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2005-04-09

 

Manuais escolares - O poder dos lobbies continua ?

O novo governo veio revogar a medida de troca de manuais escolares.
Os argumentos foram: "Técnicamente errado", "não exequivel" e "não foi garantido o investimento necessário no orçamento deste ano".
Admito que possam existir erros técnicos, mas estes não poderiam ser corrigidos ? . A exquibilidade é altamente discutível. Com vontande consegue-se fazer as coisas. Quanto aos custos, não nos enganem. Até admito que não se possa passar directamente para um sistema de trocas universal de um momento para o outro sendo os manuais adquiridos pelo estado, mas muito se poderia pensar e inventar neste aspecto em vez de pura e simplesmente cancelar a medida.
Estamos a falar do governo que foi eleito tentando passar várias mensagens de esperança, de voltar a acreditar e de que não iria acabar com as medidas do governo anterior quando elas fossem correctas (qualquer medida com problemas pode ser melhorada). O mesmo governo que falou em incrementar a utilização de licenças creative commons nos conteúdos (e que poderia ser aplicada nos manuais).
É interessante de verificar que quem mais satisfeito ficou foram as editoras. Pudera.... Temos de chamar o boi pelos nomes e não ficar a falar nos cafés e à boca fechada : Se a revogação não foi originária em acções de lobbie parece, e o facto é que favorece o negócio milionário das editoras em Portugal.
Confesso que tinha estranhado as ausências de propostas concretas sobre os manuais escolares no programa do PS.
Proponho que se tomem várias medidas:
- Investigar ligações dos politicos actualmente com responsabilidade no ME nas editoras e em criação de manuais.
- Mudar, nem que seja gradualmente, em vez de cancelar tudo e dizer que temos de ir estudar.
- A sociedade civil organizar imediatamente iniciando um projecto de criação de manuais escolares livres ao abrigo de licenciamento Creative Commons. Já existe para fichas de trabalho. Pode existir para manuais. Temos é de acreditar.
Comments:
Muito bem. Ainda que nos custe, temos que reconhecer que há algo estranho nesta decisão!
 
Deixo aqui o meu testemunho de como um sistema de troca de manuais funciona.
Temho dois filhos no ensino primário público francês, a lógica por aqui é que o ensino é totalmente gratuito e deve proporcionar a igualdade de oportunidades (por exemplo os alunos não podem ser avaliados por trabalhos em casa para excluir as desigualdades culturais).
Os manuais escolares para a escola primária são fornecidos gratuitamente e o sistema funciona perfeitamente. Uma das particularidades do estado francês é o seu enorme centralismo, o que, neste caso, faz com que os manuais sejam em número reduzido e aprovados por uma comissão do ministério.
O material escolar essencial deveria também, teóricamenet, ser gratuito, mas sendo os munícipios responsáveis do financiamento a situação é muito diversa.
 
hoje comprei os livros da escola pro miúdo mas temo que tenha que comprar outro pois no de história não vem lá que o Come na gaveta, o cavaco, tenha dormido nas ilhas selvagens e como os jornalistas na altura diziam com tanto entusiasmo, como é habitual quando falam dele e dos governantes, que aquilo era um facto digníssimo de ficar na história de Portugal, se calhar porque sendo uma zona interdita salvo para estudo científico foi para lá aquele algarvio de merda conspurcar aquilo mais uma cambada de guarda costas jornalistas e digníssimos xulos deste país e do outro que se quer tornar independente do contenante, mais a parafernália que é preciso para sua realeza dos allgarves e afins poder acampar á rico!
 
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