o Raimundo Narciso. Escolham um nome qualquer (o vosso ou outro) de modo a que possamos dialogar com mais facilidade.
No caso dos comentários anteriores, todos interessantes, é difícil, assim, fazer-lhes referência. Vá lá. Dêm uma ajudinha!
 
«Ele e Ela» (Santana/Portas) no caricas - http://ocaricas.blogspot.com/

por Manuel Silva
 
Eu sou a Ana Maria Tavares já assinei alguns comments, e gosto mais dos de trocas de humor. Não chegamos a ir ao Tavares, ficamo-nos só pelo Gambrinus, "tasca" mais frequentada por altos quadros ex-MRs. Manuel Correia não se enerve,leia o seu camarada bloguista VJS no causa nossa sobre o tema que tanta palavra fez derramar neste blog, seja menos rígido, cultive um pouco mais o humor.
Aqui as Anas, apesar de cidadãs de corpo inteiro preferem a boa disposição. Psiu, vamos estudar os exames estão aí.
AMT
 
Tanto sangue derramado por uma que não boutade da Ana Gomes? A senhora foi um pouco mais além. Afinal o blog é que ficou a lucrar. Rompeu o pico das audiências. Um pouco de mais humor, pode ser à Trostky.

As Anas
 
Ouvi hoje um comment de Eduardo Lourenço na TSF sobre a crise no PS (demissão de Ferro) que ele considera a prazo poder ser benéfica, pois esta já é a crise dentro da crise que levou a direita ao poder. Segundo ele a direita teve de mão beijada o poder da esquerda PS e das outras que em nada contribuiram para evitar esse debacle. Será benéfica para o PS e deduzo eu para as esquerdas- esta dedução é minha- se isto levar a que o PS se reencontre consigo próprio e com o país. Acho mais útil reflexões neste campo que a água derramada sobre as "desbocas" de Ana Gomes. É apenas uma opinião que felizmente este blog me permite.
 
O sonho de qualquer mulher...

(falta a foto mas pode-se fazer sorteio e a quem adivinhar cobra-se 100 Euros a entregar ao "fico" - uma noite de santanetes na Kapital)

...é ter um sogro que vai para Bruxelas e deixa tudo à nora!

(frase roubada ao ocaricas)
 
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
 
Vou já pôr um 2º post. Em 1ºlugar porque reparei que estão ali as Anas e eu, desde que elas ficaram zangadas comigo fiquei amigo delas. Agora as nossas relações melhoraram. Parece-me. Julgo até que a alusão ao Gambrinus é um "chiste" como quem oferece o cachimbo da paz. Interrogo-me se não teria sido preferivel termo-nos envolvido numa monumental zaragata. Por causa das audiências, claro! A vida e o mundo agora gira todo em torno de...audiências!!! Valha-me Deus (apesar de ateu.)
Em 2º lugar para entrar na conversa. Antes de tudo acho que a decisão de Durão é eticamente indigna de um político que se preze. O mesmo é dizer de político que se mova por causas e esteja na política para servir o bem público. Sejam causas de direita ou esquerda. E sem naturalmente excluir os interesses da própria carreira. Mas que não podem ir à frente daqueles. Uma pessoa séria, nas funções de 1ºM, para mais nas circunstâncias deste Governo, quase de salvação nacional, na retórica barrosista, não pode fazer aquilo.
Se Sampaio o felicitou acho mal. Se se comprometeu com Durão a viabilizar um 2º Governo foi um erro grave. Não excluo que tenha cometido estes 2 erros.
Escolheu assim, fez uma escolha absolutamente constitucional. Apenas errada na opinião de alguns. Acresce que não tendo margem de manobra para controlar o Governo ficará corresponsabilizado pelo q ele fizer. Se vira um PR intervencionista (na governação)PSL e PP agradecem e teremos o populismo no seu máximo explendor.
Se decidiu assim por considerar que o PS não tinha uma liderança aceite no partido e parecer pouco credível para oferecer um projecto capaz e sustentável ao país,na actual conjuntura, vá que não vá, apesar de eu achar que o dever "político" dele fosse convocar eleições.
Vários comentadores tem feito considerações sublinhando as desgraças das esquerdas e o descaminho do PS. Género: quando o PS se encontrar com ele mesmo, etc.
É uma conversa que se arrasta há já algumas dezenas de anos que se ficar por aí não adiantará muito. Pode dar a ideia de que se parte do princípio de que as direitas, essas estão sempre na maior. Havia talvez que clarificar o que se espera do PS. A defesa do Povo? Coisa vaguíssima. A defesa de mais igualdade, mais justiça social, mais desenvolvimento sustentável? Com que paradigma? O da Europa dos anos 60? O do mundo em globalização acelerada?
O PS como o PSD são hoje partidos sem ideologia. Há grupos no PS com esta ou aquela ideologia. Mas o cimento que une o actual PS é quando muito umas vagas referências históricas culturais da esquerda clássica e a defesa de interesses muito heterogénios, contraditórios e em rápida mutação das chamadas classes médias. E das estruturas do aparelho (que correspondem por sua vez, ainda que de forma difusa, a interesses dessas classes).
Medina Carreira disse ontem que 60% da população em Portugal depende economicamente, uns mais outros menos, do orçamento do Estado.
Não sei se ajudei a esclarecer se a confundir. Boa noite, que é tarde.
 
Não é uma questão de derramar mais palavras. É uma questão muito mais comezinha e está aqui uma das Anas a responder-lhe que não ficou zangada consigo e vai voltar sempre que puder. Mas com humor, quanto possível.

Mas há uma coisa a Natália. Era uma pessoa assombrosa e muito sensível, duma finura inegualável. Felizmente para mim, tive um pai que me "deu" a Natália muito cedo. Ele teve as origens de alguns de vós, pelo menos de si Raimundo e de outros de que também tenho referências. Só que percebeu muito mais cedo que o mundo não se mudaria por aí e rompeu.E rompeu fundo. Alguns de vocês romperam, sei, porque curiosamente li o seu livro e confesso duas coisas: gostei e penso que lhe deve ter custado muito. Dê-nos mais nessa via. Mas diga aos seus amigos que não nos atirem com a Natália para coisas de que ela não gostaria. De vez em quando é humano com um sorriso, pelo menos admitir erros e acho agora muito a sério que houve passagens infelizes nesta polémica. Eu ficaria muito magoada se se metessem com a minha cultura, porque ela não é minha. Basta olhar para o começo do meus blog e cada um é sempre um produto sui generis. Francamente não gostei e penso que o anónimo deve ter-se sentido, eu sentir-me-ia, algo magoada porque "varina do pior estilo" é uma figura que apenas significa na linguagem da ribeira ser ainda mais desbocada que a varina que é jà de si muito desbocada. Isto tudo apesar do Blog ter tido mais audiência. Não se esqueçam dos programas da TVI, cujo nome me nego a referir. E agora do Gambrinus queria apenas dizer o que disse e não estamos nada zangadas, só que enm sempre a vida dá para tudo. parece que foi o seu caso e que apesar do limiano a "controversia"não parou. mas fica-lhe bem o propósito.

Ana Teresa (das Anas)
 
No meio deste vazio e de alguma teimosia, ainda bem que aparecem umas Anas cheias de humor.

o Pedro
 
Parabéns Pedro.

(vou anónimo por enquanto tenho esse direito e por isto não precisam de se referir a mim. Mas gostei Pedro continua)
 
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