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2004-09-06

 

Corrigir o Abuso do Poder Americano

Escolhi o subtítulo do último livro de George Soros "A BOLHA DA SUPREMACIA AMERICANA: Corrigir o Abuso do Poder Americano", porque, em minha opinião, ele transmite melhor o conteúdo.

Mas não é de admirar que um homem de sucesso no mundo financeiro, como Soros, tenha ido buscar a palavra A BOLHA porque lhe diz muito do seu mundo, o mundo da especulação financeira.

Li o livro, gostei, lê-se depressa, apreende-se com facilidade e não é extenso. O assunto do livro é o fenómeno BUSH, no que tem de mais pernicioso, a guerra preventiva. Poderia constituir uma peça importante da campanha do partido democrata, mas parece-me que o candidato não tem carisma/nem garra para "agarrar" a temática em toda a sua dimensão mundial.

Mas para melhor, ouçamos o que nos diz Joseph Stiglitz, prémio nobel da economia, sobre esta obra: "Um livro corajoso e polémico de um homem que pretende, apaixonadamente, defender os valores americanos contra a ameaça da arrogância imprudente personificada pela administração Bush"
Comments:
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Viva João Abel.
Obrigado pela recensão de mais um livro. Não sei se virei a lê-lo ou não. No entanto gostava de colocar-te uma questão. A pronunciada deslocação das políticas e posturas de Bush para a extrema direita não nos fazem correr o risco de olhar com maior benevolência as receitas «apenas» neo-liberais?
Citas, do Stiglitz, um trecho em que ele fala em «defesa dos valores americanos».
Está a referir-se a que valores?
Se não te der muito trabalho, conta-nos.
 
Viva.Uma chamada de atenção para uma obra que desconhecia já estar publicada e já agora recomendo a anterior "Globalização" editada entre nós por temas e debates. Vale a pena.
D. Pontes
 
Li os dois livros referidos de Soros. Acho-os interessantes e com ideias distanciadas do capitalismo "stricto sensu". Um pouco mais "encaixados" com Karl Popper". Daí o epíteto de neoliberal ser totalmente desadequado quer a Soros, quer a Joseph Stiglitz. Mas o que não são, de facto, são defensores do planeamento central.
Franco Silva
 
A troca de ideias requer parâmetros comuns mínimos para sobre o mesmo "aparente tema" se falar do mesmo. Não me parece ser o caso, pois não entendo a dúvida de Manuel Correia sobre "o neo-liberalismo" (não se percebe qual o seu conceito subjacente). Acha que nos EUA, no Estado enquanto tal, não há correntes de pensamento de progresso e de esquerda? Ou ainda pensa que tudo o que é EUA é rejeitavel por definição? Os EUA nasceram de uma boa causa ou não? Nos EUA também se produziu do melhor pensamento marxista, mais sólido mesmo que nos países do chamado "socialismo" que nunca o foi.
Ana Esteves
 
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Pior que falar e não ser entendido é o malentendido baseado no que não foi dito. Fiz uma pergunta:

«A pronunciada deslocação das políticas e posturas de Bush para a extrema direita não nos fazem correr o risco de olhar com maior benevolência as receitas «apenas» neo-liberais?»

Esta pergunta não era evidentemente sobre o livro.

Depois, sublinhando que ainda não li o livro, fiz outra:

«[Stiglitz] Está a referir-se a que valores?»

O epíteto de «neo-liberal» não vai assim para nenhum dos autores.

São duas perguntas. Podemos querer, ou não, dar-lhes respostas mas, se decidirem responder a outras perguntas, façam o favor de não mas atribuir.

Estou a pensar num post sobre um aspecto importante da actual situação económica nos EUA. Será sobre salários, poder de compra, desemprego e produtividade. Será breve mas... preocupante.
 
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