2004-07-08
Uma clarificação necessária
Na actual crise política, há uma questão importante que ainda não foi devidamente clarificada.
O PSD tem afirmado que, quando Durão Barroso, em 25 de Junho, transmitiu a Jorge Sampaio a sua intenção de aceitar o convite para presidir à Comissão Europeia, o Presidente da República lhe manifestou apoio a essa candidatura em termos que conduziram Durão Barroso à convição de que a sua saída do Governo não provocaria qualquer crise e que um novo Governo seria formado com base na actual maioria da Assembleia da República.
Como se sabe, esta versão da conversa de Durão Barroso com Jorge Sampaio tem sido negada por acessores do Presidente da República.
Por outro lado, sabe-se que no dia 1 de Julho, quatro dias antes de Durão Barroso ter formalmente apresentado ao Presidente da República o seu pedido de demissão como 1º Ministro, já Jorge Sampaio tinha vindo a público dizer que estava perante a maior crise política do seu mandato e que a decisão que iria tomar seria a mais grave que certamente iria tomar durante esse mandato.
Quando, ,no dia 5 de Julho, Durão Barroso apresentou formalmente o seu pedido de demissão ao Presidente da República, o Primeiro Ministro demissionário tornou a firmar que tinha aceite o convite para Presidente da Comissão Europeia por ter ficado convencido que não haveria eleições antecipadas pois, caso contrário,não teria aceite o convite.
Julgo que estas contradições deviam ser devidamente clarificadas. Espero que o Presidente da República o faça quando anunciar ao País a sua decisão para a saída da crise.
O PSD tem afirmado que, quando Durão Barroso, em 25 de Junho, transmitiu a Jorge Sampaio a sua intenção de aceitar o convite para presidir à Comissão Europeia, o Presidente da República lhe manifestou apoio a essa candidatura em termos que conduziram Durão Barroso à convição de que a sua saída do Governo não provocaria qualquer crise e que um novo Governo seria formado com base na actual maioria da Assembleia da República.
Como se sabe, esta versão da conversa de Durão Barroso com Jorge Sampaio tem sido negada por acessores do Presidente da República.
Por outro lado, sabe-se que no dia 1 de Julho, quatro dias antes de Durão Barroso ter formalmente apresentado ao Presidente da República o seu pedido de demissão como 1º Ministro, já Jorge Sampaio tinha vindo a público dizer que estava perante a maior crise política do seu mandato e que a decisão que iria tomar seria a mais grave que certamente iria tomar durante esse mandato.
Quando, ,no dia 5 de Julho, Durão Barroso apresentou formalmente o seu pedido de demissão ao Presidente da República, o Primeiro Ministro demissionário tornou a firmar que tinha aceite o convite para Presidente da Comissão Europeia por ter ficado convencido que não haveria eleições antecipadas pois, caso contrário,não teria aceite o convite.
Julgo que estas contradições deviam ser devidamente clarificadas. Espero que o Presidente da República o faça quando anunciar ao País a sua decisão para a saída da crise.
Comments:
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Pode ser que Freitas do Amaral queira ser candidato a Presidente da República com o apoio da esquerda,mas tal não se pode deduzir do facto de ele ser a favor de eleições antecipadas. Por um lado, nem todos os que têm esta opinião querem ser candidatos; por outro lado, as posições de Freitas do Amaral sobre esta e outras questões são opções suas, pelas quais dá a cara. É verdade que Freitas do Amaral, especialmente depois de ter exercido as funções de Presidente da AG da ONU, tem vindo a assumir, em muitos casos, posições mais identificadas com a esquerda; mas atribuir tais posições a simples calculismo político parece-me arrojado, pois ser-lhe-ía provavelmente mais fácil e natural recorrer a esse calculismo político com posições de direita. Que diabo, todos nós podemos evoluir com sinceridade para melhor!
Acha que Freitas do Amaral é o candidato ideal da esquerda a Belém (pelos tempos que correm... enfim - O Nuno Rogeiro também evoluiu) do que, por exemplo, o engenheiro António Guterres ou dr. António Vitorino? Adorei e aplaudo a decisão do Presidente da República. Responsabilizar o PPD/PSD de Santana e mantê-lo de rédea curta. Pelo menos "limpou" o PS. As declarações de Ana Gomes, histérica no melhor estilo MRPP, são suficientes para perceber o saco de gatos aberto preparado para "engolir" o Rato.
A demissão de Ferro é a prova provada de que o eleitorado socialista precisa é de um SOCRATES a líder que renove o partido e parta para a luta.
Não concorda?
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A demissão de Ferro é a prova provada de que o eleitorado socialista precisa é de um SOCRATES a líder que renove o partido e parta para a luta.
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: 10/7/04 22:51
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