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2004-11-27

 

O Irmão da Ministra da Educação

A não perder, no último Expresso (não há link) a entrevista ao irmão da Ministra da Educação, o padre João Seabra, dirigente de Comunhão e Libertação (CL), organização da Igreja a que pertencem católicos como Buttiglione, o ministro de Berlusconi que o Parlamento Europeu não deixou ser comissário de Durão Barroso.
O que é a organização? Pergunta o Expresso.
"É um encontro de gente com Cristo" - responde o padre Seabra.
"Como se seleccionam os membros?"
"Todos podem pedir para aderir. Depois são avaliados por mim sobre a seriedade do seu empenho. É muito simples, a secretária faz-me as folhas e eu digo: "Este sim, este sim. Este não..."

Para a CL que se tem distinguido como uma aguerrida ponta de lança na luta contra a despenalização do aborto, a educação sexual nas escolas, o divórsio e outras depravações culturais trazidas pelo 25 de Abril, a grande vocação é o ensino. O CL tem em Lisboa o Colégio de São Tomás para o pré-escolar e 1º ciclo.
Monsenhor Luigi Giussani que fundou há 50 anos em Roma a Comunhão e Libertação diz nos seus escritos:
"o tema principal para nós é a educação" ... para "através deles [os jovens] se reconstruir a sociedade". "Nós queremos libertar os jovens da escravidão mental, da homologação que os torna mentalmente escravos dos outros".
O Expresso interroga o padre Seabra:
Assume-se contra uma educação neutra?
"...Mas o laicismo da escola pública - diz João Seabra - é simplesmente a imposição às famílias com menos meios de fortuna da ideologia que lhes sair na roleta dos professores. É um atentado à liberdade de educação dos pais."
E defende "escolas com identidade mesmo públicas. Não vejo problema em que um grupo de professores da escola pública se junte e ensine de acordo com a orientação política do Bloco de Esquerda... Agora esta coisa de os filhos dos pobres serem servos da gleba porque vão para a escola do seu território!...isto só acontecia na Idade Média! Quando se vendia um campo vendia-se com os camponeses dentro. Hoje as crianças - continua o padre Seabra - pertencem a uma escola como servos da gleba. Os professores tem posse das crianças"
Para minorar estes horrores da escola pública plural e não confessional o CL tem movimentos de crianças e jovens nas escolas. Na Escola Rainha D. Amélia em Lisboa - segundo o Expresso, num artigo "Os novos católicos portugueses" que complementa a entrevista - o professor da Religião e Moral, militante do CL, no afâ de limpar as almas daquelas crianças, chega a desviar os alunos das aulas para as iniciativas do Movimento "o que está a criar "alguma incomodidade" segundo Pedro Meireles da Associação de Pais".
"Quando nos metemos em causas é para ganhar" - diz o padre João Seabra.
A jactância e a ausência em toda a entrevista de sequer uma pontinha de humildade fez-me lembrar os bispos da Igreja Evangélica e messiânica norte-americana de que são devotos Bush e Condolleza Rice, onde o Deus do amor e da compaixão cedeu o lugar ao Deus justiceiro e vingador. A concepção de base sobre a educação não estará próxima da que preside ao ensino nas madrahs dos Talibãs do Paquistão e do Afeganistão?
Como Ministra da Educação já temos a irmã. Ainda lhe poderá vir a suceder o irmão?

Comments:
a verdade e que eu andei no rainha d.amelia, faço parte do CL e nunca fui incentivada a faltar ás aulas, pelo contrario! a verdade é que o CL torna Cristo presente na nossa vida e nos faz compreender qual a nossa funçao. quando estamos no liceu a nossa funçao é claramente estudar, e é isso que nos diz o CL. "a companhia diz-te: olha!"
Infelizmente nao me parece que o Pd. Joao venha a ser ministro da educação. para gd mal. qnt humildade (palavra que nem deve saber a designaçao), parece-me que quem escreve um blog pretencioso como este não tem muito que falar...mas...
 
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