Estão reunidas as condições para iniciar uma longa e difícil caminhada para dar a volta à sociedade portuguesa no sentido da modernidade. Processo moroso, não tenhamos dúvidas, que exige um reganhar de confiança nas potencialidades (existentes e a criar) do País.
É uma tarefa dura para o PS e tenhamos esperança de que se saia bem dela. O PS terá de ter a humildade de ouvir antes de decidir, designadamente as forças da sociedade que, embora fracas, são o que são. Mas o PS não tem tempo para perder tempo a ouvir para agradar. Tem um tempo de oportunidade de decisão, até porque agradar a todos não é objectivo atingível. Tem de agir se possível bem e em benefício daqueles que lhe deram a confiança e que mais carecem. Daí o emprego e as políticas sociais sejam o cerne do problema.
Mas sem desenvolvimento não se gera a riqueza para acudir ao que se disse atrás, emprego e políticas sociais.
Um governo políticamente forte, competente e gerido de forma coordenada é determinante para arrancar este país do caos em que mergulhou. Essa é a primeira prova de fogo. Os objectivos articulados e as subestratégias por Ministério são um outro vector no caminho do sucesso.
Estas eleições, de facto, mexeram muito, com uma certa apatia que parecia ter asfixiado o país.
Inclusive no território "blindado" de Alberto João Jardim há sinais promissores de que se quer também caminhar para a mudança. O empate de 3-3 em número de deputados é obra. O PSD saiu derrotado pela primeira vez em várias freguesias do Funchal e a diferença de votos neste concelho foi apenas de apenas 85 votos.
Finalmente, o país no seu todo reagiu contra a mentira das forças da Direita. Mas as Esquerdas que se cuidem.
# posted by Joao Abel de Freitas @ 12:14