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2005-02-21

 

Vitória histórica do PS e de toda a esquerda

Resultados das eleições para o Parlamento, em 2005-02 20, em % de votos e número de deputados

PartidosV % 2005V % 2002Nºdep 2005Nºdep 2002
PS 45,0537,812095
PSD28,740,1 72102
CDU7,671412
CDD-PP7,38,81214
BE6,42,883

Notas: faltam os 4 deputados da emigração que deverão ir 2 para o PS e 2 para o PSD.

Comentários:
1 - Grande vitória do PS e de Sócrates. E o melhor resultado para Portugal.
2 - Grande vitória do BE.
3 - Vitória moderada da CDU e vitória pessoal de Jerónimo de Sousa.
4 - A maior maioria de esquerda na AR, 144 deputados contra 89.
5 - Derrota estrondosa do Governo de Durão Barroso e do Santanismo. Derrota das premeditadas falsas promessas de Barroso. Castigo da sua fuga do Governo após a grande derrota das europeias. E derrota do Santanismo que o mesmo é dizer do populismo, da mediocridade, do culto lamechas da personalidade, da campanha reles e da falta de carácter. E derrota do Paulinho das Feiras na versão Homem de Estado a sacudir a água do capote da má governação.
Se os resultados e a reacção dos líders corresponderam à minha expectativa já a de Paulo Portas se demitir surpreendeu-me. Mas julgo que ele está a apostar na vaga de fundo que mobilizará para regressar em ombros. Se for assim é uma jogada bem pensada e salvadora mas exemplo de pouca seriedade política, aliás corriqueira.
Enquanto na conferência de imprensa após os resultados eleitorais, Paulo Portas pôs cara de funeral, Pedro Santana Lopes, veio, sem surpresa, a sorrir num misto de representação e autêntica pena de si, cujas fronteiras ele próprio já não deve distinguir. Vai dar luta como já aqui tinha dito. Talvez queira entregar o PSD a um amigo de confiança que o apoie para Belém, como disse António Barreto na RTP. O PSD, o antigo, vai ter de se mexer e organizar rapidamente e não sei se conseguirá ir a tempo de um congresso que será convocado para não dar tempo aos adversários internos.
Sócrates vai ter um país com muitas dificuldades pela frente. Ao contrário dos desafios dos últimos trinta anos não tem agora nada para a troca. Nem mão de obra barata nem mão de obra qualificada. Tem de importar quase tudo e tem pouca coisa que que consiga vender. Para mudar este estado de coisas é necessário que o Estado crie condições favoráveis à competitividade e ao desenvolvimento. Para isso necessita de mais dinheiro e menos despesas improdutivas. Reforma da Administração Pública, Plano Tecnológico e... tempo. Vários anos.
Sócrates reafirmou os seus objectivos e não se esqueceu do combate à pobreza. É indispensável que não sejam apenas os mesmos do costume a arcar com todos os sacrifícios. Para apertar o cinto aos muito ricos é necessário querer e depois ganhar apoio social para poder. Não sei se se irá por esse caminho. Mesmo que a parte de sacrifício dos grandes possa não ter em termos absolutos, à escala do orçamento, grande expressão, é um sinal indispensável para que os que podem menos aceitem a sua quota parte de sacrifícios e seja mantida a indispensável coesão social, até para que o Governo se possa manter!

