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2005-01-31

 

A invenção de um sorriso

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JPP escreve no seu blogue (Abrupto), em post intitulado «Voto e dignidade», que

«Não estava lá Saddam, mas o medo estava. E foi vencido. Não foram os americanos que o venceram, mas os iraquianos, mas todos os que contribuiram para este sorriso e para este dedo marcado de azul, só podem sentir alegria.»

e mostra esta foto do NYT


Ainda há gentes por cá que confundem democracia com pax americana e eleições democráticas com encenações tuteladas pelas forças de ocupação.
JPP, no Abrupto, consegue ver um «sorriso» neste rosto congestionado pelo receio e pela resignação frente ao aparato de câmaras e luminotecnia adjacente. De que tradição árabe é que virá aquele sinal feito com o médio e o indicador separados? Da antiga Caldeia? Como facilmente se depreende, a alegria deve ser intensa!...

Comments:
Caro Manuel Correia, saberá de outra forma mais airosa e segura de sairmos do Iraque?
Ponha lá a cabeça a trabalhar!

José Pedro
 
Pacheco Pereira, que se está sempre a queixar do "nosso" jornalismo e, às vezes, com uma certa razão, escreveu há pouco uma outra posta a que chamou "A MAIS ENVIESADA DAS COBERTURAS TELEVISIVAS DAS ELEIÇÕES NO IRAQUE". Queixa-se do enviado da RTP1 (Luis Castro), acusando-o de levar para lá "ideias feitas".
O tua posta apanhou-o com a boca na botija. Ideias feitas tem ele há muito. Também tem algumas desfeitas (p.ex. as das "armas de destruição massiça"). Vê rosas, leite e mel, onde a situação se tornou mais perigosa que nunca.
Parabéns por esta posta, Manolo.
Vai em frente!
Abraço

E. Nunes
 
Olá Manel. O Pacheco Pereira é assim. Coisas boas e outras más. Claro que a classificação é feita a partir do meu referencial. Ele uns tempos antes da invasão, entrevistado em simultâneo com Miguel Sousa Tavares, na TSF(?),foi interpelado por este: Mas ouça lá, você acha que os americanos se preparam para invadir o Iraque por razões altruístas? Não acha que é por interesse? E o Pacheco achava que não era por interesse. Que não tinha a ver com o petróleo, etc. Gostava mais de ter ouvido, o lúcido intelectual e experiente político Pacheco Pereira não parecer um Luís Delgado. Ela lá sabe.
Ao contrário do José Pedro, a quem cumprimento daqui, não tenho intenção de sair do Iraque. Fui dos que não entrou. Mas gostaria que o imperialismo americano saísse. E saísse mal. Para que o crime não compense. Claro que a sua ocupação do Iraque criou muitos e graves problemas um deles foi ter fomentado e criado optimas condições para a Al Kaheda e outros fundamentalismos terroristas. E agora é mais um complicado problema para resolver. Como tirar de lá os invasores e neutralizar os terrorismos? Mas, logo que os EUA tenham um qualquer ditador a fazer o trabalho por eles, com "eleições" obviamente, partirão. Mas não totalmente. Terão de lá deixar 30 ou 40 mil militares em várias bases militares, por algumas décadas, a pedido do Governo Iraquiano, já se sabe, que até pode ter um bom pretexto os terroristas que para lá atraíram. É a vida! Como dizia o outro. Uns poderão levantar a voz outros concordarão. Por razões ideológicas ou porque estar de bem com o Império é pelo menos mais seguro senão mesmo, nalguns casos, bastante vantajoso.
 
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