2004-07-11
É preciso juntar os cacos!!
Não entrei de forma muito acalorada na discussão das alternativas de decisão que se punham a Jorge Sampaio. Em dois post dizia no primeiro que não me chocava se Sampaio não fosse para eleições, apesar de entender, e isso era dito nesse post, que a decisão de Durão Barroso era uma fuga por não ter condições para governar após os resultados das europeias.
No segundo post estava eu convencido que Jorge Sampaio iria para eleições, porque tinha dado aso, ao desenvolvimento de uma dinâmica nesse sentido.
Por muito que me custe dizer, por incapacidade política minha é certo, nunca cheguei a ter uma opinião segura sobre a melhor opção para o país. Falei com muitos amigos e muito poucos eram os que me acompanhavam nas minhas dúvidas, todos tinham ideias claras pró eleições, embora às vezes não me soubessem responder a algumas dúvidas abtusas que eu colocava. Sentia-me algo sozinho e agora, após a decisão de Sampaio, com uma amargura muito grande.
Certezas e dúvidas. Não posso acompanhar a decisão do Presidente pelo tempo que demorou. A não convocação de eleições exigia maior celeridade. Segundo, o discurso no que toca a condicionar o governo na sua composição e gestão é pouco credível porque não operacional.Terceiro, ir para eleições seria desejável, mas na política nem tudo o que é "genuino" dá um bom resultado.
Quarto, não posso aceitar algumas declarações, embora no calor da "reacção à decisão" de certos dirigentes do PS. Algumas raiaram a ofensa ao Presidente. Ser político dirigente requer para que os eleitores os respeitem e acreditem uma boa dose de ponderação, sobretudo na discordância. Para discordar temos argumentos e não palavras de ofensa. É "forte" dizer-se que há "uma maioria, um presidente e um governo".
Como diz o Rui Carreteiro, Jorge Sampaio, apesar desta decisão que desagradou muitos dos que votaram nele e à família das esquerdas (embora me permita pensar que, em muitos casos, o "desagrado" terá sido algo atenuado e em alguns casos alívio), não deixa de fazer parte do património da esquerda e do próprio PS.
Bem está tudo claro. Acho que o Presidente chamou a si uma missão que tem de mostrar que não é só retórica de discurso, embora eu não entenda o conteúdo subjacente: o Sr Presidente quer que a justiça continue na linha do mandato de Celeste Cardona? É isto? Aprova o pacote fiscal? Apoia o não aumento de ordenados mais um ano para a FP? Bem não percebo.
Quanto às esquerdas, há que juntar os cacos, designadamente na área do PS. Mais uma demissão do SG que, do posto de vista pessoal, pode ser um romper com uma situação penosa compreensível, mas politicamente não deixa de ser mais um erro.
Resta pois encontrar "caminhos" no PS, não um SG. Caminhos são ideias mobilizadoras para o País. Preocupa-me a falta de ideias em toda a esquerda, mas no PS como partido charneira, a situação é assustadora e é aí que está "a chave"!.
No segundo post estava eu convencido que Jorge Sampaio iria para eleições, porque tinha dado aso, ao desenvolvimento de uma dinâmica nesse sentido.
Por muito que me custe dizer, por incapacidade política minha é certo, nunca cheguei a ter uma opinião segura sobre a melhor opção para o país. Falei com muitos amigos e muito poucos eram os que me acompanhavam nas minhas dúvidas, todos tinham ideias claras pró eleições, embora às vezes não me soubessem responder a algumas dúvidas abtusas que eu colocava. Sentia-me algo sozinho e agora, após a decisão de Sampaio, com uma amargura muito grande.
Certezas e dúvidas. Não posso acompanhar a decisão do Presidente pelo tempo que demorou. A não convocação de eleições exigia maior celeridade. Segundo, o discurso no que toca a condicionar o governo na sua composição e gestão é pouco credível porque não operacional.Terceiro, ir para eleições seria desejável, mas na política nem tudo o que é "genuino" dá um bom resultado.
Quarto, não posso aceitar algumas declarações, embora no calor da "reacção à decisão" de certos dirigentes do PS. Algumas raiaram a ofensa ao Presidente. Ser político dirigente requer para que os eleitores os respeitem e acreditem uma boa dose de ponderação, sobretudo na discordância. Para discordar temos argumentos e não palavras de ofensa. É "forte" dizer-se que há "uma maioria, um presidente e um governo".
Como diz o Rui Carreteiro, Jorge Sampaio, apesar desta decisão que desagradou muitos dos que votaram nele e à família das esquerdas (embora me permita pensar que, em muitos casos, o "desagrado" terá sido algo atenuado e em alguns casos alívio), não deixa de fazer parte do património da esquerda e do próprio PS.
Bem está tudo claro. Acho que o Presidente chamou a si uma missão que tem de mostrar que não é só retórica de discurso, embora eu não entenda o conteúdo subjacente: o Sr Presidente quer que a justiça continue na linha do mandato de Celeste Cardona? É isto? Aprova o pacote fiscal? Apoia o não aumento de ordenados mais um ano para a FP? Bem não percebo.