Comments:
A vitória do PS não foi apenas contra a direita, mas também contra o PCP e o BE que tudo fizeram para que o PS não tivesse maioria absoluta e que, neste propósito, foram, por isso, claramente derrotados. Aliás, o PCP e o BE, nos seus comentários aos resultados eleitorais, já se encarregaram de clarificar que não ficaram agradados com a expressão da vitória do PS, nem sequer lhe dirigiram congratulações pelos resultados obtidos, embora, paradoxalmente, se tenham vangloriado com a derrota da direita....conseguida pelo PS e não pelo PCP ou pelo BE que , no seu conjunto, tiveram menos de metade dos deputados do que o PPD/PSD.
As campanhas do PCP e do BE não foram apenas contra o PPD/PSD e o CDS/PP, mas também contra o PS, como salientou, acutilantemente, o Prof. Marcelo, contrariamente à campanha do PS que se centrou no combate à direita. Aliás, estou convencido que vamos assistir, sem qualquer dúvida, à convergência de posições na AR entre o PSD, o PP, o PCP e o BE, contra várias propostas do PS, como já sucedeu no passado. Claro que, com os resultados das eleições, o PS tem capacidade de manobra para derrotar estas alianças contra-natura,
Dizendo isto, quero também afirmar que estou muito satisfeito por os partidos de esquerda terem obtido quase 2/3 dos deputados da AR, e por o CDS/PP ter ficado como quarta força política na AR, apenas lamentando não ter ficado como quinta força política.
Dizendo isto, quero também defender que o PS, embora com maioria absoluta, deve fazer um grande esforço de convergência com o PCP e o BE, mas tenho muitas dúvidas que estes partidos não estejam mais empenhados em salientar as divergências com o PS do que as convergências. O próximo referendo à chamada constituição europeia vai, certamente, evidenciar essas divergências.
Quer isto dizer que à esquerda, muito mais do que à direita, há ainda “muita pedra a partir”, e que aos partidos de esquerda, no seu conjunto, cabe a grande responsabilidade de encontrar caminhos fundamentais de convergência, se tais caminhos forem possíveis. O que está por demonstrar.
 
A direita sofreu de facto uma derrota estrondosa, muito acima das expectativas, de tal modo que o tão "brilhante" Prof. Marcelo (re)inicia esta sua nova etapa de comentários televisivos um "bocado" gago, sendo de longe ultrapassado em acutilância de análise pelos outros dois elementos do painel, António Barreto e Mega Ferreira. Admito que a posição de Marcelo não fossefácil.

Mas esta estrondosa derrota da direita trouxe uma "dura" responsabilidade ao PS. Muitas medidas impopulares têm de ser tomadas e desde já na óptica para promover o crescimento, mas também para desmembrarpequenos "complots" de interesses que têm um impacte altamente negativo na nossa sociedade e nos cofres do Estado. Como exemplo, entre muitos outros, a fraude das taxas moderadoras, sem esquecer a área, de que já aqui falei, da Central de Compras do Estado. Uma estratégia para o crescimento implica sem dúvida uma subestratégia de mudança profunda, ao nível da Administração Pública, apontada para a criação de condições para uma maior eficácia nos serviços prestados aos cidadãos e às empresas. E aqui ponho a seguinte questão: qual vai ser o papel das esquerdas, não PS, no apoio a esta mudança fundamental? E esta mudança insere-se no colocar do vector emprego como centro de toda uma política.
 
Caro Raimundo, não entendo tamanhas valorizações dos resultados do BE e do PCP. É verdade que lhes couberam bocados do bolo do descalabro direitista. Mas esse foi um ponto de partida da campanha eleitoral (sabia-se que a direita ia perder e que o PS ia ficar em 1º lugar). Durante a campanha, o grande objectivo estratégico destes dois agrupamentos esquerdistas foi impedir a maioria absoluta ao PS. Foi por isso que se bateram. Conscientes que só assim as suas representações parlamentares teriam poder de chantagem e de bloqueamento sobre o PS (o mesmo PS que hoje, segundo os esquerdistas, já deve ter passado da contabilidade da Esquerda para a qualidade de Direita). No meu entender, quer o Bloco quer o PCP sofreram uma pesada derrota no seu principal objectivo eleitoral. E o PS viu-se livre da sarna da chantagem. Oxalá saiba estar à altura dessa responsabilidade, governando à esquerda sem pressões do esquerdismo, reduzindo-o à dimensão daquilo que é : "uma doença infantil". Grande abraço. João Tunes
 
