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2005-03-18

 

CONCORDO...

com a ideia da junção do referendo ao Tratado Constitucional Europeu às eleições autárquicas. Do que discordo é que ele não seja precedido de um debate tão esclarecedor quanto possível.
É óbvio que com a aproximação das eleições autárquicas a discussão se irá centrar na sua problemática por isso é necessário promover com grande antecedência o debate e disponibilizar informação sobre a Europa e a sua Constituição.
Não vale a pena ter ilusões sobre a capacidade de colmatar o quase permanente apagão sobre tão importante tema. Faça-se, no entanto, o melhor possível para sensibilizar a opinião pública.
As objecções de Fernando Rosas no Público de quarta feira não me parecem pertinentes e assentam na descrença na capacidade de discernimento dos Portugueses.
Comments:
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Daqui até Outubro, com as férias de Verão pelo meio, não resta muito tempo. Veria com melhores olhos o referendo da constituição europeia colado às Presidenciais, se tal fosse possível. Concordo, apenas, que mais vale fazê-lo assim do que não fazê-lo de todo. Porém, interrogo-me acerca do precedente: seguindo a moda poderá o referndo da despenalização beneficiar de um encosto semelhante? Na minha qualidade de defensor da despenalização, dava-me jeito...
 
Eu também concordo.

De uma forma ou de outra, os argumentos de Fernando Rosas e do Bloco de Esquerda remetem para o velho argumento direitista - o povo não sabe o que quer, é necessário um "grande debate nacional" - que é como quem diz, precisamos de tempo para educar o povo.

Os referendos têm que deixar de ser manipulados a jeito pelos políticos. Deve fazer-se um referendo quando é preciso, e não quando apetece aos políticos.

Não há qualquer razão válida para que um referendo de âmbito NACIONAL não se possa sobrepôr a uma eleição de âmbito LOCAL, ou vice-versa.

Eu discordaria de uma sobreposição entre o referendo à constituição europeia e a eleição do presidente da república. Uma sobreposição com as eleições autárquicas, é perfeitamente inócua.

Mais uma prova de que o Bloco de Esquerda anda a fazer política convencional - mais preocupado com aquilo que e bom para o partido, do que com aquilo que é necessário para o país.
 
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Discordo do anónimo anterior porque
1) A problemática das eleições para a PR têm mais a ver com as questões de Estado envolvidas na discussão da Constituição Europeia, do que com o vasto leque de questões a enfrentar pelos (cerca de) 308 municípios e milhares de freguesias envolvidas. Para além de se dispôr de mais tempo, a escala nacional implicada, seria mais adequada. Quanto à questão de a moda poder pegar, porquê tanto silêncio?
 
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2) O documento do Tratado tem 263 páginas (partes I e II do Projecto de Trtado), como se pode ver seguindo o link que o Pedro Ferreira afixou no post seguinte.
Sei que o argumento segundo o qual «os portugueses não vão ler aquilo tudo» às vezes aparece casado com o de que «o povo sabe destrinçar perfeitamente o que está em jogo». Pois é. Parece-me, todavia, que deveria ser dado tempo e a oportunidade de deixar ler, estudar e discutir, os que querem, de facto, ler tudo, destrinçando os PDM's, as obras à porta de casa, os eleitos das assembleias (municipais e de freguesia). Deveríamos premiar quem se interessa e não tornar-lhe a vida num inferno.
 
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