2004-07-29
Que Darfur não seja um novo Ruanda
Darfur
Segundo observadores da União Africana, membros das milicias sudanesas, grupos armados cúmplices do Governo de Cartum , assaltaram a aldeia de Suleia (Darfur)pilharam o mercado, acorrentaram os habitantes e lançaram-lhes fogo (Público 2004-07-29).
Desde que em Fevereiro de 2003 a população negra se rebelou contra as tentativas de expulsão das suas terras e de limpeza étnica levadas a cabo pelas milícias árabes pró-governamentais, as janjawid, já se verificaram no Darfur, 30 a 50 mil mortos e cerca de um milhão de refugiados, na maior crise humanitária desde o genocídio de 1994, no Ruanda, que causou a morte de cerca de um milhão de pessoas.
Um projecto de resolução apresentado pelos EUA ao Conselho de Segurança da ONU faz um ultimatum a Kartum: ou desarmam as milicias ou sofrerão sanções.
As vítimas agradecem. O preço (há-de haver um preço qualquer) será sempre menor que as suas vidas.
Desde que em Fevereiro de 2003 a população negra se rebelou contra as tentativas de expulsão das suas terras e de limpeza étnica levadas a cabo pelas milícias árabes pró-governamentais, as janjawid, já se verificaram no Darfur, 30 a 50 mil mortos e cerca de um milhão de refugiados, na maior crise humanitária desde o genocídio de 1994, no Ruanda, que causou a morte de cerca de um milhão de pessoas.
Um projecto de resolução apresentado pelos EUA ao Conselho de Segurança da ONU faz um ultimatum a Kartum: ou desarmam as milicias ou sofrerão sanções.
As vítimas agradecem. O preço (há-de haver um preço qualquer) será sempre menor que as suas vidas.
Comments:
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Sabemos disso e sentimo-nos algo incomodados. Poder-se-á falar de indignação? Até o meu comentário acerca de um "post" que quebra o silêncio e nos põe a pensar sobre o horror de situações como esta, me sai um tanto artificial...
Ah!, a violação dos Direitos Humanos em Darfur; a "ameaça" de sanções; a atenção branda dos media...
Vem-me à memória um episódio contado por Ramos Horta, do tempo em que tentava organizar um lobby timorense nos EUA. Um senador americano recebeu-o finalmente. Primeira pergunta: vocês têm petróleo por lá?
Os EUA comportaram-se durante muito tempo como se não houvesse.
À parte o sofrimento, a angústia e a morte, o que haverá em Darfur com interesse para o Ocidente civilizado e cristão?
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Sabemos disso e sentimo-nos algo incomodados. Poder-se-á falar de indignação? Até o meu comentário acerca de um "post" que quebra o silêncio e nos põe a pensar sobre o horror de situações como esta, me sai um tanto artificial...
Ah!, a violação dos Direitos Humanos em Darfur; a "ameaça" de sanções; a atenção branda dos media...
Vem-me à memória um episódio contado por Ramos Horta, do tempo em que tentava organizar um lobby timorense nos EUA. Um senador americano recebeu-o finalmente. Primeira pergunta: vocês têm petróleo por lá?
Os EUA comportaram-se durante muito tempo como se não houvesse.
À parte o sofrimento, a angústia e a morte, o que haverá em Darfur com interesse para o Ocidente civilizado e cristão?
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