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2004-10-09

 

MRS versus PSL  (Previsão do 1º round)



Ao agendar para a próxima segunda-feira uma comunicação ao País, P. Santana Lopes (PSL) quer ver se consegue precipitar uma jogada de Marcelo Rebelo de Sousa (MRS). PSL tem dois trunfos importantes que poderá jogar se MRS não sair da toca do mutismo. Pode deixar rolar a cabeça do «desastrado» Gomes da Silva, puxando-lhe o tapete; e pode jurar, a pés juntos, que, para além das «pressões» públicas que ele (PSL) considera legítimas, nada mais houve.

Está claro que houve pressões, de vários tipos - o que, longe de ser novo, é corrente e geralmente admitido como parte integrante do métier - mas, na maior parte dos casos, não podem ser provadas. São das tais artes «tão peritas/que não podem sequer ser bem descritas», como dizia a Sofia de Mello Breyner. MRS virá, então, logo que considere ter o seu silêncio feito as devastações desejadas, (de preferência umas horas antes da comunicação de PSL), dizer que tomou aquela atitude porque achou graves as pressões públicas e privadas do Governo, apesar de não poder dar todas por provadas. Não se tratou de nada de específico entre a Media-Capital e ele (há laços de «amizade» e de «parentesco» que o ligam a Paes do Amaral), porém aquilo que se viu e se soube, foi de molde a impôr-lhe um procedimento de excepção. Apontará o ambiente criado pelo Governo como indício ameaçador da «Liberdade de Expressão», mais do que nomes e factos concretos.

O Paladino das liberdades prosseguirá, comentando e preparando-se para a próxima refrega.

O Governo terá de pagar (e bem) uma factura pesada.

Entretanto, a «oposição» mais radical continuará (compreensivelmente) a vir de «dentro» do PSD.

O primeiro «round», ao soar do gongue, terá muitas gentes à volta, insatisfeitas com os «esclarecimentos» dos contendores e, a varrê-lo olimpicamente com um olhar ameaçador mas institucionalmente contido, Jorge Sampaio.

Aqui, no PUXA-PALAVRA, continuaremos, comovidamente, a achar que quem se põe a pau com o angélico MRS está apenas possuído por um ódio cego e abstruso contra a direita e os seus protagonistas. Donde, entre uma visão sectária (contra a direita) e um gesto solidário com todas as vítimas da censura à liberdade de expressão, eu vou pela adivinhação, oooops, perdão, - pelo método dos cenários...


Comments:
Temas para o discurso de amanhã:
1) História do coitadinho;
2) Birrazinha
3) Ameaça velada(qb) de desapego ao poder;
4) Abertura dos saldos e do bacalhau a pataco;
 
Estejam atentos! Amanhã, dia 12, Pedro Santana Lopes, na qualidade de 1º ministro, `vem â Madeira inaugurar ao lado de Jardim o depósito de combustíveis do Caniçal na Zona Franca. Ou seja, enquanto nos Açores, Santana viajou como lider do PSD, na Madeira, em plena campanha eleitoral, alinha na loucura de Jardim que mistura apelo ao voto e apelo ao cimento.
Grande país este. Está na altura de voltarmos todos a emigrar.
 
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