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2004-12-29

 

EDUCAÇÃO - A FINLÂNDIA

Bons professores, famílias comprometidas e um sólido investimento tornam a Educação da Finlândia a mais eficaz do mundo. É este o título da reportagem de Carmen Morán, que El País enviou a Helsínquia (El País 2004-12-19).
A reportagem é longa mas muito interessante. Resumirei, à falta de link, algumas passagens.
A Ministra da Educação Tuula Haatainem atribui o êxito a parâmetros muito claros:
"Temos um sistema uniforme, obrigatório e gratuito que garante a equidade e acesso a todos; o pessoal docente é altamente qualificado..."

"O sistema educativo é público e gratuito desde que o criança nasce até ao fim da Universidade e obrigatório dos 7 aos 16 anos. O Governo procura que este período decorra no mesmo edifício ou em locais próximos para o acompanhamento continuado do aluno".
75% dos conteúdo são comuns e fixados pelo Estado, a parte restante é determinada pela escola com a participação dos alunos e dos pais".
Para a Educação vão 5,8% do PIB. Os professores têm uma licenciatura de 5 anos, 1/3 da qual de conteúdo pedagógico e, em geral, mais um ano de pós-graduação. (Não é muito diferente de Portugal). Salário cerca de 2300 € e 13 semanas de férias por ano. Os directores das escolas, eleitos por órgãos próprios da Administração, ganham em média 4.500€ e respondem pelo sucesso ou insucesso da escola.
"Os professores da escola de Alppila trabalharam em equipa, bem coordenados, ultrapassaram as metas propostas e tiveram no fim do ano de 2003 um cheque de 28 mil euros que lhes permitiu umas férias na Hungria e uma festa de Natal"
Em média há 20 alunos por aula. Mas se há alunos atrasados ou com problemas fazem aulas de 10 até recuperarem. Escolas em bairros com problemas sociais têm um orçamento maior.
"O ano passado tivemos um problema e o município de Helsínquia entregou-nos de imediato 18.000 €." O maior desafio é não haver reprovações e se a situação está complicada há reforço imediato de verba, por exemplo, para contratar mais professores para aulas de apoio em pequenos grupos.
"Em Janeiro a escola Alppila organiza as jornadas de apresentação dos cursos a que comparecem os pais para conhecer os métodos de trabalho". A relação dos professores e da escola com os pais dos alunos é permanente.
"Cerca de 60 % dos alunos do secundário seguem para a universidade e os restantes frequentam cursos de formação profissional. É difícil encontrar alguém sem um título".

Finlândia:
Superfície: 3,5 vezes a de Portugal.
População: cerca de metade da portuguesa.
Religião: 85% luteranos.
Alunos: 596.000.
Professores: 48.000.
Taxa de alfabetização: 100%.
Inflação: 0.9%.
Renda per capita: 27.400 dólares.

Comments:
É interessant ver como este artigo dá uma visão totalmente oposta à de um artigo que li à cerca de 2 semanas (no Publico ou no DN), onde se dizia que a chave do suceeso do modelo Filandês era a inexistencia de imposições centrais...
 
De qualquer forma, sejam quais forem as razões, certo é que oferecem um exemplo a Portugal e a outros países. E neste período de transição é de todo pertinente pensarmos o que é que é realmente importante..
 
Uma vez mais, a perscrutação das raízes do sucesso finlandês não pode marginalizar a religião. Portugal, com maioria católica, apresenta ainda os estigmas da anatematização do pensamento. A Finlândia, pelo contrário, mais vulnerável à "lepra" do protestantismo, exibe resultados que nos fazem desejar regressar ao passado e abolir a hegemonia asfixiante da Igreja Católica...
 
a finlândia segue a passos largos; investir em educação, pena que países como o Brasil insisti em silenciar no investimento público a favor do docente, há uma marginalização estigmática que prefere inutilizar o educador e debilitar a educação, em Pernambuco o ´salário de um Docente é menos de 300 euros; é esta a escalada de valor que se dá há um docente; o que esperar de uma educação que não investe no professor.
 
É muito impotante , reforçar aquilo que nós educadores brasileiros, de Rondônia já sentimos na pele 30 aulas semanais o Estado já nos obrigou a trabalhar 36 aulas semanais. Atualmente trabalhamos 30 aulas com 38 alunos em sala 5 com necessidade especiais e nós apenas meros fantoches que ganhamos menos de três saláros mínimos e não podemos nem pagar uma ajudante temos que chegar meio dia esquentar a comida adormecida e voltar ao aquecimento global das salas lotadas com alunos sem prespectivas e professores desmotivados,cansados , adoecidos ,esquecidos ...
 
Queria muito que um dia o nosso Brasil pensasse um pouco na educaçaõ com a mente de nosso querido Buarque , muito obrigado pela lei das 26 aulas ,ainda que no nosso Estado de Rondônia não tenhamos nenhum representante político que pense que defenda a educação de qualidade , apenas querem colocar os alunos em sala e pronto os pais não reclamam tudo bem a Seduc pede coloca a média do aluno coitadinho não precisa aprender no Brasil é assim mesmo, passa que passa...Sonho com um brasil referência em educação assim como é na Filândia.
 
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