Estou de acordo, em geral, com os comentários aqui feitos quanto aos resultados eleitorais de ontém. Porém há um ponto em que não atino de todo. Como é que se pode sequer imaginar que os partidos concorrentes ao acto não se esforçassem por ganhar votos? O PS pedia claramente a MA, o que, em termos práticos atingia (atingiu) todos os outros. Será compreensível cercear o direito democrático de reclamar bons resultados? Acho que não. O João Tunes e, em certa medida, o Mário Lino, confundem legitimidade de sobrevivência com objectivos determinado de prejudicar o PS. Ganhar influência eleitoral é a razão estratégica comum de todos os partidos. Acusá-los, por isso, de cavilosas intenções, é redundante. O PS queria a MA para não depender de «ninguém», o que, para o efeito, é considerado legítimo por muitos; os restantes teriam de desistir, em nome de um objectivo que não era o deles, de optimizar as suas influências. Há, nesta linha de raciocínio, uma parcialidade comovente. Deverão as outras expressões da esquerda dobrar-se, apagar-se e desistir perante a «absoluta legitimidade» do PS? Claro que não. As análises que, com tal pressuposto, esboçam, desde já, escaramuças à esquerda, parecem ter desistido de quaisquer convergências, antes mesmo de as terem tentado. Mesmo com MA, há causas para as quais toda a esquerda não será de mais.
Um abraço
 
Com toda a franqueza, acho que o comentário do Manuel Correia consegue ser ainda mais “esquerdista” que o post do Raimundo, o que estimava como difícil. E de uma parcialidade, mais que comovente, quase angélica. Mas a “legitimidade de sobrevivência” passa pelo poder de bloqueio e de chantagem? Quanto a “sobrevivência”, ela está mais que garantida para o Bloco e para o Jerónimo. Não subiram em votos e em deputados? Subiram, agora mereçam esses votos, dando-lhes conteúdo de intervenção à altura das respectivas expressões e aguentem até crescerem mais por mérito demonstrado. Mas, sejamos claros, não era de “sobrevivência” que se tratava, era sim de um “valor conjuntural e induzido acrescentado” o almejado pelo Bloco e por Jerónimo, traduzido num poder de – com o PS a ser imediatamente “direita” no primeiro dia de ser governo - pressionar o governo PS para bloquear a capacidade de governar reformando. Jerónimo contava com isso para, além da intervenção parlamentar e em conexão com ela, lançar a CGTP na luta, incrementando a luta de classes, pelo menos a um nível de intensidade que lhe permitam conservar o marxismo-leninismo e o centralismo democrático (e Jerónimo não se esqueceu de lembrar o seu grande trunfo – a influência social do PCP é muito superior à sua influência política). Assim, claro que vai assanhar (se calhar ainda mais) a CGTP mas a eficácia de levar a agitação para a intervenção parlamentar como forma de amarrar os braços ao governo, diminui. Quanto ao Bloco, a música é diferente mas seguindo a mesma peneira de necessidade do Jerónimo, terminada a campanha, as “grandes causas” são as que são no Bloco – o aborto, os problemas dos gays, os toxicodependentes, o racismo e a xenofobia. Ou seja: o Bloco entre-campanhas, desligado do seu eleitorado que esmagadoramente não é militante e que se volatiliza após as urnas e que se reduz ao brilho da intervenção parlamentar de Louçã e a uma ou outra performance se for caso disso. E com a capacidade de bloqueio relativamente ao PS furada, possivelmente vamos ouvir mais a inefável Ana Drago que o próprio Louçã. E que raio de “causas de esquerda” são essas que se apagam com a perda do poder de chantagem ao serviço da instrumentalização da intervenção parlamentar? Não creio, como acredita o Manuel Correia, que seja o PS (que tem a responsabilidade de merecer um mandato eleitoral de “maioria absoluta”) a ter de manter a linha ligado para a confluência de esquerda com o Bloco e com Jerónimo (o que seria o caso se o eleitorado lhe desse a “maioria relativa”). Terão de ser as forças que se arvoram como “a esquerda à esquerda do PS” que têm de merecer a confluência, revendo práticas meramente reivindicativas, assumindo uma atitude de “solução à esquerda” dos problemas do País. Estes é que têm de decidir se querem entrar no “arco das soluções” ou no “arco das agudizações”. Por mim, estou cá para ver como governa o PS (particularmente atento à sinecura que vai ser dada a Freitas do Amaral para pagar-lhe o voto, contando, nesta vigilância, com a companhia do olhar atento do Manuel Correia). Se houver “mais esquerda” para as soluções, será óptimo. Caso contrário, o PS deve governar sem tibiezas (aguentando as greves da CGTP e o efeito demolidor dos discursos da Ana Drago) com a perspectiva de uma legislatura. O eleitorado falou, está falado. Abraços a toda a equipa do PUXAPALAVRA. João Tunes
 
