2004-11-30
O que fazer a este País?
Apenas Sampaio poderá decidir o que fazer. E é bom que serenamente reflicta se hoje ainda persistem as condições da sua decisão de há 4 meses que levaram a nomear este governo. E se as conclusões forem outras actuar sem precipitação mas também sem se tornar cúmplice ou sem se mover numa teia de cogestão.
Os sinais são de que as coisas estão a deslizar....Na grande área política de apoio ao governo, no PSD, pelo que tem vindo a lume, a situação começa a ser crítica, mesmo fracturante. O próprio congresso deu mostras com a rejeição da coligação pre-eleitoral. Mas não se fica por aí. Altos quadros começam a pensar em deixar o partido e designadamente Cavaco Silva fez uma demarcação sem "baias".
Na área empresarial, as vozes estão a revelar-se face a situações concretas, como no caso das críticas ao OE 2005, onde são proeminentes as vozes de afastamento de associações empresariais importantes.
Se estes são os factos, há aqui um deslizamento da sociedade portuguesa para outra composição de governo e de governação.
Mas há vozes "pretensamente" técnicas que, contra uma eventual decisão de Sampaio por eleições, alegam o problema do País ficar sem orçamento por uns meses.
Trata-se de um falso problema. O País pode muito bem viver e até viver melhor sem orçamento por uns quantos meses, caso isso acontecesse.
Mas não é o único cenário possível, pois até pode haver eleições antecipadas deixando passar este orçamento (só que o país não ganha nada com isso, antes pelo contrário).
Mas vejamos como o argumento da necessidade do orçamento 2005 cai pela base. Sem este orçamento, o País continuaria a funcionar na base do de 2004. Em cada mês, o governo só poderia ter despesas em montante mensal equivalente às de 2004 e continuaria a cobrar receitas segundo as normas tributárias em vigor em 2004. Que mal vem ao mundo por aqui? Esta situação ja se deu várias vezes e nada de negativo aconteceu. Até seria um contributo temporário para o não agravamento do défice.
O problema é que, caso nada mude e nada pode mudar com este governo, os tempos que aí vêm, são de grande incerteza e nunca de estabilidade.
E de estabilidade e confiança é o que este País precisa, para relançar um projecto de recuperação e desenvolvimento.
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Fechá-lo, uni-lo à Galiza e fazer 2 em 1, uma grande região autonóma de Espanha, mas sem Alberto João a chatear. Que se junte a Canárias e Açores nas ultraperiferias europeias.
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