Quanto às esquerdas, há que juntar os cacos, designadamente na área do PS. Mais uma demissão do SG que, do posto de vista pessoal, pode ser um romper com uma situação penosa compreensível, mas politicamente não deixa de ser mais um erro.
Resta pois encontrar "caminhos" no PS, não um SG. Caminhos são ideias mobilizadoras para o País. Preocupa-me a falta de ideias em toda a esquerda, mas no PS como partido charneira, a situação é assustadora e é aí que está "a chave"!.
Comments:
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Sampaio não tem desculpa, porque ao não decidir logo, parecia estar a ir para eleições antecipadas. E nisso foi chato.
Agora estou com o autor pois não sei se o PS tinha condições para ser governo (embora o autor não diga isso, mas deixa subentendido), primeiro porque duvido de resultados clarificadores, segundo não se lhe conhecem ideias para os problemas de hoje.
Por exemplo eu não sou nem nunca serei filiada em partidos, mas sou de esquerda. Se houvesse eleições seria tentada a votar à esquerda do PS, porque acho que essa esquerda é importante até para o PS não virar completamente à direita. Sampaio cedeu aos grandes interesses deste país e quem mais cedeu que os governos PS? Era um exagero, sobretudo porque atendia aos interesses sem estratégia. Era governar ao sabor do vento. Era afinal aí que eu is votar?!
Agora mais um comentário, como pode uma Srª. deputada ser tão pouco elegante, ainda por cima tendo sido da diplomacia? Dizer o que disse do seu camarada agora presidente? Estou indignada e provou que vale pouco. O Carvalhas e o Louçã não foram por aí, discordaram com dignidade. Aprenda porque não vai longe assim e espero que as suas oportunidades tenham acabado. Provou que também nos enganou, aliás, parece que a sua escolha tem afinidades com a de DB.
Agora estou com o autor pois não sei se o PS tinha condições para ser governo (embora o autor não diga isso, mas deixa subentendido), primeiro porque duvido de resultados clarificadores, segundo não se lhe conhecem ideias para os problemas de hoje.
Por exemplo eu não sou nem nunca serei filiada em partidos, mas sou de esquerda. Se houvesse eleições seria tentada a votar à esquerda do PS, porque acho que essa esquerda é importante até para o PS não virar completamente à direita. Sampaio cedeu aos grandes interesses deste país e quem mais cedeu que os governos PS? Era um exagero, sobretudo porque atendia aos interesses sem estratégia. Era governar ao sabor do vento. Era afinal aí que eu is votar?!
Agora mais um comentário, como pode uma Srª. deputada ser tão pouco elegante, ainda por cima tendo sido da diplomacia? Dizer o que disse do seu camarada agora presidente? Estou indignada e provou que vale pouco. O Carvalhas e o Louçã não foram por aí, discordaram com dignidade. Aprenda porque não vai longe assim e espero que as suas oportunidades tenham acabado. Provou que também nos enganou, aliás, parece que a sua escolha tem afinidades com a de DB.
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posted by 
: 11/7/04 16:20
: 11/7/04 16:20
Mais do que atacar o J. Sampaio, chegou a vez de a esquerda mostrar o que tem para oferecer ao País. Mesmo a esquerda em crescendo como o Bloco precisa de alargar o seu campo e para isso precisa de não ter só "4 dirigentes". o PC é um caso perdido mas os seus reformadores também têm de deixar o gelo e sobretudo não pensar como a Plataforma de Esquerda em engrossar o PS. Tenham juizo. O PS precisa de sair do seu estádio de infância em que os miúdos se agridem na disputa dos brinquedos.
Para juntar os cacos, cada esquerda tem de ver como os colar com inovação, uma cola consistente.
Esperemos que não venham aí mais cacos.
Ana Maria Tavares
Para juntar os cacos, cada esquerda tem de ver como os colar com inovação, uma cola consistente.
Esperemos que não venham aí mais cacos.
Ana Maria Tavares
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posted by : 11/7/04 16:33
: 11/7/04 16:33
A esquerda baralhou-se. Com a demissão de Ferro, o PS desviou as atenções dos problemas canalizados para o PSD e CDS/PP. Mais uma vez, os socialistas organizam o circo, a malta atira-se, defende-os, há décadas que lhes dá o voto, e quanto menos espera os tipos tiram a rede e desaparecem.
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posted by : 11/7/04 18:37
: 11/7/04 18:37
Dois comments: Juntemos mesmo os cacos de uma forma positiva, pois vem aí ainda muito mundo. Infelizmente, ainda se está na fase de fazer cacos.
Segundo acredito que em algumas pessoas e em ideias mobilizadoras. Mas nos domínios de que mais informação possuo, acho mesmo que não há ideias e as poucas possíves de respigar não vão no caminho da confiança.
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Segundo acredito que em algumas pessoas e em ideias mobilizadoras. Mas nos domínios de que mais informação possuo, acho mesmo que não há ideias e as poucas possíves de respigar não vão no caminho da confiança.
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