Queria agradecer a todos os comentaristas os seus avisados e pertinentes esforços para melhorar as minhas considerações sobre os resultados eleitorais de ontem. Gostaria de ter feito um texto curto para poupar a vossa paciência mas a hora tardia e as traiçoeiras investidas do sono não me deram tempo para tal! Por isso agradeço ao Mário Lino e ao João Tunes a chamada de atenção para a omissão da derrota sofrida pelo PCP e o BE com a MA do PS, que obviamente subscrevo. No entanto, não acho que isso altere aquela minha avaliação relativa ao BE e o PCP. Ao Tunes quero sublinhar que a caracterização pretende ser "objectiva" e excluir a manifestação das minhas preferências. Assim se Santana por milagre, da irmã Lúcia, por exemplo, tivesse ganho as eleições, nada me penalizaria mais mas consideraria uma grande, extraordinária e surpreendente vitória. Do pungente "menino guerreiro".
Valorizo também a participação do Manuel Correia que animou o debate com o "contraditório", conseguindo quase uma polémica com o João Tunes e o Mário Lino. É óbvio que cada partido tem a legítima meta de aumentar os votos. E a luta por esse objectivo implica disputá-los preferencialmente aos adversários que disputam eleitorados comuns ou afins. E por isso mesmo rejubilará ou sofrerá com as consequências das suas posições. Como para Jerónimo a meta é a sociedade soviética é de esperar a continuidade da política do PCP de ataque preferencial ao PS, contrariando mesmo medidas que favoreçam interesses do seu eleitorado mas que por isso mesmo, desmintam ou diminuam o papel de "vanguarda" do PCP. Com maior ou menor habilidade e inteligência, a táctica do BE não será, pelo que se tem visto, muito diferente. O BE precisa e quer crescer e o melhor adubo para isso serão os fracassos do PS. Não creio que o BE faça uma política "construtiva" relativamente ao PS. Resta agora aguardar o Governo do PS. E eu que estou mais esperançado no Sócrates do que no PS e ciente da real situação do país procuro munir-me de um optimismo estóico.
 
Sejamos claros.
Que o BE, ou o PCP, para crescerem, têm, fundamentalmente, que ir buscar votos ao eleitorado do PS, parece-me evidente.
Que ao BE e o PCP interessa combater a maioria absoluta do PS, também me parece natural.
Mas já não me parece natural que o BE e o PCP proclamem a derrota da direita, como se fossem eles que a tivessem conseguido, e desvalorizem a vitória do PS, dizendo, ainda por cima, que o Programa do PS é de direita.
Afinal, no entender do BE e do PCP, foi a direita ou a esquerda que ganharam as eleições?
Note-se que ao longo de toda a campanha eleitoral, o PS nunca fez qualquer ataque ao BE e ao PCP, tendo-se concentrado fundamentalmente no ataque à direita, contrariamente ao BE e ao PCP que, atacando também a direita, como era sua obrigação, não deixaram de permanentemente atacar também o PS. Não me venham dizer depois que o BE e o PCP pretendem uma unidade de esquerda!
Penso que seria natural que, se o BE e o PCP quisessem uma unidade à esquerda, embora mantendo claras as suas diferenças e autonomia, afirmassem que o Programa do PS, sufragado por 45%b do eleitorado, era uma boa base de partida, que estariam dispostos a viabilizar, sem prejuízo de, nalgumas matérias, terem propostas alternativas que pretenderiam discutir e acertar com o PS. Agora, combater o Programa do PS na sua globalidade, como fazem o BE e o PCP, e dizer que só apoiam as propostas com as quais estejam de acordo, embora seja um direito que lhes assiste, não contribui nada, antes pelo contrário, para a unidade à esquerda. Tal postura só contribui para preparar o caminho ao regresso da direita ao poder.
È a velha concepção de que quanto mais arrasado estiver o País, mais a esquerda radical, folclórica e proclamatória terá sucesso.
Puro engano. E o povo é que se lixa..
 
