2005-03-08
Mais Alto
Mais alto, sim! mais alto, mais além
Do sonho, onde morar a dor da vida,
Até sair de mim! Ser a Perdida,
A que se não encontra! Aquela a quem
O mundo não conhece por Alguém!
Ser orgulho, ser àguia na subida,
Até chegar a ser, entontecida,
Aquela que sonhou o meu desdém!
Mais alto, sim! Mais alto! A intangível!
Turris Ebúrnea erguida nos espaços,
À rutilante luz dum impossível!
Mais alto, sim! Mais alto! Onde couber
mal da vida dentro dos meus braços,
Dos meus divinos braços de Mulher!
Florbela Espanca
Comments:
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Com mãos se faz a paz se faz a guerra.
Com mãos tudo se faz e se desfaz.
Com mãos se faz o poema - e são de terra.
Com mãos se faz a guerra - e são a paz.
Com mãos se rasga o mar. Com mãos se lavra.
Não são de pedras estas casas, mas
de mãos. E estão no fruto e na palavra
as mãos que são o canto e são as armas.
E cravam-se no tempo como farpas
as mãos que vês nas coisas transformadas.
Folhas que vão no vento: verdes harpas.
De mãos é cada flor, cada cidade.
Ninguém pode vencer estas espadas:
nas tuas mãos começa a liberdade.
Manuel Alegre
Com as mãos... as convicções...e o desejo de ir mais além...
Com mãos tudo se faz e se desfaz.
Com mãos se faz o poema - e são de terra.
Com mãos se faz a guerra - e são a paz.
Com mãos se rasga o mar. Com mãos se lavra.
Não são de pedras estas casas, mas
de mãos. E estão no fruto e na palavra
as mãos que são o canto e são as armas.
E cravam-se no tempo como farpas
as mãos que vês nas coisas transformadas.
Folhas que vão no vento: verdes harpas.
De mãos é cada flor, cada cidade.
Ninguém pode vencer estas espadas:
nas tuas mãos começa a liberdade.
Manuel Alegre
Com as mãos... as convicções...e o desejo de ir mais além...
Lester,
Obrigado pela explicação e pelas sugestões que deixaste no Egas Moniz . Foi útil. Vou ler o que por lá há e, se for caso disso, contribuir.
Um abraço
PS ; )
Ah, e, já agora, obrigado pelo poema. Suponho que é a primeira vez que Florbela pisa o tablado do Puxa-Palavra.
«Ó minha terra da planície rasa...»
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Obrigado pela explicação e pelas sugestões que deixaste no Egas Moniz . Foi útil. Vou ler o que por lá há e, se for caso disso, contribuir.
Um abraço
PS ; )
Ah, e, já agora, obrigado pelo poema. Suponho que é a primeira vez que Florbela pisa o tablado do Puxa-Palavra.
«Ó minha terra da planície rasa...»
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