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2004-10-28

 

A "independência" das TV privadas

Ou é Marcelo ou é Paes do Amaral. Que mente. Mas este, instado pelo microfone que três vezes avançou e três vezes recuou, com a pergunta se Marcelo mentira, Paes do Amaral gaguejou e chutou para o lado.

A directora do Independente, Inês Serra Lopes, também foi "explicar" o que se passou à RTP 2 (ou terá sido à SIC Notícias?). Tudo espremido desculpabilizou de uma assentada o Governo e Paes do Amaral. As causas desta embrulhada - explicou - não vem de pressões do Governo nem do patrão da Media Capital mas do facto da RTL ter entrado no capital social desta e esta ter um figurino apolítico. Por isso e mais não sei quê o seu antigo patrão Paes do Amaral, vai correr com José Eduardo Moniz que seria um protegido de Marcelo!
Mas não aconteceu ter vindo um tal ministro Rui Gomes da Silva estrondear contra a falta de "contraditório" e contra "o ódio ao 1ºM" vertido por um tal energúmeno chamada Marcelo acampado na TVI? Terei ouvido mal?

Um efeito colateral do caso Marcelo é o de expor à exacção da plebe a crença na excelência de tudo o que é media privado.
Interrogo-me se os apóstolos da privança a todo o custo da comunicação social não seriam mais timoratos se em vez de os media privados irem sempre cair, como se sabe, na mão dos grandes grupos económicos fossem, por exemplo, cair sempre no regaço de sindicatos ou de grupos de cidadãos sem qualquer expectativa de reformas à la CGD.
Enfim dúvidas...

Comments:
A questão não está no privanço. Prefiro um privanço que os media do povo (pq nacionalizados) ao serviço deste ou de outro governo, aqui e além mar..no mundo. Só que o privanço ou o estatal deve ter várias coisas: um serviço público bem definido que tanto deve funcionar no privado como no público com um orçamento claro para esse serviço; uma entidade reguladora (poderes fortes, mandato não coincidente com o do governo), não designada pelo governo, mas pela AR e cujos membros sejam escolhidos de entre personalidades com curriculum de cidadania, de conhecimento do sector e provas dadas de independência política.
António Pedro
 
Acho que estamos a entrar em áreas muito sérias. Esta da "independência dos media" é uma delas. Na sequência do comment anterior e acho que ele levanta uma questão séria que destoa da posição de RN. Nem tudo o que é privado é mau e muito menos o que é nacionalizado é bom. Esta última está demonstrada à saciedade aqui e por todo o lado. Bem, então quer dizer que estou a aprovar o postura deste governo? Acho que temos o pior governo de sempre em certos aspectos nem Salazar foi tão longe. Só que não podemos defender o que já está provado: as nacionalizações nã levam a uma maior criação de oportunidades para as pessoas, nem a uma maior "independência" pode qdo somos poder levar á nossa "independência". Mas como cidadão atento não é isso que quero. quero pluralidade. E aqui está o busilis. O Estado é mau, é manipulador, sobretudo qdo sai das suas funções. Daí que concorde mais com a posição do comment anterior. O Estado que regule e bem e se tiver "media terá de se sujeitar às regras. Daí que uma entidade reguladora forte não pode depender do governo, nem ter pessoas de confiança do governo.
 
As direcções dos media deveriam ser compostas por gente "independente"- um figurino. Outro figurino, os media terem inclinação política. Nenhum me repugna nenhuma, embora goste mais da primeira, mas prezo mais a clarificação. Não ter gato por lebre, como agora sucede com o DN, em que em disputa estão duas facções do PSD, com Bettencourt Resendes ao violino. Tanto equilíbrio que a corda se partiu e as dúvidas do disfarce convertem-se em certezas. E aí temos a dupla Bettencourt/Delgado com um comportamento mto condenável face a ex-colegas.
A completar o leque só resta perguntar onde está o homem do Conselho Deontológico do Sindicato?
António Pedro
 
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