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2004-08-31

 

Partido Socialista, por extenso (1)





1. Aí estão, agora, os candidatos e as suas moções. A discussão pode elevar-se das declarações de circunstância, cujo peso, no entanto, continua a ser importante - veja-se o que é dito pelos candidatos acerca da regionalização ou do aborto - , para as análises circunstanciadas e para as propostas ou para a... ausência delas. Queixam-se aqui ao lado, no Professorices (post intitulado «As moções do PS»), que as moções não adiantam quase nada sobre o ensino superior. Se é verdade que, pelo menos, um dos concorrentes não é candidato a 1º Ministro, também se calcula que nenhum deles o seja a Ministro da Ciência e do Ensino Superior. Poderiam ter dito algo mais? Decerto. Mas, bem vêem, nem mesmo as moções substituem os equilíbrios da governação.

2. O Mário Lino chamava a atenção, aqui no PUXA-PALAVRA, (post intitulado «As eleições no PS (4)»), para o facto de José Sócrates não ter sido beneficiado pelo tratamento mediático no caso que aponta. Não verifiquei, mas nem preciso. Basta-me a palavra dele. Esclareço que quando chamo a atenção para um ou outro caso, quero significar o que ainda se faz nos «nossos media», de vez em quando. Estou longe de pretender enunciar qualquer lei. Mesmo quando qualquer um dos candidatos é beneficiado, a manipulação implícita não lhe pode obviamente ser imputada. Nesse plano, José Sócrates «beneficia», sem igualmente disso poder ser responsabilizado, de apoios bem mais embaraçosos. Seria, porventura, prático demarcar-se de todos eles?

3. Por cima e por baixo de tudo o que as moções dos candidatos parecem ter em comum, a crítica que esboçam sobre o capitalismo e o nosso sistema político, acusa diferenças interessantes. Haverá tempo e vontade para discuti-las? Escolho este ângulo porque não há propriamente abismos programáticos entre o PS «por extenso» e o PPD/PSD sozinho ou, na sua versão hodierna, aliado ao CDS-PP de Paulo Portas. Se não for a crítica do capitalismo a separá-los, que mais poderá vir a separá-los? A «sensibilidade para o social»? Os ritmos de privatização? As prioridades? A história?

Comments:
Manuel Correia deve pensar que está nalguma universidade. A crítica do capitalismo por alma de quem? Não sabemos todos já que o capitalismo é o que há?

C. Soares
 
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Caro C. Soares,

respondi-lhe num post que publiquei a seguir. Agradeço-lhe o comentário. Cada um faz o que pode.

Cordialmente
 
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