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2004-10-25

 

GUERNICA em BAGDAD

Iraque, Sábado 23 de Outubro de 2004:

Mandali: 49 recrutas do novo exército iraquiano chacinados.
Baghdadi: 19 polícias mortos e 47 feridos.
Quartel-general do exército americano em Camp Victory: diplomata Ed SEitz do Departamento de Estado morto com um morteiro quando dormia
.



Picasso, Guernica


Iyad Allawi, o 1º ministro escolhido pelo Pentágono, não parece estar a conseguir levar a termo o que a Administração americana esperaria dele. Ninguém esperaria, excepto o Império, que nunca percebe porque não é amado nos seus actos imperialistas, que tenha o aplauso da população mas que ao menos tivesse a aceitação mínima que permitisse impor alguma ordem no país, na economia, na administração, pôr fim ao caos e ao terror generalizado.
O personagem parece ser do género truculento, é pelo menos opinião de George Soros e não está, a ter sucesso na difícil tarefa de serzir a manta de retalhos que é o Iraque "libertado". O Iraque sunita, o Iraque chiita, o Iraque curdo, o Iraque das tribos, o Iraque democrata, o Iraque laico, o Iraqui da Al-Qaeda e dos mil grupos terroristas.
A vitória de Bush será fonte de grandes perigos para o mundo. E para a democracia e a liberdade na América. A aliança de grandes interesses, da indústria do petróleo e dos armamentos com as seitas religiosas fundamentalistas deu o resultado explosivo que está à vista e que tomará maiores proporções se estas forças conseguirem eleger W. Bush.

No Iraque parece que ninguém quer umas forças armadas e uma polícia criada pelo exército americano cujo principal objectivo é o de garantir a tutela do Iraque pelos EUA, por umas décadas, enquanto houver petróleo. Mas a situação não está fácil e o que certos papagaios nacionais, sustentados a milho painço por Washington, julgaram ser um 25 de Abril parece-se mais com uma infindável Guernica em Badgad


Comments:
"Enquanto há vida há esperança", mas a probabilidade da vitória de BUSH é bastante elevada por duas razões: pelo ambiente no povo americano que, como muitos analistas reconhecem, vê em Bush, embora contra natura, um melhor presidente para fazer frente ao terrorismo; segundo, pela distorção do sistema eleitoral. Pode um candidato com mais votos não passar no colégio eleitoral. Foi, aliás, o que aconteceu com Al Gore, nas últimas eleições. Isto porquê? Porque quem tiver a maioria num Estado tem direito a todos os votos dos representantes desse Estado no colégio eleitoral. Aqui não funciona o esquema proporcional.E Kerry corre o risco de mais votado e não passar no colégio eleitoral.
Ana Tavares
 
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