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2005-01-30

 

"Um louco descontrolado "

Se Santana Lopes não tivesse governado durante o tempo suficiente para mostrar que não atingia os padrões mínimos exigíveis a um governante: competência, sentido das responsabilidades, seriedade, ética, então a sua campanha eleitoral populista, apesar de tresloucada, poderia confundir muitos eleitores. Assim passando o tempo a discutir - repetindo Jorge Coelho hoje no comício de Bragança - "ninharias, fait divers e porcarias" poderá convencer gente de alguns meios que frequenta mas não confundirá ninguém. Apenas deixará perante os Portugueses uma imagem deplorável.

Eis o que diz Vasco Pulido Valente, certeiro e acutilante, como habitualmente, no seu artigo "Santana contra mundi", hoje no no Público (não há link):

"A campanha de Santana Lopes começa a merecer algum interesse pela sua própria extravagância. Como trata dele, e só dele, acabou por se tornar num romance de aeroporto sobre a loucura e queda de um político.
... Não deixa de ser admirável, pelo puro espectáculo, a fúria e a cegueira com que tenta salvar a sua amada pessoa. O país desapareceu e o PSD também. Ficou ele. A realidade excede a ficção. Quem se lembraria de um cartaz como o do "Contra ventos e marés"? Parece o desafio de Rastignac: "E, agora, Paris, nós dois". Portugal não entra ali, é Santana contra mundi, mais nada.
... De certa maneira Santana já largou a política e, politicamente a sua campanha não faz sentido. O que interessa no romance é o reconhecimento, na útilma cena do último capítulo, da íntima natureza do herói e o perdão dos seus pecados; o reencontro do PPD/PSD com o seu filho querido.
... Esta apoteose deve fechar a carreira sentimental, imensamente pública de Santana Lopes. O menor vestígio de pudor e bom senso seria absurdo.

Ana Sá Lopes dá-nos "PÃO E ROSAS" no Público de hoje e aí conta-nos que

[Santana Lopes] "Ontem lançou o mais estranho mote da campanha eleitoral: votem em mim porque eu gosto de raparigas. Chegámos ao patamar que nunca pensámos atingir na política. Só um miserável - e quem é Santana Lopes, neste momento do campeonato, senão um pobre despojado de qualquer bem válido para a polis? - pode utilizar em comícios, como aquele em que ontem participou, com 1000 mulheres, em Braga, o facto de ser aquilo a que se chama, em alguma gíria, "um femeeiro".
...
"E o primeiro-ministro candidato a novo mandato diz que "o outro candidato tem outros colos" e que "estes colos sabem bem".
...
"É este o currículo que Santana Lopes agora transformou em arma eleitoral: namorou com várias mulheres. Mais de 30? Menos de 100? Só um louco descontrolado traz esta matéria para a campanha, mas de Santana Lopes tudo se pode esperar - eventualmente até um "strip-tease" no comício de encerramento.
Nada mais resta a Santana Lopes. Tem o corpo, e só o corpo, à venda no dia 20 de Fevereiro. Mas o mais provável é que, ao fim da noite, o corpo já seja um cadáver."

Entretanto, segundo as televisões, no distrito de Braga, Pedro Santana Lopes garantia-nos que "... ainda não peço maioria absoluta..." e o "Luisinho" (diminutivo carinhoso que O Jumento, um blog de leitura obrigatória, guarda para o jornalista e presidente da Lusomundo Media, que alguns maldosamente denominam de comissário político do Governo) o "Luisinho" dizia eu, põe-nos em guarda:

"Mas cautela. Todos sabem fazer contas, particularmente as empresas [As que Santana Lopes vai processar por não lhe darem boas sondagens?] que estão na área, e se apenas 10 dos 30 por cento de indecisos votassem no PSD, o resultado invertia-se, como disse Santana Lopes." [aqui]

Comments:
Esta campanha está a tornar-se tão ridicula (e ainda é só pré)como os politicos que dela fazem parte!! Beijinho
 
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