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2004-12-28

 

Políticamente "pouco" correcto

A leitura da imprensa de hoje despertou-me mais uma vez para uma ideia já de há muito amadurecida: neste triste país, que é o nosso, não faltam as Primas Donnas em todos os partidos e profissões.
Primas Donnas muito importantes e exuberantes de formas diferenciadas. Primas Donnas que se fazem muito caras, sobretudo quando desafiadas para funções que comprometem. Raramente correm o risco de se submeter a veredictos populares, pois aquele seu prestígio (de elite) pode não estar disseminado naquela massa (ignorante) de votantes.
Uma Prima Donna não se fabrica por acaso. É preciso um processo de lançamento e de alimentação continuada nos media, normalmente por manobras do próprio ou de pessoas do seu grupo com objectivos geralmente bem determinados - apear outra ou grupos rivais em termos de influência. Quando se trata de partidos políticos, estes processos não visam certamente grandes desígnios nacionais, mas poder e domínio.
Talvez me digam. A vida é mesmo assim. Talvez, talvez. Muitos de nós, certamente já presenciaram cenas destas, algumas bem armadilhadas.
Isto tudo vem a propósito de uma pessoa, cujo valor e grandeza pessoal não está em causa, mas cujo comportamento não está longe deste paradigma (apesar da D. Constança invocada, coitada!!).
É sempre o mais desejado. Desejado para secretário geral. Desejado para cabeça de lista pelo Porto e não aceitando pode dar lugar a um Pinho qualquer. Desejado para futuro MNE. Ainda a ver.
Aceitou coordenar a feitura do programa eleitoral, que ninguém vai ler e onde pode dizer-se no futuro. Está lá tudo (nem que seja nas entrelinhas!!). São estas as tarefas que não comprometem e suportam aquela auréola messiânica.

Comments:
Há “Primas-donas” a mais e pessoas para trabalhar a menos, é a eterna historia da cigarra e da formiga, não caso que indica penso que não seja justo.

Lagrima.blogs.sapo.pt
 
Há que abater as "primas donas" só fazem jogo; embora me sinta algo ainda constrangido no caso em causa, embora já sinta dúvidas. Ninguém é obrigado a ser político. Mas ser e não ser, ou seja, com um pé fora e outro dentro ou mais fora do que dentro, também não é sistema.Pode-se ser militante de base apenas, sem nome e aureóla.
Ana Esteves
 
É quase bomba (choca, mas é de reflectir,porque me parece uma opinião pensada) e aqui o título é mesmo ajustado, pois há os que o aplicam para mais do mesmo.
C. Botelho
 
Não era esta prima-dona o coordenador das novas fronteiras ?.
O pobre homem deve estar com tanta coisa para fazer que não sabe por onde começar. O problema é faltar tão pouco tempo para as eleições.
Para não ser apenas destrutivo lá vão uma ideias:
- Meter o site www.novasfronteiras.pt a funcionar (ou então retirar o link da página principal do PS).
- Fazer uma lista de coordenadores das áreas e divulgá-la (conheço várias pessoas que queriam participar e não conseguiram descobrir a quem se dirigir).
Se a prima-dona for suficiente modesta para aceitar as ideias de um pobre mortal como eu pelo menos vê-se qualquer coisa.
 
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