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2005-01-28

 

Jeden Das Seine

Portão interior de Buchenwal: "Cada um tem o que merece"


Estamos todos perfilados diante deste portão. Feito o desconto à liberdade poética, havemos de aprender que a poética é a primeira das liberdades, e a última também. Daqui a pouco, fará 60 anos que o portão se abriu e a estupefacção tolheu os de fora e os de dentro. Ali ao lado, um pouco mais a baixo, Weimar sonha com a excelência do espírito. Goethe e Schiller, terão há muito fechado os olhos e não poderão assistir à chegada daquelas mulheres e homens, enquadrados por militares do III Reich, que se apeavam das carruagens, na estação, e subiam a encosta, como se caminhassem para o cadafalso. Mesmo aqueles que o não sabem, estão aqui, à entrada de Buchenwald, passado já o grande portão principal, com a esperança humana de que nada de semelhante volte a acontecer e desesperados por não compreenderem inteiramente como foi possível.

«Jeden das seine?» (Cada um tem o que merece?).

Sim. Em Abril. Mas será já demasiado tarde para muitos de nós.


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