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2004-08-06

 

Quando o que tem que ser tem muita força (2)


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1. Lista de questões levantadas por mim:
- Prós e contras dos candidatos (estilos, tiques, impulsos, ideologia e experiência)
- Política de alianças (tb inclui coligações mas vai mais longe)
- Maioria Absoluta como obsessão (para evitar compromissos noutros cenários?)
- A concentração dos cargos de SG e PM
- A questão do "susto" da direita

2. Questões debatidas
- Coligações (um aspecto apenas das alianças)
- Maioria Absoluta (apenas como meta preferencial)

3. Para o PS crescer como partido de esquerda, tem de se libertar das malfeitorias históricas. Porque já se aliou várias vezes à direita, os candidatos a SG deveriam pronunciar-se sobre isso sem ambiguidades.
Bastaria um compromisso simples do tipo: não trairemos no parlamento e no governo o apoio do eleitorado de esquerda às nossas propostas.
A predisposição para acordos com diferentes forças de esquerda inclui a agenda legislativa e, pelo menos, em tempo de "cura de oposição", outras causas e movimentos sociais e culturais.
O direito a um ambiente limpo e a salvaguarda da biodiversidade deve ser mais do que uma rosa na lapela do programa.

4. A acumulação dos cargos de SG e PM deveria ser melhor discutida. A tradição parece-me má. Sobrecarrega o sistema político do lado do executivo; tende a menorizar e subverter a dinâmica parlamentar, pois os deputados do partido maioritário evitam o confronto com o PM que é simultaneamente seu SG. A ênfase posta na necessidade de uma maioria absoluta revela falta de disponibilidade para, na passada, contribuir para o aperfeiçoamento do sistema político, superando esta finta institucional à separação de poderes.
O défice democrático, de informação, participação e transparência, ainda não foi debelado. Deveria ser discutido a par e passo.

5. Ah!... e a solução do "Queijo Limiano" - que Paulo Portas nunca soube explicar muito bem... - confirma como o "melhor" PS pode deslizar para a direita e, já agora, não sendo uma fatalidade, também não deveria ser brandida por alguns como uma ameaça.

6. Finalmente, para não perdermos totalmente o bom humor: É mesmo verdade que o José Sócrates está a "assustar" a direita?


Comments:
Ena pá, estou a gostar disto. É assim mesmo, palavra puxa palavra. Ainda por cima, num papo em que me sinto próximo do Manuel Correia (que não conheço ou julgo que não conheço) e afastado do Mário Lino (a quem devo a boa memória fraterna dos tempos em que ambos tivemos de aturar o Carlos Costa a construir uma "economia revolucionária"). Lá no meu blogue tentarei (já meti uma acha) dar umas achegas de que vocês não precisam nada e ainda falta entrar o Raimundo na dança. Mas, desde já, obrigado aos dois pela animação. Mas sempre deixo aqui outra acha: a posição do ML não é, só por si, um "discurso de poder", isto é, partindo de uma posição de superioridade nos apoios e no poder interno do PS? Porque não deixou isso para o fim e partiu, logo, de uma posição de discutir posições? Abraços aos dois. João Tunes / http://botaacima.blogs.sapo.pt
 
Hoje consegui entrar, não sei é se consigo escrever sem cair a rede. Mas se conseguir quero dar um abraço aos dois bloguistas MLino e MCorreia que estão a animar o debate sobre as eleições para SG no PS. Deve se dos poucos blogs em que os seus elementos entram em polémica uns com os outros. Acho muito saudável e uma boa prática.

Quanto ao dabate, só quero entrar nele aquando do meu regresso pois pouco sei sobre o que se está aí a passar.

Bom debate e mais gente ao barulho

João Abel
 
Espero que estejam a tomar força para a discussão. Por enquanto só vi levantar questões que são relativamente marginais. Penso que os portugueses estão pouco preocupados com os tiques dos candidatos, com a política de alianças, etc. As pessoas estão interessadas em saber como podem ganhar mais pois a vida está difícil para a grande maioria: As benesses deste governo vão para o grande capital. Mas duvidam do PS para inverter a situação. Atacar a perda de poder de compra, o desemprego, a saúde, etc. de forma que a população veja que é numa perspectiva que a beneficia, é ser de esquerda. É nas propostas e na actuação que as pessoas se distinguem, ser mais de esquerda ou mais de direita em abstacto é um pouco bacoco. Que os candidatos ponham cáfora o que pensam para se discutir. De qualquer modo, os mentores do blog prestariam um bom serviço se avançarem com o debate de questões concretas.
 
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Peço ao anónimo anterior que assine os seus comentários (pode ser com um nome qualquer, mesmo inventado) de modo a podermos referi-lo nas nossas conversas. Foi bom, de qualquer modo, vir ajudar-nos com a sua contribuição.
Repare que, em campanhas eleitorais, - mesmo nestas para SG do PS - os candidatos podem ser levados a fazer algumas promessas difíceis de cumprir...
Como sou dos que entendo que o SG do PS pode vir a não ser Primeiro Ministro, eu, pela minha parte, estou mais interessado em saber que rumo tencionam os candidatos tomar e com quem se aliarão no Parlamento, nas movimentações sociais, etc. Estou também interessado nas políticas sectoriais, mas depois.
Se leu o artigo de José Sócrates sobre o "Plano Tecnológico", compreenderá com certeza a minha posição.
Com o devido respeito, julgo que nesta fase é mais fácil fazer promessas do que firmar compromissos.
 
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