Receio que já não nos estejamos a ler com atenção uns aos outros. Não me refiro às cobras e lagartos com que todos exageram num ou noutro momento da campanha eleitoral. Refiro-me às convergências necessárias, mesmo para o PS. Estou preocupado com o tema das aproximações possíveis. Declarar, a partir de exemplos recentes ou remotos, que as razões do bloqueio estão todas no campo dos outros, parece-me redutor. É aconselhável verificar se não estamos já a absolutizar as nossas razões...
Oxalá que não!
 
Meu caro Manuel Correia
Em benefício da verdade, temos que ser rigorosos e não podemos pôr tudo no mesmo saco. Ora a verdade é que o PS, ao longo de toda a campanha eleitoral, se concentrou no ataque à direita, dispensando-se de qualquer ataque ao BE e ao PCP. Nem se mostrou desagradado pela expressão dos resultados do BE e do PCP. Mais, pela voz de José Sócrates, o PS já declarou que, independentemente da sua maioria absoluta, iria trabalhar no sentido de procurar consensos coa as forças políticas e sociais da esquerda.
Mas o BE é que parece não estar muito interessado em consensos, como se vê já pela forma como pretende, unilateralmente, condicionar o PS na marcação da data do próximo referendo sobre a interrupção voluntária da gravidez.
Note-se que o PS já declarou que pretendia realizar esse referendo o mais depressa possível, mas tal exige que se tenha em consideração, não só o programa das demais consultas ao eleitorado que têm de ser feitas (eleições autárquicas e presidenciais e referendo sobre a UE), como também o facto de que o objectivo não é apenas fazer o referendo, mas principalmente ganhar o referendo, o que implica preparação do referendo, esclarecimento dos indecisos e mobilização de todos os apoios que forem possíveis.
 
______________________________

Amigo Mário Lino,

A bem do rigor, deveríamos lembrar que a inteligente estratégia do PS em «pedir» a MA deixou uma margem muito estreita às outras organizações da esquerda para explicarem aos seus potenciais eleitores a utilidade de nelas votarem. Com as duas ou três coisas que eu sei da política, compreendo perfeitamente os termos da disputa. Sei que tu tb compreendes...
Mesmo sem estarmos de acordo com o PCP/CDU ou com o BE, podemos compreender a faixa estreita pela qual se deslocam.
A bem do rigor, registaram-se excessos por parte de todos os partidos. Há que salientar, à esquerda, uma decidida elevação relativamente às insinuações cobardes e grotescas que circularam. Aí, as esquerdas estiveram de parabéns.
Também gostei de ouvir, ontém, a formulação do José Sócrates relativamente ao timing do referendum. Pareceu-me inteligente e equilibrada. Muitos socialistas eram da opinião que os referendos, não tendo ainda sido vinculativos, caso português, dificilmente poderão vir a ser um instrumento efectivo da democracia. Para mais, como o Vital Moreira lembrou, os defensores do «não» tendem a mobilizar-se mais do que os apoiantes do «sim». Mas, na dúvida, se Sócrates conseguiu uma MA (coisa em que nunca acreditei) talvez consiga tb um bom referendo.
O PS terá aspirado, um dia, em tornar-se a «Casa Comum da Esquerda». Nos tempos que seguem, juntamente com o bom o uso que der à MA, será tb posta à prova a sua capacidade de incluir ou excluir.
Com uma votação tão expressiva, o PS ou trabalha para fazer do pico um planalto, ou não...
Um abraço
 
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