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2004-12-18

 

Homens e Cavalos... de corrida



[Extractos da Entrevista transmitida em 12/12/2004 na TSF e disponível no arquivo on-line]

Fausto Coutinho (entrevistador TSF)
«O Dr. Ferraz da Costa é presidente da Associação Portuguesa de Criadores do Cavalo Puro Sangue Lusitano. É mais fácil lidar com os cavalos ou com o homem?»

Pedro Ferraz da Costa (antigo presidente da Confederação da Indústria Portuguesa e actual presidente do Fórum para a Competitividade)
«(pausa) Ah!... São coisas muito diferentes. Mas... aaahhh, os animais, - os cavalos que se vendem têm que ter alguma utilidade para quem os compra - também têm de ser educados e treinados, exactamente como nós fazemos aos nossos filhos, para que eles adquiram bons hábitos, sejam motivados por coisas positivas; que sejam estimulados naquilo que é bom, e que sejam contrariados naquilo que é mau. E... também se verifica nos animais coisas que também existem nas pessoas. Há determinadas características que se herdam e há determinadas características que se adquirem. Nós devíamos ter, com certeza, para as crianças um ambiente mais competitivo do que temos hoje. É indiscutível que os países onde o desporto de competição tem importância, normalmente favorecem nas pessoas comportamentos mais activos.»

Comments:
Ora seja bem aparecido! Isso quer dizer que o doutoramento já está a deixar tempo para blogar?
Quanto ao antigo "patrão" da indústria e actual presidente da "Competitividade"... Bom, o homem não vê diferença entre homens e cavalos!
 
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Olá Raimundo. Pareceu-me uma joia antológica de que os frequentadores do Puxa-Palavra não deveriam ser privados. 1º, porque o entrevistador mostra uma inspiração equídeocentrada a que o jornalismo da TSF não nos tinha ainda habituado; 2º, porque Pedro Ferraz da Costa, cheio de boa vontade, retorquiu que são «coisas diferentes», concedendo, todavia, que «os cavalos que se vendem têm que ter alguma utilidade para quem os compra». É verdade que quem é entrevistado se expõe mais do quem «bloga», mas bolas!, seria pedir-lhe demais recusar-se a responder a uma pergunta pateta? Ou não teria Ferraz da Costa entendido a mediocridade da formulação?
 
Não se fiquem por aí. Em matéria de educação, Ferraz da Costa também acha que os filhos são educados, mais ou menos, como os cavalos. Não está mal para um apoiante do Bloco Central!

Inácio Videira
 
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