2004-07-09
Valerá a pena discutir a conjuntura económica?
Não vale, a não ser que as pessoas estejam predispostas para pensar "no óbvio". E o "obvio" é: não desfraldar bandeiras e pensar já tocamos no fundo e o que fazer para começar a subir a rampa de forma sustentável.
Acho que esta observação se pode/deve colocar em outros domínios.
Voltando à economia e "ao óbvio", apenas umas notas algo "exóticas" e desprendidas de cargos em que o "politicamente correcto" é a bitola.
O Banco de Portugal divulgou ontem uma informação com uma análise prudente e ambígua, com muitas reticências(riscos e incertezas em linguagem técnica) que é preciso também ter em conta nas nossas leituras.
Os dados disponíveis apontam para o seguinte: em 2004 estima-se que o PIB nacional cresça ligeiramente acima das previsões de Dezembro de 2003(1.25% contra 0.75%, pontos médios dos intervalos). Esta ligeira melhoria enquadrada na UE significa que Portugal continua a evoluir abaixo da média da UE, ou seja, mantém a divergência desde 2002. Refira-se que Portugal está na 15ª posição na UE15. Mais grave ainda esta perspectiva prolongar-se-á em 2005.
Coloquemos agora a seguinte questão: Porque razão a economia portuguesa não consegue reagir, pelo menos, numa posição ajustada à média?
Resposta. Não somos competitivos. Só que temos de definir o que é isso da competitividade.
Ser competitivo é tão simples como isto, ou produzimos bens e serviços com aceitação nos mercados (nacioanl e internacional) ou não produzimos. A realidade é esta segunda situação: estamos cada vez mais em dificuldade para que os nossos bens e serviços sejam reconhecidos nos respectivos mercados.
Esta a questão de fundo. Os problemas da economia portuguesa não se reduzem a uma questão de défice das contas públicas, estão muito para além: há um problema de mercado, com tudo o que isso implica, por parte do Estado e das empresas.
Esta a questão do "busilis" e não vemos onde está a estratégia credível de inversão desta questão económica de fundo, tarda a aparecer, até porque ela exige considerar múltiplas áreas e, designadamente, a area do social, do humano, porque não é viavel uma estratégia de relançamento do país sem uma larga adesão.
Acho que esta observação se pode/deve colocar em outros domínios.
Voltando à economia e "ao óbvio", apenas umas notas algo "exóticas" e desprendidas de cargos em que o "politicamente correcto" é a bitola.
O Banco de Portugal divulgou ontem uma informação com uma análise prudente e ambígua, com muitas reticências(riscos e incertezas em linguagem técnica) que é preciso também ter em conta nas nossas leituras.
Os dados disponíveis apontam para o seguinte: em 2004 estima-se que o PIB nacional cresça ligeiramente acima das previsões de Dezembro de 2003(1.25% contra 0.75%, pontos médios dos intervalos). Esta ligeira melhoria enquadrada na UE significa que Portugal continua a evoluir abaixo da média da UE, ou seja, mantém a divergência desde 2002. Refira-se que Portugal está na 15ª posição na UE15. Mais grave ainda esta perspectiva prolongar-se-á em 2005.
Coloquemos agora a seguinte questão: Porque razão a economia portuguesa não consegue reagir, pelo menos, numa posição ajustada à média?
Resposta. Não somos competitivos. Só que temos de definir o que é isso da competitividade.
Ser competitivo é tão simples como isto, ou produzimos bens e serviços com aceitação nos mercados (nacioanl e internacional) ou não produzimos. A realidade é esta segunda situação: estamos cada vez mais em dificuldade para que os nossos bens e serviços sejam reconhecidos nos respectivos mercados.
Esta a questão de fundo. Os problemas da economia portuguesa não se reduzem a uma questão de défice das contas públicas, estão muito para além: há um problema de mercado, com tudo o que isso implica, por parte do Estado e das empresas.
Esta a questão do "busilis" e não vemos onde está a estratégia credível de inversão desta questão económica de fundo, tarda a aparecer, até porque ela exige considerar múltiplas áreas e, designadamente, a area do social, do humano, porque não é viavel uma estratégia de relançamento do país sem uma larga adesão.
Comments:
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Se bem sei ler os dados disponíveis sobre a situação presente da economia portuguesa, ainda não nos afogamos: Mas não falta muito. Talvez vamos crescer, mas por mais uns anos abaixo da UE. Afinal convidaram-nos a todos para estar na UE para viver melhor. Afinal a quem pedir a conta por esta mentira? Acho que tanto o PS como o PSD, partidos europeistas convictos, têm de ser aqui os reús. foram essencialmente eles que nos mentiram.
Este país não tem concerto. Precisamos de gente diferente no poder. De gente que não fuja. Afinal cada um foge à sua maneira. O dr. Barroso invoca uma causa nobre, mas se estivesse cá em bons lençóis, a causa nobre lá se ia. Era melhor ser franco. Estamos fartos de que nos lancem poeira.
Meus amigos boicotemos o poder. Não vale a pena dar o nosso voto a ninguém.
Meus amigos boicotemos o poder. Não vale a pena dar o nosso voto a ninguém.
Perpassa pelo texto alguma desilusão.De facto, neste país fala-se muito e faz-se pouco e sobretudo reina o desenrascanso e pouco de planeamento. Também me interrogo. Não seremos mesmo capazes de dar a volta?
Absolutamente de acordo. Não se trata apenas de contas públicas. "Há mais vida para além do Orçamento". À guisa de continuação da conversa, sugiro que nos atiremos a algumas variáveis socioeconómicas (com decisivo peso social e humano) a que este Governo não respodeu e o futuro governo (pelo visto...) terá dificuldade em dar resposta. A saber: desemprego, formação e qualificação dos recursos humanos, educação ou, por outras palavras, como resolver problemas valorizando e levando à participação das pessoas...
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