2004-12-20
Adesão da Turquia e política francesa
Aqui por França a questão da adesão da Turquia à Comunidade Europeia tem provocado muitas reacções, a xenofobia e o sentimento anti-islamico de uma parte da população têem sido explorados por parte dos políticos. A esquerda (PS, verdes, PC,etc) é a favor, com mais ou menos entusiasmo. A direita está dividida, o exemplo mais gritante é o partido do presidente (UMP) com Chirac a favor e Sarkozy contra. O partido "centrista"(UDF) é contra (sendo a favor da extensão da união aduaneira e comercial). Os partidos de extrema-direita têem explorado a islamofobia com Le Pen a fazer as suas provocações habituais. O exemplo mais significativo vem de Philippe de Villiers um sinistro personagem próximo dos meios católicos integristas e president do MPF: "c'est un réservoire de bombes à retardement avec les séparatistes kurdes et les terroristes islamistes" ou ainda "tous les Turcs vont venir chez nous" (artigo de Le Monde).
Comments:
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O PS também revelou estar bastante dividido. Em resumo não muito longe da metade dos franceses estará contra.
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O artigo do Le Monde que nos deste a ler exemplifica o nível que a discussão atinge na extrema direita: simplificação, estereotipia e barbárie - «la tête de veau contre la tête de turc». Muita matéria prima para queimar nos altares des «religions meurtrieres», como diria o Amin Malouf. Mas o panorama geral é esse?
O artigo do Le Monde que nos deste a ler exemplifica o nível que a discussão atinge na extrema direita: simplificação, estereotipia e barbárie - «la tête de veau contre la tête de turc». Muita matéria prima para queimar nos altares des «religions meurtrieres», como diria o Amin Malouf. Mas o panorama geral é esse?
A França tem ume velha tradição neste tipo de linguagem, o visconde (de Villiers) nem é o pior de todos, o Le Pen pode ser muito pior, no partido do Chirac há uma certa Christine Boutin, etc. Na esquerda também temos alguns exemplos, há uns anos o secretário-geral de uma central sindical (FO, próxima dos trotskistas) disse a propósito da secretária-geral de outra central (CFDT, próxima do PS) que ela gostave de "se deitar com os primeiros-ministros".
A grande maioria dos politicos é mais razoável.
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A grande maioria dos politicos é mais razoável.
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