2004-10-13
Cluster Automóvel em Risco?
Por atraso de decisão do governo português, o cluster automóvel está em risco.
Não sou eu, mas o Secretário Regional para a Indústria e Inovação da Junta da Galiza quem de viva voz o diz.
Os factos. Em 2002, o CEIIA - Centro para a Excelência e Inovação da Indústria Automóvel decidiu avançar com projectos estratégicos para impulsionar e consolidar o sector automóvel em Portugal. O projecto P3 da Pininfarina associado à criação do Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto (CEDP) sedeado no Porto constituiam as pedras basilares.
Os contactos com a Galiza intensificaram-se e o CTAG - Centro Tecnológico do Automóvel da Galiza (CTAG) decidiu associar-se com o CEIIA num projecto conjunto a apresentar ao progarama comunitário Interreg.
Acontece que os atrasos na concretização deste projecto pelo lado português são de tal ordem que estão a pôr em causa a concretização do projecto, em especial a criação do CEDP.
Ora, as regras comunitárias impõem o fim deste ano como prazo limite para a justificação de despesas do investimento, diz o Secretário Regional Galego que se mostra apreensivo com o não cumprimento. Caso isso aconteça, a Galiza também não pode beneficiar dos apoios dado o projecto ser conjunto. Resta dizer que em alguns empresários portugueses a apreensão e o desespero são também uma realidade.
As perdas. O sector português do automóvel perde talvez a sua última oportunidade de se tornar uma indústria robusta, de estender a sua cadeia de valor nomeadamente para montante do que existe, pois este projecto incide sobretudo na relação com os desenhadores. Mas não só. Outras oportunidades como o fecho de portas a novos investimentos e a novos clientes e ainda uma perda em termos de alta qualificação do trabalho, para além de prejudicar a articulação com Galiza, uma região avançada na área automóvel.
Não sou eu, mas o Secretário Regional para a Indústria e Inovação da Junta da Galiza quem de viva voz o diz.
Os factos. Em 2002, o CEIIA - Centro para a Excelência e Inovação da Indústria Automóvel decidiu avançar com projectos estratégicos para impulsionar e consolidar o sector automóvel em Portugal. O projecto P3 da Pininfarina associado à criação do Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto (CEDP) sedeado no Porto constituiam as pedras basilares.
Os contactos com a Galiza intensificaram-se e o CTAG - Centro Tecnológico do Automóvel da Galiza (CTAG) decidiu associar-se com o CEIIA num projecto conjunto a apresentar ao progarama comunitário Interreg.
Acontece que os atrasos na concretização deste projecto pelo lado português são de tal ordem que estão a pôr em causa a concretização do projecto, em especial a criação do CEDP.
Ora, as regras comunitárias impõem o fim deste ano como prazo limite para a justificação de despesas do investimento, diz o Secretário Regional Galego que se mostra apreensivo com o não cumprimento. Caso isso aconteça, a Galiza também não pode beneficiar dos apoios dado o projecto ser conjunto. Resta dizer que em alguns empresários portugueses a apreensão e o desespero são também uma realidade.
As perdas. O sector português do automóvel perde talvez a sua última oportunidade de se tornar uma indústria robusta, de estender a sua cadeia de valor nomeadamente para montante do que existe, pois este projecto incide sobretudo na relação com os desenhadores. Mas não só. Outras oportunidades como o fecho de portas a novos investimentos e a novos clientes e ainda uma perda em termos de alta qualificação do trabalho, para além de prejudicar a articulação com Galiza, uma região avançada na área automóvel.
Comments:
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Então para que serve o Cadilhe a sua API? E a carrada de administradores bem pagos às suas ordens? A culpa afinal é do Cadilhe, do Bagão ou do Santana Lopes? A culpa morrerá, coitada, como de costume... sem casar?
Pode ser mais uma das muitas oportunidades perdidas. O que não se compreende é que um ministro como Álvaro Barreto, um homem tão traquejado, não impulsione este projecto estruturante. Sobre o Cadilhe é um dos culpados, se este projecto falhar.
C. Pedro
C. Pedro
É grave, muito grave mesmo, se se perde este projecto, por incúria dos governos PSD/CDS, quando o país está em desindustrialização e em perda competitiva externa, sendo este projecto estruturante, exactamente no sentido de se ganhar alguma competitividade. Para que serve gastar milhões de euros, muitos milhões com o projecto da MONITOR (falou-se de cinco milhões)com estudos sobre a produtividade como fez Carlos Tavares se depois não se actua, não se decide, se ficam na gaveta? É impunidade a mais.
D.Pontes
D.Pontes
Apesar do muito dinheiro que Carlos Tavares esbanjou em estudos dados às multinacionais, quando com muito menos poderia apoiar o know-how nacional da consultoria, ninguém lhe agradeceu, à excepção das Multinacionais, tendo ficado na história como um dos piores ministros de Barroso e da economia deste país.
meus caros,
O projecto em causa é mais um, apenas, entre muitos, projectos predadores de investidores estrangeiros em Portugal, à cata de dinheiro fácil e barato: os milhões da CEE.
E, enquanto existir gente no poder para quem o que interessa são "números", foguetes e inaugurações, estamos conversados.
A seguir, com interesse.
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O projecto em causa é mais um, apenas, entre muitos, projectos predadores de investidores estrangeiros em Portugal, à cata de dinheiro fácil e barato: os milhões da CEE.
E, enquanto existir gente no poder para quem o que interessa são "números", foguetes e inaugurações, estamos conversados.
A seguir, com interesse.
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