2005-01-24
Vital Moreira nas Novas Fronteiras de Sócrates
Para alargar as suas Novas Fronteiras até à maioria absoluta, que reclama para as eleições de 20 de Fevereiro, Sócrates levou no passado Sábado à Convenção, no Centro de Congressos do Estoril, não só a artilharia pesada do PS como a fina flor dos sábios que navegam nas águas do partido ou em águas adjacentes. A todos mobilizam os desafios que Portugal enfrenta com o precipício do governo Santana-Portas, a globalização, a Europa a 25 e o mundo em mudança.
A Conveçnão foi aberta por Joaquim Gomes Canotilho e terminou com Sócrates a apresentar o programa eleitoral, acenando a todos com o "tecnológico" CDRom.
Das muitas intervenções de dirigentes do PS, como Vitorino Gama e Alegre ou convidados como Eduardo Lourenço, Júlio Machado Vaz ou Lídia Jorge gostaria de destacar a de Vital Moreira, entre as mais aplaudidas pela sua vibrante chamada de atenção para "a crise de confiança na política em geral e na governação em especial".
Eis um extracto:
"Não está em causa somente o apelo da responsabilidade cívica ao homem de esquerda que eu sou e ao antigo militante político que eu fui. Se há momentos em que todos cidadãos que se interessam pelos destinos da República – mesmo se retirados da política e sem filiação partidária –, não devem ficar indiferentes, este tempo por que passamos é seguramente um deles. Na verdade, mais grave do que a crise das finanças públicas é a crise de confiança na política em geral e na governação em especial.
Aos dois governos da coligação PSD-CDS, especialmente ao de Santana Lopes, devemos seguramente um dos mais graves momentos de degenerescência e degradação da legitimidade da política e da credibilidade da democracia. Ninguém poderia imaginar que, 30 anos depois do 25 de Abril, um Governo e um primeiro-ministro revelassem tanta ausência de sentido de Estado e tanta falta de decência e de simples decoro político, que acaba na indigna litania da vitimização."
Para a intervenção integral [link aqui]